SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos
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Item Aspectos da biologia de Brevipalpus phoenicis Geijskes, 1939 (Acari: Tenuipalpidae) em folhas de cafeeiro (Coffea arabica L.)(2003) Ribeiro, Ana Elizabete Lopes; Boaretto, Maria Aparecida Castellani; Nascimento, Maria de L.; Khouri, Camila Rodrigues; Silva, Katiane Santiago; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO ácaro Brevipalpus phoenicis está associado à transmissão de viroses em cultivos comerciais de espé-cies dos gêneros Citrus, Passiflora e Coffea. Em cafeeiro, a associação B. phoenicis e mancha-anular pode determinar perdas significativas na produção e na qualidade da bebida do café. Na literatura estão registrados diversos estudos sobre B. phoencis em citros, havendo escassez de informações sobre aspectos biológicos desse ácaro em cafeeiro. A presente pesquisa teve como objetivo quantificar a duração das fases do ciclo evolutivo de B. phoenicis em folhas de cafeeiro. O experimento foi realizado no Laboratório de Entomologia da UESB, campus de Vitória da Conquista, BA. Inicialmente foi estabelecida uma criação-estoque de B. phoenicis em frutos de laranja Pera, a partir de fêmeas coletadas em pomares do mesmo hospedeiro. Para o estudo, foram coletadas folhas do terceiro par do terço mediano de cafeeiros da variedade Catucaí cultivados em área isenta de tratamentos fitossanitários. As folhas, num total de 33, foram lavadas em água corrente, para eliminar prováveis contaminantes, sendo posterior-mente dispostas em placas de Petri, sobre algodão umedecido. Em cada folha procedeu-se à demarcação de três círculos de cola "Tanglefoot", de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro, contendo ao centro grânulos de areia esterilizada. Fêmeas de B. phoenicis, obtidas de criação-estoque, foram transferidas para os círculos, na razão de uma por círculo, visando a obtenção de ovos de mesma idade. As placas de Petri foram acondicionadas em câmara de germinação tipo B.O.D. ajustada para 27ºC ± 1ºC e fotoperíodo de 14 horas, com registros das variações da umidade relativa através de um termohigrômetro. As avaliações foram realizadas duas vezes ao dia, para a observação dos períodos de pré-oviposição, incu-bação, larval, ninfal, imobilidades I, II, III e ciclo completo. A umidade relativa, durante o período expe-rimental, variou de 68,0 a 99,0%. Verificou-se que a duração do período de pré-oviposição, foi de 3,1±1,10 dias (n=27), incubação: 6,1± 1,35 dias (n=63), larval: 1,7±0,60 dias (n=52), imobilidade I: 1,9±0,48 dias (n=49), protoninfa: 1,2±0,46 dias (n=42), imobilidade II: 2,1±0,50 dias (n=39), deutoninfa: 2,0±0,62 dias (n=36), imobilidade III: 2,4±0,35 dias (n=33). O ciclo total de ovo a adulto foi de 17,38±1,56 (n=34) dias e o número médio de ovos por fêmea foi de 0,95±0,26. De modo geral, a duração do ciclo de ovo-adulto obtida em cafeeiro foi ligeiramente inferior em relação aos valores citados na literatura em estudos com folhas de azaléia e citros.Item Ácaros predadores em agroecossistema cafeeiro, variedade catucaí, município de Vitória da Conquista - Bahia(2003) Ribeiro, Ana Elizabete Lopes; Boaretto, Maria Aparecida Castellani; Gondim, Manoel G. C.; Nascimento, Maria de L.; Lemos, Odair Lacerda; Khouri, Camila Rodrigues; Silva, Katiane Santiago; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo deste trabalho foi identificar ácaros predadores em cafeeiros, bem como a sua relação com ovos, formas jovens e adultas de Brevipalpus phoenicis. Os estudos foram realizados em cultivo de cafeeiro variedade catucaí, localizado no campo agropecuário da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB, campus de Vitória da Conquista, BA. Foram realizadas 29 amostragens, em intervalos quinzenais, durante o período de agosto de 2001 a setembro de 2002, coletando-se 12 folhas, 5 ramos e 20 frutos por planta, em 10 plantas ao acaso das 50 que compunham a área útil do experimento. O material coletado foi acondicionado em sacos de papel, identificado e transportado ao Laboratório de Entomologia da UESB. Neste, o material foi mantido em uma câmara climatizada tipo B.O D., com ajuste de temperatura de 12 º C, até o momento da contagem, feita com auxílio de um microscópio estereoscópio, observando-se as amostras (folhas, ramos e frutos) na sua totalidade. Os ácaros foram conservados em álcool 70% e posteriormente enviados ao Taxonomista Dr. Manoel Guedes Gondim Junior da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Foram examinados 188 exemplares e identificadas sete famílias, dez gêneros e quatro espécies de ácaros predadores. Dentre as famílias, Phytoseiidae foi a predominante (63,3%), seguida de Ascidae (22,3%), Cunaxidae (5,9%), Stigmaeidae (4,8%), Eupodidae (1,5%), Cheyletidae e Bdellidae (1,1%). Os gêneros e espécies identificadas foram: a) Phytoseiidae: Amblyseius herbicolus, Iphiseiodes zulugai, Euseius concordis e Leonseius regularis; b) Ascidae: Asca sp; c) Cunaxidae: Armascirus sp; d) Stigmaeidae: Agistemus sp; e) Eupodidae: Eupodes sp; f) Cheyletidae: Mexecheles sp e g) Bdellidae: Bdella sp. As espécies A.herbicolus,I.zulugai,E.concordis, L.regularis, Mexecheles sp e Agistemus sp são importantes predadores de B. phoenicis. Não houve influencia (influência) significativa de ácaros predadores na população de ovos de B. phoenicis; em contrapartida verificou-se correlação significativa negativa sobre as fases jovens e adultas de B. phoenicis. Os ácaros predadores estavam presentes em todos os órgãos da planta, sendo que nas folhas encontravam-se na face inferior, no interior da domáceas. Foram encontrados ácaros predadores em plantas oportunistas como Bidens pilosa.Item Monitoramento de moscas-das-frutas (Diptera: Tephritidae) em terreiros para secagem de café, localizados no semi-árido do sudoeste da Bahia(2003) Santos, Patrícia S.; Matos, Reuber Viana; Boareto, Maria A. C.; Silva, Cleia G. V. e; Nascimento, Maria de L.; Melo, Thiago Lima; Ribeiro, Ana Elizabete Lopes; Lemos, Odair Lacerda; Khouri, Camila Rodrigues; Silva, Katiane Santiago; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO semi-árido da região do Sudoeste da Bahia vem se despontando como um novo pólo produtor de frutíferas, especialmente manga. As moscas-das-frutas constituem um dos principais problemas fitossanitários da cultura, principalmente quando o objetivo é o mercado externo. Nas proximidades dos pomares comerciais desta fruteira, existem terreiros de solo nu, utilizados para a secagem de café produzido na região do Planalto de Vitória da Conquista. Este estudo foi conduzido, no período de junho a dezembro de 2002, com o objetivo de verificar as relações entre altos níveis populacionais de Ceratitis capitata em pomares de manga e a proximidade de terreiros de café. Selecionou-se três propriedades localizadas no município de Anagé, BA, caracterizadas por situações ecológicas relativamente distintas, a saber: Propriedade 1: ausência de terreiro e distante de pomares comerciais de manga; Propriedade 2:com terreiro próximo (10 m) de pomar de manga; propriedade 3: com terreiro de café e com presença de outros hospedeiros secundários. O monitoramento de adultos de moscas-das-frutas, foi efetuado através da instalação de nove armadilhas, nas três propriedades em estudo, sendo, cinco do tipo MacPhail e quatro do tipo Jackson. As vistorias ocorreram semanalmente, quando, todos os insetos capturados nas armadilhas MacPhail, após serem despejados em peneira plástica, eram lavados com água, conservados em álcool 70% e transportados ao laboratório de Entomologia da UESB. A coleta das armadilhas com atrativo sexual era efetuada a cada 2-4 semanas ou semanalmente, conforme o número de moscas aderido ao cartão. Os cartões eram levados ao laboratório de Entomologia para contagem das moscas presentes. Para o monitoramento de larvas, coletou-se amostras de aproximadamente 500 g de frutos de café espalhados nos terreiros. As amostras de frutos coletadas foram levadas ao laboratório de Entomologia da UESB, acondicionadas, dependendo do grau de maturação, em bandejas plásticas, contendo uma fina camada (aproximadamente 1cm), de areia previamente esterilizada. Decorrido o período de 12 a 13 dias, os frutos já em apodrecimento, foram vasculhados, visando à localização de larvas tardias. A areia foi peneirada, para obtenção dos pupários. Estes foram transferidos para vidros, contendo uma fina camada de areia, previamente esterilizada e umedecida, fechado com tecido filó. Os adultos emergidos foram fixados em álcool 70%. Na Propriedade 1 caracterizada pela ausência de terreiro para secagem de café e distante de hospedeiros de Tephritídeos, houve ausência total da moscas-das-frutas em todas as avaliações. Nas demais propriedades, o número de C. capitata coletado foi expressivo nos meses de junho (Propriedade 2:1.613; Propriedade 3: 4.894: ), julho (Propriedade 2: 947; Propriedade 3: 8.876) e agosto (Propriedade 2: 1.365; Propriedade 3: 4.437), período que coincidiu com a chegada de grande volume de frutos de café nos terreiros. Em setembro e outubro houve queda na população, chegando a níveis zero nos meses de novembro a dezembro, coincidindo com o término da secagem do café. Verificou-se a predominância de C. capitata (99.74%) em relação a Anastrepha spp (0.26%). Comparando-se os registros de monitoramento dos pomares de manga, obtidos pela ADAB, aos resultados obtidos neste trabalho, torna-se evidente a estreita relação entre frutos de café nos terreiros e as populações de moscas nos pomares da fruteira. Esta é uma questão delicada, uma vez que a secagem do café em áreas próximas a pomares pode inviabilizar o registro dos mesmos junto ao Ministério da Agricultura com vistas à exportação.Item Dinâmica populacional de Brevipalpus phoenicis Geijskes, 1939 (Acari: Tenuipalpidae) em Vitória da Conquista, BA(2003) Ribeiro, Ana Elizabete Lopes; Boaretto, Maria Aparecida Castellani; Nascimento, Maria de L.; Viana, Anselmo Eloy Silveira; Khouri, Camila Rodrigues; Silva, Katiane Santiago; Lemos, Odair Lacerda; Melo, Thiago Lima; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféBrevipalpus phoenicis está amplamente distribuído por todo o mundo, infestando um número significativo de espécies vegetais. O presente trabalho teve por objetivo conhecer a dinâmica populacional de B. phoenicis para as condições do município de Vitória da Conquista, BA, em cafeeiro (Coffea arabica L.). Este ácaro é responsável pela transmissão da mancha anular, uma doença de etiologia viral, que pode ocasionar perdas quantitativas e qualitativas. A área experimental é constituída por 50 plantas de cafeeiro da variedade Catucaí, com altura em torno de 1,70 m e idade aproximada de seis anos, plantadas no espaçamento de 1,0 x 3,5 metros. Foram realizadas 29 amostragens, em intervalos quinzenais, durante o período de agosto de 2001 a setembro de 2002, coletando-se 12 folhas, 5 ramos e 20 frutos por planta, em 10 plantas ao acaso das 50 que compunham a área útil do experimento. O material coletado foi acondicionado em sacos de papel, identificado e transportado ao Laboratório de Entomologia da UESB. Neste, o material foi mantido em uma câmara climatizada tipo B.O D., com ajuste de temperatura de 12° C, até o momento da contagem, feita com auxílio de um microscópio estereoscópio, observando-se as amostras (folhas, ramos e frutos) na sua totalidade. Procedeu-se à contagem de ovos e ácaros de B. phoenicis, sem distinção das fases do seu desenvolvimento pós-embrionário. Os dados metereológicos precipitação pluviométrica, umidade relativa do ar e temperatura foram obtidos na Estação Metereológica da UESB, situada no mesmo Campus da área experimental. Para verificar a influência da precipitação pluviométrica, temperaturas máxima e mínima e umidade relativa do ar, utilizou-se a análise de regressão, de acordo com o modelo linear. Foram calculadas regressões para 5, 10 e 15 dias antes de cada avaliação da população de B. phoenicis. O programa estatístico utilizado para a realização das análises foi o SAEG, versão 4.0, procedimento REGRAMID1. B. phoenicis ocorre em cafeeiro durante todo o ano. Ocorrem picos populacionais principais de B. phoenicis nos meses de março e abril. Foi constatada a influência significativa da precipitação aos 5, 10 e 15 dias no número de ovos e ácaros de B. phoenicis. A temperatura máxima influencia positivamente no número de ovos de B. phoenicis também aos 5, 10 e 15 dias.Item Dados preliminares sobre flutuação populacional do bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) (Guérin-Mèneville, 1842) (Lepidoptera: Lyonetiidae) e de seus inimigos naturais nos municípios de Vitória da Conquista e Barreiras, BA(2003) Lemos, Odair Lacerda; Boaretto, Maria Aparecida Castellani; Maluf, Raquel P.; Nascimento, Maria de L.; Melo, Thiago Lima; Moreira, Wesley V.; Silva, Cleia G. V. e; Santos, Patrícia S.; Ribeiro, Ana Elizabete Lopes; Khouri, Camila Rodrigues; Silva, Katiane Santiago; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO objetivo deste trabalho é buscar subsídios para a implementação de estratégias de manejo integrado do bicho-mineiro, Leucoptera coffeellum (Guérin-Mèneville, 1842), nas regiões do Planalto de Vitória da Conquista e Oeste da Bahia, por meio de levantamentos das populações larvais do bicho-mineiro e de seus inimigos naturais. Os estudos estão sendo desenvolvidos em duas propriedades cafeeiras, localizadas, uma no distrito do Capinal no município de Vitória da Conquista (Latitude 14º53’ S, Longitude 40º48’ W, Altitude de 915m) e a outra em Barreiras (Latitude 11° 57’ 19,3", Longitude 45° 43’ 54,8", Altitude de 780m). Para o município de Vitória da Conquista selecionou-se lavoura contendo a variedade Catuaí Amarelo, com idade de 25 anos e plantada com espaçamento de 4,00 x 1,5m. No município de Barreiras a variedade selecionada foi a Catuaí Vermelho 144 com o plantio efetuado no mês de maio de 1998 e espaçamento de 3,75 x 0,5m. As lavouras selecionadas não recebem tratamentos fitossanitários para que não haja interferência nos resultados. Os experimentos são em blocos casualizados, com 4 repetições, sendo cada parcela constituída de 100 covas, distribuídas em 7 linhas considerando somente as 5 linhas centrais para efeito de amostragens. Estas são mensais, tendo sido iniciadas em janeiro e fevereiro de 2002 para Vitória da Conquista e Barreiras, respectivamente. As amostragens consistem na coleta da 4ª folha adulta de ramos localizados nos terços inferior, mediano e superior, totalizando 10 folhas/cova de cada terço da planta, em 10 covas casualizadas na parcela. As avaliações são realizadas no Laboratório de Entomologia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, observando-se em microscópio esteroscópico, número de folhas lesionadas, folhas com lagartas vivas e mortas, com lesões rasgadas por predadores, com minas velhas, com minas parasitadas; números de ovos; número de parasitóides e número de crisálidas. As folhas contendo crisálidas fechadas e minas com pupas de parasitóides são cortadas e acondicionadas em recipiente plástico, para a emergência de adultos. Pelos resultados obtidos pode-se afirmar que o bicho-mineiro ocorre durante todos os meses. Em Barreiras, ocorrem picos populacionais em outubro e dezembro, e em Vitória da Conquista os picos populacionais são menos acentuados, destacando-se nos meses de junho e dezembro. Os terços da planta mais representativos para a avaliação da população do bicho-mineiro e de seus inimigos naturais são o superior e o inferior. Ocorre predação e parasitismo do bicho-mineiro nas duas regiões em estudo, embora em níveis relativamente baixos. Os himenópteros Estiropius sp, Orgilus sp, Proacrias sp, Horismenus sp, Cirrospilus sp, Closterocerus sp e Closterocerus coffeellae são parasitóides de larvas e crisálidas do bicho-mineiro. Os estudos terão continuidade até dezembro de 2003.