SPCB (05. : 2007 : Águas de Lindóia, SP) - Resumos Expandidos
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Item Bancos de germoplasma de café no Brasil: base do melhoramento para produtividade e qualidade(2007) Eira, Mírian T. S.; Fazuoli, Luiz Carlos; Guerreiro, Oliveiro; Silvarolla, Maria Bernadete; Ferrão, Maria Amélia Gava; Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Ferrão, Romário Gava; Sera, Tumoru; Pereira, Antônio Alves; Sakiyama, Ney Sussumu; Zambolim, Laércio; Carvalho, Carlos Henrique Siqueira de; Padilha, Lilian; Souza, Flávio de França; Embrapa - CaféO melhoramento genético do café visa o desenvolvimento de cultivares que atendam as novas exigências do mercado consumidor. Isto é alcançado com a introdução de novas características mediante hibridações dentro ou entre espécies, aumentando, assim, a variabilidade genética do material a ser trabalhado. A utilização de materiais genéticos com características agronômicas desejáveis, tais como resistência a pragas e doenças, tolerância a seca, solos pobres em nutrientes, a baixos/altos teores de compostos químicos e melhor qualidade de bebida, entre outras, é de fundamental importância para o sucesso do agronegócio café. Este fato ressalta a grande importância da preservação dos acessos nos bancos de germoplasma, a fim de evitar a perda desses genes valiosos.Item Avaliação da resistência de cultivares de café à raça II de Hemileia vastatrix Berk. et Br.(2007) Capucho, Alexandre Sandri; Zambolim, Laércio; Zambolim, Eunize Maciel; Caixeta, Eveline Teixeira; Franchini, Everton de Arruda; Pereira, Antônio Alves; Embrapa - CaféA ferrugem do cafeeiro, causada por Hemileia vastatrix, pode ser controlada eficientemente pela utilização de cultivares resistentes. A resistência vertical (qualitativa) é oligogênica, e é governada por poucos genes podendo segregar para suscetibilidade a raça II se controlada por poucos genes e, por isso, com resistência não durável anulada pelo surgimento de novas raças. Assim, o conhecimento da segregação para suscetibilidade à raça II torna-se importante em patossistemas em que o patógeno apresenta alta variabilidade como H. vastatrix. Como algumas variedades lançadas como resistentes já estão sendo atacadas pela ferrugem, este trabalho objetivou avaliar 25 cultivares de café lançados como resistentes quanto à segregação para a sucetibilidade à raça II de H. vastatrix coletada, identificada e mantida em cafeeiros da cultivar Catuaí IAC 144 há cerca de 20 anos. Os resultados mostraram que todas os cultivares, exceto ‘Catuaí’, apresentam um bom número de genes de resistência vertical à raça II de H. vastatrix. Assim não foi possível caracterizar a resistência horizontal das 25 cultivares a raça II, pois todas os cultivares avaliadas tiveram resistência vertical.Item Mapa parcial de ligação gênica em Coffea arabica L.(2007) N.Queiroz, Telma F.; Caixeta, Eveline Teixeira; Zambolim, Eunize Maciel; Missio, Robson Fernando; Zambolim, Laércio; Sakiyama, Ney Sussumu; Embrapa - CaféEm uma população F2 de 215 indivíduos, originária do cruzamento entre cafeeiros "Híbrido de Timor" (H445-46) e "Catuaí" (2143-235) foram analisados 102 marcadores RAPD. Com estes, foi confeccionado um mapa parcial em que 89 marcadores se posicionaram em 14 grupos de ligação. Treze marcadores não se ligaram a nenhum grupo formado. Houve distorção de segregação para 54 marcas. O mapa cobriu parte do genoma, mas novas marcas devem ser encontradas para saturação dos intervalos e formação de novos grupos.Item Herança da resistência do híbrido de Timor UFV 443-3 à Hemileia vastatrix Berk. et Br.(2007) Franchini, Everton de Arruda; Zambolim, Eunize Maciel; Capucho, Alexandre Sandri; Caixeta, Eveline Teixeira; Pereira, Antônio Alves; Zambolim, Laércio; Embrapa - CaféA ferrugem do cafeeiro causada por Hemileia vastatrix é um das principais doenças do cafeeiro. O uso de variedades resistentes é a alternativa de controle mais eficiente, simples e baixo custo, além de reduzir/eliminar o uso de defensivos agrícolas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar a herança da resistência do Híbrido de Timor UFV 443-3 à raça II de H. vastatrix. Para isso foi realizado o cruzamento entre o Híbrido de Timor UFV 443-3 e a variedade suscetível Catuaí amarelo IAC 64 (UFV 2148-57EL7). Os genitores e as plantas das gerações F1 e F2 foram inoculadas com o patógeno. O Híbrido de Timor e o F1 foram resistentes, enquanto que o ‘Catuaí’ foi suscetível. Dos 246 indivíduos F2, 243 comportaram-se como resistentes e três como suscetíveis. Esta segregação (63:1) sugere que a resistência do Híbrido de Timor UFV 443-3 à raça II de H. vastatrix é condicionada por três genes dominantes e independentes.Item Progresso da mancha de olho pardo do café em três municípios do Estado de Minas Gerais(2007) Souza, Antônio Fernando de; Zambolim, Laércio; Fontes, Luiz Felipe Pereira; Embrapa - CaféEste trabalho teve por objetivo estabelecer a época de maior incidência da mancha de olho pardo do cafeeiro em três localidades do estado de Minas Gerais. O monitoramento da doença foi feito em sete áreas experimentais diferentes e em diferentes anos através de amostragens foliares para determinação da porcentagem de infecção da doença. Os dados de incidência foram utilizados para traçar as curvas de progresso em cada unidade experimental. Verificou-se que não existe uma curva de progresso padrão definida da doença ao longo do ano.Item Diversidade genética de Hemileia vastatrix utilizando marcador molecular AFLP(2007) Maia, Thiago Andrade; Zambolim, Eunize Maciel; Caixeta, Eveline Teixeira; Missio, Robson Fernando; Zambolim, Laércio; Embrapa - CaféEsse estudo teve como objetivo analisar a diversidade genética de 14 isolados de Hemileia vastatrix utilizando o marcador AFLP. Dentre eles, dois isolados do CIFC, Oeiras, Portugal biologicamente caracterizados como raça II, três do Brasil, caracterizados em 1986, como raça I, II e III, e nove provenientes de lavouras cafeeiras de Minas Gerais e Espírito Santo coletadas em 2006. As amplificações seletivas dos DNAs foram feitas utilizando quatro combinações de oligonucleotídeos iniciadores contendo três bases adicionais na extremidade 3’. As 93 bandas polimórficas analisadas geraram um dendrograma que dividiu os isolados em seis grupos. No grupo I foram agrupados os isolados de Portugal, Brasil (caracterizados como raças em 1986) e um isolado do Triângulo Mineiro, e no grupo II, os isolados da Zona da Mata, Alto Paranaíba e Sul de Minas Gerais. Os demais isolados formaram os grupos individuais III (região central de MG), IV (Zona da Mata, MG), V (Região Serrana, Espírito Santo) e VI (Zona da Mata, MG). A diversidade genética total (Ht) dos isolados agrupados dentro das nove populações definidas pelas origens foi de 0,313 e a diferenciação genética entre populações (Gst) de 0,916. Baseado no agrupamento UPGMA os isolados foram agrupados em seis populações onde a diversidade genética total (Ht) foi de 0,285 e a diferenciação genética entre populações (Gst) de 0,886. Esses resultados indicam que a variabilidade genética de H. vastatrix entre os isolados é bastante elevada e que os isolados provenientes Do campo possuem baixa similaridade genética com as raças caracterizadas em 1986 e a raça II de Portugal. Um estudo mais amplo e detalhado envolvendo outros isolados, mais representativos da população atual no campo será necessário para definir os isolados prevalecentes em cada região.Item Efeito de produtos alternativos no controle da mancha-de-olho-pardo do cafeeiro(2007) Tereza, Josuel S.; Zambolim, Laércio; Souza, Antônio Fernando de; Fontes, Luiz Felipe Pereira; Souza, Pedro Nery de; Embrapa - CaféO objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de produtos alternativos no controle da mancha-de-olho-pardo do cafeeiro, causada por Cercospora caffeicola Berkeley e Cooke. O experimento foi conduzido durante três anos numa lavoura de café cv. Catuaí vermelho no município de Coimbra-MG. O delineamento utilizado foi o de blocos ao acaso, com nove tratamentos, quatro repetições e cinco plantas por repetição. Os produtos foram aplicados quinzenalmente no período de dezembro a março de cada ano. Para quantificar a incidência da doença foram realizadas avaliações mensais baseadas na amostragem destrutiva de folhas, e com os dados traçou-se a curva de progresso e calculou-se a área abaixo da curva de progresso da mancha-de-olho-pardo (AACMOP) de cada ano e a média dos três anos. O tratamento empregando o Tebuconazole + trifloxystrobin foi o que apresentou maior eficiência no controle da doença e o que obteve maior produtividade dentre os tratamentos avaliados. Não houve efeito significativo da aplicação de produtos alternativos no controle na mancha-de-olho-pardo e na produtividade do cafeeiro. Dos produtos alternativos avaliados os que se mostraram mais promissores no controle da mancha-de-olho-pardo foram o Rocksil, o Fosfito de Potássio, o Ecologyc e o Bordasul.Item Associação entre lâminas de irrigação e controle químico de doenças foliares do cafeeiro irrigado por gotejamento(2007) Souza, Antônio Fernando de; Zambolim, Laércio; Bomfim, Hermes; Costa, Danival Ricardo; Zambolim, Eunize Maciel; Mantovani, Everardo Chartuni; Embrapa - CaféO objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes lâminas de irrigação associada ao controle químico de doenças da parte aérea do cafeeiro (ferrugem e mancha de olho pardo). O trabalho envolveu diferentes lâminas de irrigação, tomando por referência a lâmina requerida pela cultura, "T3" (100%) e a partir desta estabeleceu-se uma lâmina abaixo, "T2", e uma acima "T4", além da testemunha sem irrigação, "T1". Cada parcela com as respectivas lâminas de irrigação, foi dividida em duas subparcelas, sendo uma com aplicação de fungicida (Epoxiconazol + piraclostrobin) e outra sem aplicação. Os resultados médios de dois anos de avaliação demonstraram que a aplicação de Epoxiconazol + piraclostrobin foi eficiente no controle da ferrugem, mas não houve diferença na área abaixo da curva de progresso da doença nas diferentes lâminas de irrigação empregadas. Houve redução nos valores da área abaixo da curva de progresso da mancha de olho pardo à medida que se aumentou a quantidade de água aplicada no solo, mas não houve diferença entre as lâminas empregadas. A irrigação associada ao controle químico das principais doenças foliares do cafeeiro aumentou em média 75% a produtividade da cultura.Item Efeito de diferentes fungicidas no controle da mancha de olho pardo em cafeeiros na face poente(2007) Fontes, Luiz Felipe Pereira; Zambolim, Laércio; Souza, Antônio Fernando de; Tereza, Josuel S.; Embrapa - CaféO objetivo desse experimento foi avaliar a eficiência de diferentes fungicidas no controle da mancha-de-olho-pardo em lavoura com a face voltada para o poente. O experimento foi instalado em lavoura da variedade Catuaí Vermelho, sob condições altamente favoráveis à doença. O experimento foi conduzido no município de Coimbra - MG, a 700 m de altitude, no período de dezembro de 2004 à dezembro de 2006, onde foram implantados 10 tratamentos em delineamento em blocos casualizado, com quatro repetições. Foram realizadas avaliações mensais nas quais se quantificou a incidência da doença no cafeeiro e calculou-se a área abaixo da curva de progresso da mancha-de-olho-pardo (AACPMOP) correspondentes aos anos 2005 e 2006. Os fungicidas foram aplicados no período de dezembro à março de cada ano, totalizando quatro aplicações por ano. O tratamento com o fungicida oxicloreto de cobre foi o mais eficiente no controle da mancha-de-olho-pardo. Em se tratando da produtividade, na média dos dois anos o tratamento Epoxiconazole + Pyraclostrobin (31 Sc. ben./ha) foi o que apresentou maior produção, seguido de .Tiofanato Metílico + Flutriafol , Calda Viçosa, Oxicloreto de cobre e Flutriafol em torno de 21-22 Sc. ben./ha.Item Diversidade genética por AFLP de Colletotrichum gloeosporioides e C. kahawae isolados de cafeeiros(2007) Ferreira, Alessandra Barbosa; Zambolim, Eunize Maciel; Caixeta, Eveline Teixeira; Franchini, Everton de Arruda; Costa, Helcio; Zambolim, Laércio; Embrapa - CaféA diversidade genética entre 33 isolados de Colletotrichum. gloeosporioides oriundos de diferentes lavouras cafeeiras e um isolado (DNA) de C. kahawae, cedido pelo CIFC, Portugal, foi estudada utilizando o marcador AFLP. As três combinações de pares de oligonucleotídeos AFLP geraram 187 bandas polimórficas que foram utilizadas no agrupamento UPGMA. De acordo com o dendrograma, ao nível de 90% de distância genética foram definidos quatro grupos: 1) formado de 15 isolados de Minas Gerais, 2 de São Paulo e 1 do Paraná; 2) um isolado de MG; 3) 10 de MG, 3 do Espírito Santo e um de SP; 4) composto apenas por C. kahawae. Alguns dos isolados de C. gloeosporioides compartilharam alta similaridade entre eles, e outros, apresentaram grande distância genética. Não ocorreu associação de C. gloeosporioides com as regiões geográficas amostradas e as variedades de onde foram isolados. A análise do dendrograma mostrou que C. kahawae (patogênico ao cafeeiro) não agrupou com nenhum dos isolados de C. gloeosporioides, mostrando alta divergência genética (aproximadamente 100%) em relação a eles. O padrão de bandas AFLP mostrou que C. kahawae é geneticamente distinto de C. gloeosporioides.