SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos

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    Sustentabilidade da cultura do cafeeiro adotando-se medidas de controle integrado de doenças
    (2003) Souza, Antônio Fernando de; Zambolim, Laércio; Mantovani, Everardo Chartuni; Costa, Helcio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Na região da Zona da Mata de Minas Gerais, os agricultores procurando obter maiores produtividades, muitas vezes fazem uso inadequado de diversos insumos agrícolas, principalmente os fitossanitários, o que tem contribuído para aumentar o risco de intoxicação e contaminação do ambiente. O presente trabalho propôs avaliar a eficiência de diferentes medidas de controle fitossanitário das doenças do cafeeiro, visando encontrar alternativas que permitam ao cafeicultor obter alta produtividade, longevidade, sustentabilidade e com menor agressão ao meio ambiente. Para tanto, foram instalados em dezembro de 1999 dois experimentos de campo, utilizando diferentes modos de condução da cultura, onde foram avaliados: a) efeito da irrigação localizada e não irrigação; b) efeito de três tipos de adubação (química, química mais esterco de bovinos e química mais esterco de suínos); c) efeito de oito tratamentos fitossanitários: (uso de produtos sistêmicos de parte aérea, Epoxiconazole com início do controle a 5% e a 10% de ferrugem (Hemilea vastatrix) e aplicação seguindo calendário; uso de produtos protetores, Oxicloreto de cobre e calda Viçosa; testemunha sem controle de doenças; uso anual de granulado de solo (Cyproconazole + Thiamethoxam) mais calda Viçosa em ano de alta carga e somente a calda Viçosa em ano de baixa carga, e uso anual de granulado de solo). Após dois anos de condução dos experimentos, ainda não foram observadas diferenças entre o efeito da irrigação e o efeito dos tipos de adubação. Esperam-se efeitos significativos destas variáveis a partir do terceiro ano. Com relação aos tratamentos fitossanitários, no ano de baixa carga (2000/2001), os tratamentos com fungicidas protetores à base de cobre, foram os mais eficientes no controle da ferrugem e da mancha de olho pardo (Cercospora coffeicola). No ano de alta carga (2001/2002), os tratamentos que utilizaram fungicidas sistêmicos foram os mais eficientes no controle da ferrugem e mantiveram a incidência da doença abaixo de 20%, enquanto que os tratamentos com produtos à base de cobre foram eficientes no controle da mancha de olho pardo.