SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos
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Item Desenvolvimento de metodologia para o controle de Meloidogyne exigua em cafeeiro por produtos de origem fúngica(2003) Amaral, Daniel Rufino; Pantaleão, José Antônio; Oliveira, Denilson Ferreira de; Campos, Vicente Paulo; Nunes, Alexandro S.; Borges, Daniella I.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféOs nematóides parasitas de plantas, conhecidos como fitonematóides, causam grandes prejuízos à agricultura, correspondendo a um dos maiores problemas fitossanitários para culturas de importância econômica como o café. Estima-se que somente na safra de 1998/1999 o Brasil tenha perdido em torno de R$ 1 bilhão devido à atuação desses fitoparasitas nos cafezais brasileiros. Tendo como meta o desenvolvimento de nova metodologia de controle de fitonematóides, este trabalho foi realizado com o objetivo inicial de identificar filtrados fúngicos produtores de substâncias tóxicas a Meloidogyne exigua Goeldi, 1887, que é amplamente disseminado pelos cafezais brasileiros, principalmente no sul de Minas Gerais. Logo, vinte e quatro isolados fúngicos, obtidos de diferentes fontes, foram cultivados em meio de cultura líquido. As misturas resultantes foram filtradas, dando origem a líquidos que foram denominados filtrados fúngicos. Estes foram submetidos a testes in vitro com juvenis do segundo estádio (J2) de M. exigua, o que permitiu observar que aqueles provenientes de Fusarium moniliforme Shelden e Cylindrocarpon Magnusianum (Sacc.) Wollenw apresentavam consideráveis efeitos tóxicos sobre o referido nematóide. A seguir, os filtrados de ambos os fungos foram submetidos a testes in vivo com mudas de café (Coffea arabica L. cv Catuaí), de seis meses de idade. Para isso, foram inoculados cerca de 2000 ovos de M. exigua por planta e, logo em seguida, aplicaram-se 20 mL dos filtrados. O delineamento empregado para o experimento foi de blocos casualisados, com 6 repetições e três testemunhas: 1) planta sem inoculação de ovos; 2) planta com inoculação de ovos; 3) planta com inoculação de ovos e aplicação do nematicida comercial Aldicarbe. Após 90 dias avaliou-se o número de galhas por sistema radicular, o que permitiu observar que o filtrado produzido por F. moniliforme proporcionou os melhores resultados. Logo, conclui-se que os metabólitos do fungo apresentam potencial para emprego no controle de M. exigua em cafeeiros.Item Efeito de indutores de resistência na eclosão e mortalidade de juvenis de segundo estádio (J2) de Meloidogyne exigua(2003) Salgado, Sônia M. Lima; Resende, Mário Lúcio Vilela de; Campos, Vicente Paulo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO parasitismo do cafeeiro por Meloidogyne exigua Goeldi constitui um fator importante para a cafeicultura brasileira, em função da larga disseminação desse nematóide principalmente nas lavouras de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia. A relação parasítica de M. exigua com o cafeeiro pode provocar uma série de modificações no desenvolvimento normal da planta hospedeira, principalmente devido a alterações no estado nutricional do cafeeiro, decorrente da deficiente absorção e translocação de água e nutrientes, alterando assim o vigor das plantas. A indução de resistência e/ou resistência adquirida que envolve a ativação de mecanismos de defesa latentes existentes nas plantas em resposta ao tratamento com agentes bióticos ou abióticos, representa uma alternativa potencialmente útil no manejo de fitodoenças. Embora tenha sido amplamente pesquisada como medida potencialmente útil no manejo de patógenos foliares do cafeeiro, a ativação da resposta de defesa do cafeeiro contra fitonematóides não tem sido relatada. Sabe-se que um produto ativador da resposta de defesa nas plantas, para atuar como indutor de resistência, deve sensibilizar a planta para a ativação dos seus mecanismos de defesa estruturais e bioquímicos em reposta à presença do patógeno e não como um agente antimicrobiano direto. Diante disso, esse trabalho teve como objetivo avaliar a eclosão e mortalidade de juvenis de segundo estádio (J2) de M. exigua na presença dos indutores acibenzolar-S- metil (Bion), ácido salicílico (AS), fosfito de potássio e silicato de potássio. A partir de raízes de cafeeiro infectadas por M. exigua foram extraídos ovos pela técnica de Hussey e Barker (1973). A eclosão de M. exigua nos indutores foi avaliada pela incubação de aproximadamente 800 ovos em 5 mL de cada indutor, distribuídos em placas de Petri (4,5 cm de diâmetro). Os indutores Bion e AS foram testados nas dosagens de 0,2; 0,35 e 0,5 g i.a./L, fosfito de potássio e silicato de potássio nas dosagens de 5,0; 7,5; e 10,0 mL/L). O ensaio foi instalado em blocos casualizados com 4 repetições empregando-se água como testemunha. Aos 15 dias de incubação dos ovos nos indutores, em temperatura de 20-25°C avaliou-se a porcentagem de J2 eclodidos. A mortalidade dos J2 na presença dos indutores nas dosagens citadas anteriormente foi avaliada empregando-se lâminas escavadas com 120 mL dos indutores adicionados de aproximadamente 15 indivíduos J2 recém-eclodidos. Esse ensaio foi instalado em blocos casualizados com 4 indutores em 3 dosagens e teve como testemunhas o Aldicarbe (500 ppm) e água. Empregaram-se 3 repetições representadas pela média de 3 unidades amostrais. Mantiveram-se as lâminas em câmara úmida preparada com placa de Petri (9 cm) forrada com papel umedecido e, após 24 horas da imersão dos J2 nos indutores, avaliou-se a porcentagem de juvenis eclodidos pela técnica de Chen e Dickson (2000). As dosagens dos indutores não influenciaram (P£0,05) a eclosão de M. exigua. Menor eclosão de M. exigua ocorreu igualmente (P£0,05) no silicato de potássio e ácido salicílico (AS), indicando que esses indutores possivelmente apresentam efeito nematicida. Diferença significativa não foi detectada na eclosão dos J2 em água comparando-se com o Bion, mas, por outro lado, a eclosão de M. exigua em fosfito de potássio foi superior à eclosão na testemunha (água). O fosfito de potássio provavelmente estimulou o desenvolvimento embrionário dos ovos e, por conseguinte, a eclosão dos J2 demonstrada pela maior eclosão dos J2 no fosfito comparado com a água. No ácido salicílico (AS), a mortalidade dos J2 foi a mesma observada no Aldicarbe (P£0,05), indicando um efeito altamente tóxico do AS sobre M. exigua. Os demais tratamentos causaram a mesma mortalidade a J2 de M. exígua, porém superior à mortalidade observada em água. Diante disso, observou-se que nas dosagens empregadas, o Bion, não foi tóxico à M. exigua, entretanto o ácido salicílico (AS) apresentou efeito tóxico a M. exigua demonstrado pela inibição da eclosão e alta mortalidade dos J2.Item Efeito de extratos de plantas sobre Meloidogyne exigua do cafeeiro(2003) Pantaleão, José Antônio; Amaral, Daniel Rufino; Nunes, Alexandro S.; Oliveira, Denilson Ferreira de; Campos, Vicente Paulo; Borges, Daniella I.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféMeloidogyne exigua (Goeldi, 1887) é o nematóide mais danoso à cafeicultura de Minas Gerais. Apresenta grande distribuição nesse estado e está presente em várias outras regiões produtoras de café no Brasil, inclusive em áreas contaminadas com as espécies M. incognita e M. paranaensis. Apesar de haver diversas medidas para a exclusão ou diminuição da população desse nematóide no campo, o emprego destas em cafezais estabelecidos é bastante limitado, o que torna a utilização de nematicidas quase a única alternativa para combater o problema. Como o uso desses produtos tem causado contaminação do aplicador, da produção e das águas subterrâneas e superficiais, várias pesquisas vêm sendo realizadas para a obtenção de novas substâncias menos agressivas ao homem e ao meio ambiente. Sabendo-se do potencial de substâncias de origem vegetal para o controle de fitonematóides, este trabalho teve como objetivo identificar as espécies mais promissoras para o controle de M. exigua Inicialmente, obtiveram-se extratos vegetais pela maceração em água de cebola (Allium cepa L. cv. Pira ouro), guandu (Cajanus cajan (L.) Mill.), crotalária (Crotalaria juncea L.), figueira (Ficus elastica Roxb.), arruda (Ruta graveolens L.), estilosantes (Stylosanthes guianensis (Aubl.) Sw.), leucena (Leucaena leucocephala (Lam.) Dewit.), braquiária (Brachiaria decumbens Stapf.), vinca (Catharantus roseus G. Don), cravo-de-defunto (Tagetes minuta L.), mamona (Ricinus communis) e café (Coffea arabica L.). A seguir, mudas de café (Coffea arabica L. cv. Catuaí) de seis meses de idade foram inoculadas com 2000 ovos de M. exigua e tratadas com 20 mL dos referidos extratos. Como testemunhas empregaram-se: 1) planta não inoculada com ovos de M. exigua; 2) planta inoculada com ovos de M. exigua; 3) planta inoculada com ovos de M. exigua e tratada com o nematicida comercial Aldicarbe. O experimento foi montado com delineamento em blocos casualisados com 6 repetições por tratamento. Após 90 dias, contou-se o número de galhas por sistema radicular, o que permitiu observar que os melhores resultados foram obtidos com os extratos de cebola e de arruda. Em decorrência disto, pode-se concluir que essas duas plantas são potencialmente úteis para o controle de M. exigua em cafeeiros.Item Isolados bacterianos potencialmente úteis para o controle de Meloidogyne exigua em cafeeiro(2003) Amaral, Daniel Rufino; Pantaleão, José Antônio; Nunes, Alexandro S.; Oliveira, Denilson Ferreira de; Campos, Vicente Paulo; Conselho, Márcio A. B.; Borges, Daniella I.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféOs nematóides perfazem um grande grupo de animais, sendo que até o momento existem cerca de 15000 espécies descritas. Dentre estas espécies, podemos destacar as presentes no gênero Meloidogyne, considerado o de maior importância econômica. Neste gênero, pode-se destacar a espécie Meloidogyne exigua Goeldi (1887), que é o nematóide de maior distribuição pelos cafezais brasileiros. Estima-se que somente na safra de 1998/1999 o Brasil tenha perdido algo em torno de R$ 1 bilhão devido a estes fitoparasitas. Tendo como meta o desenvolvimento de nova metodologia de controle de fitonematóides, este trabalho foi realizado com o objetivo inicial de identificar isolados rizobacterianos produtores de substâncias tóxicas a M. exigua. Logo, diversas rizobactérias, provenientes das rizosferas de várias plantas foram cultivadas em meio de cultura líquido Tryptic Soy Broth (TSB) e, após remoção das células bacterianas por centrifugação (10.000g), obtiveram-se os sobrenadantes que foram submetidos a testes in vitro com juvenis do segundo estádio (J2) de M. exigua. Com isso, observou-se que 10 isolados produziam metabólitos consideravelmente tóxicos ao referido nematóide. Em decorrência, foram empregadas em testes in vivo com mudas de café (Coffea arabica L. cv. Catuaí) de seis meses de idade. Para tanto, inocularam-se as mudas com aproximadamente 2000 ovos de M. exigua e, em seguida, aplicaram-se 20 mL dos sobrenadantes. O experimento foi montado com delineamento em blocos casualisados. Empregaram-se 6 repetições e três testemunhas: 1) planta sem inoculação de ovos; 2) planta com inoculação de ovos; 3) planta com inoculação de ovos e aplicação do nematicida comercial Aldicarbe. Após 90 dias avaliou-se o número de galhas de M. exigua nos sistemas radiculares das mudas, o que permitiu observar que os menores valores foram obtidos com os isolados bacterianos denominados 84-19 e 54-06. Esse resultado permite concluir que os dois isolados bacterianos apresentam grande potencial para emprego no controle de M. exigua em cafeeiros.