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    Melhoramento do cafeeiro III - Comparação entre progênies e híbridos da var. bourbon
    (Instituto Agronômico (IAC), 1950-11) Krug, C A.; Antunes Filho, H.
    Do plano geral de trabalhos sôbre o melhoramento do cafeeiro, elaborado pela Secção de Genética em 1933, faz parte o estudo de uma série de híbridos obtidos pelo cruzamento entre plantas da variedade bourbon. O estudo da produtividade e do desenvolvimento dêstes híbridos vem sendo feito paralelamente a estudos análogos nas progênies do mesmo lote, obtidas pela autopolinização das plantas utilizadas nos cruzamentos. O objetivo em vista é o de verificar se há manifestação de heterose nos híbridos e, ao mesmo tempo, efeito prejudicial da primeira autofecundação artificial, que seria revelada pelas progênies. As plantas originais, utilizadas neste estudo, tiveram uma origem comum, pois provieram de sementes colhidas em uma pequena plantação de café, perto de Campinas. Tanto as progênies como os híbridos foram plantados, em 1938, sem repetição, em linhas de 20 plantas, em um dos talhões de seleção de café na Estação Experimental Central de Campinas. Serviram de base para os estudos aqui relatados quatro progênies e onze híbridos, isto é, cinco grupos de híbridos recíprocos e um híbrido simples, cujo recíproco não pôde ser plantado por falta de número suficiente de plantas. O exame da produção foi feito em duas partes. A primeira abrangeu seis anos de colheitas sucessivas (1939 a 1944) das 20 plantas de cada lote (com exceção de um lote híbrido, que só tinha 18 plantas). A segunda cobriu um período total de 12 anos (1939 .a 1950) de observações, aproveitando-se para tanto apenas 15 plantas das progênies e 23 dos híbridos, que foram selecionados em 1944, em virtude da sua elevada produtividade média anual, e que por isso tiveram suas produções observadas nos anos seguintes. A análise estatística da produção e da sua variabilidade revelou, no primeiro caso, não existirem diferenças entre as progênies e os lotes híbridos, tanto tomados em seus conjuntos como quando analisados por grupos de duas progênies e seus híbridos recíprocos. Mesmo aos doze anos de produção, não se manifestou predominância de um grupo de plantas sôbre o outro, quanto à produção. A altura das plantas foi determinada em 1950. Pela análise realizada, concluiu-se que não há diferença estatística entre as médias das progénies e híbridos. Constatou-se, entretanto, diferença quanto à variabilidade deste caráter, que revelou ser maior nos lotes híbridos. Esta diferença na variabilidade se tornou particularmente patente em dois casos, em que se compararam, cada vez, duas progênies e os seus respectivos híbridos recíprocos. Concluiu-se, pois, que, no material estudado, não houve manifestação de heterose com relação à produtividade e à altura das plantas, nem um efeito prejudicial da autofecundação sôbre os caracteres em questão. Êste fato talvez se explique, considerando que o cafeeiro é planta predominantemente autógama e que os quatro indivíduos, cujas progénies e híbridos foram utilizados no presente estudo, têm origem comum, devendo assim possuir constituição genética muito semelhante.
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    Novas observações sôbre o dimorfismo dos ramos em Coffea arabica L.
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-01) Carvalho, A.; Antunes Filho, H.
    Numerosos exemplos de enxertia e estaquia têm mostrado que as gemas dos ramos laterais (plagiotrópicos) do café são diferenciadas de modo que, ao se desenvolverem, não possuem a capacidade de dar ramos ponteiros (ortotrópicos). São descritos dois casos independentes em que se formaram ramos ortotrópicos a partir de ramos plagiotrópicos, indicando que a perda de capacidade do ramo plagiotrópico, de produzir gemas de ramos ortotrópicos, não é total. Um outro exemplo é descrito de ramos ortotrópicos que, pelas observações até agora realizadas, parecem ter se transformado em plagiotrópicos.
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    Genética de Coffea. XIX - Mutação somática afetando a côr das fôlhas em café
    (Instituto Agronômico (IAC), 1954-05) Antunes Filho, H.; Carvalho, Alcides
    Somatic mutations usually found in Coffea arabica L. result in most cases from doubling or reduction in chromosome number. Gene instability in somatic tissues was reported for the na na and xc xc alleles which control, respectively, habit of growth and leaf size, and the color of the ripened fruits. No case of somatic instability of genes responsible for the color of leaves has been reported previously. Young leaves of coffee plants are usually green or of a dark or light bronze color ; mature leaves are green. Leaves of plants of the variety purpurascens (Coffea arabica L. var. purpurascens Cramer), however, present dark purple young leaves and slightly purple mature leaves. Purpurascens behaves as recessive to green. Among the progeny of a backcross (green x purpurascens) x purpurascens, a seedling was found that possessed normal green leaves except for two opposite branches arising from the same node. One of the branches was entirely purpurascens ; normal green and purpurascens areas could be seen in the mature leaves of the other. Since this plant had originally a non purpurascens phenotype, it should be a heterozygous Pr pr or a homozygous pr pr possessing in a heterozygous condition a factor that suppresses the expression of pr. This factor is now under investigation. The appearence of purpurascens tissues in the plant mentioned above is considered as due to a mutation of the Pr allele or of the other factor already mentioned. It is also recognized that chromosome Isos or a deficiency at one of the two loci could have produced the same result.
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    Melhoramento do cafeeiro. IV - Café Mundo Novo
    (Instituto Agronômico (IAC), 1952-04) Carvalho, A.; Krug, C. A.; Mendes, J. E. T.; Antunes Filho, H.; Morais, Hélio de; Sobrinho, J. Aloisi; Morais, M. Vieira de; Rocha, T. Ribeiro da
    Em um conjunto de cafeeiros existentes em Mundo Novo, hoje Urupês, na região Araraquarense do Estado de São Paulo, foram feitas seleções de vários cafeeiros baseando-se no seu aspecto vegetativo, na produção existente na época da seleção e na provável produção do ano seguinte. Estudou-se a origem da plantação inicial desse café, tanto em Urupês como em Jaú, chegando-se à conclusão de que é provavelmente originário desta última localidade. Progênies do café "Mundo Novo", anteriormente conhecido por "Sumatra" e derivado de plantas selecionadas em Urupês e Jaú, acham-se em estudo em seis localidades do Estado : Campinas, Ribeirão Prêto, Pindorama, Mococa, Jaú e Monte Alegre do Sul. No presente trabalho são apenas aproveitados dados referentes à variabilidade morfológica e característicos da produção das progênies dos primeiros cafeeiros selecionados em Urupês e estudados em Campinas, Jaú, Pindorama e Mococa. Em tôdas as localidades, observou-se variação nos caracteres morfológicos das progênies, verificando-se a ocorrência de plantas quase improdutivas. A maioria das progênies, no entanto, se caracteriza por acentuado vigor vegetativo. Foram estudadas as produções totais das progénies e das plantas, no período 1946-1951, notando-se que algumas progénies se salientaram pela elevada produção em tôdas as localidades. Os tipos de sementes "moca", "concha" e "chato" foram determinados em amostras de tôdas as plantas, por um período de três anos, notando-se que a variação ocorrida é da mesma ordem que a encontrada em outros cafeeiros em seleção. Procurou-se eliminar, pela seleção, cafeeiros com elevada produção de frutos sem sementes em uma ou duas lojas, característico êsse que parece ser hereditário. Os resultados obtidos de cruzamento entre os melhores cafeeiros "Mundo Novo" de Campinas e plantas da variedade murta, indicaram que esses cafeeiros são do tipo bourbon. Provavelmente, êsses cafeeiros constituem recombinações de um cruzamento primitivo entre o café "Sumatra" e o bourbon. As progênies mais produtivas do café "Mundo Novo" e livres de vários dos defeitos mencionados, já se acham em multiplicação, a fim de, em breve, serem fornecidas sementes aos lavradores, que tanto interêsse têm demonstrado por êsse café.
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    Genética de Coffea. XXI. Hereditariedade dos característicos de Coffea arabica L. var. laurina (Smeathman) DC
    (Instituto Agronômico (IAC), 1954-10) Krug, C. A.; Carvalho, A.; Antunes Filho, H.
    A variedade laurina, comparada à var. typica de Coffea arabica, se caracteriza por seu menor porte, forma cônica, ramificação mais densa, internódios mais curtos, fôlhas elíticas e menores, flôres de tamanho normal, frutos e sementes menores e afilados na base. Numerosas autofecundações e cruzamentos foram realizados e os resultados obtidos permitiram concluir que os característicos diferenciais da var. laurina são controlados por um par de fatôres genéticos recessivos, sendo as plantas laurina de constituição lrlr. As plantas híbridas (laurina x typica) são perfeitamente normais e no F2 e "backcrosses" com a var. laurina ocorrem plantas normais e laurina, nas proporções esperadas na base de segregação de um par de fatôres genéticos principais. Do cruzamento com a var. murta resultaram plantas murta e normais, indicando que os cafeeiros laurina estudados são portadores dos alelos tt. As hibridações feitas entre os cafeeiros laurina de várias procedências deram apenas plantas laurina, não se tendo, todavia, indicações se as mutações são ou não independentes. Uma única planta resultante do cruzamento com a espécie diplóide Coffea canephora apresenta fõlhas de tamanho intermediário, porém porte normal e brotos de côr bronze, característicos de C. canephora. Embora produza bebida de alta qualidade, o café laurina tem pouco valor comercial, em virtude de sua produção bem menor do que a das linhagens selecionadas da var. bourbon, ora em distribuição pelo Instituto Agronômico.
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    Melhoramento do cafeeiro. VII - Ocorrência de lojas vazias em frutos de café "mundo novo"
    (Instituto Agronômico (IAC), 1954-07) Antunes Filho, H.; Carvalho, A.
    Êste trabalho descreve a estrutura do fruto e o método utilizado na determinação da freqüência de lojas vazias dos frutos do cafeeiro, nas quais não se encontram sementes. Êste método consiste em colher, de cada planta, uma amostra ao acaso de 100 frutos maduros, que são cortados transversalmente, anotando-se em folhas apropriadas o número de sementes dos tipos chato, moca e concha, as que ocorrem em número de três por fruto e o número de lojas vazias, desprovidas de sementes. Esta última anomalia parece resultar da paralização do desenvolvimento do endosperma, o que provavelmente se dá quando esse tecido deveria começar a preencher a cavidade já bem desenvolvida do fruto. Quando isto ocorre, a loja do fruto continúa a se desenvolver normalmente, porém sem formação de semente normal. Em geral, apenas um resto de tecido se encontra dentro das lojas vazias. Pequena porção de endosperma é às vêzes encontrada, contendo ou não um pequeno embrião. Desde 1950 vêm se examinando amostras de frutos maduros do café Mundo Novo (Coffea arabica L. var. bourbon (B. Rodr.) Choussy), colhidas em tôdas as plantas de progênies plantadas nas Estações Experimentais de Campinas, Pindorama, Mocóca e Jaú, a fim de se determinar a freqüência de lojas vazias para cada uma dessas plantas. Em algumas progénies examinadas, oriundas de sementes de polinização não controlada, quasi tôdas as plantas produzem apenas pequenas quantidades de frutos com lojas desprovidas de sementes em amostras de 100 frutos, independentemente da região onde se acham plantadas. Outras progênies apresentam plantas que produzem frutos com baixa quantidade de lojas sem sementes e plantas nas quais essa quantidade é maior. A relação entre êsses tipos de plantas é relativamente constante para as mesmas progênies em regiões diferentes. A quantidade de frutos com lojas desprovidas de sementes, em amostras de 100 frutos, para uma dada planta, permanece aproximadamente a mesma de ano para ano, e aparentemente não mostra correlação com a produção total de frutos maduros, vigor, ou tipo da planta. Entre 1096 cafeeiros estudados em 4 localidades, observou-se que 456 (43%) apresentavam alta quantidade de frutos com lojas vazias. Se essa amostra fôr considerada representativa das plantações comuns de café Mundo Novo, onde não houve seleção visando eliminar esse defeito, pode-se supor que 39 a 45% de tais plantas apresentam quantidade elevada de frutos com lojas desprovidas de sementes. Verificou-se que para fins de seleção do café Mundo Novo, pode-se contar o número de frutos que flutuam em água, em amostras de 100 frutos, a fim de se ter idéia a respeito da quantidade de frutos com lojas desprovidas de sementes que êsses cafeeiros apresentam. Êsses resultados são comparáveis aos obtidos quando se cortam transversalmente os frutos e se efetua a determinação direta das lojas sem sementes. As observações realizadas indicam que a tendência de produzir frutos com lojas vazias é um característico hereditário. Embora estejam em andamento as investigações para determinar o modo de herança dêsse, característico, recomenda-se que se leve em conta a baixa incidência dêsse defeito nas plantas matrizes a serem selecionadas.
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    Genética de Coffea. XX. Resultados preliminares do tratamento de sementes de café com raios-X
    (Instituto Agronômico (IAC), 1954-08) Carvalho, A.; Antunes Filho, H.; Nogueira, R. K.
    Seeds of Coffea arabica L. were treated with X-rays in the betatron of the Department of Physics, University of São Paulo, in 1951 and 1952. Selfed seeds of the following types were treated : a) from several plants of the bourbon variety (C. arábica L. var. bourbon (B. Rodr.) Choussy )belonging to progenies that had been selfed for 4 or 5 generations ; b) two normal, diploid bourbon plants derived from haploid sporophytes by chromosome doubling ; c) one purpurascens plant (C. arabica L. var. purp urascens Cramer). A fourth set of seeds came from hybridizations between purpurascens and bourbon plants. Seeds to be treated were kept in the parchment (endocarp) and dried in the shade. Prior to treatment the parchment was removed, and the seeds were placed in petri dishes and exposed do X-rays in dosages varying from 4,200 to 150,000 r (table 1). Germination of the treated seeds was carried out on moistened filter paper in petri dishes. Out of 1,350 treated seeds 480 germinated, but only 31 seedling3 were secured. The axis of the embryos of seeds that received high X-rays' dosages did not reach more than 5 mm in length. When this size was attained the axis exhibited an abnormal thickening, accompanied by a greenish color and followed by death of the embryo. No seedlings was obtained from seeds that received more tham 14,000 r. The initial growth of the 31 seedlings from treated seeds was slower than that of seedlings from untreated controls. A few seedlings presented abnormal leaves and subnormal growth, probably as a result from the X-ray treatment. These seedlings as well as their progenies will be studied in the next years.
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    Genética de Coffea. XVIII - Variegação no cafeeiro
    (Instituto Agronômico (IAC), 1954-04) Carvalho, A.; Antunes Filho, H.
    A variegação das fôlhas do cafeeiro tanto em plantas novas como em plantas adultas tem sido freqüentemente observada. Plantas variegadas podem ocorrer espontaneamente nas progénies das diversas variedades de Coffea arabica L., motivo porque não devem constituir variedade distinta dessa espécie, como foi proposto por Cramer. As plantas variegadas em estudo puderam ser agrupadas em duas categorias, isto é, aquelas em que a variegação não se acha associada com anomalias na forma e textura das folhas e aquelas nas quais a variegação é acompanhada dessas anomalias. No primeiro grupo o padrão de variegação não é uniforme para tôdas as fôlhas, enquanto no segundo grupo o padrão é semelhante para tôda a planta. Usualmente apenas alguns ramos das plantas do primeiro grupo são variegados. Observou-se algumas vezes que as duas fôlhas do mesmo verticilo têm padrões semelhantes de variegação. Encontraram-se também fôlhas variegadas nas quais a metade da lâmina é variegada ou mesmo albina, enquanto a outra metade apresenta a côr verde normal. Os dados genéticos obtidos, embora preliminares para a maioria das plantas variegadas em investigação, permitiram concluir que o padrão de variegação da planta 180, pertencente ao primeiro grupo, é herdado pelo citoplasma e não é transmitido pelo pólen. O padrão de variegação da planta 253-21, pertencente ao segundo grupo, no entanto, parece ser transmitido pelo polen.
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    Genética de Coffea. XXII - Novas observações sôbre a influência do alelo na, na produção dos cafeeiros
    (Instituto Agronômico (IAC), 1955-12) Carvalho, A.; Antunes Filho, H.
    As progênies de cafeeiros murta são constituídas de plantas bourbon (ttNaNa), murta (ttNana) e anãs (ttnana), na proporção de 1:2:1. A fim de comparar as produções de cafeeiros bourbon e murta, progênies de 14 plantas matrizes murta foram estudadas em Campinas, cada progênie sendo inicialmente constituída de 10 plantas murta e 10 plantas bourbon. Em Pindorama estudaram-se apenas cinco progênies, constituída cada uma delas de cinco plantas murta e cinco bourbon. Tôdas foram plantadas a um pé por cova, para estudo das produções individuais. As plantas anãs não foram levadas para o campo por serem de desenvolvimento excessivamente lento e apresentarem produção pràticamente nula. Algumas delas foram conservadas em viveiro a fim de se observar seu desenvolvimento e frutificação. Verificou-se maior número de falhas entre as plantas murta do que entre as bourbon, principalmente em Campinas, indicando que os cafeeiros murta são mais fracos do que os cafeeiros bourbon. Em Pindorama esta diferença foi menos acentuada. A produção total média no período 1939-1952 em Campinas e em Pindorama foi analisada, confirmando-se os resultados já anteriormente obtidos, em Campinas, de que a produção do conjunto de plantas bourbon é bem maior do que a das plantas murta. A parte bourbon produziu cêrca de 70% a mais em Campinas e 100% a mais em Pindorama, do que a parte murta. O alelo na, além de influir sobre alguns caracteres morfológicos, deve ser o principal responsável pela drástica redução da produtividade das plantas murta. Os efeitos do alelo na não se fazem sentir no tamanho e peso dos frutos e sementes. É mais provável que a ação dêste alelo se relacione com a redução do número total de flores nas plantas murta ou no pegamento destas flôres, resultando em um menor número de frutos, em relação às plantas bourbon.
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    Melhoramento do cafeeiro. XII - Variabilidade em linhas puras de café
    (Instituto Agronômico (IAC), 1957-11) Antunes Filho, H.; Carvalho, A.
    Três progênies isogênicas de café Bourbon Vermelho, duas oriundas de cafeeiros haplóides (357-21 e RP 13) que tiveram os cromossomos duplicados e outra correspondente ao F1 (H 1934) do cruzamento entre esses dois cafeeiros, foram estudadas com relação a vários característicos, em um ensaio tipo látice balanceado, onde entraram 13 outras progênies de origens diversas. Dentre estas destacam-se as progênies Bourbon Vermelho 959 correspondente a S0, 43-18-11 correspondente a S3 do cafeeiro 43 e 43-7-7-15 e 43-7-19-13 correspondente a S4 dessa mesma planta, as quais também foram analisadas com detalhes. Com relação à altura das plantas no campo não se notou heterose no híbrido Fr que apresenta altura média intermediária. Também as autofecundações sucessivas parecem não influir na redução do vigor vegetativo. Os dados obtidos foram aproveitados para análise da variabilidade desse característico, calculando-se a variância para os canteiros e a variância total, bem como sua homogeneidade. Notou-se que Fx apresenta variância igual à de uma das linhas puras e muito próxima da outra. Das duas linhas puras, a de número 357-21Dp mostrou-se pouco mais variável, cinco anos após a transplantação para o local definitivo. Embora o híbrido F1 tenha produzido mais café cereja no conjunto de três anos do que as linhas puras, a diferença não foi significativa. O híbrido se mostrou menos variável quanto a este característico, embora as variâncias não sejam também significativamente diferentes. Nas outras progénies estudadas os valores da variância foram bem maiores, com tendência de aumento com as sucessivas autofecundações. As linhas isogênicas analisadas ano por ano deram indicações de que a variância do híbrido permaneceu menor, com exceção de um ano apenas. Variação bem acentuada foi encontrada entre as progénies constantes do ensaio no tocante às porcentagens de sementes do tipo moca. O híbrido H 1934 apresentou menor quantidade de sementes moca do que as linhas puras e significativamente menos que a progênie 357-21 Dp. Quanto à variabilidade, a do híbrido se mostrou intermediária, aproximando-se da linha pura com variância maior. As variâncias das outras progênies estudadas são bem mais elevadas, notando-se tendência de aumento com as autofecundações sucessivas. Com relação às sementes concha, a porcentagem média para o híbrido não difere das linhas puras e o valor da variância é intermediário. Para as demais progênies analisadas os valores das variâncias são maiores e mostram tendência de redução com as autofecundações. O valor da peneira média correspondente ao tamanho das sementes não difere para as três linhas isogênicas, a variabilidade sendo, porém, menor para o híbrido. Para as outras progênies não se notou redução do tamanho como efeito da autofecundação e as suas variâncias não mostram tendência de aumento ou redução nas gerações estudadas. Dos itens analisados, destacam-se como mais promissores do ponto de vista da produção e altura das plantas (a qual pode representar o vigor vegetativo) a progénie de Bourbon Vermelho 959 e a de Bourbon Amarelo J 24ex. Dependendo do característico analisado, notou-se que a variância entre plantas nos canteiros do híbrido F1 pode ser igual, intermediária ou menor do que a das linhas puras. Em nenhum caso, porém, a variância do híbrido se mostrou maior que a das linhas puras.