SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos
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Item Produtividade do cafeeiro Conilon (Coffea canephora) utilizando-se diferentes doses de gesso e preparo de covas(2003) Lani, José Antônio; Bragança, Scheilla Marina; Agrizi, Sueder; Bravim, Alonso José Bonisson; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA cafeicultura é de importância fundamental para a agricultura do Estado do Espírito Santo. Destaca-se sua importância social e econômica para o estado, onde das 86.200 propriedades rurais existentes, o café é cultivado em cerca de 70% do total e movimenta aproximadamente 450 milhões de reais envolvendo 350 mil pessoas, somente no setor de produção. Tem-se encontrado nos solos da região do Terciário uma camada adensada a cerca de 20 a 30 centímetros e baixos teores de cálcio principalmente nas camadas subsuperficiais. Isso pode dificultar a penetração de raízes do cafeeiro a maiores profundidades, reduzindo assim a produtividade. Os dados climáticos da região indicam freqüentes irregularidades na precipitação pluviométrica e os constantes períodos de estiagens têm comprometido o desenvolvimento e a produtividade do cafeeiro, ocasionando grandes prejuízos aos cafeicultores. Pensando em reduzir esses prejuízos é que se avaliou vários clones e várias dosagens de gesso em dois sistemas de preparo de covas, brocão e sulco, em Latossolo Amarelo, na região do Terciário, no município de Sooretama - ES. Antes da implantação do experimento foram feitas amostragens de solo das profundidades de 0 a 20 cm, de 20 a 40 cm, de 40 a 60 cm e de 60 a 80 cm de profundidade, em vários pontos da área. Foi aplicado calcário em toda a área de acordo com as análises de solo da profundidade de 0 (zero) a 20 centímetros, utilizando-se o método de saturação por bases (V=70%). Aplicou-se 1,2 toneladas de calcário dolomítico por hectare e incorporou-se com aração e gradagem. Abriu-se covas de 50 x 50 x 50 cm com o brocão e aplicou-se dentro de cada cova junto com a terra da superfície, 150 gramas de calcário dolomítico, 200 gramas de superfosfato simples, 20 gramas de FTE BR 8 e 3 litros de esterco de curral. Em área anexa, abriu-se sulcos com o sulcador, de tal forma que tínhamos 5 linhas de covas feitas com o brocão e cinco linhas de covas feitas com o sulcador, alternando-se na área. As adubações na área dos sulcos foram as mesmas que as da área das covas feitas com o brocão (volume/volume). Aplicou-se o gesso na superfície do solo antes do plantio, em faixas cobrindo toda a área, de tal forma que tanto a área dos sulcos como a área do brocão recebiam as mesmas quantidades de gesso na superfície de acordo com cada tratamento. Os tratamentos foram: 0 (zero); 1,0; 2,0; 3,0 e 4,0 toneladas de gesso por hectare na superfície do solo. Foi efetuado o plantio dos clones 02, 75, 14, 120 e o 76, plantados cada clone em uma linha, transversalmente ao sentido da aplicação das diferentes doses de gesso. O espaçamento utilizado foi o de 2,5 metros entre linhas e 1,0 metro entre plantas na linha. O delineamento experimental é o de blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas, com dosagens de gesso nas parcelas e os clones nas subparcelas, com 4 repetições. As melhores produtividades foram obtidas com o sistema brocão. Para a região do Terciário, na área em estudo, as melhores produtividades obtidas para as dosagens de gesso tanto para brocão quanto para sulco, ficaram em torno de 1 ton./ha. Os clones mais produtivos foram o 02 e o 76.