SPCB (01. : 2000 : Poços de Caldas, MG) – Resumos Expandidos
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Resultados da Pesquisa
Item Efeitos de baixas temperaturas positivas na fotossíntese e estabilidade membranar em 5 genótipos de Coffea sp.(2000) Ramalho, José D. Cochicho; Quartin, V. L.; Campos, Paula S.; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Fahl, Joel Irineu; Nunes, M. A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféIndícios de diferenças na sensibilidade ao frio por parte de cafeeiros, observadas no campo durante as severas geadas de 1994 no Brasil, serviram de ponto de partida para o presente trabalho. Estudaram-se diversos parâmetros, em nível foliar, em plantas de 5 genótipos de Coffea (C. canephora cv. Apoatã; C. arabica cv. Catuaí; C. dewevrei; Icatu, um híbrido de C. canephora X C.arabica; Piatã, um híbrido de C. dewevrei X C. arabica), às quais se aplicou um esquema de aclimatação ao frio e de submissão a baixas temperaturas positivas ("chilling"), acompanhando-se também a sua recuperação após o tratamento de frio. Os resultados dos parâmetros fotossintéticos e de estabilidade membranar mostram diferenças de sensibilidade aos tratamentos de frio, que apontam para uma tolerância contrastante entre C. dewevrei (mais sensível) e Icatu (mais tolerante). Essas diferenças observaram-se não só durante o período de sujeição das plantas ao tratamento de "chilling" (3 noites a 4 ºC), mas também em frio moderado (15/10 ºC) e na recuperação do estresse. A análise sumária de crescimento indicia maior vigor de Piatã, reflectido em maior crescimento e acumulação de biomassa, mas que não teve correspondência positiva nos parâmetros fisiológicos estudados quando as plantas foram submetidas aos tratamentos de "chilling".Item Densidade de fluxo de seiva em plantas de café (Coffea arabica L.) em diferentes regimes de água e de irradiância(2000) Carelli, Maria Luiza Carvalho; Fahl, Joel Irineu; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Magossi, Raquel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA densidade de fluxo de seiva do xilema (DFS) foi determinada, durante o período seco e após irrigação, em plantas de Coffea arabica L. cv. Obatã cultivadas no campo, em quatro regimes de irradiância. A DFS aumentou com o nível de irradiância, nas duas condições hídricas do solo. Após a irrigação, a DFS aumentou consideravelmente, esse aumento foi mais pronunciado nas plantas cultivadas a pleno sol. A relação entre a DFS do período noturno/diurno diminuiu com o aumento da disponibilidade de água no solo.Item Densidade de fluxo de seiva em plantas de café (Coffea arabica L.) submetidas a baixas temperaturas e diferentes regimes de irradiância(2000) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Pezzopane, José Ricardo Macedo; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Magossi, Raquel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféAvaliou-se as variações microclimáticas e a densidade de fluxo de seiva (DFS) em plantas de café do cultivar Obatã-IAC 1669-20 com 3 anos de idade, no município de Rio Claro-SP, durante o período imediatamente anterior e posterior à geada ocorrida no dia 17 de julho de 2000. Verificou-se que a redução na (DFS) nas plantas sombreadas foi mais dependente da limitação da irradiância do que da temperatura e da umidade relativa do ar. Temperaturas ao redor de -0,5ºC medidas ao nível do topo das plantas, ocasionaram apenas redução temporária na DFS, uma vez que duas semanas após, as plantas apresentaram recuperação plena. O efeito prejudicial das temperaturas baixas foi significativamente reduzido pelas proteções de sombrite utilizadas no sombreamento das plantas.Item Relação entre os sintomas morfológicos externos de cafeeiro infectado pela Xylella fastidiosa e a porcentagem de obstrução dos vasos do xilema(2000) Queiroz-Voltan, Rachel Benetti; Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Paradela, Osvaldo; Sugimori, Mauro Hideo; Gallo, Paulo Boller; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEstudaram-se as relações entre os sintomas morfológicos externos apresentados por cafeeiro infectado pela bactéria Xylella fastidiosa, e a porcentagem de obstrução dos vasos do xilema em diferentes partes da planta, visando compreender as causas dos seus distúrbios fisiológicos. Ainda é desconhecido se os sintomas morfológicos e fisiológicos apresentados pelo cafeeiro são devidos ao efeito direto da infecção pela bactéria X. fastidiosa ou se o esgotamento nutricional e outros fatores de estresse predispõem a planta ao agravamento dos sintomas. Tem sido sugerido que a causa principal dessa doença é uma disfunção no sistema condutor de água, que está relacionada com as oclusões dos vasos do xilema por "gomas", porém, existem divergências na literatura se estas oclusões seriam suficientes para causar um estresse hídrico. Analisaram-se amostras dos cultivares comerciais de Coffea arabica L. enxertados sobre C. canephora Pierre ex Froehn e C. congensis Froehn. As amostras foram coletadas em experimento instalado em Mococa-SP, no espaçamento de 3,5 x 2,0 m, com duas plantas por cova. Como porta-enxerto, utilizaram-se duas progênies de C. canephora (Apoatã IAC 2258 e IAC 2286) e uma de C. congensis ( IAC Bangelan coleção 5), tolerantes a nematóides e, como enxerto, dois cultivares de C. arabica (Catuaí vermelho IAC H 2077-2-5-81 e Mundo Novo IAC 515-20). Também efetuaram-se auto-enxertias em Catuaí e Mundo Novo e, como testemunhas, consideraram-se plantas desses cultivares não enxertadas. Foram retiradas amostras de tecidos da raiz, do caule e de folhas de ramos com e sem sintomas da bactéria e estimada a porcentagem de obstrução dos vasos do xilema. Para as plantas amostradas foram dadas notas de 1 a 4 de acordo com o sintoma visual da presença da bactéria nos ramos, sendo 1 para planta aparentemente sadia e 4 para planta muito infectada. Os diferentes materiais genéticos apresentaram diferenças significativas na porcentagem de obstrução dos vasos do xilema entre os ramos com e sem sintomas externos, entre as regiões da planta amostradas e entre as parcelas. O nível de sintoma de dano externo entre os diferentes materiais embora não tenha variado significativamente entre os cultivares apresentou uma tendência de ser mais severo no Catuaí (não enxertado), em Catuaí enxertado sobre ele mesmo e, em Mundo Novo enxertado sobre C. canephora 2286.