SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos

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    Suprimento de zinco a cafeeiros por meio de injeções sólidas na base do tronco
    (2003) Martinez, Hermínia Emília Prieto; Neves, Yonara Poltronieri; Sanz, Manoel; Bayona, Javier Abadía; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O zinco destaca-se como um dos micronutrientes mais limitantes para o cafeeiro. Seu suprimento via solo, na maioria das vezes apresenta baixa eficiência, devido a sua interação com a fração argila de solos intemperizados como os latossolos. O fornecimento via foliar é também pouco eficiente devido à baixa mobilidade do Zn no floema do cafeeiro, a qual leva à necessidade de várias pulverizações anuais. Em regiões montanhosas, e em sistemas adensados as dificuldades de aplicação tornam o problema ainda maior. Assim sendo, o presente trabalho tem por objetivo verificar a viabilidade do suprimento do Zn via injeções sólidas no tronco do cafeeiro, a exemplo do que é feito para suprir Fe a macieiras e pereiras cultivadas em solos calcáreos. Para alcançar esse objetivo foi instalado um experimento preliminar em um talhão de cerca de 0,5 ha, com plantas deficientes em Zn e de aspecto homogêneo, em área experimental da UFV. A área escolhida consta de híbridos Catuaí x Catimor plantados em espaçamento de 3x1 e com 11 anos de idade. Os tratamentos compuseram-se de testemunha (sem fornecimento de Zn), pulverização foliar com Zn SO 4 a 0,4% e KCl a 0,5% e introdução de uma cápsula de 1,77 g contendo sais de Zn na base do tronco das plantas. Cada tratamento contou com 10 repetições, tendo sido as parcelas dispostas na área por sorteio, em delineamento experimental inteiramente ao acaso. As parcelas experimentais constaram de 12 plantas, as duas centrais úteis. Determinaram-se as concentrações de Zn total e Zn ativo em folhas jovens, com mais de 3,5 cm de comprimento, coletadas em ramos produtivos no momento da aplicação dos tratamentos e um mês após. Na segunda avaliação tomaram-se também o conteúdo de Zn total e Zn ativo por folha. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados preliminares obtidos permitem verificar que o uso de injeções sólidas em troncos parece ser uma forma promissora de correção da carência de Zn em cafeeiros, resultando em concentrações de Zn ativo semelhantes às obtidas em plantas pulverizadas, um mês após a aplicação.
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    Sistema para cálculo dos índices DRIS e do potencial de resposta à adubação em café arábica - DRIS-PRA Café - arábica
    (2003) Leite, Roberto de Aquino; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Souza, Ronessa Bartolomeu de; Neves, Yonara Poltronieri; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A interpretação de análises foliares por meio de níveis ou faixas críticas avalia cada nutriente isoladamente, não considerando o balanço entre eles. O DRIS baseia-se no cálculo de um índice para cada nutriente considerando sua relação com os demais. Envolve a comparação das razões entre cada par de nutrientes encontrados em determinado tecido de interesse, com as razões médias correspondentes às normas, pré-estabelecidas a partir de uma população de referência. Essas relações experimentam meno-res variações do que as concentrações de nutrientes na matéria seca empregadas para o diagnóstico por meio de níveis ou faixas críticas. O potencial de resposta à adubação amplia o uso do DRIS estabelecen-do o grau de probabilidade de resposta à adubação para um dado nutriente, utilizando o índice de balanço nutricional médio na separação de nutrientes limitantes e não limitantes de uma determinada cultura. Visando viabilizar o cálculo rápido dos índices DRIS e PRA para o cafeeiro arábica por pesquisa-dores, extensionistas e produtores foi desenvolvido o programa eletrônico denominado DRIS-PRA Café - Arábica. O Sistema desenvolvido efetua o cálculo dos índices DRIS utilizando normas geradas a partir de uma população de referência composta por 159 lavouras de café das regiões de Patrocínio; Guaxupé e São Sebastião do Paraíso; Manhuaçu; e Viçosa, cujas produtividades nos anos agrícolas de 1996 a 1999 superaram 30 sacas/ha na média de dois anos consecutivos. Para a obtenção das normas DRIS tomaram-se em dois anos consecutivos, ao acaso, e em talhões homogêneos com cerca de 0,5 ha, amostras do terceiro e quarto pares de folhas em ramos produtivos, localizados nas quatro faces de exposição cardinal. As amostras foram toma-das na fase que antecede a rápida expansão dos frutos, ou seja, entre florescimento e chumbinho. Determinaram- se os teores de macro e micronutrientes nas amostras colhidas. Os dados obtidos foram utilizados para o cálculo das normas DRIS conforme método proposto por ALVAREZ V. e LEITE (1999). Para o cálculo do potencial de resposta à adubação (PRA) utilizou-se o método proposto por WADTT (1996). O software calcula os índices DRIS para os nutrientes N, P, K, Ca, Mg, S, Zn, Fe, Cu, Mn obtidos pela análise de amostras de tecidos foliares de cada lavoura em diagnose, fornecidos em arquivo de planilha eletrônica (EXCEL) e os processa calculando os índices usando a média das relações direta e inversa de cada nutriente conforme a fórmula proposta por ALVAREZ V. e LEITE (1999) que utilizam a fórmula de JONES (1981) para o cálculo das funções Z(A/B). O software apresenta os resultados para cada lavoura em teste, ordenando os nutrientes segundo o grau de limitação nutricional seja por carência ou excesso. Associado ao índice DRIS determinado apresenta, também, a probabilidade de resposta à adubação. O sotware possibilita efetuar o cálculo dos índices DRIS empregando normas específicas para as regiões de Patrocínio; Guaxupé e São Sebastião do Paraíso; Manhuaçu; ou Viçosa ou, alternativamente, normas para todo o Estado. Maiores informações sobre o software poderão ser obtidas na página WEB: www.ufv.br/dft/dris/drispracafe.htm
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    Mobilidade e compartimentalização de Zn aplicado em cafeeiro e feijoeiro via radicular
    (2003) Franco, Ivan Alencar de Lima; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Zabini, Andre Vinicius; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A deficiência de Zn ocorre amplamente em solos brasileiros e de outras partes do mundo, afetando o crescimento e a produção das culturas. Apesar do Zn ser considerado elemento parcialmente móvel dentro da planta, sua translocação é variável entre as diferentes espécies vegetais. Neste sentido, com o objetivo de avaliar a mobilidade e a compartimentalização de níveis de Zn aplicados via radicular em plântulas de cafeeiro e feijoeiro, foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa, durante 150 e 20 dias, respectivamente, em solução nutritiva, dois ensaios utilizando o café (Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho) e o feijão (Phaseolus vulgaris L. cv. Ouro Negro). Os dois experimentos foram instalados em sistema de vasos geminados, sendo o sistema radicular igualmente dividido nos dois recipientes. Em um dos recipientes geminados, adicionou-se uma solução sem Zn e no outro foram aplicadas doses crescentes do elemento (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 mmol.L-1), as quais constituíram os tratamentos. Foram utilizadas quatro repetições e o delineamento em blocos ao acaso. O Zn apresentou mobilidade no floema do feijoeiro, constatada pela resposta linear crescente dos teores de Zn nas raízes crescidas na ausência do micronutriente dos tratamentos que receberam Zn, indicando que o Zn é retranslocado da parte aérea para o sistema radicular. No entanto, o cafeeiro demonstrou mobilidade mínima ou mesmo imobilidade de Zn no floema. As plantas de feijoeiro apresentaram resposta linear crescente, em função das doses de Zn, tanto para teor quanto para conteúdo de Zn nas diferentes partes analisadas. As folhas da porção superior do feijoeiro na dose de 0,0mM de Zn apresentaram maiores concentrações do elemento que as folhas da porção inferior e, nas maiores doses de Zn, as folhas da porção inferior apresentaram maiores concentrações do elemento, indicando que folhas novas são fortes drenos em plantas crescendo sob deficiência de Zn. Plantas de cafeeiro apresentaram mínima alteração no peso da matéria seca, conteúdo e teor de Zn na parte aérea, possivelmente devido às reservas da planta terem sido capazes de manter a concentração na parte aérea acima do valor crítico de deficiência nas folhas. O caule apresentou-se como um local de concentração de Zn, tanto em cafeeiro como em feijoeiro.
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    Influência do estado nutricional sobre a translocação e compartimentalização de Zn aplicado nas folhas de cafeeiro e feijoeiro
    (2003) Franco, Ivan Alencar de Lima; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Zabini, Andre Vinicius; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O aproveitamento do Zn pelas plantas quando aplicado via foliar depende de vários fatores, entre os quais pode-se destacar o teor do elemento na planta e as características químicas da solução aplicada, principalmente quanto ao ligante associado ao Zn afetando sua movimentação através da cutícula. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a mobilidade e a compartimentalização do Zn aplicado via foliar nas formas de ZnSO4 e ZnEDTA, em plantas de feijoeiro e cafeeiro submetidas à condição de suficiência e de deficiência de Zn. Foram conduzidos dois ensaios na Universidade Federal de Viçosa, em solução nutritiva, utilizando o cafeeiro (Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho) e o feijão (Phaseolus vulgaris L. cv. Ouro Negro). O delineamento experimental utilizado para ambos os ensaios foi o de blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial (2 x 3), correspondendo a dois níveis de Zn na solução nutritiva de pré-tratamento (0 e 2mmol.L-1) e três formas de suprimento de Zn às plantas (ZnEDTA na concentração de 0,31%, em pincelamento na folha; ZnSO4 na concentração de 0,4%, em pincelamento na folha e testemunha sem receber aplicação de Zn na folha). Em ambas as espécies, o ZnSO4 foi mais adsorvido à cutícula da folha do que o ZnEDTA, demonstrando ser a retenção cuticular de Zn uma importante barreira na sua absorção. O estado nutricional do feijoeiro em Zn demonstrou ser característica importante no melhor aproveitamento do Zn aplicado via foliar. Plantas de feijoeiro bem nutridas em Zn adquiriram maior quantidade do elemento, independente da forma de aplicação, do que plantas mal nutridas. Em plantas de cafeeiro, entretanto, não houve diferença entre o Zn adquirido quanto ao estado nutricional em qualquer das formas de pincelamento. Tanto a folha pincelada como a planta inteira de feijoeiro adquiriram maior quantidade de Zn do que as do cafeeiro. Em condição de inadequada nutrição em Zn, em ambas as espécies, a utilização de ZnEDTA mostrou ser significativamente mais eficiente em termos de translocação do Zn. Quando foi aplicado ZnSO4 às folhas de cafeeiro crescidas em solução nutritiva não contendo Zn, houve acúmulo do elemento no caule, indicando que há grande afinidade do Zn ++ do sulfato com as cargas livres existentes nos vasos condutores.
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    Eficiência de translocação e uso de nutrientes em cultivares de cafeeiros.
    (2003) Amaral, José Francisco Teixeira do; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Cruz, Cosme Damião; Novais, Roberto Ferreira de; Mantovani, Everardo Chartuni; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Maior ou menor produção de frutos por unidade de nutrientes na planta pode ser explicada, entre outros fatores, por diferenças na eficiência de transporte de nutrientes para a parte aérea e/ou na produção de matéria seca por unidade de nutriente absorvido. Objetivou-se neste trabalho determinar a eficiência de translocação e uso de nutrientes por três cultivares de cafeeiro arábica, Acaiá IAC-474-19, Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99 e um híbrido, Icatu Amarelo IAC-3282. Para atingir o objetivo proposto conduziu-se um experimento em condições de campo, em Viçosa-MG. Estabeleceram-se três níveis de adubação: baixo, normal (recomendado para a cultura) e alto. As plantas que constituíram o nível normal receberam N, P e K com base na marcha de acúmulo. O Ca e Mg foram fornecidos via calcário dolomítico com base em análises do solo. O enxofre foi fornecido como elemento acompanhante de fertilizantes nitrogenados. Os micronutrientes Zn, B e Cu foram supridos por meio de aplicação foliar. Nos níveis baixo e alto, as plantas receberam, respectivamente, 0,4 e 1,4 vez a recomendação feita para o nível normal. Os nutrientes N, P e K foram aplicados ao solo localizadamente pela utilização de fertirrigação por gotejamento, com o suporte do "software" SISDA café . O experimento foi instalado em arranjo fatorial 4x3, em delineamento experimental em blocos casualizados, com 4 repetições. Aos 31 meses após o plantio, por ocasião da primeira colheita, tomou-se uma planta representativa de cada parcela experimental obtendo-se o peso de matéria seca, concentração e conteúdo de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu e Zn em folhas, caules, ramos, raízes e frutos. Avaliou-se ainda, a produtividade (sacas/ha de café beneficiado). Calcularam-se as eficiências de translocação (conteúdo de nutriente na parte aérea/conteúdo de nutriente na planta toda) e uso (matéria seca total 2 /conteúdo de nutriente na planta) de nutrientes. Os dados de produtividade e eficiência de translocação e uso de nutrientes foram submetidos a análise de variância, comparando-se as variedades por meio de teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Observou-se que as diferenças de produtividade entre os cultivares em estudo deveram-se a diferenças em suas eficiências de translocação de nutrientes das raízes para a parte aérea, e de uso de nutrientes na parte aérea. No ambiente com menor disponibilidade de nutrientes a variedade mais produtiva, Icatu, apresentou eficiência de uso de P e K superiores às demais variedades, enquanto que a menos produtiva, Acaiá, apresentou eficiências de translocação de N, P e Zn inferiores às demais. Nesse mesmo ambiente a variedade Rubi apresentou eficiência de transporte de N, Cu e Zn e de uso de Zn superiores. A variedade Catuaí, apresentou baixas eficiências de uso de P, K e Zn em ambiente com restrição nutricional. No ambiente que recebeu as maiores doses de fertilizantes e corretivos, as eficiências de utilização de P, K, Mg e B respondem pelo melhor desempenho da variedade Rubi, e as de P, Mg e Zn pelo da variedade Catuaí. As baixas eficiências de uso de P, K, Mg, Zn e B respondem pela baixa produtividade da variedade Icatu. É interessante observar que as eficiências de produção de grão por unidade de P, Ca, Mg e B acumulados na planta foi maior no nível alto de adubação. O mesmo ocorreu com as eficiências de uso de P e de Ca, enquanto as de Cu e B apresentaram maiores valores no nível normal de adubação.
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    Eficiência de absorção de nutrientes e de produção de raízes em cultivares de cafeeiros
    (2003) Amaral, José Francisco Teixeira do; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Cruz, Cosme Damião; Novais, Roberto Ferreira de; Mantovani, Everardo Chartuni; Fernandes, Elpídio Inácio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Maior ou menor produção de frutos por unidade de nutrientes na planta pode ser explicada, entre outros fatores, por diferenças na eficiência de aquisição de nutrientes. Esta depende da eficiência dos mecanismos de absorção e do volume de solo explorado pelas raízes, e pode ser avaliada pelas eficiências de absorção e de produção de raízes. As variações na aquisição de nutrientes do solo podem ser atribuídas a fatores relacionados à função e estrutura do sistema radicular, incluindo características morfológicas, bem como mecanismos bioquímicos responsáveis pela transferência de íons nas membranas das células das raízes. Objetivou-se neste trabalho determinar a eficiência de absorção de nutrientes e a eficiência de produção de raízes de três cultivares de café arábica, Acaiá IAC-474-19, Rubi MG-1192 e Catuaí Vermelho IAC-99 e um híbrido, Icatu Amarelo IAC-3282. Para atingir o objetivo proposto conduziu-se um experimento em condições de campo, em Viçosa-MG. Estabeleceram-se três níveis de adubação: baixo, normal (recomendado para a cultura) e alto. As plantas que constituíram o nível normal receberam N, P e K com base na marcha de acúmulo. O Ca e Mg foram fornecidos via calcário dolomítico com base em análises do solo. O enxofre foi fornecido como elemento acompanhante de fertilizantes nitrogenados. Os micronutrientes Zn, B e Cu foram supridos por meio de aplicação foliar. Nos níveis baixo e alto, as plantas receberam, respectivamente, 0,4 e 1,4 vez a recomendação feita para o nível normal. Os nutrientes N, P e K foram aplicados ao solo localizadamente pela utilização de fertirrigação por gotejamento, com o suporte do "software" SISDA café . O experimento foi instalado em arranjo fatorial 4x3, em delineamento experimental em blocos casualizados, com 4 repetições. Aos 31 meses após o plantio, por ocasião da primeira colheita, tomou-se uma planta representativa de cada parcela experimental obtendo-se o peso de matéria seca, concentração e conteúdo de N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu e Zn em folhas, caules, ramos, raízes e frutos. Para estimar a matéria seca e o comprimento de raízes, retiraram-se doze amostras de uma planta de cada parcela, a distâncias de 15, 30 e 45 cm do tronco, no sentido dos quatro pontos cardeais, a 40 cm de profundidade, utilizando-se um trado cilíndrico. Tais raízes foram lavadas separadas do solo, identificadas e dispostas em lâmina de vidro para processamento das imagens em um microcomputador, ligado a um scanner. As imagens obtidas foram processadas pelo software QUANTROOT obtendo-se o comprimento radicular. Após o processamento das imagens, as amostras foram secas em estufa de circulação forçada de ar a 70°C, até peso constante, para determinação da matéria seca das raízes.. Avaliou-se ainda, a produtividade (sacas/ha de café beneficiado). Calcularam-se, eficiência de absorção (conteúdo de nutriente na planta toda/comprimento de raiz) e eficiência de produção de raízes (matéria seca de raízes 2 /conteúdo de nutriente na planta). Os dados de produtividade, eficiência de absorção e de produção de raízes foram submetidos à análise de variância, comparando-se as variedades por meio de teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade.As diferenças de produtividade entre as variedades não foram devidas a diferenças na capacidade de absorção de nutrientes (mg/cm 2 de raiz ou mg/cm 2 de raiz). Essas diferenças tampouco se deveram ás diferenças na capacidade de expandir o sistema radicular e explorar maior volume de solo. Em ambiente com restrição nutricional a variedade Acaiá (menor produtividade nesse ambiente) apresentou as maiores eficiências de produção de raízes, enquanto que a Rubi (produtividade intermediária nessa condição) apresentou as piores. Nos demais ambientes as eficiências de produção de raízes foram semelhantes para todas as variedades.
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    Eficiência de absorção e uso de zinco em diferentes genótipos de café enxertados, sob cultivo hidropônico
    (2003) Tomaz, Marcelo Antonio; Sakiyama, Ney Sussumu; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Cruz, Cosme Damião; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A enxertia do cafeeiro é uma prática a qual aproveita o sistema radicular mais desenvolvido de determinados genótipos usados como porta-enxertos, aliado às características de alta produtividade e qualidade de bebida do Coffea arabica L., usado como enxerto. A cultura do cafeeiro é exigente em micronutrientes, especialmente em relação ao Zn que é um nutriente envolvido nos processos de formação e crescimento de tecidos terminais. Este micronutriente pode comprometer a produtividade da nossa cafeicultura pois nossos solos são, de modo geral, pobres neste elemento. Portanto a busca de plantas mais eficientes na absorção e utilização deste micronutriente pode ser de grande importância para contornar em parte este problema. Este trabalho teve, como objetivo, avaliar o efeito de diferentes genótipos de cafeeiros enxertados na eficiência de absorção e uso de Zn, utilizando-se o cultivo em areia, fornecendo-se os nutrientes com solução nutritiva circulante. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 20 tratamentos e quatro repetições, sendo 4 pés-francos e 16 combinações de enxertia. Utilizou-se o teste Scott-Knott, a 5% de probabilidade para comparação entre as médias. Foram adaptados modelos estatísticos de análise dialélica para avaliar a capacidade geral de combinação do enxerto e do porta-enxerto, com o propósito de reforçar os resultados dos contrastes e para identificar os melhores genótipos dos enxertos e porta-enxertos. Foram utilizados como enxertos as variedades Catuaí Vermelho IAC 15 ( Catuaí 15) e Oeiras MG 6851 (Oeiras) e as linhagens H 419-10-3-1-5, H 514-5-5-3 de C. arabica. Como porta-enxerto foram empregados três genótipos de C. canephora: Apoatã LC 2258 (Apoatã), Conillon M-1, coletado em Muriaé, MG, Robustão Capixaba (Emcapa 8141) e um genótipo de C. arabica: Mundo Novo IAC LCMP 376-4-32 (M.Novo). De acordo com o teste de médias todas as combinações de enxertia com H 514-5-5-3 e mais as combinações Catuaí 15/Apoatã, Catuaí 15/Conilon M.1, Catuaí 15/M. Novo, H 419-10-3-1-5/M.Novo e H 419-10-3-1-5/Emcapa e também os pés-francos apresentaram ser significativamente superiores na absorção de Zn. Com esses resultados verifica-se que nenhuma planta enxertada teve resultado superior aos pé francos sendo que algumas combinações tiveram diminuição de absorção deste micronutriente. Avaliando a eficiência de uso do Zn, observou-se que os genótipos Apoatã e Mundo Novo utilizados como porta-enxertos proporcionaram aumento significativo em todas combinações com Catuaí 15 e H 514-5-5-3 quando comparados com os respectivos pés-francos. Os porta-enxertos Emcapa 8141 e Conillon M.1 mostraram diminuições significativas para essas características nas combinações com Oeiras e H 419-10-3-1-5.Verificou-se neste trabalho que os porta-enxertos Apoatã e Mundo Novo combinados com Catuaí 15 e H 514-5-5-3, mesmo não proporcionando acréscimos na absorção de Zn mostraram exercer influencia positiva na utilização deste micronutriente. De acordo com a análise dialélica, não houve diferenças significativas pelo teste de F, ao nível de 5% de probabilidade, para as variáveis analisadas quanto à capacidade geral de combinação (C.G.C.) nos pés-francos . Na avaliação de C.G.C. das plantas enxertadas houve diferenças significativas para a característica eficiência de uso de Zn. As variedades Apoatã e Mundo Novo, utilizadas como porta-enxertos, apresentaram valores positivos para a eficiência de uso de Zn. Os porta-enxertos Conillon M.1 e Emcapa 8141 influenciaram negativamente nas combinações de enxertia quando comparados com as plantas não enxertadas.
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    Crescimento, produção e acúmulo de nutrientes por quatro cultivares de café fertirrigadas
    (2003) Neves, Yonara Poltronieri; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Souza, Ronessa Bartolomeu de; Amaral, José Francisco Teixeira do; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A fertirrigação do cafeeiro tem se expandido nos anos recentes, resultando, via de regra em crescimento e produção compensadores. No entanto, as alterações no crescimento da planta decorrentes dessa forma de manejo da cultura levam a acúmulos de nutrientes diferentes daqueles observados em plantas culti-vadas de maneira convencional. Por outro lado, espera-se que a uniformidade e eficiência de aplicação dos fertilizantes sejam melhores. Isso implica a necessidade de redefinir as doses de fertilizantes a serem empre-gadas nessa condição. Este trabalho teve por objetivo avaliar o crescimento vegetativo, produção e acúmulo de nutrientes pelas cultivares de café Acaiá IAC 474-19, Icatú Amarelo IAC 3282, Rubi MG 1192 e Catuaí Vermelho IAC 99 conduzidas com fertirrigação, recebendo três níveis de adubação durante 48 meses a partir do plantio. O experimento foi conduzido em Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico argilo-arenoso da região de Viçosa-MG. Empregou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, sendo os tratamentos dis tribuídos em arranjo fatorial 4x3 constituído de quatro variedades e três níveis de adubação (Baixo, Médio e Alto) e quatro repetições. As plantas que constituíram o nível normal receberam doses de fertilizantes basea-das na marcha de acúmulo de nutrientes pelo cafeeiro. Nos níveis alto e baixo de adubação as plantas recebe-ram doses de fertilizantes correspondentes a 0,4 e 1,4 vez a adubação recomendada para o nível normal. Realizaram-se avaliações periódicas da altura da haste ortotrópica, número de ramos plagiotrópicos primários e diâmetro da base do caule. Avaliaram-se ainda o acúmulo de macro e micronutrientes e as produções de matéria seca aos 31 meses após o plantio, bem como as produções de café aos 31 e 43 meses após o plantio. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e regressão. Escolheram-se os modelos que melhor se ajustaram aos dados com base na significância dos coeficientes das regressões e no R 2 . As variedades foram comparadas por meio de teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. As plantas fertirrigadas apresentaram crescimento vegetativo maior que o obtido em cultivos convencionais na região. Os resultados mostraram que as características de crescimento das plantas não sofreram alterações significativas com as doses de adubos empregadas até 48 meses após o plantio. As produções, entretanto, foram superiores quando se empregaram os níveis normal e alto de adubação. A produção acumulada das duas primeiras safras mostra serem as variedades Acaiá IAC 474-19 Rubi MG 1192 e Catuaí Vermelho IAC 99 mais responsivas à aduba-ção que a variedade Icatu Amarelo IAC3282 (70,3; 80,6 e 77,8 sc/ha contra 44,6 sc/ha). Esta última por sua vez foi a que apresentou melhor produtividade (45,5 sc/ha) com o nível baixo de adubação. Considerando-se as plantas cultivadas nos níveis normal e alto de adubação o acúmulo médio de macronutrientes foi de 42,45; 2,34; 3,23; 17,32; 13,32 e 5,38 g/planta de N, P, S, K, Ca e Mg respectivamente. Os micronutrientes Cu, B e Zn acumularam-se nas proporções de 47,0; 41,4 e 47,0 mg por planta. Os frutos acumularam 45,3; 44,7; 36,5; 34,9; 31,1; 21,9; 13,5; 13,2 e 10,3 % de P, K, N, S, Cu, Mg, B, Ca e Zn respectivamente.