SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos
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Item Ácaros predadores em agroecossistema cafeeiro, variedade catucaí, município de Vitória da Conquista - Bahia(2003) Ribeiro, Ana Elizabete Lopes; Boaretto, Maria Aparecida Castellani; Gondim, Manoel G. C.; Nascimento, Maria de L.; Lemos, Odair Lacerda; Khouri, Camila Rodrigues; Silva, Katiane Santiago; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo deste trabalho foi identificar ácaros predadores em cafeeiros, bem como a sua relação com ovos, formas jovens e adultas de Brevipalpus phoenicis. Os estudos foram realizados em cultivo de cafeeiro variedade catucaí, localizado no campo agropecuário da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, campus de Vitória da Conquista, BA. Foram realizadas 29 amostragens, em intervalos quinzenais, durante o período de agosto de 2001 a setembro de 2002, coletando-se 12 folhas, 5 ramos e 20 frutos por planta, em 10 plantas ao acaso das 50 que compunham a área útil do experimento. O material coletado foi acondicionado em sacos de papel, identificado e transportado ao Laboratório de Entomologia da UESB. Neste, o material foi mantido em uma câmara climatizada tipo B.O D., com ajuste de temperatura de 12 º C, até o momento da contagem, feita com auxílio de um microscópio estereoscópio, observando-se as amostras (folhas, ramos e frutos) na sua totalidade. Os ácaros foram conservados em álcool 70% e posteriormente enviados ao Taxonomista Dr. Manoel Guedes Gondim Junior da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foram examinados 188 exemplares e identificadas sete famílias, dez gêneros e quatro espécies de ácaros predadores. Dentre as famílias, Phytoseiidae foi a predominante (63,3%), seguida de Ascidae (22,3%), Cunaxidae (5,9%), Stigmaeidae (4,8%), Eupodidae (1,5%), Cheyletidae e Bdellidae (1,1%). Os gêneros e espécies identificadas foram: a) Phytoseiidae: Amblyseius herbicolus, Iphiseiodes zulugai, Euseius concordis e Leonseius regularis; b) Ascidae: Asca sp; c) Cunaxidae: Armascirus sp; d) Stigmaeidae: Agistemus sp; e) Eupodidae: Eupodes sp; f) Cheyletidae: Mexecheles sp e g) Bdellidae: Bdella sp. As espécies A.herbicolus,I.zulugai,E.concordis, L.regularis, Mexecheles sp e Agistemus sp são importantes predadores de B. phoenicis. Não houve influencia (influência) significativa de ácaros predadores na população de ovos de B. phoenicis; em contrapartida verificou-se correlação significativa negativa sobre as fases jovens e adultas de B. phoenicis. Os ácaros predadores estavam presentes em todos os órgãos da planta, sendo que nas folhas encontravam-se na face inferior, no interior da domáceas. Foram encontrados ácaros predadores em plantas oportunistas como Bidens pilosa.Item Acompanhamento técnico econômico de café orgânico efetuado no período 2000/01 e 2002/03 em Uraí - Paraná(2003) Barbosa, Paulo Sérgio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEste trabalho foi desenvolvido no período de 2000/2003 através de coleta de dados do produtor Jasson Fernandes de Oliveira, no município de Uraí, Estado do Paraná. A coleta de dados foi realizada através de cadernos específicos com anotações de custos fixos e variáveis da atividade para estimar o custo total de produção por saca beneficiada, considerou-se o processo de produção como todas as atividades envolvidas na produção da cafeicultura orgânica, dentro do seu ciclo produtivo, ou seja, entrada e saída de produto. Os dados foram processados numa planilha eletrônica elaborada pela EMATER- Paraná. Na análise dos dados, observou-se que o custo médio total de produção da saca de café beneficiada ficou em R$ 145,30, na safra 2000/01 e R$ 101,72 na safra 2002/03. Na decomposição dos custos 43,40% e 56,03%, representam o custo fixo e 56,60% e 43,96% o custo variável respectivamente para as safras 2000/01 e 2002/03. O estudo revelou que em todos os anos pesquisados ocorreu lucro super normal, ou seja, o preço de venda da saca de café no período R$ 190,00 e R$ 255,60, pagaram todos os custos de depreciações, custos alternativos e remuneração do capital, e ainda proporcionou um adicional para o produtor de R$ 44,70 e R$ 153,88 respectivamente, com alta rentabilidade nos dois períodos pesquisados, sendo de 30,76% e 151,27%. Considerando os anos pesquisados, o custo significativo com a mão de obra rural, reflete as condições naturais impostas pela tecnologia orgânica, exigindo que a maioria das operações na lavoura de café orgânica seja dependente do esforço físico. Indica também, que essa tecnologia pode ser uma atividade estratégica para o pequeno produtor.Item Adaptabilidade e estabilidade de produção em variedades de café Conilon(2003) Ferrão, Romário Gava; Ferrão, Maria Amélia Gava; Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Cecon, Paulo Roberto; Cruz, Cosme Damião; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA cafeicultura capixaba do Conilon representa 70% do café robusta (Coffea canephora) produzido no Brasil e em 2002 foi responsável por 7% do café produzido e comercializado no mundo. No Estado é plantado em diferentes condições edafoclimáticas e em diferentes níveis tecnológicos, o que pode ser observado pela baixa produtividade média de 18 sacas/ha, tendo, contudo muitos agricultores com produtividades médias acima de 100 sacas de café beneficiado por hectare. Nos trabalhos de melhoramento, a detecção da interação genótipo x ambiente significativa é o fator que mais onera e dificulta a pesquisa. Estudos de estratificação de ambientes e de estimativas de adaptabilidade e estabilidade de produção são alternativas para definição de ambientes para a execução da pesquisa e de seleção de genótipos para lançamento e recomendação de cultivares. Atualmente, existem dezenas de metodologias apropriadas para estudo da interação genótipo x ambiente e estimativas de adaptabilidade e estabilidade, sendo que a escolha da metodologia depende do objetivo e grau de detalhamento do trabalho, do número de ambientes, da característica a ser avaliada e dos dados disponíveis. Estudos de adaptabilidade e estabilidade visam a discriminação dos genótipos, quanto a sua adaptação e recomendação, nos aspectos de adaptabilidade geral, para ambientes favoráveis e para ambientes desfavoráveis; e informações de previsibilidade, que são fatores importantes pois permitem acurácia e precisão na recomendação de cultivares. Este trabalho objetiva avaliar a interação genótipo x ambiente e estimar a adaptabilidade e estabilidade de produção de oito genótipos de café Conilon (3 variedades clonais, 4 variedades experimentais e 1 variedade de propagação por semente), avaliados em quatro ambientes representativos da cultura no Estado do Espírito Santo, por quatro colheitas (1998 a 2001). Os experimentos foram instalados em abril de 1996, no delineamento de blocos casualizados, com quatro repetições, e parcelas formadas por 24 plantas, no espaçamento de 2,5 x 1,0 m. Foram realizadas as análises de variâncias individuais e conjunta envolvendo a interação tripla genótipo x local x ambiente. As análises de adaptabilidade e estabilidade de produção foram feitas pelas metodologias de Eberhart e Russel (1966) e Cruz e Vencovsky (1989), utilizando o programa computacional GENES. A produtividade média das cultivares variou de 14,2 sc/ha (primeira colheita, Sooretama - sem irrigação) a 105, 6 sacas/ha (segunda colheita, Sooretama-com irrigação), com média geral de 54,28 sacas beneficiadas por hectare, e os coeficientes de variação experimental estiveram entre 11,20 a 31,3% com média de 17,72%. Na análise conjunta, verificou-se diferenças significativas pelo teste F para anos (A), locais (L) e as interações G x A, G x L, A x L, G x A x L. Apesar de não haver diferença significativa entre os genótipos, eles apresentam alto potencial produtivo, com produtividade de até 105,61 sacas/ha e comportamentos diferenciados com as variações de anos, locais e as interações. Tais resultados mostram a necessidade de avaliação de cultivares em diferentes ambientes e anos para se ter segurança em recomendações e, também, a necessidade de estudo de estratificação de ambientes para designar os mais similares, visando o racionamento de mão de obra e recursos na execução do programa. Na análise de adaptabilidade e estabilidade, nas duas metodologias, os genótipos mostraram-se com adaptabilidade geral (²À 1 =1). Para a maioria dos genótipos houve boa previsibilidade, indicada pelos elevados coeficientes de determinação (R 2 >80%) e desvio da regressão estatisticamente igual a zero (S 2 d =0). Não foi identificado o genótipo ideal, que apresentasse todos os atributos como: média alta, resposta positiva a melhoria de ambiente (²À 1i < 1, ²À 1i + ²À 2i >1) e alta previsibilidade (S 2 d =0). Destacaram-se duas variedades experimentais, com produtividades de 79,84 e 80,10 sacas/ha, em ambientes favoráveis, e de 37,58 e 35,19 sacas/ha em ambientes desfavoráveis, respectivamente; ²À 1i e ²À 1i + ²À 2i estatisticamente igual a um, desvios de regressão(S 2 d) estatisticamente igual a zero e elevados coeficientes de determinação (R 2 >90).Item Adaptação de um descascador doméstico de café para a preparação de amostra com vistas à determinação de Ocratoxina A (OTA)(2003) França, Regina Coeli A.; Vargas, Eugênia A.; Cristofolo, Antônio Augusto O.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA necessidade da avaliação da contaminação de OTA (Ocratoxina A) em amostras de café em coco, considerando de forma independente a contribuição da casca e dos grãos de café, sem a contaminação cruzada na moagem consecutiva de diferentes amostras, resultou na modificação de um descascador de café disponível comercialmente. A utilização inicial do descascador doméstico de café marca Pinhalense (modelo DRC-2), composto por estrutura metálica (compacta); moega de entrada com registro de carga; cilindro descascador (compacto) com rotor, vazadeira e bica de condução/entrada na coluna de ventilação, coluna de separação da palha com ventilador, registro de ar e saída da palha, (caixa coletora de grãos e motor), com o propósito de descascar amostras de café em coco para serem utilizadas na determinação de OTA mostrou-se ineficiente, já que o mesmo não possibilitava uma limpeza criteriosa e descontaminação das partes internas, no sentido de evitar a contaminação cruzada das amostras. Desta forma, observou-se a necessidade da adaptação do mesmo, para atender as necessidades do Laboratório de Controle de Qualidade e Segurança Alimentar - LACQSA no preparo de amostras. Na adaptação do equipamento, foram feitas secções nos blocos anteriormente compactos como o cilindro descascador e a estrutura metálica superior nos quais foram colocadas presilhas para permanecerem devidamente fechados após a limpeza e no momento da operação. Também foi feita uma adaptação de utilização de saco de TNT no tubo de saída da palha para recolher as cascas e resíduos destinados à análise de Ocratoxina A, que é lavado e seco após cada amostra. O equipamento adaptado permite a limpeza (aspiração e jato de ar comprimido) de todos os compartimentos por onde passa o café durante e após o descascamento, evitando desta forma a contaminação cruzada entre amostra, resultando na separação de grãos e cascas e evitando a dispersão de pó para o ambiente. O equipamento adaptado atendeu as necessidades do LACQSA no monitoramento do café e poderá ser disponibilizado para outros laboratórios e instituições de pesquisa, assim como para a própria indústria.Item Adubação de nitrogênio e potássio na cultura do cafeeiro Conilon em Rolim de Moura, Rondônia(2003) Mendes, Angelo Mansur; Costa, Rogério Sebastião Corrêa da; Leônidas, Francisco das Chagas; Veneziano, Wilson; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA importância da cafeicultura no estado de Rondônia reflete no cenário nacional onde ocupa posição de destaque. Entretanto sua produtividade é inferior à produtividade nacional indicando a necessidade de tecnologia válida ou desenvolvida para o Estado. Neste sentido a adubação representa um importante insumo para sustentabilidade da cafeicultura. O presente trabalho tem como objetivo determinar as doses de N e K para lavouras de cafeeiro Conilon com 8 anos de cultivo. O experimento foi instalado em área de produtor situada no município de Rolim de Moura - RO sob Latossolo Vermelho com as seguintes propriedades químicas: pH 5,4; fósforo 8 mg/dm3; potássio 1,80 mmol/dm3; cálcio 30 mmol/dm3; magnésio 15mmol/dm3; hidrogênio + alumínio 25 mmol/dm3; matéria orgânica 8 g/kg; soma de base 46,8 mmol/dm3; capacidade de troca 71,8 mmol/dm3 e saturação de base 65%. O clima da região de estudo é tropical chuvoso, Aw conforme a classificação de Koppen, apresenta pluviometria anual entre elevada a moderadamente elevada e período de estiagem nítido. O delineamento experimental utilizado foi bloco casualizado com tratamentos dispostos num esquema fatorial completo (4 x 4), com 4 níveis de nitrogê-nio como fonte a úreia (0, 80, 160 e 240 gramas de N/planta) e 4 níveis de potássio como fonte cloreto de potássio (0, 60, 120 e 180 gramas de K2O/planta). Os parâmetros avaliados foram produtividade e teor de nitrogênio total e potássio nas folhas coletadas no período de frutificação (fase chumbinho). O teor de potássio nas folhas foi igual ou superior ao nível crítico enquanto que o teor de nitrogênio foi abaixo, em todos os tratamentos. Entretanto, essas análises foliares não refletiram as produtividades obtidas nos diferentes tratamentos. Houve interação na resposta de adubações nitrogenada e potássica, onde o maior rendimento (61 sc/ha) foi obtido no tratamento de 200g de N/planta e 120g de K2O/planta.Item Aleloquímicos nas folhas dos cafeeiros influenciando a predação do bicho mineiro por vespidae(2003) Fidelis, Elisângela Gomes; Silva, Flávio Marquini da; Picanço, Marcelo Coutinho; Galvan, Tederson Luiz; Silva, Ézio Marques da; Pereira, Jardel Lopes; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféDiversos fatores influem a produtividade do cafeeiro. Dentre estes fatores, as pragas são responsáveis por danos expressivos à cultura. É de fundamental importância o conhecimento dos fatores determinantes da intensidade de ataque das pragas para o planejamento de estratégias e táticas de controle. Entre os principais fatores envolvidos em tal fenômeno estão os elementos climáticos, o controle biológico natural e fatores da planta hospedeira. O bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é praga chave da cafeicultura devido a sua ocorrência generalizada nos cafezais e aos grandes prejuízos causados. Este lepidóptero é uma praga monófaga, atacando somente o cafeeiro. Seu ciclo biológico varia de 19 a 87 dias (ovo: 5-10 dias, larva: 9-40 dias e pupa: 4-26 dias) e a longevidade do adulto é de 15 dias. As larvas se alimentam do parênquima foliar formando minas, o que causa redução da área fotossintetizante e senescência precoce das folhas atacadas causando grandes prejuízos na lavoura. Nos cafezais o controle biológico do bicho mineiro é realizado por predadores e parasitóides e entomopatógenos. Os principais preda-dores do bicho mineiro são adultos de Hymenoptera: Vespidae. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar as relações entre as taxas de predação do bicho mineiro do cafeeiro por Hymenoptera: Vespidae e o teor de aleloquímicos nas folhas do cafeeiro. Esta pesquisa foi conduzida em lavoura de café catuaí pertencen-te à Universidade Federal de Viçosa. Foram amostradas plantas de café em cinco locais, nos quais se avalia ram as taxas de predação do bicho mineiro por Vespidae nos terços apical, mediano e basal do dossel das plantas e os teores de aleloquímicos nas folhas. Confeccionaram-se curvas de predatismo e dos teores de aleloquímicos nas folhas e realizaram-se análises de correlação de Pearson a p < 0,05 entre as taxas de predação do bicho mineiro por Vespidae e os teores de aleloquímicos. Verificou-se que as maiores concentra-ções de cafeína nas folhas do cafeeiro ocorreram no período de setembro a outubro em folhas apicais, medi-anas sem infestação e nas folhas basais com infestação da praga. Nas folhas medianas com infestação e nas folhas basais sem infestação pela praga, a maior concentração de cafeína ocorreu no período de março a maio. As maiores concentrações de 3-metilxantina, nas folhas apicais do cafeeiro, ocorreram no período de setembro a outubro e nas medianas as maiores concentrações de 3-metilxantina ocorreram em outubro. Nas folhas basais sem infestação da praga as maiores concentrações de 3-metilxantina ocorreram em março. Nas folhas basais com infestação da praga as maiores concentrações de 3-metilxantina ocorreram em setembro. As maiores concentrações do ácido clorogênico ocorreram em setembro em folhas apicais sem e com infestação da praga, folhas medianas sem e com infestação da praga e em folhas basais sem e com infestação da praga. As maiores concentrações do ácido cafeico ocorreram em setembro de 2000 em folhas apicais com infestação da praga, folhas medianas sem e com infestação da praga e em folhas basais sem e com infestação da praga. Nas folhas apicais sem infestação da praga a maior concentração ocorreu em outubro. Verificou-se que o número médio de minas de L. coffeella predadas no dossel das plantas de café foi elevado de agosto de 2000 a novembro de 2001. Nesse período, o número médio máximo de minas predadas atingido foi de 0,90, 0,70 e 0,79 minas predadas por par de folhas no ápice, meio e na base das plantas de café, respectivamente. No período de novembro de 2001 até o final das avaliações o número médio de minas predadas foi reduzido, sofrendo pequenas variações e chegando a um mínimo de 0,10, 0,03 e 0,05 minas predadas por par de folhas no ápice, meio e na base das plantas de café, respectivamente. Verificou-se que o número médio de minas de L. coffeella predadas nas folhas apicais do cafeeiro apresentou correlação positiva com a concentração de cafeína em folhas apicais com infestação da praga (r = 0,72) e com a concentração do ácido clorogênico em folhas apicais sem infestação da praga (r = 0,79). O número médio de minas de L. coffeella predadas nas folhas medianas do cafeeiro apresentou correlação positiva com a concentração do ácido clorogênico em folhas medianas sem infestação da praga (r = 0,90) e com a concentração do ácido cafeico em folhas medianas sem infestação da praga (r = 0,74). O número médio de minas de L. coffeella predadas nas folhas basais do cafeeiro apresentou correlação positiva com a concentração de cafeína em folhas da base com infestação da praga (r = 0,57) e com a concentração do ácido cafeico em folhas basais com infestação da praga (r = 0,58).Item Alteração das propriedades químicas do solo devido a calagem em lavoura de café no estado de Rondônia(2003) Mendes, Angelo Mansur; Costa, Rogério Sebastião Corrêa da; Leônidas, Francisco das Chagas; Veneziano, Wilson; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA predominância de solos ácidos no estado de Rondônia com elevados teores de alumínio trocável, baixos teores de cálcio e magnésio trocáveis, indica a necessidade de calagem. Entretanto essa prática nem sempre tem sido empregada o que proporciona o cultivo de café em solos ácidos. Essa situação contribui para o baixo rendimento da cultura devido ao menor volume de solo explorado pelas raízes do cafeeiro, presença de alumí-nio e manganês tóxicos e ainda baixa disponibilidade dos principais nutrientes como o fósforo, cálcio, magnésio entre outros. A correção da acidez do solo em área de cafezais também gera alguns questionamento sobre as propriedades químicas do solo por causa da impossibilidade de incorporar calcário nas camadas mais profun-das. O objetivo desse trabalho é avaliar o efeito da calagem nas propriedades químicas do solo como: pH, cálcio, magnésio, alumínio, hidrogênio + alumínio, capacidade de troca catiônica e saturação de base. Foi instalado um experimento em área de produtores de café Conilon no município de Machadinho do Oeste, em Latossolo Amarelo com as seguintes características químicas: pH 4,4; fósforo 3 mg/dm 3 ; potássio 0,94 mmol/ dm 3 ; cálcio 9,5 mmol/ dm 3 ; magnésio 2,12 mmol/ dm 3 ; alumínio 9,60 mmol/ dm 3 ; hidrogênio+alumínio 68,94 e saturação de base 15%. O delineamento experimental utilizado foi bloco casualizados com 4 doses de calcário ( testemunha, saturação de base 40; 60 e 80%) com 4 repetições. As parcelas experimentais eram constituídas de 6 plantas úteis. Aplicou-se metade da dose de calcário em novembro/2000 e outra metade em dezembro de 2001. Foram coletados amostras de solo nas camadas de 0-20 e 20-40cm em maio de 2001 e de 2002. As primeiras amostras de solo indicam que o pH elevou - se conforme a quantidade de calcário aplicado nitidamente na camada superficial embora esse calcário aplicado atingiu a camada de 20-40 cm conforme os dados da segunda coleta de solo (março/2002). O calcário neutralizou o alumínio tóxico, elevou os teores de cálcio e magnésio, reduziu o teor de hidrogênio+alumínio, praticamente manteve a capacidade de troca catiônica e elevou a saturação por bases próxima aos teores desejados confor-me os tratamentos, exceto o tratamento de 80% de saturação por bases. O calcário aplicado na camada superficial do solo, sob cafeeiros Conilon, promoveu melhoria nas condições das duas profundidades estudadas possibilitando ao sistema radicular explorar maior volume de solo.Item Alteração nas características químicas de solos com rampas utilizadas no tratamento de águas residuárias da lavagem e despolpa dos frutos do cafeeiro por escoamento superficial(2003) Matos, Antonio Teixeira de; Pinto, Andressa Bacchetti; Pereira, Odilon Gomes; Soares, Antônio Alves; Monaco, Paola Alfonsa Lo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA atividade de lavagem e despolpa de frutos do cafeeiro, necessária para redução do custo de secagem dos grãos e melhoria na qualidade da bebida, gera grandes volumes de águas residuárias, de grande poder poluente. Em virtude das restrições impostas ao seu lançamento em cursos d’água, a implantação e o desenvolvimento de novas formas de tratamento e disposição dessas águas tornaram-se necessários e urgentes. Dentre vários métodos por disposição no solo, tem-se o método de escoamento superficial, em cujo processo a água residuária é aplicada em altas taxas na parte superior de uma rampa vegetada, ficando sujeita ao escoamento superficial, condição que possibilita sua depuração ao longo da rampa de tratamento. Em vista do potencial fertilizante que as águas residuárias da lavagem e despolpa dos frutos do cafeeiro (ARC) podem proporcionar no solo, ou mesmo prejudicá-lo se forem dispostas de maneira não criteriosa, este trabalho teve como objetivo avaliar as alterações químicas no solo com rampas vegetadas utilizadas no tratamento de águas residuárias da lavagem e despolpa dos frutos do cafeeiro por escoamento superficial. As forrageiras utilizadas foram o azevém (Lolium multiflorum L.), a aveia-preta (Avena strigosa Schreb) e o milheto (Pennisetum americanum L.), cujo semeio delimitou-se em parcelas de 3,0 x 2,0 m (6 m 2 ), com espaçamento de 0,20 m entre linhas de plantio e 1 m entre parcelas, em solo com declividade de 5%. A taxa de aplicação da ARC foi equivalente a 250 kg.ha -1 .dia -1 de DBO 5 , durante 14 semanas, sendo a ARC aplicada apenas nos dias úteis. De acordo com os nutrientes contidos na ARC, foram aplicados, em média, 78,27; 6,53; e 10,29 kg.ha -1 .semana -1 de K, P e Ca, respectivamente. Após o término do experimento, em todas as parcelas experimentais foram feitas coletas de amostras de solo, em diferentes profundidades, a fim de se investigarem os possíveis efeitos da aplicação da água residuária nas características químicas do solo. Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que os nutrientes aplicados no solo por meio da ARC, à exceção do K, não foram suficientes para proporcionar acúmulo na camada de 0 a 0,20 m de profundidade e a aplicação de ARC durante quatro meses de cultivo de azevém, aveia-preta e milheto proporcionou redução nas concentrações de P disponível, Ca e Mg trocáveis no solo.Item Alterações das características fotossintéticas do cafeeiro à restrição do volume radicular(2003) Ronchi, Cláudio Pagotto; Chaves, Agnaldo Rodrigues de Melo; Moraes, Gustavo Adolfo Bevitori Kling de; Batista, Karine D.; Loureiro, Marcelo Ehlers; DaMatta, Fábio Murilo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEste trabalho foi realizado para estudar as alterações das características fotossintéticas à restrição do volume radicular, imposta por diferentes tamanhos de vasos, tendo em vista a contribuição de decréscimos potenciais da capacidade fotossintética pelo aumento da relação fonte:dreno. Mudas de Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho IAC-44, com quatro pares de folhas, foram plantadas em vasos de 3, 10 e 24 L, utilizando-se de uma mistura de solo, areia e matéria orgânica como substrato. Adotou-se um delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis repetições. Aos 115 dias após o transplantio, avaliaram-se as trocas gasosas e vários parâmetros de fluorescência, em três períodos do dia (9, 12 e 15 h). As taxas de assimilação líquida de carbono (A), condutância estomática (g s ), e transpiração (E) foram medidas em sistema aberto, sob luz saturante artificial (900 mmol m -2 s -1 ) e concentração ambiente de CO 2 . Avaliaram-se, ainda, o potencial hídrico foliar (Y w ), às 14:00 h, e a concentração de clorofilas. Nos vasos pequenos, de modo geral, apesar de não terem ocorrido reduções significativas na eficiência de transferência da energia para os centros de reação do FSII, observaram-se decréscimos no coeficiente de extinção fotoquímica e no rendimento quântico do transporte de elétrons, e aumento na fração de energia dissipada termicamente. Em comparação ao vaso de maior volume, as plantas cultivadas nos vasos de 3 L apresentaram reduções em A de 28, 34 e 23%, nos três horários avaliados, respectivamen-te. Não foram observadas diferenças em Y w , apesar de as plantas dos pequenos vasos terem exibido um aumento de 4ºC na temperatura foliar, em relação à das plantas dos outros tratamentos. Isso indica que, para manterem a economia hídrica, as plantas fecham seus estômatos para limitar E, resultando assim em redução na perda de calor latente. Verificou-se, ainda, decréscimos significativos nas concentrações de clorofilas a, b e de carotenóides. Nos vasos pequenos, paralelamente a limitações estomáticas, a redução da força do dreno, imposta pela restrição do crescimento de raízes, pode ter causado a retroinibição da fotossíntese.Item Alterações na bebida do café despolpado secado em terreiro de concreto, lama asfáltica, terra, leito suspenso e em secadores rotativos(2003) Borém, Flávio Meira; Reinato, Carlos Henrique Rodrigues; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO presente estudo foi realizado no Pólo de Tecnologia em Pós-Colheita de Café, na Universidade Federal de Lavras, MG, e teve como objetivo avaliar a qualidade do café despolpado secado em terreiro de concreto, lama asfáltica, terra, leito suspenso e em secadores horizontais. Foram realizadas duas colheitas de cerca de 30.000 litros de café. Após a colheita sobre pano, o café foi abanado, lavado e separado em função de sua densidade. A porção formada pelo café cereja foi então descascada e submetida ao despolpamento por meio de fermentação em tanques apropriados por 24 horas. Foram realizadas duas comparações entre a qualidade do café secado em diferentes tipos de terreiro e secado em secador rotativo. Nas duas comparações, 240 litros do café despolpado foram distribuídos em terreiros de terra, lama asfáltica e concreto, com espessura de 5cm e no leito suspenso com espessura de 10cm. Todas as amostras de café permaneceram nos terreiros até o teor de 11% (b.u.) de umidade final. Simultaneamente, cerca de 12000 litros do café despolpado foram pré-secados em terreiro de concreto durante 3 dias e, em seguida, submetidos à secagem mecânica em dois secadores de 5000 litros. Em um secador a temperatura máxima atingida na massa de café foi de 40°C e no outro secador, 45°C. Na primeira comparação o controle da temperatura foi realizado com um termopar localizado a 350mm de profundidade. Na segunda comparação, o controle da temperatura foi realizado com o termômetro bimetálico localizado na parte externa do cilindro do secador. Nas secagens realizadas nos terreiros o café foi revolvido diariamente em intervalos de 40 minutos e as condições climáticas registradas por um termohigrógrafo. Para a avaliação da qualidade do café foi realizada análise sensorial do produto seco pela prova de xícara. As amostras secadas em terreiro de concreto, lama asfáltica e leito suspenso apresentaram bebida classificada como Mole, enquanto a amostra secada em terreiro de terra a bebida foi classificada como Dura. Observou-se uma manutenção da qualidade do café secado com temperatura de 40°C com o controle realizado com o termopar localizado a 350mm de profundidade. Neste caso, o café foi classificado como de bebida Mole. Nos demais testes de secagem, o café foi classificado como de bebida Dura. Ressalta-se que mesmo no teste em que a temperatura máxima na massa de 40°C controlada pelo termômetro bimetálico, a bebida foi Dura. Nestas condições de secagem, a temperatura atingida na massa de café é, na verdade, bem superior ao valor indicado pelo termômetro. Recomenda-se, para garantir a manutenção da qualidade do café despolpado, a instalação de termômetro com haste de pelo menos 300mm de comprimento e que a temperatura indicada por este termômetro não ultrapasse 40°C.Item Amostragem sequencial de vespidae predador de Leucoptera coffeella em folhas da parte apical do cafeiro(2003) Antônio, Adilson de Castro; Oliveira, Ivênio Rubens de; Picanço, Marcelo Coutinho; Gusmão, Marcos Rafael; Pereira, Jardel Lopes; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEste trabalho objetivou determinar plano de amostragem sequencial para Vespidae predadores do bicho-mineiro, Leucoptera coffeella Guérin-Meneville (Lepidoptera: Lyonetidae) em folhas da parte apical do café. A unidade amostral correspondeu a um par de folhas inserida no sexto nó do ramo apical. A densidade crítica utilizada para tomada de decisão foi o nível de não ação (NNA) de 60% de minas predadas que correspondem a 0,9 minas predadas/folha. Utilizou-se a metodologia baseada no teste da razão de probabilidade seqüencial para determinar os limites de tomada de decisão para o plano seqüencial de amostragem. Foram determinadas as curvas de característica de operação e do número médio de amostra para a validação do plano de amostragem seqüencial. Os dados da variável minas de L. coffeella predadas por Hymenoptera: Vespidae apresentaram ajuste ao modelo binomial negativo. Os limites de decisão para amostragem de minas predadas por Vespidae foram m o = 1,20 e m 1 = 1,80 minas predadas/duas folhas e o valor K do modelo binomial negativo foi igual a 0,23. Os valores dos interceptos (h1 e h2) e da inclinação (S) foram -39,874, 39,874 e 1,462, respectivamente. O tamanho mínimo de amostras para as tomadas de decisões (decisão de não controlar, continuar a amostragem ou tomar decisão de controle) foi de 28 amostras. Baseando-se nas curvas características de operação a probabilidade de decisão incorreta de controle do bicho mineiro em função da densidade de minas predadas é pequena quando a densidade de minas predadas estiver abaixo ou acima do nível de não ação (NNA=1,8 minas predadas/duas folhas). Entretanto é baixa a eficiência do sistema de amostragem para esta variável devido a variável minas predadas ter apresentado alto índice de agregação K=0,23 e alta variabilidade. Verifica-se que para uma probabilidade de 80% de recomendação de controle a densidade de minas predadas deve ser de 5,8 minas predadas/duas folhas, valor este que é muito superior ao nível de não ação. Verificou-se que são requeridos altos números médios de amostras para amostragem da predação de Vespidae em folhas do terço apical em função desta variável ter apresentado alta variabilidade e pelo baixo valor de K. Os limites críticos para tomada de decisão definem três zonas de decisão. A primeira é a que representa a densidade de minas abaixo da qual a amostragem deve ser interrompida e tomar-se a decisão de controlar a praga para o caso da contagem de minas predadas. A segunda é representada pela densidade a qual deve-se tomar medida de não controlar a praga, já que a ação de Vespidae predadores vem mantendo a densidade de minas predadas abaixo do nível de não ação. Já a terceira zona de decisão é representada pelas densidades intermediárias entre as decisões de não controlar e controlar a praga devendo-se continuar a amostragem. Com 90% de probabilidade (a = b = 0,10) as densidades acumuladas de minas predadas amostradas no sexto par de folhas inseridas no terço apical do dossel do cafeeiro, serão classificadas como abaixo ou acima do nível de dano econômico, e portanto uma das decisões de parar a amostragem e não controlar a praga, continuar a amostragem ou tomar a decisão de controlar a praga, deve ser feita. Embora as densidades de minas possam atingir uma densidade que justifique uma tomada de decisão logo nas primeiras amostras, é necessário ser realizado um número mínimo de 28 amostras para amostragem de minas predadas. Entretanto, caso a densidade acumulada de insetos durante a amostragem permaneça entre os limites inferior e superior até um número máximo de 160 amostras deve-se parar a amostragem e voltar na lavoura 7 dias após para reiniciar a amostragem.Item Amostragem sequencial de vespidae predadores do bicho mineiro com avaliação de presença/ausência em folhas do terço apical do cafeeiro em lavouras em formação(2003) Oliveira, Ivênio Rubens de; Picanço, Marcelo Coutinho; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Fidelis, Elisângela Gomes; Gontijo, Lessando Moreira; Gusmão, Marcos Rafael; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é praga chave do café. As larvas se alimentam do parênquima foliar formando minas, causando sérios prejuízos à cafeicultura. Para minimização desses prejuízos deve-se realizar o monitoramento dos níveis de infestação desse inseto-praga e seus inimigos naturais. Entre os mais importantes inimigos naturais do bicho mineiro do cafeeiro estão os Hymenoptera: Vespidae. Existem duas formas possíveis de realização de amostragem de pragas e seus inimigos naturais: utilizando-se planos convencionais ou seqüenciais. O plano de amostragem seqüencial tem vantagens sobre o plano convencional por possibilitar amostragens mais rápidas, baratas e precisas. Assim, esse trabalho objetivou determinar um plano de amostragem seqüencial de Vespidae predadores do bicho mineiro com avaliação de presença/ausência em folhas do terço apical do cafeeiro em lavouras em formação. Foram estudados tamanhos de amostra compostos para plano de amostragem convencional a 5, 10, 15, 20 e 25% de precisão. Os valores do intercepto (a) e inclinação (b) da lei de potência de Taylor para o número de minas predadas/folha no terço apical foram a = 1,2084 ± 1,1792 e b = 1,0324 ns ± 0,0573 com R 2 = 97,29%. O número de amostras em função do coeficiente de variação de 5, 10, 15, 20 e 25% para os planos convencionais com avaliação de presença/ausência de minas predadas foram: 9477, 2369, 1053, 592 e 379 amostras/talhão, respectivamente. Para o plano de amostragem seqüencial com avaliação da presença/ausência de minas predadas do bicho mineiro em folhas do terço apical do dossel do cafeeiro o intercepto e a inclinação das linhas de tomada de decisão de controle foram 2,1280 e 0,4991, respectivamente. Em 100% das situações usando-se plano de amostragem seqüencial com avaliação da presença/ausência de minas predadas do bicho mineiro em folhas do terço apical do dossel do cafeeiro tomou-se decisões mais rápidas e baratas que no plano convencional de amostragem. Os números mínimo e máximo de amostras para tomada de decisão usando-se plano de amostragem seqüencial com avaliação da presença/ausência de minas predadas do bicho mineiro em folhas do terço apical do dossel do cafeeiro são 6 e 335 amostras/talhão, respectivamente. Em densidades menores que 20% e maiores que 80% de folhas com minas predadas no terço apical do cafeeiro o uso de plano de amostragem seqüencial com avaliação da presença/ausência de minas predadas do bicho mineiro possibilitará em 100% das situações tomar-se-á decisão de não controle com cerca de 7 amostras/talão o que representará uma economia de cerca de 98% de tempo e custo em relação ao plano convencional de controle. A menor economia do plano de amostragem seqüencial ocorreu em densidades de Vespidae predadores de 50% de minas predadas quando se toma decisões com 17 amostras/talhão trazendo uma economia de cerca de 96% do tempo e custo de amostragem.Item Amostragem sequencial do bicho mineiro do cafeeiro em folhas do terço apical do dossel das plantas(2003) Rosado, Jander Fagundes; Oliveira, Ivênio Rubens de; Picanço, Marcelo Coutinho; Moreno, Shaiene Costa; Gusmão, Marcos Rafael; Semeão, Altair Arlindo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO bicho mineiro do cafeeiro Leucoptera coffeella (Guérin-Méneville) (Lepidoptera: Lyonetiidae) é praga chave da cafeicultura devido a sua ocorrência generalizada nos cafezais e aos grandes prejuízos causados. Seu ciclo biológico varia de 19 a 87 dias (ovo: 5-10 dias, larva: 9-40 dias e pupa: 4-26 dias) e a longevidade do adulto é de 15 dias. As larvas se alimentam do parênquima foliar formando minas, o que causa redução da área fotossintetizante e senescência precoce das folhas atacadas causando grandes prejuízos na lavoura. Para a adoção de práticas racionais de manejo de pragas é necessário conhecer o nível de controle e fazer o monitoramento dos níveis de infestação dos insetos-praga e seus inimigos naturais. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar a melhor unidade amostral para a amostragem do bicho mineiro do cafeeiro em termos de minas com lagartas do bicho mineiro do cafeeiro em folhas do terço apical do dossel das plantas. Utilizou-se a metodologia baseada no teste da razão de probabilidade seqüencial para determinar os limites de tomada de decisão para o plano seqüencial de amostragem. Foram determinadas as curvas de característica de ope-ração e do número médio de amostra para a validação do plano de amostragem seqüencial. Os dados da variável minas de L. coffeella apresentaram ajuste ao modelo binomial negativo. Os limites de decisão para amostragem de minas com lagartas foram m o = 2 e m 1 = 3 minas com lagartas/duas folhas e o valor K do modelo binomial negativo foi igual a 1,05. Os valores dos interceptos (h1 e h2) e da inclinação (S) foram - 18,026, 18,026 e 2,443, respectivamente. O tamanho mínimo de amostras para as tomadas de decisões (decisão de não controlar, continuar a amostragem ou tomar decisão de controle) foi de 8 amostras. A proba-bilidade de tomar uma decisão incorreta é muito pequena quando a densidade de minas com lagartas está abaixo ou acima do nível de controle. As lavouras que apresentam densidade de minas com lagartas inferior a duas minas a probabilidade de não controlar é de 80%, à medida que a densidade de minas com lagartas aumenta, aproximando do nível de controle (NC = 3 minas com lagartas/duas folhas), a probabilidade de não controlar é reduzida, sendo de 5%, ou seja, 95% de probabilidade de efetuar o controle quando a densidade é de 3 minas com lagartas/duas folhas. As curvas do número médio de amostras indicam os números médios de amostras requeridos para tomar uma decisão em função das densidades dos insetos. Estes números tendem a ser pequenos quando as densidades populacionais estão próximas das densidades críticas de tomada de deci-são. Verifica-se que são requeridos 30 e 20 amostras para a amostragem de minas com lagartas quando as densidades estão próximas de 2 e 3 minas com lagartas/duas folhas, respectivamente. Os limites críticos para tomada de decisão definem três zonas de decisão. A primeira é a que representa a densidade de minas a baixo (abaixo) da qual a amostragem deve ser interrompida e toma-se a decisão de não controlar a praga. A segunda é representada pela densidade a qual deve-se tomar uma medida de controle da praga, ou seja, densidades acima deste limite causam danos econômicos. Já a terceira zona de decisão é representada pelas densidades intermediárias entre as decisões de não controlar e controlar a praga. Sendo que a amostragem deve continu-ar quando for (forem) verificadas densidades que se encontram entre esses limites. Desta forma pode-se concluir com 90% de probabilidade (a = b = 0,10) que as densidades acumuladas de minas com lagartas amostradas no sexto par de folhas inseridas no terço apical do dossel do cafeeiro, serão classificadas como abaixo ou acima do nível de dano econômico, e portanto uma das decisões de parar a amostragem e não controlar a praga, continuar a amostragem ou tomar a decisão de controlar a praga, deve ser feita. Embora as densidades de minas possam atingir uma densidade que justifique uma tomada de decisão logo nas primeiras amostras, é necessário ser realizado um número mínimo de oito amostras. Entretanto, caso a densidade acumulada de insetos durante a amostragem permaneça entre os limites inferior e superior até um número máximo de 40 amostras deve-se parar a amostragem e voltar na lavoura 7 dias após para reiniciar a amostragem.Item Análise comparativa entre lixiviação de potássio, condutividade elétrica, ácido clorogênico e métodos de quantificação da atividade da polifenol oxidase em extrato semipurificado de amostras de café de diferentes padrões de qualidade(2003) Vitorino, Patrícia de Fátima Pereira Goulart; Alves, José Donizeti; Malta, Marcelo Ribeiro; Magalhães, Marcelo Murad; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Meyer, Laudiene Evangelista; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEste trabalho teve por objetivo a análise comparativa entre lixiviação de potássio, condutividade elétrica, teor de ácido clorogênico e entre métodos de quantificação da atividade da polifenol oxidase em extratos semipurificados de amostras de café, provenientes de várias regiões do estado de Minas Gerais. Essas amostras, após classificadas por degustadores especializados, foram transportadas para o laboratório, refrigeradas a 5°C, onde permaneceram até o momento das análises. Nas condições em que foram realizados os experimentos concluiu-se que: os valores de lixiviação de potássio e condutividade elétrica aumentaram com a piora da qualidade dos cafés. Ao contrário do teor de ácido clorogênico que não variou em função da qualidade da bebida, a atividade da polifenol oxidase mostrou interposição entre os cafés classificados como estritamente mole, mole, apenas mole e duro e entre os cafés riado e duro. A amplitude de variação da atividade da polifenol oxidase, quantificada pelo método espectrofotométrico e pelo oximetro, para as seis classes de café, mostra a existência de interposições entre as faixas de amplitude, tomadas com base na classificação quanto à qualidade da bebida pelos degustadores. A lixiviação de potássio, a condutividade elétrica e a atividade da polifenol oxidase se adequam para separar amostras de café consideradas de melhor qualidade (estritamente mole, mole, apenas mole) das de pior qualidade (duro e riado), colocando em último lugar, a amostra rio. Estas características não se apresentaram adequadas em separar cafés dentro de suas diferentes classes.Item Análise da expressão de seqüências de genes tipo RGA em espécies de Coffea resistentes e susceptíveis ao nematóide Meloidogyne exigua(2003) Orsi, Cíntia H.; Maluf, Mirian Perez; Gonçalves, Wallace; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféApesar de não ser a espécie de nematóide mais patogênica ao cafeeiro, M. exigua provavelmente é a que causa mais danos na agricultura. Estimativas da redução no crescimento de plantas em viveiro e no campo e de perdas na produção pelo ataque deste patógeno mostraram ser bastante significativa. A utilização de variedades resistentes é a alternativa preferencialmente utilizada para o controle de nematóides. Entretanto, até o momento, apenas o cultivar Apoatã (C. canephora) apresenta resistência a nematóides, e é utilizado como porta-enxerto para os cultivares de C. arabica, os quais são extremamente susceptíveis. Uma vez que os mecanismos de resistência a patógenos não são bem conhecidos, a dificuldade de se identificar precisamente os genes envolvidos é elevada. Uma abordagem adotada para a identificação destes genes em outras espécies vegetais tem sido a utilização de similaridades moleculares entre estes. Assim, genes relacionados com mecanismos de resistência têm sido clonados a partir de indivíduos naturalmente resistentes. Para a identificação de análogos de genes de resistência, RGAs, em diferentes espécies é utilizada a homologia presente nos domínios protéicos de sítio de ligação a nucleotídeos e região rica em leucina (NBS-LRR). Através desta metodologia, foram identificadas duas famílias distintas de RGAs em diferentes espécies de café. Este trabalho teve como objetivo o estudo dos mecanismos de resistência a nematóides, a partir da avaliação da expressão de RGAs em plantas de café resistentes e susceptíveis, na presença e ausência do nematóide M. exigua. Para tal, foram desenhados oligonucleotídeos específicos para RGAs de café, a partir das seqüências de RGAs identificadas em trabalho anterior. A expressão destes genes foi avaliada através da metodologia de RT-PCR em progênies de café segregantes para a resistência a M. exigua. As progênies são provenientes de linhagens do cultivar Icatu Vermelho, variedade de C. arabica. Como resultado desta avaliação foi observada a expressão basal de RGAs em raízes não-inoculadas. Além disso, verificou-se que plantas resistentes e susceptíveis apresentaram padrões distintos de expressão de RGAs, observados ao longo do tempo após a inoculação de M. exigua. Esta variação é mais acentuada durante o período de estabelecimento do sítio de alimentação em células da raiz infectada pelo nematóide. Análises de restrição das seqüências expressas demonstraram que estas não possuem polimorfismos na região avaliada. Este trabalho representa o primeiro passo para o entendimento dos mecanismos moleculares envolvidos na resistência de cafeeiros a nematóides. Estudos de regulação gênica e de transdução de sinal são os próximos passos para a elucidação deste mecanismo de resistência da planta.Item Análise das novas tendências do cooperativismo: o caso de uma cooperativa de café(2003) Pereira, Rodrigo A.; Campos, Cláudia Aparecida de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNo atual contexto econômico, todas organizações almejam a eficiência para ocupar, de forma definitiva, seu espaço nesse universo globalizado. O cooperativismo é uma forma de organização da produção, bem como de coordenação de sistemas agroindustriais. Com as novas premissas econômicas, após a abertura de mercados e da modernização da agricultura fazem com que as organizações se adaptem a um novo padrão de eficiência e de alocação de recursos. O desafio das estruturas cooperativas modernas é manter o seu papel de sistema produtivo centrado no homem e, ao mesmo tempo, desenvolver organização, capaz de competir co empresas de outras naturezas com orientação para o mercado, fazendo com que as cooperativas aumentem sua competitividade para sobreviverem em um mercado fortemente concorrencial. Desta forma este estudo teve como objetivo analisar a atual gestão de uma conceituada Cooperativa de Café, em relação às novas tendências do cooperativismo; a) fazendo uma breve apresentação do histórico da cooperativa; b) identificando as principais dificuldades da gestão da cooperativa em relação às novas tendências do cooperativismo. Quanto a metodologia trata-se de uma pesquisa exploratória, com natureza das variáveis qualitativas, especificamente um estudo de caso. Conclui-se que a Cooperativa de Café em estudo, apesar de ter uma boa reputação e imagem consolidada, a mesma não está conseguindo acompanhar as mudanças necessárias. A atual gestão, principalmente no que se refere a gestão estratégica, sua atuação ainda é muito restrita. Para a cooperativa se posicionar estrategicamente é preciso mudar modelos mentais e paradigmas, o que é difícil não só para a cooperativa em estudo, mas em geral nas cooperativas brasileiras por não existir a separação da propriedade e controle, levando com isso a complexidade dos negócios e da própria gestão. Já em relação as dificuldades encontradas pela gestão em se adaptar às novas tendências do cooperativismo, foram identificados sete pontos onde a cooperativa atualmente encontra dificuldades de se adaptar à novas tendências. São elas: cultura, conflitos, posicionamento (orientação para o mercado), profissionalismo, empreendedorismo, sistema de informação e concorrência. Além dessas dificuldades identificadas, a principal é que a cooperativa não possui uma visão estratégica de médio e longo prazo, quer dizer não existe um planejamento para se adaptar às novas tendências do cooperativismo.Item Análise de derriça de frutos do cafeeiro submetidos à vibração em laboratório(2003) Souza, Cristiano Marcio Alves de; Queiroz, Daniel Marçal de; Pinto, Francisco de Assis de Carvalho; Cecon, Paulo Roberto; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféSeja pela arquitetura da planta e/ou desuniformidade de maturação e teor de umidade elevado, a colheita dos frutos do cafeeiro é considerada uma das mais difíceis de ser executada. As máquinas para a colheita dos frutos do cafeeiro desenvolvidas utilizam a vibração e/ou impacto como princípio de funcionamento. Para o desenvolvimento dessas máquinas é necessário, primeiramente, conhecer as propriedades mecânicas da madeira, a geometria do cafeeiro e a influência de parâmetros de vibração com detalhes, para que a partir daí, modelos matemáticos possam ser desenvolvidos para analisar a dinâmica da planta e auxiliar no projeto. Assim, este trabalho teve como objetivo estudar os efeitos da freqüência (13,3; 15,0; 18,3 e 20,0 Hz) e amplitude (11, 22 e 33 mm) de vibração e do comprimento do galho do cafeeiro (100 e 400 mm) sobre a derriça dos frutos de café Catuaí Vermelho, nos estádios de maturação verde, cereja e passas. O trabalho foi desenvolvido no DEA-UFV e os frutos de café utilizados nos testes foram obtidos em Fazendas localizadas na Região do município de Viçosa, MG. Uma máquina vibradora foi desenvolvida para a realização dos ensaios de derriça, sendo seu acionamento feito por um motor elétrico de 0,735 kW de potência, um inversor de freqüência, que foi acoplado ao sistema visando à variação da velocidade angular do motor elétrico e um sistema biela-manivela, com raio da manivela variável. Os galhos foram coletados aleatoriamente durante todo o dia e os ensaios realizados com no máximo duas horas após a coleta. Foram realizados dois ensaios, um visando analisar o tempo de derriça e outro visando analisar a eficiência de derriça. Para determinar o tempo que os frutos levavam para serem derriçados, os galhos foram cortados e preparados de forma que apenas um fruto fosse colocado na máquina em cada teste. Após esse ensaio foram ensaiados os galhos com dois tamanhos num intervalo de 10 segundos. Nos testes, foram determinados o diâmetro médio do galho, o comprimento e diâmetro do pedúnculo, o número de frutos verdes, cerejas e passas derriçados, a massa dos frutos e seus respectivos volumes. Montou-se um experimento no esquema de parcelas subdivididas, em que as parcelas constituíam as amplitudes, enquanto as subparcelas constituíram as freqüências de vibração, o tamanho dos galhos, o estádio de maturação dos frutos e a posição que esses se encontravam no ramo plagiotrópico, segundo o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os dados de eficiência e tempo de derriça foram submetidos à análise de variância e de metodologia de superfície de resposta, sendo os modelos escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão, utilizando-se o teste t a 0,05 de probabilidade e o coeficiente de determinação. A análise estatística dos dados foi realizada utilizando-se o programa computacional SAEG, versão 8. As amplitudes de vibração de 22 e 33 mm e as freqüências de vibração de 18 a 20 Hz proporcionaram maior eficiência de derriça e menores tempos de derriça dos frutos de café. A derriça de frutos no estádio de maturação cereja e passas foi mais fácil de ser realizada. Os frutos no estádio de maturação passas/secos demandaram menos tempo para serem derriçados que os verdes e cerejas. A posição dos frutos no ramo plagiotrópico não influenciou o tempo de derriça. Galhos mais longos dificultaram o processo de derriça.Item Análise de híbridos interespecíficos em Coffea por citometria de fluxo(2003) Fontes, Bárbara Pereira Dantas; Carvalho, Carlos Roberto de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféMétodos de análise do conteúdo de DNA por citometria de fluxo foram originalmente desenvolvidos para estudos em células humanas. Esta metodologia é baseada no uso de fluorocromos DNA-específicos e na análise da intensidade de fluorescência do núcleo corado. Em plantas, a introdução desta metodologia tem sido adaptada para as mais diversas análises, principalmente para avaliação de ploidia, quantificação do tamanho genômico, variações da quantidade de DNA intra e inter-específicas, apoptose, e correlações da quantidade de DNA com variações ambientais. Em estudos de melhoramento genético de plantas, a citometria de fluxo tem sido utilizada principalmente no monitoramento e identificação de híbridos. No presente estudo, amostras das espécies C. racemosa (2x), C. arabica (4x), dos supostos híbridos interespecíficos UFV 557 e das plantas H920, resultantes do retrocruzamento entre C. arabica e UFV 557.3, tiveram seus conteúdos de DNA estimados por citometria de fluxo. Folhas jovens e vigorosas das plantas foram previamente lavadas, acondicionadas em recipiente contendo água destilada e mantidas a 4°C. Após a assepsia, fragmentos de 2 cm 2 foram cortados, com auxílio de uma lâmina de barbear, em 1 mL de solução tampão de lise. A suspensão foi filtrada em uma tela de 30 µm de diâmetro, e transferida para tubos de Eppendorf. Após centrifugação, o sobrenadante foi removido e a camada de núcleos ressuspendida em tampão. A suspensão nuclear foi corada com solução 15 µM de 4’,6-diamidino-2-phenylindole (DAPI), por 10 a 15 minutos, no escuro, e analisada por um citômetro de fluxo equipado com três parâmetros e lâmpada HBO, de arco de mercúrio 100 W, para excitação em UV. Amostragens com coeficientes de variação acima de 3.06% foram desconsideradas. Os valores de DNA estimados para as plantas UFV 557.1; UFV 557.2; UFV 557.3; UFV 557.4; UFV 557.6 foram de 1.95 a 1.97 pg, intermediários aos valores de C. racemosa (2x=1.11 pg) e C. arabica (4x= 2.77 pg), confirmando o caráter triplóide das plantas UFV 557. Os híbridos obtidos entre C. arabica e UFV 557.3 apresentaram valores de 2.75 a 2.79 pg, próximos ao valor do tetraplóide. Os resultados obtidos confirmaram que a citometria de fluxo é uma metodologia importante no monitoramento e identificação de híbridos de Coffea em programas de melhoramento.Item Análise de repetibilidade em café Conilon(2003) Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Sediyama, Tocio; Cruz, Cosme Damião; Sakiyama, Ney Sussumu; Ferrão, Romário Gava; Ferrão, Maria Amélia Gava; Bragança, Scheilla Marina; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO estudo de repetibilidade visa tornar mais eficaz o desenvolvimento de programas de melhoramento genético, por permitir a identificação e a seleção de individuos superiores em um menor prazo, sem o comprometimento da precisão necessária, possibilitando assim o maior ganho genético anual. Este trabalho objetivou estimar o coeficiente de repetibilidade do caráter produção de grãos em Coffea canephora, variedade Conilon, por três diferentes métodos, de forma a tornar possível quantificar a precisão das medidas avaliadas, predizer o valor real do indivíduo com base em n avaliações e determinar o número de medidas fenotípicas que devem ser tomadas em cada indivíduo para que se obtenha o nível de precisão adequado na discriminação eficiente de genótipos. O coeficiente de repetibilidade (r) e de determinação (R 2 ), foram estimados com base em 4 colheitas (1989 a 1992) de um experimento no qual se estudou o comportamento de 80 genótipos, na Fazenda Experimental de Marilândia, munícipio de Marilândia-ES, num solo do tipo Latossolo Vermelho-Amarelo, situado a uma altitude de 150 m, precipitação pluviométrica média anual da ordem de 1200 mm, mal distribuídos, e temperatura média das máximas de 33,5°C e média das mínimas de 13,9°C. O trabalho foi instalado num delineamento estatístico de blocos ao acaso com 4 repetições, com parcelas experimentais de 6 plantas úteis e espaçamento de 3 x 1,5 m. Utilizou-se três métodos: análise de variância com efeito temporário de ambiente removido do erro (1), componentes principais, obtidos da matriz de correlações (2) e da matriz de covariâncias (3). Os métodos utilizados proporcionaram diferentes estimativas de r, sendo o maior valor obtido no método (3), que considera a correlação entre cada par de medições. A precisão na predição do valor real dos indivíduos (R 2 ), com base em 4 colheitas, variou entre 65,32 e 81,59%, dependendo do método. Aumentando-se o número de colheitas de 4 para 6, a precisão aumenta para valores entre 73,84 e 86,92%. A partir da sexta colheita, contudo, este aumento torna-se inexpressivo, não sendo mais justificado, tendo em vista o tempo necessário e os custos dispendidos.Item Análise dialélica de cafeeiros enxertados, avaliados na fase de implantação no campo(2003) Ferrari, Rafael Binda; Sakiyama, Ney Sussumu; Tomaz, Marcelo Antonio; Cruz, Cosme Damião; DaMatta, Fábio Murilo; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Zambolim, Laércio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféUm experimento de enxertia em café foi avaliado na fase de implantação no campo. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com 20 tratamentos e 3 blocos. Foram utilizados os seguintes genótipos de porta-enxerto: Emcapa 8141 (Robustão Capixaba), Conillon M.1, Apoatã IAC 2258 e o Mundo Novo IAC 376-4-32. Os genótipos de enxerto foram: Catuaí Vermelho IAC15, Oeiras MG 6851 e as linhagens UFV H419-10-3-1-5 e H514-5-5-3, sendo todos estes Coffea arabica L. As seguintes características foram avaliadas: Altura média de planta, área foliar média, número médio de nós por ramo plagiotrópico primário e diâmetro médio de copa. As medições foram realizadas em três épocas diferentes e iniciadas quando as plantas atingiram 12 meses após o transplantio, na qual a época 1 foi no dia 04/03/2001, a época 2 no dia 15/06/2001 e a época 3 no dia 11/10/2001. Neste trabalho o objetivo da análise dialélica foi identificar os melhores genótipos com relação à capacidade geral de combinação (C.G.C.) dos enxertos e porta-enxertos, ou seja, quais foram os melhores enxertos e os melhores porta-enxertos, além da Capacidade específica de combinação (C.E.C.) que permite inferir qual foi o melhor enxerto e o melhor porta-enxerto na média dos tratamentos. Utilizou-se o teste F a 5% de probabilidade na análise de variância para averiguação das médias. Para a característica altura média de planta, apenas na época 3, (ALT3) a capacidade geral de combinação (C.G.C.) do enxerto significativa, indicando que o enxerto que melhor combinou foi o ‘H419-10-3-1-5’ seguido do ‘Catuaí 15’. A C.G.C. do porta-enxerto e a C.E.C. não apresentou resultados significativos. Para a característica área foliar média, na época 1 (AF1) a avaliação da C.G.C. do porta-enxerto foi significativa, neste caso o porta-enxerto ‘Emcapa 8141’ seguido do ‘Mundo Novo’ foram os melhores porta-enxertos estudados e para AF2 a C.G.C. do enxerto foi significativa, onde o melhor enxerto na época 2 foi o ‘H419-10-3-1-5’ seguido do ‘Catuaí 15’. Em número médio de nós, a C.G.C. do porta-enxerto foi significativa nas épocas 1 e 2 mostrando que o ‘Mundo Novo’ e o ‘Emcapa 8141’ foram os melhores porta-enxerto dentre os estudados. A C.G.C. do enxerto foi significativa nas três épocas, confirmando a superioridade do ‘H419-10-3-1-5’ e do ‘Catuaí 15’ como bons enxertos. A característica diâmetro médio de copa (DCO) nas três épocas estudadas apresentou C.G.C. do enxerto significativa confirmando novamente que o ‘H419-10-3-1-5’ foi o que melhor combinou na média com os porta-enxertos. O ‘H514-5-5-3’ para quase todas as características avaliadas apresentou efeito negativo como enxerto.