SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos

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    Ocorrência de pragas e doenças em café cultivado sob sistema orgânico, em função do tipo de cobertura do solo
    (2003) Alvarenga, Antônio de Pádua; Santos, Izabel Cristina dos; Ribeiro, Marcelo de Freitas; Melo, Aurélio Vaz de; Souza, Leandro Vagno de; Santos, Leonardo David Tuffi; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    No mercado mundial tem crescido a demanda pelo café cultivado no sistema orgânico, cujo processo de produção não permite o uso de agrotóxicos, o que leva à busca por alternativas para o manejo de doenças e pragas, principalmente a ferrugem do cafeeiro, considerada a doença de maior gravidade, não só no Brasil, mas em todo o continente americano. A cultura também está sujeita à cercosporiose, importante doença nos primeiros anos da cultura. Entre as principais pragas figura o bicho mineiro, importante em todas as fases da cultura por causar intensa desfolha e, conseqüentemente, retardo no desenvolvimento da planta nos primeiros anos e queda de produtividade na lavoura adulta. Por isso o objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de ataque de ferrugem, cercospora e pelo bicho mineiro no primeiro ano de cultivo do cafeeiro sob sistema orgânico, em função do manejo da cobertura do solo. O plantio foi realizado em 28/11/01, no espaçamento 2,80 x 0,5m, em blocos ao acaso e quatro repetições, utilizando mudas da cultivar Oeiras. As ruas receberam os seguintes tratamentos: 1) capina com enxada (testemunha); 2) roçada periódica da vegetação espontânea; 3) manutenção de camada de 10 cm de cobertura morta; 4) amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Amarillo); 5) brachiaria (Brachiaria brizantha); 6) guandu (Cajanus cajan cv. Arata); 7) guandu (Cajanus cajan cv. Caqui); 8) estilosantes (Stylosanthes capitata); 9) estilosantes (Stylosanthes guianensis cv. Mineirão); 10) setária (Setaria sphacelata cv. Kazungula); 11) feijão caupi (Vigna unguiculata); 12) trapoeraba (Commelina benghalensis). As plantas de cobertura foram roçadas no florescimento e coloca-das na linha de plantio dos cafeeiros, como adubos verdes. As linhas de plantio dos cafeeiros foram mantidas limpas e durante o ano receberam adubação orgânica, defensivo natural "Nim", biofertilizante "Supermagro" e Viça Café Plus. No período seco, apenas as parcelas que permaneceram no limpo e, principalmente, as parcelas que receberam cobertura morta, apresentavam plantas enfolhadas e totalmente sadias. As outras parcelas apresentavam sintomas nítidos de déficit hídrico e nelas as plantas apresentaram maior ataque de bicho mineiro e maior seca de ponteiros. Em novembro de 2002 foi feito o replantio das plantas que morreram. No final de dezembro, com a normalização das chuvas, ocorreu boa recuperação dos cafeeiros em todas as parcelas. De modo geral, os cafeeiros apresentaram boa tolerância às doenças e praga avaliadas, mas ocorreu variação de valores de ataque entre as diferentes coberturas do solo.
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    Desenvolvimento do cafeeiro sob sistema orgânico de cultivo em função do tipo de cobertura do solo, doze meses após o plantio
    (2003) Ribeiro, Marcelo de Freitas; Santos, Izabel Cristina dos; Alvarenga, Antônio de Pádua; Melo, Aurélio Vaz de; Souza, Leandro Vagno de; Oliveira, Lucimar Rodrigues de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    No mercado mundial é crescente a demanda por café cultivado sob sistema orgânico, que proíbe o uso de agrotóxicos e de fertilizantes prontamente solúveis, o que leva à busca por alternativas para o manejo de plantas invasoras sem o uso de herbicidas e para o fornecimento de nutrientes. Além disso, boa parte dos cafezais de Minas Gerais estão implantados em regiões com declividade acima de 25-30%, o que as torna potencialmente sujeitas ao processo erosivo. O correto manejo da cobertura do solo pode proporcionar um bom controle das plantas invasoras, proteger o solo contra os efeitos diretos do sol e da chuva e fornecer nutrientes para o cafeeiro, especialmente N, quando se utilizar uma espécie da família das leguminosas para a formação da cobertura do solo. O objetivo deste trabalho é comparar o efeito de diferentes manejos da cobertura do solo nas ruas do cafezal, desde sua implantação, no controle de plantas invasoras, na conserva-ção/ melhoria das características químicas, físicas e físico-químicas do solo e no desenvolvimento do cafeeiro cultivado sob sistema orgânico. Nesse resumo, são apresentados apenas os resultados referentes ao desenvol-vimento das plantas de café doze meses após o plantio. Em 28/11/01, mudas do cultivar Oeiras foram planta-das no espaçamento 2,80 x 0,5 m, em blocos ao acaso e quatro repetições. As ruas receberam os seguintes tratamentos: 1) capina com enxada (testemunha); 2) roçada periódica da vegetação espontânea; 3) manuten-ção de camada de 10 cm de cobertura morta; 4) amendoim forrageiro (Arachis pintoi cv. Amarillo); 5) brachiaria (Brachiaria brizantha); 6) guandu (Cajanus cajan cv. Arata); 7) guandu (Cajanus cajan cv. Caqui); 8) estilosantes (Stylosanthes capitata); 9) estilosantes (Stylosanthes guianensis cv. Mineirão); 10) setária (Setaria sphacelata cv. Kazungula); 11) feijão caupi (Vigna unguiculata); 12) trapoeraba (Commelina benghalensis). As plantas de cobertura foram roçadas no florescimento e colocadas na linha de plantio dos cafeeiros, como adubos verdes. As linhas de plantio dos cafeeiros foram mantidas limpas e durante o ano receberam adubação orgânica, defensivo natural "Neem", biofertilizante "Supermagro" e Viça Café Plus. No período seco, apenas as parcelas que permaneceram no limpo e, principalmente, as parcelas que receberam cobertura morta, apresentavam plantas enfolhadas e totalmente sadias. As outras parcelas apresentavam sintomas nítidos de déficit hídrico e nelas as plantas apresentaram maior ataque de bicho mineiro e maior seca de ponteiros. No final de dezembro, com a normalização das chuvas, ocorreu boa recuperação dos cafeeiros em todas as parcelas, mas os tratamentos 3 e 1 continuaram se destacando dos demais e apresentaram os maiores valores de diâmetro de caule, número de ramos e vigor na avaliação realizada doze meses após o plantio.