SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos

URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/521

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 2 de 2
  • Item
    Unidades experimentais de cafeeiros sob sistema de produção orgânica no municipio de Heliodora, Minas Gerais
    (2003) Lima, Paulo César de; Moura, Waldênia de Melo; Pereira, Antônio Alves; Ribeiro, Poliane M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café sob sistema orgânico de produção representa 5% do segmento dos cafés especiais, e se desenvolve mais rapidamente, com um crescimento anual de 18% comparado com os 8 ou 9% para o restante do mercado de cafés especiais. Apesar disso, poucas pesquisas têm sido realizadas visando o desenvolvimento da cafeicultura orgânica. Neste sentido, desde o ano de 1999 a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), vem desenvolvendo unidades experimentais, visando o desenvolvimento de tecnologias para a produção de café sob cultivo orgânico. Esses trabalhos contam com a parceria de produtores de café, do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e do CNPq. Dentre essas unidades duas foram instaladas no ano de 2000 no município de Heliodora, MG, a 1.100 m de altitude, um sistema arborizado com bananeira e outro consorciado com leguminosas. Em cada unidade foram plantados quatro cultivares resistentes à ferrugem (Oeiras, Icatu Precoce, Obatã e Catucaí) com espaçamento de 2,8 a 0,5m, em deline-amento de blocos casualizados com quatro repetições. O número de plantas por parcela para o sistema consorciado foi de 74 plantas, enquanto que no sistema arborizado foi de 66 e 68, quando havia duas ou uma planta de bananeira na parcela, respectivamente. No sistema arborizado, utilizou-se bananeira espaçada a 12 m entre plantas, cultivadas na linha de cafeeiros, enquanto que no sistema consorciado as leguminosas foram cultivadas nas entrelinhas do cafezal. A formação de mudas e as adubações nas unidades experimentais foram baseadas nas recomendações da CFSEMG, utilizando-se de materiais permitidos para o cultivo orgânico. As conduções das unidades experimentais foram realizadas obedecendo às normas de certificação orgânica. As avaliações iniciaram após a primeira colheita, coletando-se dados de porte, vigor, maturação dos frutos, tamanho dos frutos incidência de doenças e pragas, produtividade e outras características agronômicas de interesse. Além disso, foram feitos acompanhamentos do estado nutricional das plantas, através de análises foliares e de solo. Em ambos sistemas de produção todas as cultivares mostraram-se bastante vigoro sas, com teores foliares de macro e micronutrientes dentro dos limites estabelecidos para a cultura. Também, observaram-se baixa incidência de ferrugem, cercosporiose, bicho mineiro e seca de ponteiros. De modo geral, todas as cultivares apresentaram maiores produções no sistema arborizado, destacando-se a cultivar Oeiras, sugerindo que neste sistema ocorreu uma maior precocidade na produção. No sistema consorciado, as cultivares mais promissoras foram Oeiras e Icatu Precoce. No entanto, por tratar-se de dados preliminares, ainda serão necessários o acompanhamento e avaliação destas unidades por um período de quatro colheitas.
  • Item
    Características químicas, físico-químicas e físicas de solos e o estado nutricional de cafeeiros que estão sob contínua aplicação de dejetos suínos
    (2003) Lima, Paulo César de; Garcia, Neusa C. P.; Salgado, Luís T.; Moura, Waldênia de Melo; Motta, Ernando F.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Na busca de alternativas para a disposição de dejetos de suínos com pequeno impacto para o ambiente, a sua incorporação ao solo vem sendo considerada uma forma viável, eficaz e barata para a destino dos resíduos, desde que feita de maneira criteriosa. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar as características químicas, físico-químicas e físicas de solos e o estado nutricional de cafeeiros que estão sob contínua aplicação de dejetos suínos. O estudo foi realizado em propriedades agrícolas que exploram a suinocultura de forma integrada com a produção de café: Sítio Pimenteira, Fazenda São Paulo, e Fazenda Cachoeira, sediadas nos municípios de Ponte Nova, Santo Antônio do Amparo, e Oliveira, MG., respectivamente. Foram avaliadas áreas que receberam aplicações de dejetos de suínos, há mais de cinco anos. Amostras de materiais de solo foram retiradas em várias profundidades, em camadas de 20 cm até atingir os 100 cm. Em cada repetição foram retiradas amostras de folhas de 50 cafeeiros para estudar o seu estado nutricional. Quanto ao conteúdo de Coliformes totais, Coliformes fecais e Escherichia coli, em amostras de solo, apenas o Sítio Pimenteira apresentou valores mais elevados nas áreas adubadas com dejeto de suíno, em relação à área não adubada, que pode ser atribuído à proximidade do dia de aplicação do dejeto, em relação ao momento da coleta das amostras de solo. Nas três propriedades avaliadas observaram-se aumentos nos teores de P, Ca, Mg, Cu, Mn, Zn, Al, H+Al, t e Na, com a adição de dejeto de suíno nas diversas camadas de solo. Os teores foliares de nutrientes nas áreas adubadas com dejeto de suíno, foram semelhantes à aqueles de locais não adubados e, em geral, se encontram dentro da faixa de suficiência para a cultura. Das características físicas analisadas, a macroporosidade, o índice de floculação e a condutividade elétrica apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos com e sem dejeto de suíno, nos diferentes locais estudados. As variações foram semelhantes na Fazenda São Paulo e no Sitio Pimenteira, elevaram-se a condutividade elétrica e a densidade aparente e ocorreram reduções nos valores da macroporosidade, do índice de floculação, e porosidade total, em decorrência da aplicação do dejeto suíno. Enquanto que na Fazenda Cachoeira obtiveram-se aumentos na macroporosidade e no índice de floculação. Efeitos que podem ser atribuídos principalmente nas doses de dejeto aplicadas, sendo bem menores nesta Fazenda. Outrossim, a Fazenda Cachoeira é uma propriedade que produz café orgânico, empregando outras fontes de matéria orgânica na adubação dos cafeeiros que pode justificar as melhorias nas características físicas do solo.