INPA - Dissertações

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    Biocarvão e adubação fosfatada sob a fertilidade do solo e crescimento de mudas clonais de café conilon
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2020-12-21) Castro, Wylker Cruz de; Falcão, Newton Paulo de Souza; Oliveira, Danielle Monteiro de; Benavente, Cesar Augusto Ticona
    O biocarvão associado a adubação fosfatada reduz a adsorção do fósforo e o torna mais disponível para as culturas absorverem, desta forma ocorre o aumento da eficiência de uso desses adubos. Neste trabalho, objetivou-se determinar a influência do biocarvão e fosforo na fertilidade do solo, na nutrição e no crescimento vegetativo de mudas de café conilon. O experimento foi conduzido em ensaio fatorial (2x2x3). Sendo o fator A: dois clones de café conilon (C - 120 e C - 199); fator B: duas doses de biocarvão (0 e 40 t ha-1 ) e o fator C: duas fontes de fósforo (superfosfato simples-SFS e superfosfato triplo-SFT) e um tratamento controle sem biocarvão e sem adubação com P. O delineamento inteiramente casualizado (DIC) foi adotado, com doze tratamentos e oito repetições, sendo cada unidade experimental composta de um vaso de 5L com uma muda. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação com irrigação manual diária. Foram avaliadas mensalmente: altura das mudas, diâmetro do coleto e número de folhas. Após 6 meses foi avaliada a produção de matéria seca da parte aérea e das raízes. Com esses dados foram calculados: ganho foliar, ganho absoluto em altura, ganho absoluto em diâmetro, taxa de crescimento em altura, taxa de crescimento do diâmetro e matéria seca total. Para avaliar a nutrição das plantas foram determinados os teores de macronutrientes presentes nas folhas, para avaliar a fertilidade do solo foram determinados os teores de macronutrientes e a partir desses dados calculou-se a soma de bases trocáveis, CTC efetiva e a saturação por bases. O superfosfato simples (SFS) é o fertilizante fosfatado mais eficiente para produzir mudas de café conilon quando utilizada a dose 250 kg ha-1 de P2O5. A aplicação do SFS proporcionou os maiores incrementos na altura da planta e na área foliar, o mesmo efeito foi observado nos nutrientes foliares. O biocarvão tem efeitos específicos sobre alguns nutrientes do solo aumentando os teores de N, Mg e diminuindo a acidez potencial. E também foi observado um aumento no teor de nitrogênio na planta, porém não influenciou o crescimento da muda. Houve efeito sinérgico do biocarvão-SFS e biocarvão-SFT para aumentar os teores de cálcio, magnésio, potássio, nitrogênio, e consequentemente, tem a capacidade de elevar a soma das bases, CTC efetiva e saturação por bases. O genótipo mais adequado para produzir mudas em casa de vegetação em Manaus foi o clone BRS Ouro Preto C-120.
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    Atributos químicos do solo e estado nutricional de diferentes cultivares de cafeeiro robusta (coffea canephora) no Amazonas
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2022-09-16) Nascimento, Klisman de Almeida do; Falcão, Newton Paulo de Souza; Oliveira, Danielle Monteiro de
    O cafeeiro é de grande importância social e econômica para o Brasil, que se destaca como o maior produtor mundial. As novas cultivares de robustas amazônicos desenvolvidos pela Embrapa foram produzidas a partir de cruzamentos entre plantas das variedades botânicas Conilon e Robusta. Os cruzamentos foram realizados em 2003 no campo experimental da Embrapa Rondônia. Um dos principais fatores limitantes para a obtenção de altas produtividades nos cafezais é a baixa fertilidade da grande maioria dos solos da Amazônia, sendo a adubação uma das principais estratégias para reverter essa deficiência. Assim, este trabalho tem por objetivo verificar as condições de fertilidade do solo e os teores foliares dos macros e micronutrientes das diferentes cultivares do cafeeiro Robusta Amazônico (Coffea canephora), submetidos a mesma adubação na Associação Solidariedade Amazonas, no município de Silves no Amazonas. As variedades selecionadas foram BRS-1216, BRS-2314, BRS-3210, BRS-3213, BRS-3220, que foram plantadas em sistema de ‘clone em linha’, onde cada linha de plantio é formada por plantas de um mesmo genótipo. Cada linha de plantio avaliada foi composta por 80 plantas. As amostragens foram realizadas no mês abril de 2021, época em que as variedades estavam com idade de 1 ano e 11 meses após o plantio. As características avaliadas foram: Concentrações dos macronutrientes (N, P, K, Ca, Mg) e micronutrientes (Fe, Zn e Mn) nas folhas e os atributos químicos do solo. Quanto a caracterização nutricional das variedades, o BRS-2314 apresentou os resultados abaixo dos níveis aceitos como essenciais para a cultura do café nos teores de P, Ca e Mg. Na caracterização dos atributos químicos, o solo sob as variedades BRS-3220 e BRS-1216 apresentaram os menores teores de P, K, Ca, Cu e Fe nas duas profundidades avaliadas, quando comparado com as outras variedades de cafeeiros. A área avaliada possui teores elevados de P no solo, possivelmente em função do uso rotineiro de formulações comerciais, sem levar em consideração os resultados de análise de solo.
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    Contribuição da calagem e adubação fosfatada na transição de cafezais para sistema agroflorestal no município de Apuí, Amazonas
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2015-11-23) Figueiredo, Vinícius Gozzo de; Alfaia, Sonia Sena
    A adoção de práticas adequadas para produção em sistemas agroflorestais pode trazer benefícios para a agricultura na região da Amazônia. Em Apuí, no sudeste do Amazonas, um grupo de agricultores familiares iniciou um processo de transição com o cultivo de café para sistemas agroflorestais. Cafezais pouco sombreados foram enriquecidos com espécies arbóreas e algumas práticas de manejo foram estabelecidas. A calagem dos solos e adubação fosfatada foi realizada para reduzir a acidez do solo e para corrigir deficiências na disponibilidade de fósforo para as plantas. Estas características são normalmente encontradas nos Latossolos em terra firme da Amazônia brasileira e dificultam a manutenção da produtividade de culturas perenes. Este estudo avaliou os efeitos das práticas de calagem em três dosagens (0,3; 1; 2,8 t.ha - 1 ) e da adubação fosfatada com 50 gramas de superfosfato triplo por cafeeiro. Foram analisados solos de 14 cafezais localizados em 8 estabelecimentos rurais, sendo 8 lavouras com as práticas de manejo e 6 lavouras sem manejo. A adubação fosfatada foi eficiente para aumentar o teor de P disponível no solo em relação às áreas sem manejo quando esteve associada à calagem na dose recomendada (2,5 – 2,8 t. ha -1 ). Este aumento foi de 2,43 mg.kg -1 , elevando em média o teor de P disponível para 5,74 mg.kg -1 . Com a calagem na dose recomendada houve aumento mais significativo nos teores de Ca e Mg em relação às dosagens parcial (1 t. ha -1 ) e mínima (0,3 t. ha -1 ). A saturação de bases aumentou de 29% para 54% em média nos cafezais manejados e não houve diferença significativa entre as calagens recomendada e parcial. O pH dos solos aumentou de 4,14 em média para 4,66 nas áreas com manejo, enquanto que considerando apenas a calagem recomendada e parcial este aumento no pH foi para 4,71. A acidez trocável (H+Al) também foi reduzida nos solos com manejo e mostrou diferença significativa apenas entre a calagem recomendada e mínima. A partir de 1 t.ha -1 a calagem contribuiu para melhorar os atributos dos solos relacionados com a acidez e a saturação de bases.
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    Caracterização química do solo e da serrapilheira em cafezais (Coffea canephora Pierre ex A. Froehner) em transição para sistemas agroflorestais no município de Apuí - AM
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2016-10) Salomão, Ana Cláudia Francisco; Alfaia, Sônia Sena
    Considerando a potencialidade dos sistemas agroflorestais como um método alternativo para a produção agrícola que promove, dentre outros benefícios, a conservação do solo, esse projeto teve como objetivo principal realizar a caracterização da serapilheira acumulada e do solo em áreas de café em transição para sistemas agroflorestais (SAF) e identificar a sua influência na fertilidade do solo, em áreas de produtores familiares no município de Apuí – AM. As áreas em transição agroflorestal foram comparadas com as áreas de café em monocultivo e florestas remanescentes na mesma propriedade. Nos cafezais em transição para SAF foram plantadas espécies arbóreas e não arbóreas de leguminosas (Fabaceae) com o intuito de fornecer proteção ao solo, sombreamento, adubação verde e aumentar a agrobiodiversidade. Além da introdução de leguminosas, nos cafezais foram também realizados outros tratamentos agroecológicos como: utilização de biofertilizantes, calagem e controle alternativo de pragas. O estudo foi conduzido em três Estabelecimento Rurais (ER), cada um deles apresentam áreas de no mínimo 01 ha de monocultivo de café, de cultivo de café em transição para sistema agroflorestal e floresta remanescente, para coleta das amostras. O Delineamento experimental foi em blocos casualizados com três blocos, três tratamentos e três repetições, onde foram coletadas amostras de serrapilheira acumulada e amostras de solo para análises químicas dos nutrientes, em três diferentes épocas do ano. Além da determinação dos teores e concentrações de macro e micro nutrientes na serrapilheira acumulada e no solo, foram também analisadas as concentrações de NH 4+ e NO 3- para determinar a dinâmica do nitrogênio nos três tipos de uso solo e a influência da sazonalidade no processo de mineralização do nitrogênio.
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    Quintais agroflorestais em área de terra-firme na Terra Indígena Kwatá-Laranjal, Amazonas
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2012) Salim, Mateus Vieira da Cunha; Alfaia, Sonia Sena
    Foram estudados quintais agroflorestais em área de terra-firme da Terra Indígena (TI) Kwatá-Laranjal, Amazonas, com o objetivo de caracterizar estes ambientes quanto à composição florística, avaliando-se os efeitos da idade de formação e área do quintal sobre a diversidade de espécies e densidade de indivíduos, assim como verificar se os parâmetros de fertilidade do solo possuem relação com idade e área do quintal e se as práticas de manejo realizadas contribuem para a manutenção da fertilidade do solo, comparando o solo dos quintais agroflorestais com capoeiras e florestas adjacentes. Nos 15 quintais estudados foram encontrados 2024 indivíduos arbóreos distribuídos em 75 espécies, sendo 56 de uso alimentar e 28 de uso medicinal. As espécies mais abundantes foram: açaí-de-toiça (Euterpe oleracea Mart.), cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum) e açaí-jussara (Euterpe precatoria Mart. var. precatoria), correspondendo a 19,12%, 15,36% e 12,89% dos indivíduos amostrados, respectivamente. As espécies mais freqüentes foram: mangueira (Mangifera indica L.), cupuaçuzeiro (Theobroma grandiflorum (Wild. ex Spreng.) K. Schum) e laranjeira (Citrus sinensis (L.) Osbeck), ocorrendo em 100%, 93,3% e 80% dos quintais, respectivamente. A maioria da produção agrícola do quintal é utilizada para consumo, no entanto 73,3% das famílias geram renda a partir de produtos como: frutas diversas, como castanha (Bertholletia excelsa Bonpl.) e guaraná (Paullinia cupana Kunth). Tanto o Índice de Shannon (H’) como a densidade de indivíduos não possuem relação significativa (p<0,01) com idade e área do quintal. A procedência das espécies é, na maioria dos casos, do(a) próprio(a) agricultor(a) ou então adquirida com vizinhos e parentes, correspondendo a 66% e 53% da origem de espécies, respectivamente. Nos quintais do rio Mari-Mari, o alumínio possui relação com a área e o carbono possui relação com a idade de formação do quintal. Os demais parâmetros de fertilidade do solo dos quintais agroflorestais da TI Kwatá-Laranjal não possuem relação com idade de formação e área do quintal. Tanto nos quintais, como nas capoeiras e florestas estudados predominou a textura muito argilosa no solo. A partir da análise de parâmetros de fertilidade do solo (pH (H 2 O) e pH (KCl), Ca, Mg, Al, P, K e C), pode-se concluir que alguns dos quintais possuem características que permitem classificá-los como Latossolo Amarelo Distrófico antrópico caracerísticas de uma Terra Mulata (TM) e Latossolo Amarelo Eutrófico antrópico ou Terra Preta de Índio (TPI), que possuem níveis satistatórios de pH (5,3 a 7,3) e níveis altos de cálcio (acima de 4,0 cmolc/Kg) e magnésio (acima de 0,8 cmolc/Kg). Nos demais quintais, o pH foi considerado baixo (abaixo de 5,3) e satisfatórios os teores de cálcio (entre 0,4 e 4,0 cmolc/Kg) e magnésio (entre 0,2 e 0,8 cmolc/Kg) em 46,6% e 31,1% dos quintais respectivamente. Os teores de alumínio foram elevados considerados altos (acima de 1,5 cmolc/Kg) em todos os quintais. O potássio foi considerado baixo (abaixo de 0,15 cmolc/Kg) em todos os quintais, exceto nos de TM. O fósforo foi considerado alto (acima de 7,0 mg Kg -1 ) em 57,7% dos quintais e o carbono foi considerado baixo (abaixo de 15g Kg -1 ) em 44,4% dos quintais. Comparando o solo de quatro quintais com quatro capoeiras e quatro florestas, localizados nas mesmas aldeias, observou-se que os quintais possuem maiores valores de pH (H 2 O), pH (KCl) e teores de cálcio, magnésio, fósforo e potássio (apenas na profundidade 0-10cm); e menores teores de alumínio e carbono. O manejo agroflorestal praticado nos quintais parece estar contribuindo para o incremento de determinados nutrientes (cálcio, magnésio, fósforo e potássio), elevação do pH e neutralização do alumínio, no entanto se fazem necessárias práticas que contribuam para o incremento da matéria orgânica nestes sistemas, tendo em vista os benefícios que pode proporcionar ao solo em termos de composição físico-química e biológica.
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    Agrobiodiversidade de propriedades agrícolas familiares no município de Presidente Figueiredo, AM
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2011-05) Silva, Rafael Carletti Marcolino da; Souza, Luiz Augusto G. de
    Este trabalho foi realizado em quinze propriedades rurais no município de Presidente Figueiredo, AM, onde se pratica agricultura de corte e queima e a mão de obra empregada é inteiramente familiar. As propriedades estão inseridas em dois projetos de assentamentos (PA) rurais do INCRA, PA Uatumã e PA Canoas. Este trabalho foi dividido em três capítulos, sendo que no primeiro o objetivo foi investigar os processos que levaram à criação dos assentamentos Uatumã e Canoas, além realizar uma abordagem sócio-cultural acerca modo de vida, dos costumes e do sistema tradicional de produção dos agricultores familiares, caracterizando-os de acordo com observações em campo e entrevistas realizadas. No segundo capítulo, realizamos um levantamento de espécies da família Fabaceae presentes nas propriedades rurais, com o intuito de selecionar algumas espécies para serem utilizadas como adubos verdes. No terceiro e último capítulo foram fitas análises químicas dos solos dos ambientes estudados e do material foliar de algumas espécies de leguminosas. O PA Uatumã foi criado em 1987 e o PA Canoas em 1992, depois de um longo processo de migração e ocupação da região norte. Nove famílias possuem o título definitivo da terra e seis possuem título de domínio. As famílias que hoje habitam esses assentamentos são oriundas de diversas cidades do Estado do Amazonas, mas algumas vieram também do Paraná, Sergipe, Piauí e Maranhão. Cada família possui apenas uma propriedade e, das quinze, nove declararam ter algum outro tipo de renda que não advenha apenas dos produtos agrícolas. As casas são todas de madeira, com exceção de uma que é de alvenaria, e todas têm energia elétrica. O transporte e a falta de apoio técnico foram listados como os principais empecilhos para os produtores. Os principais produtos cultivados são cupuaçu, coco, banana, mandioca e pimenta de cheiro. Em relação ao levantamento, foram encontradas 42 espécies de Fabaceae pertencentes às três subfamílias que compõem a família das leguminosas. Das 42 espécies identificadas, 20 (47,62%) apresentaram hábito de crescimento arbóreo, 15 (35,71%) são lianas, 5 espécies (11,19%) são herbáceas e 2 (4,76%) são arbustos. De um total de 137 indivíduos amostrados, 16 (11,68%) foram de Mimosa pudica, a qual foi a espécie mais abundante desse levantamento. As espécies Mimosa debilis com 13 indivíduos, Lonchocarpus negrensis (12), Inga edulis (8), Senna tapajozensis e Machaerium hoehneanum (7), representam (9,49%), (8,76%), (5,84%) e (5,11%) do total da abundância respectivamente. De um total de 27 gêneros encontrados, a maior riqueza de espécies (5) foi do gênero Inga, seguido de Machaerium e Parkia, ambos com 4 espécies. Dos 137 indivíduos amostrados, 57 estavam presentes nos quintais agroflorestais, 69 nas áreas de capoeira e 11 indivíduos foram encontrados nas áreas de roçado. Das 42 espécies identificadas, 32 (76,0%) tem a capacidade de desenvolver nódulos. Apenas 10 (24,0%) não apresentam essa característica. Dessas 32 espécies capazes de fixar o nitrogênio atmosférico, 15 pertencem a subfamília Mimosoideae, 15 a Papilionoideae e 2 a Caesalpinioideae. As análises químicas do solo indicaram haver diferença significativa para todos os nutrientes e pH, menos C e Al. Dos três ambientes estudados, o quintal apresentou os maiores valores para maioria dos nutrientes. O maior de Zinco foi no roçado e os maiores de Ca, Al e Fe foram encontrados na capoeira. Em relação aos teores de lignina, celulose, polifenóis e nitrogênio, também houve diferença significativa para todas essas variáveis analisadas, devido ao fato de as espécies estudadas serem bastante heterogêneas quanto a sua constituição química. As espécies Arachis stenosperma, Machaerium hoehneanum, Piptadenia minutiflora, Caesalpinia ferrea, Gliricidia sepium, Inga edulis, Inga macrophylla e Swartzia longistipitata foram as espécies que apresentaram o maior potencial de uso como adubos verdes e enriquecimento de capoeiras.
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    Quintais agroflorestais indígenas em área de savana (Lavrado) na terra indígena Araçá, Roraima
    (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2008) Pinho, Rachel Camargo de; Alfaia, Sonia
    Foram estudados quintais agroflorestais (“sítios”) da Terra Indígena (T.I.) Araçá (5 comunidades), nas savanas de Roraima (Lavrado), com o objetivo de analisar a composição, riqueza, diversidade, dominância e os fatores que influenciam a presença de espécies arbóreas e arbustivas nos quintais, bem como avaliar a evolução da fertilidade dos solos dos quintais em relação ao ambiente natural de savana. Nos 60 quintais estudados foram encontradas 79 espécies, sendo que 45 são produtoras de frutos comestíveis. O limoeiro (Citrus aurantifolia Swing.), o araçazeiro (Psidium guineense SW.) e a mangueira (Mangifera indica L.) foram as espécies mais abundantes nos quintais, com 13%, 13% e 11% do total de indivíduos, respectivamente, e também umas das espécies mais freqüentes, presentes em 90% e 62% e 93% dos quintais, respectivamente. A maior parte dos frutos é utilizada para auto-consumo, porém em 40%, 15% e 8% dos quintais é realizada a comercialização do limão, da manga e da laranja, respectivamente. Tanto a riqueza de espécies quanto o número total de plantas está diretamente relacionado com a área e a idade dos quintais (p<0,01). As espécies plantadas nos quintais são geralmente adquiridas através de trocas e doações entre familiares e conhecidos, sendo que cada espécie pode ter uma ou mais procedências, sendo as principais delas a própria T.I. Araçá (75%) e a capital Boa Vista (49%). Das espécies presentes nos quintais, 21 nasceram espontaneamente, e foram mantidas nos quintais por oferecerem alguma utilidade, principalmente por produzirem frutos comestíveis, como é o caso de 46% dessas espécies. Dos 60 quintais estudados nas 5 comunidades, 15 foram escolhidos aleatoriamente para coleta de solos, realizando-se uma estratificação por idade, que dividiu os quintais em: quintais novos, com 0 a 10 anos; quintais estabelecidos, com 15 a 35 anos; e quintais antigos, com mais de 40 anos. Em cada quintal amostrado, foi também efetuada uma amostragem em uma área de Lavrado (savana) adjacente ao quintal, para servir como referência (testemunha) da qualidade do solo antes da implantação do quintal. A coleta de solos foi feita em 3 profundidades (0 a 10 cm, 10 a 20 cm e 20 a 30 cm). A maior parte dos quintais e áreas adjacentes possui solos arenosos. Foi encontrada relação positiva entre idade do quintal e teores de cálcio, potássio, magnésio, fósforo, zinco e matéria orgânica, mostrando que esses teores aumentam no quintal com o passar do tempo. Comparando com a área de Lavrado adjacente, nos quintais novos já é possível observar um maior teor de nutrientes, no mínimo em uma comunidade ou profundidade, sendo o fósforo o principal deles. Nos quintais estabelecidos e antigos, há um número ainda maior de situações em que a diferença entre quintal e área adjacente é significativa. A maior parte dos solos de quintais estabelecidos e antigos apresentou teores considerados médios de magnésio (entre 0,2 e 0,8 cmolc kg -1 ) e teores considerados altos de zinco (mais que 1,5 mg kg -1 ) e fósforo (entre 3 e 7 mg kg -1 ). O ferro apresentou poucas diferenças significativas entre quintal e área adjacente, em quintais de todas as idades. Tanto o solo dos quintais como o das áreas adjacentes possuem baixa toxidez por alumínio (menos que 0,5 cmolc kg -1 ). Em geral, os quintais apresentaram baixos teores de matéria orgânica (menos que 15 g kg -1 ), provavelmente devido à textura arenosa da maior parte dos solos. A análise de agrupamento de cluster considerou semelhantes os quintais estabelecidos e antigos, representando o grupo com os maiores teores de nutrientes e sugerindo que o tempo de habitação dos quintais estabelecidos (entre 15 e 35 anos) já é suficiente para proporcionar incrementos semelhantes aos dos quintais antigos (mais de 40 anos). Os incrementos nas características químicas dos solos dos quintais da T.I. Araçá se devem principalmente às práticas de deposição de resíduos orgânicos e de queima de resíduos vegetais em pequena quantidade, associadas à diversidade de espécies e ciclagem de nutrientes mais fechada e otimizada.