SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos

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    Variabilidade espacial de atributos físicos em solo de cerrado utilizado com cafeicultura submetidos a dois manejos - Ano agrícola 2002-2003
    (2003) Borges, Elias Nascentes; Gontijo, Ivoney; Jorge, Ricardo Falqueto; Casarotti, Daniel da Costa; Silva, Ademar Maximiano da; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Rodrigues, Gilson Marcelino; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Solos cultivados intensamente com a cultura do cafeeiro, não raramente apresentam problemas na parte física do solo, afetando todo o processo de conservação do solo, comprometendo dessa maneira, a sustentabilidade de todo o processo agrícola. A expansão da cafeicultura no cerrado ocorre com investimentos elevados em variedades, adubações, irrigações, controle de pragas e doenças. Contudo, pesquisas da qualidade do ambiente do solo para a cultura, com mapeamento georeferendados visando a constituição de um banco de dados de atributos físicos do solo são escassos para possibilitar adoção de técnicas de manejo mais sustentáveis. Objetivou-se nesse trabalho criar um banco de dados georeferenciados, comparando os atributos físicos em dois sistemas de manejo para controle de plantas daninhas no cafeeiro. Foram instaladas duas malhas amostrais de 45 x 55 m, contendo cada uma 45 pontos eqüidistantes (5 x 8 m), georeferenciados com o uso do GPS, uma com o controle de plantas daninhas com herbicida de contato, e a outra malha com controle de plantas daninhas com uso de gradagens sucessivas nas entrelinhas, foram demarcadas numa lavoura de café variedade Mundo Novo (376/19) pertencente à Estação Experimental da EPAMIG, Patrocínio - MG. As determinações dos níveis de compactação foram obtidas com o uso do penetrômetro de impacto e as amostragens de solo para a determinação das densidades do solo e de partículas bem como a porosidade total do solo, efetuadas nas profundidades de 0 - 20 cm e 20 - 40 cm nas regiões do meio da rua, linha de tráfego do trator e "saia" do cafeeiro. Observou-se que não houve diferença significativa dos valores de densidade e porosidade nas diferentes regiões amostradas no manejo das plantas daninhas com herbicida; no manejo com grade o valor da densidade foi significativamente menor na região da saia do cafeeiro demonstrando o efeito do manejo nessa região do cafeeiro. Os valores de resistência à penetração foram estatisticamente diferentes nas três regiões estudadas, apresentando valores crescentes na "saia" do cafeeiro, meio da rua e linha de tráfego do trator, em ambos os manejos adotados, demonstrando o grande efeito compactador de todo o maquinário utilizado no manejo do cafeeiro.
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    Utilização de distintas fontes de nitrogênio e potássio na produtividade de cafeeiros irrigados e fertirrigados (Resultado de três colheitas)
    (2003) Soares, Adilson Rodrigues; Mudrik, Alexandre Silva; Silva, Thiago Caetano da; Mantovani, Everardo Chartuni; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Nos últimos anos têm-se observado a expansão na utilização da irrigação e sobretudo da fertirrigação em lavouras cafeeiras brasileiras. A fertirrigação exige que os fertilizantes sejam solúveis em água, com o mínimo de impurezas e compatíveis entre si, para que não ocorram reações que possam formar precipitados que venham causar entupimento dos emissores nem efeitos corrosivos nos sistema de irrigação. Portanto torna-se necessário testarmos a viabilidade da utilização de alguns fertilizantes encontrados no mercado. Este experimento está sendo conduzido em uma das Áreas de Observação e Pesquisa em Cafeicultura Irrigada, Fazenda Laje, localizada no município de Viçosa-MG. As necessidades hídricas do cafeeiro foram determinadas diariamente utilizando o "software" IRRIGA (SISDA), o qual define a lâmina a ser aplicada de acordo com dados meteorológicos diários fornecidos por uma estação meteorológica automática instalada no local. O experimento consiste de cinco tratamentos, com três repetições, sendo que a todos eles foram fornecidos os nutrientes de acordo com os resultados de análises de solo coletadas no local. O experimento consiste de cinco tratamentos, com três repetições, sendo que a todos eles foram fornecidos os nutrientes de acordo com os resultados de análises de solo coletadas no local. As fertirrigações foram parceladas de setembro a maio. Os tratamentos são os seguintes: (1)- testemunha não irrigada e com adubação convencional manual com o formulado 20-05-20; (2)- irrigado e com adubação convencional manual com o formulado 20-05-20; (3)-fertirrigação com fertilizantes, específicos para aplicação via água de irrigação, de alta pureza e solubilidade, sendo utilizados nitrato de potássio e de cálcio; (4)- fertirrigação com o formulado Hidran Plus 19-04-19 produto este de alta solubilidade que vem sendo empregado na fertirrigação do cafeeiro em lavouras comerciais e (5)- fertirrigação com adubos convencionais, sendo utilizados sulfato de amônio, uréia e cloreto de potássio. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência de distintas fontes de N e K, aplicados via fertirrigação, na produtividade do cafeeiro. Para tanto avaliou-se a produtividade e rendimento de café beneficiamento nas safras 2000, 2001 e 2002 para cada tratamento. Os resultados mostram que o tratamento não irrigado gerou produtividades inferiores nos três anos de avaliação quando comparado com os tratamentos irrigados, apresentando produtividades em sacas de café beneficiado de 39 e 65 sc/ha (60 kg), respectivamente, houve diferenças significativas a 5% de probabilidade para as três colheitas. Entre os tratamentos fertirrigados não houve diferença entre as médias das três colheitas. Quando analisamos os tratamentos irrigados observa-se que ocorreu uma alternância entre os mais eficientes de acordo com o ano de avaliação. Porém, na média, os tratamentos utilizando nitrato de potássio e de cálcio e Hidran Plus induziram maiores produtividades ao cafeeiro, mesmo não se verificando diferença estatística entre os demais, apresentando produtividades de 64,4 e 70,5 sc/ha, respectivamente. Porém, esses fertilizantes são de custo elevado, onerando os custos de produção. De acordo com os resultados podemos concluir que a irrigação proporcionou, em média, 65 sacas/ha, correspondendo a um aumento de 95 % em relação ao tratamento não irrigado. Apesar de as médias de precipitação no período apresentarem valores próximos da média histórica, a distribuição em períodos importantes do desenvolvimento afetou, de maneira atípica, o desenvolvimento e a produtividade do cafeeiro. Não houve diferença estatística entre as médias dos tratamentos fertirrigados com as diferentes fontes de nutrientes, quanto à produtividade.
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    Teores de macronutrientes no sistema radicular do cafeeiro sob interferência de plantas daninhas
    (2003) Ronchi, Cláudio Pagotto; Terra, Agmar Antônio; Silva, Antônio Alberto da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da interferência de sete espécies de plantas daninhas no teor de macronutrientes em raízes de plantas de café. Aos 30 dias após o transplantio das mudas, para vasos contendo 12 L de uma mistura de solo e matéria orgânica, fez-se o transplantio e, ou, o semeio das espécies daninhas nesses vasos, em seis densidades (0, 1, 2, 3, 4 e 5 plantas por vaso). Os períodos de convivência, desde o transplantio ou a emergência das plantas daninhas, até a colheita das plantas foram de 77 dias -Bidens pilosa, 180 dias - Commelina diffusa, 82 dias - Leonurus sibiricus, 68 dias - Nicandra physaloides, 148 dias - Richardia brasiliensis e 133 dias - Sida rhombifolia. O teor de N nas raízes do cafeeiro reduziu-se drasticamente com o aumento da densidade de plantas daninhas. Considerando-se todas as espécies, essa redução variou de 45% a 62% nas densidades de 1 a 5 plantas por vaso, respectivamente. As espécies que menos reduziram os teores de N foram B. pilosa e R. brasiliensis. Os níveis de P reduziram-se em média 30%, independente da densidade (1 a 5 plantas por vaso). As maiores reduções do teor de P foram causadas por L. sibiricus, N. physaloides e S. rhombifolia. Ocorreram reduções médias de 51% nos teores de K, independente da densidade, sendo que a maior (76%) e a menor (35%) redução, foram provocadas pela interferência de L. sibiricus e R. brasiliensis, respectivamente.À exceção de R. brasiliensis e de C. diffusa, que não influenciaram o teor de Ca, as demais espécies causaram reduções de 36 a 56%, à medida que a densidade aumentou de 1 para 5 plantas por vaso. À exceção de C. diffusa, que não afetou a teor de Mg, e de L. sibiricus, que reduziu o teor desse nutriente em até 75% (na maior densidade), as demais espécies causaram reduções médias de 40%. Independente da densidade, as plantas daninhas causaram reduções médias do teor de S de aproximadamente 30%, à exceção de L. sibiricus, cuja redução foi de até 65%. O grau de interferência, em relação aos teores de macronutrientes nas raízes do cafeeiro, foi mais afetado pela espécie do que pela densidade de plantas daninhas.
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    Suprimento de zinco a cafeeiros por meio de injeções sólidas na base do tronco
    (2003) Martinez, Hermínia Emília Prieto; Neves, Yonara Poltronieri; Sanz, Manoel; Bayona, Javier Abadía; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O zinco destaca-se como um dos micronutrientes mais limitantes para o cafeeiro. Seu suprimento via solo, na maioria das vezes apresenta baixa eficiência, devido a sua interação com a fração argila de solos intemperizados como os latossolos. O fornecimento via foliar é também pouco eficiente devido à baixa mobilidade do Zn no floema do cafeeiro, a qual leva à necessidade de várias pulverizações anuais. Em regiões montanhosas, e em sistemas adensados as dificuldades de aplicação tornam o problema ainda maior. Assim sendo, o presente trabalho tem por objetivo verificar a viabilidade do suprimento do Zn via injeções sólidas no tronco do cafeeiro, a exemplo do que é feito para suprir Fe a macieiras e pereiras cultivadas em solos calcáreos. Para alcançar esse objetivo foi instalado um experimento preliminar em um talhão de cerca de 0,5 ha, com plantas deficientes em Zn e de aspecto homogêneo, em área experimental da UFV. A área escolhida consta de híbridos Catuaí x Catimor plantados em espaçamento de 3x1 e com 11 anos de idade. Os tratamentos compuseram-se de testemunha (sem fornecimento de Zn), pulverização foliar com Zn SO 4 a 0,4% e KCl a 0,5% e introdução de uma cápsula de 1,77 g contendo sais de Zn na base do tronco das plantas. Cada tratamento contou com 10 repetições, tendo sido as parcelas dispostas na área por sorteio, em delineamento experimental inteiramente ao acaso. As parcelas experimentais constaram de 12 plantas, as duas centrais úteis. Determinaram-se as concentrações de Zn total e Zn ativo em folhas jovens, com mais de 3,5 cm de comprimento, coletadas em ramos produtivos no momento da aplicação dos tratamentos e um mês após. Na segunda avaliação tomaram-se também o conteúdo de Zn total e Zn ativo por folha. Os dados obtidos foram submetidos à análise da variância, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os resultados preliminares obtidos permitem verificar que o uso de injeções sólidas em troncos parece ser uma forma promissora de correção da carência de Zn em cafeeiros, resultando em concentrações de Zn ativo semelhantes às obtidas em plantas pulverizadas, um mês após a aplicação.
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    Unidades experimentais de cafeeiros sob sistema de produção orgânica no municipio de Heliodora, Minas Gerais
    (2003) Lima, Paulo César de; Moura, Waldênia de Melo; Pereira, Antônio Alves; Ribeiro, Poliane M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café sob sistema orgânico de produção representa 5% do segmento dos cafés especiais, e se desenvolve mais rapidamente, com um crescimento anual de 18% comparado com os 8 ou 9% para o restante do mercado de cafés especiais. Apesar disso, poucas pesquisas têm sido realizadas visando o desenvolvimento da cafeicultura orgânica. Neste sentido, desde o ano de 1999 a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), vem desenvolvendo unidades experimentais, visando o desenvolvimento de tecnologias para a produção de café sob cultivo orgânico. Esses trabalhos contam com a parceria de produtores de café, do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e do CNPq. Dentre essas unidades duas foram instaladas no ano de 2000 no município de Heliodora, MG, a 1.100 m de altitude, um sistema arborizado com bananeira e outro consorciado com leguminosas. Em cada unidade foram plantados quatro cultivares resistentes à ferrugem (Oeiras, Icatu Precoce, Obatã e Catucaí) com espaçamento de 2,8 a 0,5m, em deline-amento de blocos casualizados com quatro repetições. O número de plantas por parcela para o sistema consorciado foi de 74 plantas, enquanto que no sistema arborizado foi de 66 e 68, quando havia duas ou uma planta de bananeira na parcela, respectivamente. No sistema arborizado, utilizou-se bananeira espaçada a 12 m entre plantas, cultivadas na linha de cafeeiros, enquanto que no sistema consorciado as leguminosas foram cultivadas nas entrelinhas do cafezal. A formação de mudas e as adubações nas unidades experimentais foram baseadas nas recomendações da CFSEMG, utilizando-se de materiais permitidos para o cultivo orgânico. As conduções das unidades experimentais foram realizadas obedecendo às normas de certificação orgânica. As avaliações iniciaram após a primeira colheita, coletando-se dados de porte, vigor, maturação dos frutos, tamanho dos frutos incidência de doenças e pragas, produtividade e outras características agronômicas de interesse. Além disso, foram feitos acompanhamentos do estado nutricional das plantas, através de análises foliares e de solo. Em ambos sistemas de produção todas as cultivares mostraram-se bastante vigoro sas, com teores foliares de macro e micronutrientes dentro dos limites estabelecidos para a cultura. Também, observaram-se baixa incidência de ferrugem, cercosporiose, bicho mineiro e seca de ponteiros. De modo geral, todas as cultivares apresentaram maiores produções no sistema arborizado, destacando-se a cultivar Oeiras, sugerindo que neste sistema ocorreu uma maior precocidade na produção. No sistema consorciado, as cultivares mais promissoras foram Oeiras e Icatu Precoce. No entanto, por tratar-se de dados preliminares, ainda serão necessários o acompanhamento e avaliação destas unidades por um período de quatro colheitas.
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    Umidade do solo em cultivo consorciado de cafeeiro e bananeira prata anã
    (2003) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro, Mário José; Gallo, Paulo Boller; Ortolani, Altino Aldo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de determinar os efeitos do cultivo consorciado de cafeeiro com bananeira Prata relacionados à condição hídrica do solo, foi realizado um experimento em Mococa-SP. O monitoramento da umidade do solo foi realizado em cultivo consorciado de cafeeiro, cv. Icatu, plantado no espaçamento 4x1m, consorciado com bananeira Prata Anã, plantada no espaçamento 8x8 metros e em um cultivo de cafeeiros a pleno sol, plantado no mesmo espaçamento do cultivo consorciado. As medidas da umidade volumétrica do solo (cm 3 de água/cm 3 solo) nos dois sistemas de cultivo foram realizadas durante o período de novembro de 2001 a janeiro de 2003, com sonda de Neutrons (CPN, modelo 503 DR) calibrada para o solo onde foi realizado o experimento. As amostragens foram realizadas na projeção da copa do cafeeiro, nas profundidades de 25, 55 e 85 cm., em três repetições, em intervalos semanais a decendiais, sendo que no sistema consorciado as medições foram realizadas na forma de "grid" em quatros pontos do sistema, com o objetivo de se obter uma média do sistema. Calculou-se o armazenamento de água no solo somando-se os valores da lâmina de água armazenada em cada camada, que foram obtidas pelo produto entre a umidade do solo e a profundidade da camada. Os resultados indicam que, no período chuvoso, de novembro de 2001 a março de 2002, o ponto de amostragem situado ao lado das bananeiras apresentou valores inferiores de armazenamento de água no solo em relação aos outros pontos do sistema consorciado ou mesmo do cultivo a pleno sol, principalmente se consideradas as amostragens nas profundidades mais superficiais (25 e 55 cm). Com as podas das bananeiras ocorridas no final de dezembro e no mês de março, além do inicio da estação seca, ocorrida em abril, estas diferenças diminuíram, fazendo com que os valores de armazenamento neste ponto de amostragem se tornassem iguais ou superiores aos níveis do cultivo a pleno sol. Os demais pontos de amostragem dentro do sistema consorciado apresentaram valores semelhantes ou superiores ao cultivo pleno sol, principalmente a partir de abril de 2002 (início da estação seca), fazendo com que a média de armazenamento no sistema consorciado se mantivesse superior ao cultivo a pleno sol durante o período seco (abril a outubro). Verificou-se também que o aumento do armazenamento de água no solo após a ocorrência de chuvas posteriores a um período seco, sempre foi maior na parcela consorciada (meses de maio, julho, agosto e novembro) em relação ao cultivo a pleno sol, tendo como principal influência à camada mais superficial de medidas.
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    Respostas do cafeeiro sobre sistemas de plantio adensado, à adubação com macronutrientes na região Sul de Minas
    (2003) Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Garcia, Antônio Wander Rafael; Silva, Enilson de Barros; Japiassú, Leonardo Bíscaro; Guimarães, Maria Juliana C. Lasmar; Furtini, Antônio Eduardo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A obtenção de altas produtividades em curto prazo, com conseqüente redução do custo de produção por saca de café, tem sido a razão para muitos cafeicultores optarem pelo plantio do cafeeiro no sistema adensado. Vários fatores devem ser considerados na escolha do espaçamento da lavoura como, o tamanho da propriedade; a declividade do terreno; a disponibilidade do uso de máquinas e implementos para a aplicação dos tratos culturais e operações de pré e pós-colheita; a disponibilidade de mão-de-obra na região; a cultivar a ser plantada; o clima da região e a sua influência na maturação dos frutos; a ocorrência de pragas e doenças; o custo de formação etc. A população média dos cafezais de Minas Gerais é de 1800 plantas/ha. Esta densidade de plantio condiciona uma pequena população de plantas por área e uma baixa produção nas primeiras colheitas. O aumento da densidade de plantio proporciona uma menor produção por planta e conseqüentemente uma menor demanda em nutrientes que aliada a uma melhor eficiência na utilização dos fertilizantes faz com que se utilize uma menor quantidade relativa destes por área.A eficiência da utilização dos fertilizantes aplicados deve-se à maior densidade radicular, à menor lixiviação dos minerais, ao menor escorrimento de água no solo devido à proteção proporcionada pelas folhas e à reciclagem dos nutrientes decorrentes da mineralização do material orgânico superficial. O aumento da população de cafeeiros por unidade de área proporciona alterações ambientais que melhoram a fertilidade do solo. Observa-se um aumento do pH, dos teores de Ca, Mg, K e P, e do carbono orgânico, do índice de estabilidade dos agregados e da umidade do solo e, uma redução nos teores de alumínio. Em nossas condições são pouquíssimas as informações relativas à adubação do cafeeiro sob condições de adensamento, quanto aos macro e micronutrientes, sendo que a maioria dos resultados estão ainda em situação não conclusiva para a recomendação das adubações. Este experimento teve como objetivo estudar respostas aos macronutrientes nas fases de formação e de produção do cafeeiro, sob condições de plantio adensado, na Região Sul de Minas Gerais. Foram instalados desde o plantio dois experimentos, um em São Sebastião do Paraíso e outro em Três Pontas, em solos mais utilizados para a cultura do cafeeiro.Um outro experimento em lavoura já formada foi instalado também no município de Três Pontas. Nos dois ensaios de lavoura em formação, plantados em março de 1997, utilizou-se a cultivar catuaí CH 20 57.2.5.99, e na lavoura já formada a cultivar utilizada foi a Mundo Novo Acaia LCP 474/19, plantada em 1995. As plantas dos ensaios ficaram espaçadas de 2,0 x 0,75 m utilizando-se uma população de 6.666 plantas por hectare. O delineamento experimental a ser utilizado foi um fatorial fracionado (4 x 4 x 4)1/2 perfazendo um total de 32 parcelas (4 doses de N, 4 de P2O5 e 4 de K2O). Como a adubação de plantio e de primeiro anos utilizou-se 100 Kg de N; 400 de P2O5 e 100 Kg de K2O/ha e de 160 kg de N e de K2O/ha, respectivamente, comum a todos os tratamentos. No segundo ano, as doses foram de 50, 150, 250 e 350 kg de N e de K2O/ha. A adubação na fase de produção, tanto para os ensaios em formação quanto para o experimento de lavoura já formada, aplicou-se as seguintes doses 100, 250, 400, 550 kg/ha de N e de K2O e de 0,60,120 e 180 kg de P2O5 kg/ha/ano. O regime pluviométrico no período referente as quatro primeiras produções, foi irregular e abaixo do normal, registrando-se em Varginha déficits hídricos de 305,7mm em 1999, 217,0mm em 2000, 226,6mm em 2001 e 172,9mm em agosto de 2002. Para a avaliação do experimento foram colhidas as safras de 1999 a 2002. As produtividades obtidas no período foram inferiores as consideradas ótimas para lavouras adensadas, o que pode ser atribuído a falta de água no solo, pois experimentos com irrigações em áreas próximas obtiveram ganhos de produções de até 70% o que justifica em parte, a baixa resposta aos níveis maiores de nutrientes utilizados.Conclui-se que menores doses de NPK utilizadas foram suficientes para as produtividades obtidas; o potássio foi o nutriente de menor resposta, onde doses menores também foram suficientes para as produções; o nitrogênio na maioria dos anos aumentou significativamente a produção.
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    Sistema para cálculo dos índices DRIS e do potencial de resposta à adubação em café arábica - DRIS-PRA Café - arábica
    (2003) Leite, Roberto de Aquino; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Venegas, Victor Hugo Alvarez; Souza, Ronessa Bartolomeu de; Neves, Yonara Poltronieri; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A interpretação de análises foliares por meio de níveis ou faixas críticas avalia cada nutriente isoladamente, não considerando o balanço entre eles. O DRIS baseia-se no cálculo de um índice para cada nutriente considerando sua relação com os demais. Envolve a comparação das razões entre cada par de nutrientes encontrados em determinado tecido de interesse, com as razões médias correspondentes às normas, pré-estabelecidas a partir de uma população de referência. Essas relações experimentam meno-res variações do que as concentrações de nutrientes na matéria seca empregadas para o diagnóstico por meio de níveis ou faixas críticas. O potencial de resposta à adubação amplia o uso do DRIS estabelecen-do o grau de probabilidade de resposta à adubação para um dado nutriente, utilizando o índice de balanço nutricional médio na separação de nutrientes limitantes e não limitantes de uma determinada cultura. Visando viabilizar o cálculo rápido dos índices DRIS e PRA para o cafeeiro arábica por pesquisa-dores, extensionistas e produtores foi desenvolvido o programa eletrônico denominado DRIS-PRA Café - Arábica. O Sistema desenvolvido efetua o cálculo dos índices DRIS utilizando normas geradas a partir de uma população de referência composta por 159 lavouras de café das regiões de Patrocínio; Guaxupé e São Sebastião do Paraíso; Manhuaçu; e Viçosa, cujas produtividades nos anos agrícolas de 1996 a 1999 superaram 30 sacas/ha na média de dois anos consecutivos. Para a obtenção das normas DRIS tomaram-se em dois anos consecutivos, ao acaso, e em talhões homogêneos com cerca de 0,5 ha, amostras do terceiro e quarto pares de folhas em ramos produtivos, localizados nas quatro faces de exposição cardinal. As amostras foram toma-das na fase que antecede a rápida expansão dos frutos, ou seja, entre florescimento e chumbinho. Determinaram- se os teores de macro e micronutrientes nas amostras colhidas. Os dados obtidos foram utilizados para o cálculo das normas DRIS conforme método proposto por ALVAREZ V. e LEITE (1999). Para o cálculo do potencial de resposta à adubação (PRA) utilizou-se o método proposto por WADTT (1996). O software calcula os índices DRIS para os nutrientes N, P, K, Ca, Mg, S, Zn, Fe, Cu, Mn obtidos pela análise de amostras de tecidos foliares de cada lavoura em diagnose, fornecidos em arquivo de planilha eletrônica (EXCEL) e os processa calculando os índices usando a média das relações direta e inversa de cada nutriente conforme a fórmula proposta por ALVAREZ V. e LEITE (1999) que utilizam a fórmula de JONES (1981) para o cálculo das funções Z(A/B). O software apresenta os resultados para cada lavoura em teste, ordenando os nutrientes segundo o grau de limitação nutricional seja por carência ou excesso. Associado ao índice DRIS determinado apresenta, também, a probabilidade de resposta à adubação. O sotware possibilita efetuar o cálculo dos índices DRIS empregando normas específicas para as regiões de Patrocínio; Guaxupé e São Sebastião do Paraíso; Manhuaçu; ou Viçosa ou, alternativamente, normas para todo o Estado. Maiores informações sobre o software poderão ser obtidas na página WEB: www.ufv.br/dft/dris/drispracafe.htm
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    Respostas do cafeeiro conilon à calagem e adubação potássica no estado do Pará
    (2003) Veloso, Carlos Alberto Costa; Souza, Francisco Ronaldo Sarmanho de; Ribeiro, Sydney Itauran; Oliveira, Moisés C. M. de; Corrêa, João R. V.; Carvalho, Eduardo J. M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura paraense está localizada principalmente na microrregião de Altamira, destacando - se os municípios de Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Sem. José Porfírio, Uruará e com expansão para outras regiões, do Médio Amazonas e Nordeste Paraense. Por outro lado, sabe-se que a maioria das lavouras cafeeiras da microrregião de Altamira obtém produtividade baixa, devido ao nível tecnológico adotado. Destacando a correção do solo, pois a baixa fertilidade do solo e custo de aquisição de calcário e fertilizantes. Portanto a definição da necessidade de calcário de forma racional possibilitará num manejo de correção e adubação que pode tornar viável tais tecnologias, como a correção da acidez do solo, que aumenta a produtividade e longevidade da lavoura contribuíram para a sustentabilidade da cultura e fixação dos agricultores nesta região. Com o objetivo de definir níveis adequados e econômicos de calcário e de adubação potássica para cafeeiro (Coffea canephora), foi implantado dois experimentos em duas regiões distintas do Estado do Pará, a região da transamazônica e do Médio Amazonas. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados com os tratamentos dispostos num esquema de parcelas subdivididas, onde, nas parcelas foram aplicadas cinco doses de calcário dolomítico baseados na elevação da saturação por bases (sem calcário, correção da saturação por base para 40, 60, 80 e 100%) e nas subparcelas quatro doses de potássio. No 1o. ano: 6, 12, 24 e 48 g/planta de K2O); no 2o. ano em diante: (10; 20; 40 e 80 g/planta de K2O), com três repetições. Os experimentos estão sendo conduzidos no município de Altamira, em Nitossolo Vermelho textura argilosa e no município de Belterra em Latossolo Amarelo textura média, onde foram implantados durante o mês de fevereiro de 2001. Os resultados no município de Altamira demonstraram que somente o calcário apresentou efeito significativo, sob as formas linear e quadrática sobre as variáveis altura de plantas (2001 e 2002) e diâmetro do caule (2002). Houve uma inversão para a altura das plantas com relação à saturação por bases na faixa de 40-60%, em que está o ponto de máximo em 2001 e ponto de mínimo em 2002. No município de Belterra, o ano de 2001, somente o diâmetro do caule foi influenciado pelo efeito linear de calcário. No ano de 2002, todas as variáveis apresentaram significância para o efeito linear e quadrático do calcário. Em todos os casos, o ponto de máximo foi alcançado com a saturação por bases igual a 40.
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    Respostas do cafeeiro sobre sistema de plantio adensado, à adubação com zinco, na região Sul de Minas
    (2003) Garcia, Antônio Wander Rafael; Japiassú, Leonardo Bíscaro; Nogueira, Francisco Dias; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Pozza, Adelia Aziz Alexandre; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Experimentos realizados em lavouras de café plantadas no sistema tradicional demonstraram pouca eficiência no fornecimento do zinco aplicado em cobertura, quando o solo utilizado era de textura média a argilosa. No presente trabalho está sendo estudado o efeito do sulfato de zinco aplicado via solo, em lavoura adensada na fase de formação, supondo que no decorrer do tempo as raízes mais superficiais, neste sistema de plantio, poderiam melhor aproveitar o Zn e assim dispensar o fornecimento deste nutriente via foliar, pela dificuldade de efetuar pulverizações neste sistema.O experimento foi instalado em Três Pontas - MG, em LVA fase cerrado, textura argilosa. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em parcelas subdivididas, constando de 7 tratamentos, 4 repetições e 21 plantas para cada subparcela, sendo conside-radas úteis as 5 plantas da fileira central. Os tratamentos, constaram-se da ausência de Zn (Trat. 1), quatro doses de sulfato de zinco (Trat. 2 a 5) 5, 10, 20 e 40 g de sulfato de zinco/cova, respectivamente, e uma aplicação de 13 g de óxido de zinco/cova (Trat. 6), todos aplicados via solo em cobertura, comparados a 3 aplicações foliares/ano de sulfato de zinco a 0,5% (Trat.7). A lavoura escolhida para o ensaio foi da cultivar catuaí amarelo H.2077-25.74, plantada em fevereiro de 1996 no espaçamento de 2,00 x 0,70m. A instalação do experimento e a aplicação das doses de Zn no solo se deram em novembro de 1998 nas subparcelas I e II e, em novembro de 1999 as mesmas doses foram reaplicadas apenas na subparcela I. O uso de Zn no solo, em diferentes doses, não influenciou de forma significativa o aumento das produções. Na subparcela I, onde repetiu-se as doses via solo no segundo ano, houve uma tendência de redução da produção em relação à subparcela II. Os teores de Zn no solo, na camada de 0-20 cm e na camada de 20-40 cm, foram influenciados proporcionalmente pelas doses aplicadas, mostrando que houve um caminhamento do elemento no solo. Os teores de zinco foliares, em junho de 2002, foram semelhantes para todos os tratamentos que receberam adubação deste elemento via solo, e semelhantes à testemunha, com teor em torno de 8 mg/kg e abaixo do nível limiar (10 mg/kg). Somente o tratamento 7 cujo fornecimento de Zn foi por via foliar, apresentou 12,0 mg/kg de Zn, superior aos demais tratamentos, onde as produções foram ligeiramente superiores. Os teores de Zn no solo na testemunha de 2,2 mg/dm 3 foram suficientes para atender à demanda das plantas. Concluiu-se que: teores de 2,2 mg/dm3 de Zn no solo foram suficientes para a obtenção de uma produtividade próxima a 37 sacas beneficiadas por hectare; após 4 anos da aplicação de zinco na superfície do solo, houve um caminhamento do nutriente no solo nas diferentes doses e fontes utilizadas; a aplicação de 20g de sulfato de Zn por cova ao longo dos anos tem mostrado ser uma boa dose a ser recomendada para uma maior produtividade em relação às outras doses e fontes, via solo; três aplicações foliares promoveram teores foliares da ordem de 12,0 mg/kg de Zn e produtividade próxima à testemunha.