SPCB (05. : 2007 : Águas de Lindóia, SP) - Resumos Expandidos

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    Avaliação da patogenicidade de Paecilomyces lilacinus sobre Meloidogyne paranaensis em cafeeiro
    (2007) Santiago, Débora Cristina; Cadioli, Marina C.; Oliveira, Arian D. de; Paes, Vanessa dos S.; Arieira, Giovani de O.; Embrapa - Café
    Nematóides do gênero Meloidogyne são responsáveis pela redução de 15% da produção em áreas cafeeiras. Paecilomyces lilacinus é uma espécie fúngica utilizada no controle biológico de nematóides e uma das mais estudadas a campo. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar 10 isolados de P. lilacinus, obtidos na região de Londrina-PR, quanto a sua eficiência no controle de M. paranaensis, em experimento conduzido em casa-de-vegetação. Para tanto, antes do cultivo das mudas de cafeeiro, plântulas de tomateiro foram inoculadas com M. paranaensis e mantidas durante 45 dias, em vasos de plástico de 1,5 L, para simular uma condição de solo altamente infestado. Decorrido esse período, essas plantas foram retiradas dos vasos, as raízes foram cortadas e misturadas ao mesmo substrato em recipientes individuais, e a este procedeu-se a inoculação dos isolados de P. lilacinus, através da adição e mistura de 50 g de arroz colonizado (109 esporos do fungo.g-1 de arroz). O substrato, agora, formado pela mistura de raízes e de grãos de arroz colonizados foi distribuído em sacos de polietileno com capacidade para 2,0 L. Na seqüência, efetuou-se o transplantio de mudas de cafeeiro cv. Icatú, na proporção de uma por saquinho. Após 15 dias procedeu-se mais uma aplicação de 50g dos isolados. O delineamento foi inteiramente casualizado com doze tratamentos (dez isolados + uma testemunha inoculada com M. paranaensis e uma testemunha não inoculada com M. paranaensis). Aos 90 dias da primeira inoculação do fungo, foram avaliados: altura de plantas, tomada do colo até o ápice; diâmetro do caule, a 2 cm do colo da planta; pesos da matéria fresca da parte aérea e do sistema radicular; número de ovos por sistema radicular; números de juvenis em 250 cc de solo; além da sobrevivência dos isolados ao final deste experimento. Os isolados que reuniram as características mais desejáveis para o controle de M. paranaensis foram Pae 03, 12 e 20.
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    Primeiro relato da ocorrência de Didymella sp., fase sexuada de Phoma tarda, em Coffea arabica no Brasil
    (2007) Salgado, Mirian; Lima, Cristiano Souza; Almeida, Anderson Resende; Santos, Lucas L.; Pfenning, Ludwig Heinrich; Embrapa - Café
    Phoma tarda é o principal agente etiológico da seca de ponteiros e da mancha de Phoma do cafeeiro no Brasil e na África. O patógeno causa danos nas folhas e ramos com posterior seca, comprometendo a frutificação e a futura produção das lavouras. Durante levantamentos da ocorrência de P. tarda feitos em plantações de café do sul de Minas Gerais e do sudoeste da Bahia, folhas e ramos com sintomas típicos de mancha de Phoma e seca de ponteiros foram examinados sob microscópio. Junto aos picnídios de Phoma, foram observados corpos de frutificação do tipo pseudotécio, contendo ascos e ascósporos típicos do gênero Didymella (Ascomycota). Ascósporos de Didymella sp. transferidos para meio de cultura extrato de malte 2% produziram culturas típicas de Phoma tarda. Este é o primeiro relato da ocorrência no campo de Didymella sp., fase teleomórfica de Phoma tarda, em cafeeiros no Brasil. O relato da fase sexuada do fungo em lavouras de café constitue-se em informação relevante em relação à variabilidade genética do patógeno e abre novas oportunidades de estudo sobre a biologia do patógeno e a epidemiologia da doença.
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    Análise da estrutura genética da população de Hemileia vastatrix em cafeeiros sob cultivos orgânico e convencional
    (2007) Nunes, Cristiano Caixeta; Maffia, Luiz Antonio; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; Brommonschenkel, Sérgio Herminio; Embrapa - Café
    Utilizaram-se os marcadores RAPD para estudar a diversidade genética de 120 isolados de Hemileia vastatrix, de cafeeiros de seis municípios da Zona da Mata e do Sul de Minas Gerais, sob dois sistemas de cultivos: convencional e orgânico. Considerando todos os locos, a diversidade gênica (h) foi de 0,28 e a diferenciação genética (Gst) de 0,22. Nas lavouras sob cultivo orgânico, ocorreram maiores valores de h (0,29) e Gst (0,25). Comparando-se as regiões de cultivo, na Zona da Mata ocorreram maior h (0,27), porém menor Gst (0,17). Os valores de h e do número de migrantes (Nm) máximos ocorreram nos municípios de Tombos (0,29) e Poços de Caldas (11,90), respectivamente. Pelas análises filogenéticas e de agrupamento, não foi possível identificar grupos de isolados com características que permitissem relacioná-los quanto à origem e ao sistema ou região de cultivo.
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    Controle biológico da ferrugem em cafeeiros sob cultivo orgânico
    (2007) Haddad, Fernando; Maffia, Luiz Antonio; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; Teixeira, Hudson; Embrapa - Café
    Considerando-se a necessidade de alternativas a fungicidas para controle de doenças em cafézais sob cultivo orgânico, na UFV iniciou-se um programa de pesquisa que objetiva avaliar a eficiência do controle biológico para essas doenças. Apresentar-se-ão os resultados obtidos com o projeto de biocontrole da ferrugem. De amostras de folhas (doentes e sadias), restos de folhas e solo sob a saia de cafeeiros, coletadas em lavouras sob cultivo orgânico, isolaram-se 393 microrganismos (154 bactérias e 239 fungos). Em condições controladas, 19 isolados reduziram, em níveis superiores a 70%, a freqüência de infecção e o número de uredinósporos produzidos por folha. Dos 19 isolados, seis de Bacillus sp. e um de Pseudomonas sp. foram os mais eficientes em reduzir a severidade de ferrugem em mudas de ‘Catuaí’, principalmente quando aplicados antes de inocular H. vastatrix. Os sete isolados foram avaliados em experimento de campo em cultivo orgânico em 2005 (E1) e 2006 (E2). Dez tratamentos (os isolados bacterianos, hidróxido de cobre, silicato de cálcio e água) foram aplicados em três (E1) ou quatro (E2) pulverizações mensais, e mensalmente quantificou-se a incidência da ferrugem. Em E1, as pulverizações iniciaram-se em janeiro/2005, e nenhum tratamento reduziu o progresso da ferrugem. Em novembro/2005, a incidência atingiu 5%, e as pulverização para o E2 iniciaram-se. Houve diferenças entre os tratamentos (P<0,0001) quanto à incidência em junho/2006, incremento na incidência no período dezembro/2005- junho/2006 e área abaixo da curva de progresso da ferrugem. Obtiveram-se menores valores das três variáveis na parcelas tratadas com hidróxido de cobre, um isolado de Bacillus sp. e com o isolado de Pseudomonas sp. Estudos mais detalhados estão sendo conduzidos com as duas bactérias.
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    Comportamento de genótipos de Coffea arabica em áreas isenta e infestada com Meloidogyne exigua na região Noroeste Fluminense
    (2007) Barbosa, Dimmy Herllen Silveira Gomes; Vieira, Henrique Duarte; Souza, Ricardo M.; R., Júlio César; Rodrigues, Weverton P.; Embrapa - Café
    Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento vegetativo e o comportamento de genótipos de C. arabica numa área infestada (CN) e outra isenta de M. exigua (SN). O experimento foi montado em maio de 2003, num delineamento inteiramente casualizado com 10 tratamentos (genótipos), sendo seis genótipos em pés francos (Obatã, Iapar 59, Tupi, Catuai 144, Catucai 785/15 e Acauã) e quatro enxertados sobre IAC Apoatã 2258 (Obatã enx, Iapar 59 enx, Tupi enx e Catuai 144 enx), com parcelas de 10 plantas e cinco repetições. O desenvolvimento foi avaliado medindo-se periodicamente a altura, o diâmetro do colo e o número de ramos e o comportamento através da reprodução do nematóide. Na área SN os genótipos enxertados apresentaram um desenvolvimento inferior aos de pés franco, sendo este atraso ocasionado pelo processo da enxertia e na área CN os genótipos enxertados apresentaram um desenvolvimento superior aos de pés francos, principalmente em relação aos suscetíveis a M. exigua. Dos genótipos em pés francos, Acauã, Iapar 59, Catucaí 785/15 e Tupi comportaram-se como moderadamente resistente e os genótipos Obatã e Catuai vermelho 144 comportaram-se como altamente suscetíveis. Já os genótipos enxertados sobre IAC Apoatã 2258 comportaram-se como resistentes, mas não como imunes.
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    Reação de progênies de cafeeiro da cultivar Catiguá MG 3 a quatro populações de Meloidogyne exigua
    (2007) Silva, Rodrigo Vieira da; Saraiva, Daniela Cristina; Oliveira, Rosângela D'Arc de Lima; Pereira, Antônio Alves; Ferreira, Patrícia S.; Embrapa - Café
    A cultivar Catiguá MG 3, com resistência às raças de ferrugem de Minas Gerais, foi recentemente lançada pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro desenvolvido pela EPAMIG/UFV. O presente trabalho objetivou avaliar a reação de 49 progênies de cafeeiros selecionados ao acaso na população dessa cultivar a quatro populações de M. exigua. As plantas foram inoculadas no estádio de 2 a 3 pares de folhas definitivas, com 5000 ovos por planta e seis repetições. A cultivar Catuaí vermelho IAC 44 foi utilizada como testemunha. A avaliação do número de galhas foi realizada aos 90 dias após a inoculação. Dentre as 49 progênies, 43 foram resistentes às quatro populações de M. exigua e seis segregaram de maneira diferenciada conforme as populações do patógeno. Observou-se que a segregação nas progênies segregantes foi de 4 a 10 %. Com base nos resultados, a cultivar Catiguá MG 3 apresenta potencial para ser utilizada em áreas infestadas com M. exigua.
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    Efeito do extrato de casca de café e óleo de tomilho na germinação e crescimento micelial de Cercospora coffeicola
    (2007) Pereira, R.B.; Lucas, G.C.; Alves, E.; Botelho, Alex Oliveira; Ferreira, João Batista; Embrapa - Café
    A cercosporiose é uma das doenças de maior importância no cafeeiro, afetando desde mudas a plantas adultas no campo. O objetivo deste trabalho foi: avaliar o efeito do extrato de casca de café (ECC 200, 150, 100, 50 e 10g.L-1) e óleo de tomilho (OET 2000, 1000, 500, 250 e 125ppm) na germinação e crescimento micelial de Cercospora coffeicola. O ECC não apresentou efeito fungitóxico ao fungo, diferentemente do OET, que reduziu em 27%, 30% e 45% a germinação dos conídios, nas concentrações de 500, 1000 e 2000ppm, respectivamente. Todas as diluições do ECC e OET exerceram efeito inibitório ao crescimento micelial de C. coffeicola, em relação à testemunha.
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    Proteção de mudas de cafeeiro contra Cercospora coffeicola por extratos vegetais
    (2007) Amaral, Daniel Rufino; Resende, Mário Lúcio Vilela de; Ribeiro, Pedro Martins; Pádua, Moises A. de; Leod, Rodrigo E. Mac; Borel, Jerônimo Constantino; Embrapa - Café
    Este trabalho visou estudar a proteção de mudas de cafeeiro contra Cercospora coffeicola utilizando extratos vegetais, provenientes de matérias primas abundantes no estado de Minas Gerais, tais como cascas de frutos de café, folhas de eucalipto, folhas de café com ferrugem e ramos de lobeira (Solanum lycocarpum). Observou-se que extratos aquosos de folhas de café com ferrugem, de ramos de lobeira com vassoura de bruxa e de cascas de café proporcionaram os maiores níveis de proteção contra a cercosporiose do cafeeiro, quando comparados com acibenzolar S-methyl (ASM), um indutor de resistência padrão. Esses extratos proporcionaram diminuições na área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) de 37, 32 e 40% respectivamente, quando comparados com a testemunha inoculada. ASM proporcionou 41% de controle da doença.
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    Progresso da mancha de olho pardo do café em três municípios do Estado de Minas Gerais
    (2007) Souza, Antônio Fernando de; Zambolim, Laércio; Fontes, Luiz Felipe Pereira; Embrapa - Café
    Este trabalho teve por objetivo estabelecer a época de maior incidência da mancha de olho pardo do cafeeiro em três localidades do estado de Minas Gerais. O monitoramento da doença foi feito em sete áreas experimentais diferentes e em diferentes anos através de amostragens foliares para determinação da porcentagem de infecção da doença. Os dados de incidência foram utilizados para traçar as curvas de progresso em cada unidade experimental. Verificou-se que não existe uma curva de progresso padrão definida da doença ao longo do ano.
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    Caracterização bioquímica e ultra-estrutural de folhas de cafeeiro tratadas com extrato de casca de café e óleo de tomilho, e inoculadas com Cercospora coffeicola
    (2007) Pereira, R.B.; Lucas, G.C.; Alves, E.; Ribeiro, Pedro Martins; Botelho, Alex Oliveira; Embrapa - Café
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito indutor de resistência (ECC 150g.L-1 e OET 500ppm), quantificando a atividade da enzima peroxidase e lignificação, e observar por meio da microscopia eletrônica de varredura (MEV) os efeitos destes na germinação e desenvolvimento dos conídios de Cercospora coffeicola. Plantas tratadas com ECC apresentaram pico de atividade de peroxidases aos 7 e 11 dias após tratamento. Plantas tratadas com OET apresentaram picos no segundo, terceiro e nono dias após tratamento, mantendo-se até o décimo quarto dia. Não houve diferenças nas concentrações de lignina. ECC não afetou a germinação e o desenvolvimento dos conídios nas observações em MEV, diferentemente do OET.