SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos
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Item Efeito das estações do ano na calogênese e formação de embriões em oito genótipos de Coffea arabica(2003) Almeida, Julieta Andrea Silva; Fazuoli, Luiz Carlos; Ramos, Luís Carlos da Silva; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA clonagem de plantas é um dos processos de alto valor tecnológico para o melhoramento de plantas. Neste processo, a embriogênese somática é essencial para se obter a clonagem, constituindo-se de múltiplos passos para atingir a regeneração. Inicia-se com a formação de massas pró-embriogênicas, seguida pela formação do embrião somático, maturação, dissecação e regeneração das plantas. O embrião somático é uma estrutura bipolar, assemelhando-se a um embrião zigótico, que se desenvolve a partir de uma célula somática sem conexão vascular com o tecido original. Todos os processos metabólicos em árvores são controlados por fatores exógenos (temperatura, precipitação, fotoperíodo) e endógenos (hormonal), que variam conforme a estação do ano. Possivelmente, as diferentes alterações metabólicas sofridas pelas plantas do cafeeiro possam influenciar o processo de embriogênese somática ao longo das diferentes estações do ano, dependendo das condições fisiológicas das plantas doadoras de explantes. Nesse estudo avaliou-se a influência da época do ano na calogênese e formação de embriões de oito genótipos de Coffea arabica [H-4782-10-225 (C. 1076), H-4782- 7-724 (C. 1297), H-4782-7-625 (C. 1056), H-4782-7-785 (C. 1400), H-4782-7-585 (C. 557), H-4782- 7-788 (C. 1977), H-3717-5 (C. 662) e H-3717-9 (C. 1300)]. Estes genótipos pertencem ao germoplasma Icatu, oriundos do Programa de Melhoramento do Cafeeiro, do IAC, que se originou a partir do cruzamento entre Coffea arabica cv Bourbon Vermelho e Coffea canephora cv Robusta, feito em 1950. Coletaram-se mensalmente folhas das plantas dos oito genótipos em campo experimental do IAC, em Campinas, ao longo dos anos de 2000, 2001 e até junho de 2002. Os explantes foram inoculados em meio de indução de calos, sendo transferidos, quando atingiam 20 a 30 mm de diâmetro, para a formação de embriões, que foram postos a germinar. Avaliou-se a intensidade de formação de calos, o seu crescimento (em diâmetro) e a formação de embriões. A intensidade de formação de calos foi medida pela maior ou menor formação dos calos ao redor do explante (nota visual, onde a ausência de formação recebeu nota 0 e a maior formação 4). A intensidade de formação de calos foi maior nas estações de primavera (3,3) e verão (2,8) e menor no outono (1,8) e inverno (1,5). O diâmetro dos calos apresentou resultado similar à intensidade de formação de calos tanto nas estações de primavera (21,7 mm) e verão (17,4 mm) quanto de outono (11,0 mm) e inverno (3,7 mm). Além disto, no outono e inverno, os genótipos 1300, 1400 e 1977 não formaram calo ou, quando o fizeram, o diâmetro foi muito reduzido. O genótipo 662 atingiu em média maior diâmetro de calo (27,8 e 17,3 mm) enquanto o 557 o menor (7,6 e 1,1 mm), nos anos de 2000 e 2001, respectivamente. Por outro lado, a formação de embriões foi maior no verão (508) e outono (1491) e muito reduzida na primavera (89) e inverno (19).