Bragantia
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Item Calagem e adubação nitrogenada e potássica para o cafeeiro(Instituto Agronômico (IAC), 1996-07) Van Raij, Bernardo; Costa, Waldir Marques da; Igue, Toshio; Serra, José Renato Miranda; Guerreiro, GustavoA calagem do cafeeiro é realizada com base em resultados da análise de solo de amostras coletadas na projeção da copa, a parte mais acidificada do terreno devido à aplicação de adubos nitrogenados. Isso tem suscitado dúvidas, por existirem partes da área do solo menos ácidas em cafezais, mormente nas entrelinhas, onde ocorre o acúmulo de bases em vista da arruação. Outro problema da cafeicultura é o uso rotineiro de fórmulas com altos teores de N e de K, sem atentar para as reais necessidades da cultura. Neste trabalho, estudaram-se a calagem e as adubações nitrogenada e potássica, em dois cafezais em produção, os quais vinham sendo normalmente calcariados e adubados. Os dois ensaios foram desenvolvidos em solo podzolizado-de-Lins-e-marïlia do município de Garça (SP) entre 1987 e 1992. Utilizou-se um delineamento fatorial fracionado 1/2 (4 x 4 x 4), com as seguintes doses: calcário - 400, 1.600, 3.600 e 6.400 kg/ha; nitrogênio - 64, 121, 196 e 289 g/cova; potássio (K2O) - 36, 81, 144 e 225 g/cova. Constatou-se efeito maior de nitrogênio e menor de calcário; o potássio não afetou as produções. A saturação por bases, na projeção da copa, foi bem inferior aos 70% preconizados como meta de calagem para o cafeeiro. 0 efeito de N nas produções, não muito acentuado, foi coerente com os teores altos nas folhas. 0 solo continha teores médios a altos de potássio na camada de 0-20 cm e médios nas camadas de 20-40 e 40-60 cm de profundidade, o que explica a ausência de resposta ao nutriente. Pode-se concluir que é necessário rever a meta de saturação por bases para a calagem do cafeeiro, que a adubação nitrogenada pode ser monitorada pela análise foliar e a adubação potássica, pela análise de solo.Item Nutrição do cafeeiro arábica em função da densidade de plantas e da fertilização com NPK(Instituto Agronômico (IAC), 2004-05) Prezotti, Luiz Carlos; Rocha, Aledir Cassiano daEmbora aumente a produtividade por área, o adensamento reduz a produção por planta, eleva sua eficiência de recuperação de nutrientes, o que contribui para a redução da quantidade de fertilizantes a ser aplicada por planta. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do cafeeiro arábica à aplicação de N (100, 300, 500 e 700 kg.ha-1 de N), P (0, 60, 120 e 180 kg.ha-1 de P2O5) e K (100, 300, 500 e 700 kg.ha-1 de K2O), cultivados em diferentes densidades de plantio (3.333, 5.000, 10.000 e 20.000 plantas por hectare). Com base em informações obtidas em cinco produções, não foram observadas diferenças significativas de produtividade em função da densidade de plantas. A resposta em produtividade do café arábica às doses de N, P e K foi variável nos diversos espaçamentos, com maior freqüência de resultados positivos a N e P e menos expressivos para K. Os teores foliares de N e P foram pouco influenciados pelas doses de N e P2O5. Os teores foliares de K foram fortemente influenciados pelas doses de K2O. Cafeeiros submetidos ao sistema de cultivo adensado apresentaram maiores teores foliares de P e K, quando comparados àqueles cultivados em espaçamento mais largo. Os solos sob cultivo adensado, quando comparados a solos sob cultivos mais largos, apresentaram variações em suas características químicas, sendo mais evidente a redução do teor de H + Al.Item Resposta de cafezais adensados à adubação NPK(Instituto Agronômico (IAC), 1999-07) Gallo, Paulo Boller; Raij, Bernardo Van; Quaggio, José Antonio; Pereira, Luis Carlos EstevesA adubação NPK para cafezais adensados, em doses por área, tem sido superestimada por derivar da recomendação para cafezais tradicionais, que é calculada por planta. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito da adubação NPK em dois cafezais adensados: um com a variedade Mundo Novo e outro com a ‘Catuaí’, em condições de produção comercial. Instalaram-se dois experimentos fatoriais, com delineamento fatorial fracionado 1/2 (4 x 4 x 4), na Fazenda Santo Antônio e na Samambaia, no município de Mococa (SP), em cafezais em plena produção. Na Santo Antônio, o ‘Mundo Novo’, em produção, tinha um espaçamento de 2,0 x 1,0 m e, na Samambaia, o ‘Catuaí’ tinha um espaçamento de 1,5 x 1,0 m. As doses de nutrientes aplicadas foram as seguintes: nitrogênio: 100, 200, 300 e 400 kg.ha-1 de N, como uréia; fósforo: 0, 30, 60 e 90 kg. ha-1 de P2O5; na forma de superfosfato triplo e potássio: 0, 80, 160 e 240 kg. ha-1 de K2O, na forma de cloreto de potássio. As adubações iniciaram-se em 1989, sendo obtidas, de 1991 a 1994, quatro colheitas em cada local. No experimento da Fazenda Santo Antônio, onde houve efeito estatisticamente depressivo de N, devem ser ressal-tados o teor médio de fósforo e o alto de potássio no solo, na amostragem inicial, e o teor elevado de N nas folhas, nas amostragens de 1992 e 1993. No experimento da Fazenda Samambaia, destaca-se o efeito significativo da adubação fosfatada sobre a produção do cafeeiro. Os resultados permitem concluir que a adubação nitrogenada em cafeeiro, em sistema adensado, poderá reduzir a produção quando há excesso de sombreamento; o teor de N total nas folhas e a análise de solo para P e K mostraram-se como ferramentas eficientes na avaliação da disponibilidade desses nutrientes e na resposta à adubação.