INPA - Dissertações

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    Contribuição da calagem e adubação fosfatada na transição de cafezais para sistema agroflorestal no município de Apuí, Amazonas
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2015-11-23) Figueiredo, Vinícius Gozzo de; Alfaia, Sonia Sena
    A adoção de práticas adequadas para produção em sistemas agroflorestais pode trazer benefícios para a agricultura na região da Amazônia. Em Apuí, no sudeste do Amazonas, um grupo de agricultores familiares iniciou um processo de transição com o cultivo de café para sistemas agroflorestais. Cafezais pouco sombreados foram enriquecidos com espécies arbóreas e algumas práticas de manejo foram estabelecidas. A calagem dos solos e adubação fosfatada foi realizada para reduzir a acidez do solo e para corrigir deficiências na disponibilidade de fósforo para as plantas. Estas características são normalmente encontradas nos Latossolos em terra firme da Amazônia brasileira e dificultam a manutenção da produtividade de culturas perenes. Este estudo avaliou os efeitos das práticas de calagem em três dosagens (0,3; 1; 2,8 t.ha - 1 ) e da adubação fosfatada com 50 gramas de superfosfato triplo por cafeeiro. Foram analisados solos de 14 cafezais localizados em 8 estabelecimentos rurais, sendo 8 lavouras com as práticas de manejo e 6 lavouras sem manejo. A adubação fosfatada foi eficiente para aumentar o teor de P disponível no solo em relação às áreas sem manejo quando esteve associada à calagem na dose recomendada (2,5 – 2,8 t. ha -1 ). Este aumento foi de 2,43 mg.kg -1 , elevando em média o teor de P disponível para 5,74 mg.kg -1 . Com a calagem na dose recomendada houve aumento mais significativo nos teores de Ca e Mg em relação às dosagens parcial (1 t. ha -1 ) e mínima (0,3 t. ha -1 ). A saturação de bases aumentou de 29% para 54% em média nos cafezais manejados e não houve diferença significativa entre as calagens recomendada e parcial. O pH dos solos aumentou de 4,14 em média para 4,66 nas áreas com manejo, enquanto que considerando apenas a calagem recomendada e parcial este aumento no pH foi para 4,71. A acidez trocável (H+Al) também foi reduzida nos solos com manejo e mostrou diferença significativa apenas entre a calagem recomendada e mínima. A partir de 1 t.ha -1 a calagem contribuiu para melhorar os atributos dos solos relacionados com a acidez e a saturação de bases.
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    Caracterização química do solo e da serrapilheira em cafezais (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner) em transição para sistemas agroflorestais no município de Apuí - AM
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2016-10) Salomão, Ana Cláudia Francisco; Alfaia, Sônia Sena
    Considerando a potencialidade dos sistemas agroflorestais como um método alternativo para a produção agrícola que promove, dentre outros benefícios, a conservação do solo, esse projeto teve como objetivo principal realizar a caracterização da serapilheira acumulada e do solo em áreas de café em transição para sistemas agroflorestais (SAF) e identificar a sua influência na fertilidade do solo, em áreas de produtores familiares no município de Apuí – AM. As áreas em transição agroflorestal foram comparadas com as áreas de café em monocultivo e florestas remanescentes na mesma propriedade. Nos cafezais em transição para SAF foram plantadas espécies arbóreas e não arbóreas de leguminosas (Fabaceae) com o intuito de fornecer proteção ao solo, sombreamento, adubação verde e aumentar a agrobiodiversidade. Além da introdução de leguminosas, nos cafezais foram também realizados outros tratamentos agroecológicos como: utilização de biofertilizantes, calagem e controle alternativo de pragas. O estudo foi conduzido em três Estabelecimento Rurais (ER), cada um deles apresentam áreas de no mínimo 01 ha de monocultivo de café, de cultivo de café em transição para sistema agroflorestal e floresta remanescente, para coleta das amostras. O Delineamento experimental foi em blocos casualizados com três blocos, três tratamentos e três repetições, onde foram coletadas amostras de serrapilheira acumulada e amostras de solo para análises químicas dos nutrientes, em três diferentes épocas do ano. Além da determinação dos teores e concentrações de macro e micro nutrientes na serrapilheira acumulada e no solo, foram também analisadas as concentrações de NH 4+ e NO 3- para determinar a dinâmica do nitrogênio nos três tipos de uso solo e a influência da sazonalidade no processo de mineralização do nitrogênio.
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    Quintais agroflorestais em área de terra-firme na Terra Indígena Kwatá-Laranjal, Amazonas
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2012) Salim, Mateus Vieira da Cunha; Alfaia, Sonia Sena
    Foram estudados quintais agroflorestais em área de terra-firme da Terra Indígena (TI) Kwatá-Laranjal, Amazonas, com o objetivo de caracterizar estes ambientes quanto à composição florística, avaliando-se os efeitos da idade de formação e área do quintal sobre a diversidade de espécies e densidade de indivíduos, assim como verificar se os parâmetros de fertilidade do solo possuem relação com idade e área do quintal e se as práticas de manejo realizadas contribuem para a manutenção da fertilidade do solo, comparando o solo dos quintais agroflorestais com capoeiras e florestas adjacentes. Nos 15 quintais estudados foram encontrados 2024 indivíduos arbóreos distribuídos em 75 espécies, sendo 56 de uso alimentar e 28 de uso medicinal. As espécies mais abundantes foram: açaí-de-toiça (Euterpe oleracea Mart.), cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum) e açaí-jussara (Euterpe precatoria Mart. var. precatoria), correspondendo a 19,12%, 15,36% e 12,89% dos indivíduos amostrados, respectivamente. As espécies mais freqüentes foram: mangueira (Mangifera indica L.), cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum) e laranjeira (Citrus sinensis (L.) Osbeck), ocorrendo em 100%, 93,3% e 80% dos quintais, respectivamente. A maioria da produção agrícola do quintal é utilizada para consumo, no entanto 73,3% das famílias geram renda a partir de produtos como: frutas diversas, como castanha (Bertholletia excelsa Bonpl.) e guaraná (Paullinia cupana Kunth). Tanto o Índice de Shannon (H’) como a densidade de indivíduos não possuem relação significativa (p<0,01) com idade e área do quintal. A procedência das espécies é, na maioria dos casos, do(a) próprio(a) agricultor(a) ou então adquirida com vizinhos e parentes, correspondendo a 66% e 53% da origem de espécies, respectivamente. Nos quintais do rio Mari-Mari, o alumínio possui relação com a área e o carbono possui relação com a idade de formação do quintal. Os demais parâmetros de fertilidade do solo dos quintais agroflorestais da TI Kwatá-Laranjal não possuem relação com idade de formação e área do quintal. Tanto nos quintais, como nas capoeiras e florestas estudados predominou a textura muito argilosa no solo. A partir da análise de parâmetros de fertilidade do solo (pH (H 2 O) e pH (KCl), Ca, Mg, Al, P, K e C), pode-se concluir que alguns dos quintais possuem características que permitem classificá-los como Latossolo Amarelo Distrófico antrópico caracerísticas de uma Terra Mulata (TM) e Latossolo Amarelo Eutrófico antrópico ou Terra Preta de Índio (TPI), que possuem níveis satistatórios de pH (5,3 a 7,3) e níveis altos de cálcio (acima de 4,0 cmolc/Kg) e magnésio (acima de 0,8 cmolc/Kg). Nos demais quintais, o pH foi considerado baixo (abaixo de 5,3) e satisfatórios os teores de cálcio (entre 0,4 e 4,0 cmolc/Kg) e magnésio (entre 0,2 e 0,8 cmolc/Kg) em 46,6% e 31,1% dos quintais respectivamente. Os teores de alumínio foram elevados considerados altos (acima de 1,5 cmolc/Kg) em todos os quintais. O potássio foi considerado baixo (abaixo de 0,15 cmolc/Kg) em todos os quintais, exceto nos de TM. O fósforo foi considerado alto (acima de 7,0 mg Kg -1 ) em 57,7% dos quintais e o carbono foi considerado baixo (abaixo de 15g Kg -1 ) em 44,4% dos quintais. Comparando o solo de quatro quintais com quatro capoeiras e quatro florestas, localizados nas mesmas aldeias, observou-se que os quintais possuem maiores valores de pH (H 2 O), pH (KCl) e teores de cálcio, magnésio, fósforo e potássio (apenas na profundidade 0-10cm); e menores teores de alumínio e carbono. O manejo agroflorestal praticado nos quintais parece estar contribuindo para o incremento de determinados nutrientes (cálcio, magnésio, fósforo e potássio), elevação do pH e neutralização do alumínio, no entanto se fazem necessárias práticas que contribuam para o incremento da matéria orgânica nestes sistemas, tendo em vista os benefícios que pode proporcionar ao solo em termos de composição físico-química e biológica.
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    Agrobiodiversidade de propriedades agrícolas familiares no município de Presidente Figueiredo, AM
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2011-05) Silva, Rafael Carletti Marcolino da; Souza, Luiz Augusto G. de
    Este trabalho foi realizado em quinze propriedades rurais no município de Presidente Figueiredo, AM, onde se pratica agricultura de corte e queima e a mão de obra empregada é inteiramente familiar. As propriedades estão inseridas em dois projetos de assentamentos (PA) rurais do INCRA, PA Uatumã e PA Canoas. Este trabalho foi dividido em três capítulos, sendo que no primeiro o objetivo foi investigar os processos que levaram à criação dos assentamentos Uatumã e Canoas, além realizar uma abordagem sócio-cultural acerca modo de vida, dos costumes e do sistema tradicional de produção dos agricultores familiares, caracterizando-os de acordo com observações em campo e entrevistas realizadas. No segundo capítulo, realizamos um levantamento de espécies da família Fabaceae presentes nas propriedades rurais, com o intuito de selecionar algumas espécies para serem utilizadas como adubos verdes. No terceiro e último capítulo foram fitas análises químicas dos solos dos ambientes estudados e do material foliar de algumas espécies de leguminosas. O PA Uatumã foi criado em 1987 e o PA Canoas em 1992, depois de um longo processo de migração e ocupação da região norte. Nove famílias possuem o título definitivo da terra e seis possuem título de domínio. As famílias que hoje habitam esses assentamentos são oriundas de diversas cidades do Estado do Amazonas, mas algumas vieram também do Paraná, Sergipe, Piauí e Maranhão. Cada família possui apenas uma propriedade e, das quinze, nove declararam ter algum outro tipo de renda que não advenha apenas dos produtos agrícolas. As casas são todas de madeira, com exceção de uma que é de alvenaria, e todas têm energia elétrica. O transporte e a falta de apoio técnico foram listados como os principais empecilhos para os produtores. Os principais produtos cultivados são cupuaçu, coco, banana, mandioca e pimenta de cheiro. Em relação ao levantamento, foram encontradas 42 espécies de Fabaceae pertencentes às três subfamílias que compõem a família das leguminosas. Das 42 espécies identificadas, 20 (47,62%) apresentaram hábito de crescimento arbóreo, 15 (35,71%) são lianas, 5 espécies (11,19%) são herbáceas e 2 (4,76%) são arbustos. De um total de 137 indivíduos amostrados, 16 (11,68%) foram de Mimosa pudica, a qual foi a espécie mais abundante desse levantamento. As espécies Mimosa debilis com 13 indivíduos, Lonchocarpus negrensis (12), Inga edulis (8), Senna tapajozensis e Machaerium hoehneanum (7), representam (9,49%), (8,76%), (5,84%) e (5,11%) do total da abundância respectivamente. De um total de 27 gêneros encontrados, a maior riqueza de espécies (5) foi do gênero Inga, seguido de Machaerium e Parkia, ambos com 4 espécies. Dos 137 indivíduos amostrados, 57 estavam presentes nos quintais agroflorestais, 69 nas áreas de capoeira e 11 indivíduos foram encontrados nas áreas de roçado. Das 42 espécies identificadas, 32 (76,0%) tem a capacidade de desenvolver nódulos. Apenas 10 (24,0%) não apresentam essa característica. Dessas 32 espécies capazes de fixar o nitrogênio atmosférico, 15 pertencem a subfamília Mimosoideae, 15 a Papilionoideae e 2 a Caesalpinioideae. As análises químicas do solo indicaram haver diferença significativa para todos os nutrientes e pH, menos C e Al. Dos três ambientes estudados, o quintal apresentou os maiores valores para maioria dos nutrientes. O maior de Zinco foi no roçado e os maiores de Ca, Al e Fe foram encontrados na capoeira. Em relação aos teores de lignina, celulose, polifenóis e nitrogênio, também houve diferença significativa para todas essas variáveis analisadas, devido ao fato de as espécies estudadas serem bastante heterogêneas quanto a sua constituição química. As espécies Arachis stenosperma, Machaerium hoehneanum, Piptadenia minutiflora, Caesalpinia ferrea, Gliricidia sepium, Inga edulis, Inga macrophylla e Swartzia longistipitata foram as espécies que apresentaram o maior potencial de uso como adubos verdes e enriquecimento de capoeiras.