A Rural

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    O saldo dos ágios e a renovação da cafeicultura
    (1957-05) Albuquerque, Plínio Cavalcanti de
    A atual administração federal tomou duas iniciativas dignas de aplauso. Instituiu o plano de recuperação da lavoura cacaueira e, por decreto de ontem, o plano de expansão econômica da triticultura nacional.
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    Inclusão do café despolpado no regime de defesa do IBC
    (1961-01) Albuquerque, Plínio Cavalcanti de
    O dr. Plínio Cavalcanti de Alburquerque, na qualidade de presidente da Comissão de Comercialização da Junta Administrativa do Instituto Brasileiro do Café, propôs, naquele colegiado, a extensão aos cafés despolpados da política de preços mínimos, tendo o plenário, por unanimidade e em caráter de urgência, aprovado a proposição do representante da lavoura paulista. Em reunião semanal da Sociedade Rural Brasileira, o dr. Plínio Cavalcanti, diretor do Departamento do Café da entidade, justificou aquela medida, demonstrando que devemos formar a consciência da produção de bons cafés e provando a utilidade da política de compra para criação de estímulos para o aprimoramento do produto. Condenou, na ocasião, a política de compra indiscriminada, sem classificação, que tem sido a verdadeira causa do desinteresse do produtor pelos cafés de boa qualidade. Na íntegra, eis o discurso do dr. Plínio Calvacanti, pronunciado na II Reunião Ordinária da Junta Administrativa do IBC, 3a Sessão, realizada a 19 de outubro transato.
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    Da propaganda
    (1962-02) Albuquerque, Plínio Cavalcanti de
    Alega-se, contra essa iniciativa, o fato de ignorar o consumidor norte- americano a origem do café que bebe. Aquele consumidor conhece a marca („blends‟), que é uma composição de cafés de várias procedências, conservada secretamente pelo torrador. O raciocínio então é o que se segue: como se fazer a propaganda do café brasileiro se o consumidor americano não bebe café brasileiro, colombiano ou de Kenia, mas tal e qual marca por cuja composição não mantém o menor interesse? A objeção é capciosa, fácil de ser contestada. É perfeitamente viável, em primeiro lugar, a ideia da constituição de „blends‟ com café exclusivamente brasileiro. Já tivemos marca bem conhecida de café, apenas brasileiro.
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    As ‘operações casadas’ de café
    (1961-02) Albuquerque, Plínio Cavalcanti de
    Na última reunião da Junta Administrativa, em requerimento encaminhado à presidência interina do I. B. C., externamos o pensamento generalizado de condenação a esse tipo de venda e solicitamos do presidente da autarquia um desmentido categorizado e definitivo para restabelecimento da confiança no mercado, já abalado com a notícia da operação. A „operação casada‟, dentro do sistema de exportação a que estamos ligado, é desastroso, pois é um processo de forçar a baixa dos preços quando objetivamos, através da cooperação internacional, mantê-los em níveis de estabilidade.
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    A longo prazo a reforma cambial e anti-inflacionista
    (1961-05) Albuquerque, Plínio Cavalcanti de
    Cabe a seguinte indagação: sem a corajosa medida do reajustamento do câmbio de custo, teria sido possível o controle da inflação? Claro que não. O combate à ‘hiperinflação’ exige entre nós a execução de medidas de profundidade, básicas e era essencial precisamente integrar o câmbio de custo em sua definição legal. [...] Com a Instrução 204 cumpriu o sr. Presidente da República seu grande e formal compromisso assumido como candidato junto à lavoura do café: a supressão do confisco cambial. Daqui para frente todo recurso cambial produzido pelo café será aplicado na defesa de sua economia, reverterá porquanto à produção sob a forma de reinvestimentos oficiais. Esse, o grande resultado para os cafeicultores da Instrução 204, com a medida da vinculação específica: a completa eliminação do malfadado confisco cambial que provocará injusto e ineconômico processo de transferência de renda da cafeicultura para outras atividades e sobretudo para a indústria’.