SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos
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Item Alterações na bebida do café despolpado secado em terreiro de concreto, lama asfáltica, terra, leito suspenso e em secadores rotativos(2003) Borém, Flávio Meira; Reinato, Carlos Henrique Rodrigues; Pereira, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO presente estudo foi realizado no Pólo de Tecnologia em Pós-Colheita de Café, na Universidade Federal de Lavras, MG, e teve como objetivo avaliar a qualidade do café despolpado secado em terreiro de concreto, lama asfáltica, terra, leito suspenso e em secadores horizontais. Foram realizadas duas colheitas de cerca de 30.000 litros de café. Após a colheita sobre pano, o café foi abanado, lavado e separado em função de sua densidade. A porção formada pelo café cereja foi então descascada e submetida ao despolpamento por meio de fermentação em tanques apropriados por 24 horas. Foram realizadas duas comparações entre a qualidade do café secado em diferentes tipos de terreiro e secado em secador rotativo. Nas duas comparações, 240 litros do café despolpado foram distribuídos em terreiros de terra, lama asfáltica e concreto, com espessura de 5cm e no leito suspenso com espessura de 10cm. Todas as amostras de café permaneceram nos terreiros até o teor de 11% (b.u.) de umidade final. Simultaneamente, cerca de 12000 litros do café despolpado foram pré-secados em terreiro de concreto durante 3 dias e, em seguida, submetidos à secagem mecânica em dois secadores de 5000 litros. Em um secador a temperatura máxima atingida na massa de café foi de 40°C e no outro secador, 45°C. Na primeira comparação o controle da temperatura foi realizado com um termopar localizado a 350mm de profundidade. Na segunda comparação, o controle da temperatura foi realizado com o termômetro bimetálico localizado na parte externa do cilindro do secador. Nas secagens realizadas nos terreiros o café foi revolvido diariamente em intervalos de 40 minutos e as condições climáticas registradas por um termohigrógrafo. Para a avaliação da qualidade do café foi realizada análise sensorial do produto seco pela prova de xícara. As amostras secadas em terreiro de concreto, lama asfáltica e leito suspenso apresentaram bebida classificada como Mole, enquanto a amostra secada em terreiro de terra a bebida foi classificada como Dura. Observou-se uma manutenção da qualidade do café secado com temperatura de 40°C com o controle realizado com o termopar localizado a 350mm de profundidade. Neste caso, o café foi classificado como de bebida Mole. Nos demais testes de secagem, o café foi classificado como de bebida Dura. Ressalta-se que mesmo no teste em que a temperatura máxima na massa de 40°C controlada pelo termômetro bimetálico, a bebida foi Dura. Nestas condições de secagem, a temperatura atingida na massa de café é, na verdade, bem superior ao valor indicado pelo termômetro. Recomenda-se, para garantir a manutenção da qualidade do café despolpado, a instalação de termômetro com haste de pelo menos 300mm de comprimento e que a temperatura indicada por este termômetro não ultrapasse 40°C.Item Desenvolvimento de metodologia para o controle de Meloidogyne exigua em cafeeiro por produtos de origem fúngica(2003) Amaral, Daniel Rufino; Pantaleão, José Antônio; Oliveira, Denilson Ferreira de; Campos, Vicente Paulo; Nunes, Alexandro S.; Borges, Daniella I.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféOs nematóides parasitas de plantas, conhecidos como fitonematóides, causam grandes prejuízos à agricultura, correspondendo a um dos maiores problemas fitossanitários para culturas de importância econômica como o café. Estima-se que somente na safra de 1998/1999 o Brasil tenha perdido em torno de R$ 1 bilhão devido à atuação desses fitoparasitas nos cafezais brasileiros. Tendo como meta o desenvolvimento de nova metodologia de controle de fitonematóides, este trabalho foi realizado com o objetivo inicial de identificar filtrados fúngicos produtores de substâncias tóxicas a Meloidogyne exigua Goeldi, 1887, que é amplamente disseminado pelos cafezais brasileiros, principalmente no sul de Minas Gerais. Logo, vinte e quatro isolados fúngicos, obtidos de diferentes fontes, foram cultivados em meio de cultura líquido. As misturas resultantes foram filtradas, dando origem a líquidos que foram denominados filtrados fúngicos. Estes foram submetidos a testes in vitro com juvenis do segundo estádio (J2) de M. exigua, o que permitiu observar que aqueles provenientes de Fusarium moniliforme Shelden e Cylindrocarpon Magnusianum (Sacc.) Wollenw apresentavam consideráveis efeitos tóxicos sobre o referido nematóide. A seguir, os filtrados de ambos os fungos foram submetidos a testes in vivo com mudas de café (Coffea arabica L. cv Catuaí), de seis meses de idade. Para isso, foram inoculados cerca de 2000 ovos de M. exigua por planta e, logo em seguida, aplicaram-se 20 mL dos filtrados. O delineamento empregado para o experimento foi de blocos casualisados, com 6 repetições e três testemunhas: 1) planta sem inoculação de ovos; 2) planta com inoculação de ovos; 3) planta com inoculação de ovos e aplicação do nematicida comercial Aldicarbe. Após 90 dias avaliou-se o número de galhas por sistema radicular, o que permitiu observar que o filtrado produzido por F. moniliforme proporcionou os melhores resultados. Logo, conclui-se que os metabólitos do fungo apresentam potencial para emprego no controle de M. exigua em cafeeiros.Item Inclusão da casca de café na dieta de ovinos deslanados(2003) Townsend, Cláudio Ramalho; Magalhães, João Avelar; Costa, Newton de Lucena; Pereira, Ricardo Gomes de Araújo; Soares, João Paulo Guimarães; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA utilização de alimentos alternativos na dieta animal tem como principais objetivos reduzir os custos e incrementar a produtividade da atividade pecuária. Desta forma, os mais diversos tipos de resíduos ou subprodutos agro-industriais, quando empregados de forma racional, podem contribuir para tanto, como é o caso da casca de café. Nos últimos anos, a cafeicultura em Rondônia vem sendo bastante fomentada, sendo que no ano agrícola de 1995 foram colhidas 171.235 ton de café em coco, que, após o seu beneficiamento, resultaram em aproximadamente 86.000 ton de cascas, que, via de regra, são desprezadas, trazendo grandes perdas econômicas e ambientais. Como a grande maioria dos resíduos ou subprodutos das agroindústrias, a casca de café apresenta uma grande variabilidade na sua composição bromatológica; assim, foram encontradas oscilações de 6,8% a 17,3% para a proteína bruta (PB), 19,5% a 42,4% para fibra bruta (FB) e 2,3% a 6,0% para extrato etéreo (EE). As principais limitações da utilização da casca de café na alimentação animal são os elevados teores de lignina (36%) e a presença de fatores antinutricionais (cafeína, taninos e compostos fenólicos). No entanto, quando utilizada racionalmente, resulta em ganhos de produtividade e economicidade. Para avaliar o desempenho de ovinos deslanados em crescimento, alimentados com níveis crescentes de casca de café, conduziu-se um experimento em Porto Velho - RO, com delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos, representados pelos níveis de inclusão da casca de café de 0, 10, 20 e 30% em substituição ao capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) cv. Cameroon e cinco repetições, representadas pelos animais. A casca de café continha 85,2; 11,3; 0,50 e 0,16% de MS, PB, Ca e P, respectivamente. A sua inclusão nadieta dos ovinos resultou em maiores (P> 0,01) ganhos de peso, 9,1; 18,8; 14,5 e 49,1 g/dia/animal, respectivamente, para os níveis de inclusão de 0, 10, 20 e 30%. O consumo médio dos animais alimentados com as rações contendo a casca foi 14,6% inferior ao dos alimentados exclusivamente com capim-elefante (53,7 x 62,9 g de MS/kg de PV 0,75 ).Item Avaliação inicial do crescimento de um cafezal em um solo de cerrado sob diferentes níveis de adubação e regimes hídricos(2003) Sanzonowicz, Cláudio; Toledo, Paulo Maurity dos Reis; Gomes, Antônio Carlos; Sampaio, João Batista Ramos; Maia, Thales Eduardo de G.; Guerra, Antônio Fernando; Rodrigues, Gustavo Costa; Nazareno, Rodrigo Barbosa; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO principal objetivo do presente trabalho é tentar definir qual a melhor dose de fertilizante (N, P e K) e a quantidade adequada de água para a produção de café em solos de cerrados. O experimento está instalado na Embrapa Cerrados, em Planaltina - DF, em um Latossolo Vermelho de textura argilosa, situado na latitude 15º34’30" S e longitude 47º42’30" W. Grw., a 1007 metros de altitude. O clima é caracterizado como tropical chuvoso de inverno seco. O cafezal foi instalado no dia 20 de novembro de 2000, utilizando-se a cultivar Rubi MG 1192 com o espaçamento de 2,80 por 0,50 m, identificando - se o plantio como adensado. as parcelas são formadas de três fileiras com dez plantas em cada uma. A área útil são as quatro plantas centrais da linha do meio da parcela. Os tratamentos foram compostos das seguintes doses: 50, 100, 250, 500 e 800 kg de N (uréia) por hectare; 50, 100, 200, 400 e 500 kg de P 2 O 5 (super fosfato triplo) por hectare e 50, 100, 250, 500 e 800 kg de K 2 O (cloreto de potássio) por hectare, num total de 15 tratamentos. No primeiro ano do experimento a adubação foi reduzida em 25% da dose total. Já no segundo e terceiro ano as doses foram reduzidas em 50%. Todas as adubações foram parceladas em quatro aplicações de cobertura. O sistema de irrigação utilizado é um pivô central com abrangência de 8,0 ha e raio molhado de 160 m. A área do pivô foi divida em quatro quadrantes diferenciando os regimes hídricos descritos a seguir: 1) irrigação durante todo o ano quando a tensão de água na camada de 10 cm atingir valores de 50 kPa. 2) após a colheita, impor um período de 30 dias sem a aplicação de água para atingir estresse hídrico e a seguir aplicar água seguindo o mesmo critério do item anterior. 3) após a colheita, impor um período de 60 dias sem a aplicação de água, para atingir um estresse hídrico mais severo e a seguir, aplicar água utilizando o mesmo critério descrito anteriormente. 4) após a colheita, esperar que a primeira chuva induza a floração e a seguir, manter as irrigações utilizando o mesmo critério descrito anteriormente. Cada quadrante comporta os quinze tratamentos com três repetições, totalizando 45 parcelas. Todo o experimento é constituído por 180 parcelas. O momento de irrigar é feito com base em sensores de umidade do tipo "ML2 ThetaProbe" instalados nas profundidades de 10, 30, 50 e 100 cm. O delineamento estatístico é definido por blocos ao acaso com 3 repetições. Estão sendo avaliadas a altura das plantas, o diâmetro de caule, o número total de ramos e o diâmetro da copa. Além dessas características 4 ramos na altura média da planta foram escolhidos para determinação de seu comprimento e do número total de nós. Nos tratamentos com N, os regimes hídricos não mostraram diferenças na altura de planta, no diâmetro de caule e no número total de ramos. No entanto, o diâmetro de copa aumentou no quadrante onde se aplica o estresse hídrico severo de 60 dias sem irrigar. O comprimento dos ramos e o número de nós por ramo também apresentaram médias mais elevadas nesse mesmo quadrante. As doses de N não promoveram diferenças na altura de planta, no diâmetro de caule e de copa e no comprimento dos ramos. Os cafeeiros não responderam a adubação fosfatada. Nenhuma das características analisadas mostrou diferença entre as médias obtidas nas avaliações. Nas parcelas adubadas com P, o regime hídrico expressou modificação apenas para o comprimento de ramos e para o número de nós por ramo, gerando os maiores valores nos quadrantes onde são induzidos estresses hídricos de 30 e 60 dias respectivamente. Nas plantas onde foi aplicado o K, o regime hídrico onde ocorre a irrigação depois da indução floral pela primeira chuva conferiu maiores médias para a altura de planta e para o número total de ramos. A área que sofreu o estresse hídrico de 60 dias apresentou valores mais elevados para o diâmetro de caule e de copa. As plantas não foram influenciadas pela adubação potássica, exceto no número total de ramos. A aplicação superficial da metade da dose de 500 kg de K 2 O por hectare na forma de KCl aumentou significativamente o número de nós por planta no tratamento que recebeu o estresse hídrico de 60 dias.Item Nutrição do cafeeiro arábica em função da densidade de plantas e da fertilização com NPK(2003) Prezotti, Luiz Carlos; Rocha, Aledir Cassiano da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO adensamento de plantas nas lavouras de café foi um avanço tecnológico que vem trazendo como conseqüências mudanças no manejo da cultura, dentre as quais, nas recomendações de adubação. Neste contexto, antes do adensamento, predominavam as recomendações de adubação por cova, em que pequenas variações na população de plantas tinham pouca influência na quantidade de nutrientes a ser aplicada por hectare. Atualmente, com o aumento considerável da densidade de plantas por área, a simples multiplicação da quantidade de fertilizantes a ser aplicada por planta pelo número de plantas por área tornou-se inadequada, superestimando as recomendações. Esta relação não é verdadeira porque com o aumento da densidade, há redução da produção por planta, tanto na biomassa vegetativa (folhas, ramos, caule e raiz) como também na de frutos, em função da competição entre elas. Outro fator a ser considerado é o aumento da eficiência de recuperação de nutrientes pelas plantas em razão da maior densidade de raízes e da maior umidade do solo, proporcionada pela maior cobertura, contribuindo para a redução da quantidade de fertilizantes aplicadas à lavoura. O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta do cafeeiro arábica à aplicação de N (100, 300, 500 e 700 kg/ha), P (0, 60, 120 e 180 kg/ha de P2O5) e K (100, 300, 500 e 700 kg/ha de K2O), cultivados em diferentes densidades de plantio (3.333, 5.000, 10.000 e 20.000 plantas/ha). Os experimentos foram conduzidos na Fazenda Experimental de Venda Nova do Imigrante/INCAPER, no Estado do Espírito Santo. Os resultados de cinco produções mostram que as maiores produtividade foram obtidas nas lavouras com espaçamento de 2m x 1m e 1m x 0,5m e que a resposta do cafeeiro às doses crescentes de N, P e K, nos diversos espaçamentos, foram pouco expressivas. Pequenos aumentos de produtividade foram observados para N e P. Efeitos ligeiramente depressivos foram constatados para K. Embora seja conhecida a baixa resposta do cafeeiro ao P, observou-se aumento médio de produção de 12%. A adição de K não proporcionou aumento de produção, mesmo com os solos possuindo teores iniciais de 76 a 100 mg/dm3 de K. Ressalta-se que o nível crítico de produção preconizado para a cultura do cafeeiro está na faixa de 200 mg/dm3 de K. Análises das diferentes formas de K, além da forma trocável poderia ser uma importante informação para explicar este comportamento, pois, alguns tipos de solos contêm minerais como as micas, que possuem K em sua estrutura em forma não disponível para as plantas. Com a redução da concentração de K na solução do solo, este nutriente pode ser liberado dessas estruturas, tornando-se então disponível e contribuindo para a nutrição das plantas. Para o cafeeiro, são comuns recomendações de N próximas a 300 kg/ha e indicação de teores foliares de 3 dag/kg de N como adequado. Entretanto, observou-se neste trabalho que a dose inicial de 100 kg/ha de N foi suficiente para atingir teores foliares médios de 3,1 dag/kg, mesmo nos experimentos com espaçamentos mais abertos. Ressalta-se aqui a necessidade de acrescentar, em trabalhos desta natureza, o tratamento sem a aplicação do elemento, para que seja possível a determinação do potencial de suprimento do solo e a correlação desta informação com outras variáveis que possivelmente poderiam influenciar a sua disponibilidade, como por exemplo, o teor de matéria orgânica do solo. O aumento do teor foliar de P somente foi significativo no tratamento com espaçamento de 2m x 0,5m (0,1 dag/kg para cada 100 kg de P2O5). Os teores foliares de K foram fortemente influenciados pelas doses de K2O, com acréscimos de até 0,17 dag/kg para cada 100 kg de K2O. Plantas submetidas ao sistema adensado de cultivo apresentaram maiores teores de P e K quando comparadas àquelas cultivadas em menores densidades. Uma possível explicação está na maior umidade do solo, proporcionada pelo maior sombreamento e pelo maior acúmulo de biomassa vegetal na superfície do solo, havendo maior difusão destes elementos, principalmente de P e, conseqüentemente, maior absorção pelas plantas. Caso este fato seja comprovado por outros trabalhos, ficará então evidenciada a necessidade de inclusão da variável "população de plantas" em estudos de determinação dos níveis críticos foliares destes elementos. Não foi observada variação do teor de N com o aumento da densidade de plantas. Observou-se que, mesmo nas parcelas onde não foi aplicado P, houve elevação de seu teor no solo, principalmente nas lavouras mais adensadas. Certamente este aumento é atribuído ao maior acúmulo de matéria orgânica na superfície do solo, contribuindo tanto no aspecto quantitativo do elemento quanto no fenômeno da solubilização do P por enzimas e ácidos orgânicos. Este mesmo argumento pode ser utilizado para explicar a influência da população de plantas sobre as características químicas do solo. Das variáveis analisadas, as que apresentaram maior tendência de variação foram o H+ Al, pH, Al e V.Item Fontes e doses de fósforo no desenvolvimento e produção do cafeeiro (Coffea arabica L.), em solo sob vegetação de cerrado do município de Patrocínio-MG(2003) Melo, Benjamim de; Marcuzzo, Karina Velini; Teodoro, Reges Eduardo Franco; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Schincariol, Osmar; Rosa, Guilherme Juliano Braga da; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféOs solos originalmente sob vegetação de cerrado são muito intemperizados. Com o aumento do grau de intemperismo, há uma mudança gradual das características destes solos, tornando-os mais eletropositivos, diminuindo a saturação por bases e aumentando gradualmente a retenção de ânions, como o fosfato. Estes solos são, dessa forma, extremamente pobres em fósforo disponível. Nessas condições, a adubação fosfatada assume papel importante no sistema de produção cafeeira no cerrado. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de fontes e doses de P no desenvolvimento e produção do cafeeiro (Coffea arabica L.). O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Patrocínio-MG, no período de janeiro de 2000 a julho de 2002. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com os tratamen-tos distribuídos em esquema fatorial 4 x 5, com quatro repetições; sendo os fatores: 4 fontes de P: fosfato de Araxá, termofosfato magnesiano (Yoorin master), fosfato de ARAD, superfosfato triplo e 5 doses de P, cor-respondentes a: 0; 125; 250; 500 e 1000 g de P2O5/m de sulco. A parcela foi constituída por uma linha com oito cafeeiros, sendo adotada como área útil as quatro plantas centrais. Utilizaram-se mudas da cultivar Acaiá Cerrado MG1474. Por ocasião da instalação do experimento foram realizadas uma aração, duas gradagens e calagem, com a aplicação de 2700 Kg de calcário dolomítico por ha, para elevar a saturação por bases para 60%. Em seguida, os sulcos foram abertos a uma distância de 3,5 m entre linhas, aplicando-se as diferentes fontes e doses de P, conforme os tratamentos considerados. O plantio foi realizado em 10/01/2000, a uma distância de 0,7 m entre plantas na linha. As plantas daninhas foram controladas com a aplicação de herbicidas pré-emergentes ao longo da linha de plantio, aliada a roçagens periódicas nas entrelinhas. O controle de pragas e doenças foi realizado sempre que necessário e baseado em amostragem geral no experimento. Aos trinta meses após o plantio foram avaliadas as seguintes características vegetativas: altura de planta, diâmetros de caule e de copa e número de internódios do ramo ortotrópico. Foi determinada, ainda, a produtividade do cafeeiro, em sc/ha e Kg/ha. Para todas as características foram realizadas análises de variância e as médias das cultivares foram comparadas através do Teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade; para as doses de P realizou-se análise de regressão. Concluiu-se que o termofosfato magnesiano e o superfosfato triplo proporcionaram a maior produtividade do cafeeiro, aos trinta meses após o plantio; os maiores diâmetros de caule e de copa foram obtidos nas doses de 619 e 621 g de P2O5/m de sulco, respectivamente, independente da fonte de P; a maior produtividade do cafeeiro foi obtida com a aplicação de 572 g a 853 g de P2O5/m de sulco, em função da fonte de P utilizada.Item Unidades experimentais de cafeeiros sob sistema de produção orgânica no municipio de Heliodora, Minas Gerais(2003) Lima, Paulo César de; Moura, Waldênia de Melo; Pereira, Antônio Alves; Ribeiro, Poliane M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO café sob sistema orgânico de produção representa 5% do segmento dos cafés especiais, e se desenvolve mais rapidamente, com um crescimento anual de 18% comparado com os 8 ou 9% para o restante do mercado de cafés especiais. Apesar disso, poucas pesquisas têm sido realizadas visando o desenvolvimento da cafeicultura orgânica. Neste sentido, desde o ano de 1999 a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), vem desenvolvendo unidades experimentais, visando o desenvolvimento de tecnologias para a produção de café sob cultivo orgânico. Esses trabalhos contam com a parceria de produtores de café, do Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata (CTA-ZM) e do CNPq. Dentre essas unidades duas foram instaladas no ano de 2000 no município de Heliodora, MG, a 1.100 m de altitude, um sistema arborizado com bananeira e outro consorciado com leguminosas. Em cada unidade foram plantados quatro cultivares resistentes à ferrugem (Oeiras, Icatu Precoce, Obatã e Catucaí) com espaçamento de 2,8 a 0,5m, em deline-amento de blocos casualizados com quatro repetições. O número de plantas por parcela para o sistema consorciado foi de 74 plantas, enquanto que no sistema arborizado foi de 66 e 68, quando havia duas ou uma planta de bananeira na parcela, respectivamente. No sistema arborizado, utilizou-se bananeira espaçada a 12 m entre plantas, cultivadas na linha de cafeeiros, enquanto que no sistema consorciado as leguminosas foram cultivadas nas entrelinhas do cafezal. A formação de mudas e as adubações nas unidades experimentais foram baseadas nas recomendações da CFSEMG, utilizando-se de materiais permitidos para o cultivo orgânico. As conduções das unidades experimentais foram realizadas obedecendo às normas de certificação orgânica. As avaliações iniciaram após a primeira colheita, coletando-se dados de porte, vigor, maturação dos frutos, tamanho dos frutos incidência de doenças e pragas, produtividade e outras características agronômicas de interesse. Além disso, foram feitos acompanhamentos do estado nutricional das plantas, através de análises foliares e de solo. Em ambos sistemas de produção todas as cultivares mostraram-se bastante vigoro sas, com teores foliares de macro e micronutrientes dentro dos limites estabelecidos para a cultura. Também, observaram-se baixa incidência de ferrugem, cercosporiose, bicho mineiro e seca de ponteiros. De modo geral, todas as cultivares apresentaram maiores produções no sistema arborizado, destacando-se a cultivar Oeiras, sugerindo que neste sistema ocorreu uma maior precocidade na produção. No sistema consorciado, as cultivares mais promissoras foram Oeiras e Icatu Precoce. No entanto, por tratar-se de dados preliminares, ainda serão necessários o acompanhamento e avaliação destas unidades por um período de quatro colheitas.Item Influência da lâmina de irrigação no desenvolvimento e produção do cafeeiro(2003) Teodoro, Reges Eduardo Franco; Melo, Benjamim de; Ferreira, José Geraldo; Severino, Guilhermina Maria; Fernandes, Diomar Lopes; Marcuzzo, Karina Velini; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNo Brasil, a cafeicultura desenvolveu-se nas regiões onde não ocorre deficiência hídrica nos períodos de maiores exigências da cultura. Porém, atualmente existe tecnologia apropriada para torná-la possível em regiões marginais, no que diz respeito ao fator hídrico. A prática da irrigação tem sido usada por cafeicultores de vários municípios da região do cerrado do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e noroeste de Minas, por meio dos diferentes sistemas de irrigação. Regiões estas até então consideradas marginais, com período extenso de deficiência hídrica. Contudo, ainda faltam informações quanto à lâmina de irrigação adequada para obter maiores produtividades. O trabalho teve como objetivo determinar a melhor lâmina de irrigação para o desenvolvimento e produção do cafeeiro, na região do Triângulo Mineiro. O experimento foi instalado na Fazenda Experimental da Glória, da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG, numa área de 0,4 hectares. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados. Os tratamentos foram constituídos por oito lâminas de irrigação, calculadas com base na Evaporação do Tanque Classe "A" (ECA) 0%, 30%, 60%, 90%, 120%, 150%, 180% e 210% da ECA, estas aplicadas nas segundas, quartas e sexta feiras. O experimento é irrigado por gotejadores autocompensante, de 3,5 L/h, as aplicações dos tratamentos iniciaram-se em 18/11/2001. A parcela foi constituída por uma linha com oito plantas, sendo consideradas como área útil as quatro plantas centrais. Utilizou-se mudas da cultivar Rubi, que foi plantada em 13/02/2001, no espaçamento de 3,5 x 0,7 m. Diariamente são coletados dados de evaporação do tanque "Classe A", de precipitação e de temperaturas máxima e mínima. Foram realizadas quatro adubações de cobertura e aplicação de micronutrientes via foliar, no período de outubro a março. O controle de plantas daninhas foi feito com a aplicação de herbicidas ao longo da linha de plantio, aliada a roçagens periódicas nas entrelinhas. O controle fitossanitário foi realizado conforme a necessidade. Para a avaliação do desenvolvimento vegetativo, aos dezoito meses após o plantio, foram realizadas coletas das seguintes características: altura de planta, diâmetros de copa e de caule, número de internódios de ramo ortotrópico e comprimento dos ramos plagiotrópicos. Os resultados obtidos aos dezoito meses mostraram efeito linear positivo, para as características de diâmetros de copa e de caule, número de internódios de ramo ortotrópico e comprimento dos ramos plagiotrópicos, em função das lâminas aplicadas para a cultivar Rubi, nas condições de Uberlândia-MG, para todas as características consideradas. A lâmina de irrigação 0% da ECA foi o tratamento que apresentou as menores médias. Faz-se necessário o acompanhamento dos parâmetros por um período maior, como programado, para determinar a melhor lâmina no desenvolvimento vegetativo e também na produção.Item Detecção de Xylella fastidiosa em Cicadelíneos coletados em lavouras cafeeiras no estado do Paraná(2003) Paião, Fernanda; Novaes, Tanara G. de; Motomura, Karina F.; Rossini, Viviane; Meneguim, Ana Maria; Lovato, Lidiana; Leite, Rui Pereira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA bactéria Xylella fastidiosa, responsável pela doença requeima do cafeeiro, é transmitida naturalmente por cigarrinhas sugadoras do xilema das plantas. Homópteros pertencentes às famílias Cercopidae, Cicadidae e Cicadellidae são considerados potenciais vetores da bactéria. Assim, o objetivo deste trabalho foi identificar os vetores da bactéria entre as espécies mais freqüentes pertencentes à sub família Cicadellinae coletadas nas principais regiões cafeeiras do Estado do Paraná. Foram realizadas amostragens quinzenais, através de armadilha adesiva amarela e rede entomológica, em lavouras comerciais localizadas nos municípios de Londri-na, Paranavaí, Mandaguari, Ribeirão do Pinhal e Altônia, PR, durante o período de novembro de 1998 a outubro de 2001. Através da identificação taxonômica, os insetos foram agrupados em famílias e subfamílias, e os cicadelíneos coletados em maior freqüência foram submetidos ao teste de PCR (reação de polimerase em cadeia) e nested PCR, utilizando os primers RST31 e RST33 e RST31-interno e RST33-interno, respectivamen-te, para detecção da bactéria X. fastidiosa. Oito espécies de cicadelíneos foram mais freqüentes, sendo elas: Acrogonia citrina, Bucephalogonia xanthophis, Dilobopterus costalimai, Oncometopia fascialis, Macugonalia cavifrons, Molomea consolida, Scopogonalia subolivaceae e uma espécie pertencente a um taxon novo, Neosonia sp.. Do total de 232 amostras submetidas ao teste de PCR, 31% delas apresentaram resultado positivo para a presença de X. fastidiosa, sendo detectada em seis das oito espécies avaliadas. Dentre as espécies, S. subolivaceae apresentou o maior índice de detecção (77%), enquanto que, a espécie M. consolida apresentou o menor índice (5%). A espécie O. fascialis e a do taxon novo, Neosonia sp., apresentaram resultados negati-vos para a presença de X. fastidiosa. Com relação ao período de amostragem, a maior ocorrência da bactéria foi determinada no período de novembro de 2000 a outubro de 2001, onde 44% das amostras foram positi-vas. Na população de cicadelíneos do município de Paranavaí foi observada a maior porcentagem de detecção (48%), apresentando os maiores índices de presença da bactéria durante todo o período. Nesse local, foram coletados indivíduos com a bactéria nos três anos de amostragem, porém isto não foi observado nos demais municípios.Item Desenvolvimento reprodutivo e produção inicial de cafeeiros sob níveis de sombreamento e adubação(2003) Botero, Catalina Jaramillo; Santos, Ricardo Henrique Silva; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Cecon, Paulo Roberto; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO cultivo de cafeeiros em Sistemas Agroflorestais (SAF) é uma alternativa viável para os pequenos agricultores frente às oscilações de preços do grão, uma vez que permitem a obtenção de produtos como alimentos, madeira, fibras, medicamentos e adubos verdes ao mesmo tempo em que prestam serviços ambientais. Além disso, trazem a possibilidade destes cafés entrarem no mercado dos cafés diferenciados, obtendo preços mais favoráveis. Os diversos tipos de SAF com café, junto com as diferentes condições climáticas onde se desenvolvem, fazem que as experiências com café sombreado apresentem uma ampla gama de resultados em termos de produtividade. Com freqüência se apresentam problemas de baixa produtividade, atribuídos à concorrência por luz, água e nutrientes entre as árvores e a cultura. Contudo, nos SAF tais mecanismos estão operando concomitantemente e são ainda escassos os conhecimentos sistematizados sobre a magnitude de seus efeitos isolados das interações entre estes mecanismos sobre a produção dos cafeeiros, tornando difícil a compreensão dos mecanismos limitantes à produção nestas condições. O presente trabalho de pesquisa teve como objetivo iniciar o estudo do efeito da disponibilidade de luz e nutrientes sobre o desenvolvimento reprodutivo e sobre a produtividade de cafeeiros arábica, simulando as condições de competição em sistemas agroflorestais. Cafeeiros, plantados em 1989 e recepados em 1998, receberam diferentes doses de adubo e diferentes níveis de sombreamento artificial a partir de dezembro de 2001. As doses de adubo consistiram de 100, 80,60 e 40% da recomendação de 42g/cova de N e 32 g/cova de K 2 O. Os níveis de sombreamento consistiram de 0, 16, 32 e 48% de bloqueio da radiação fotossinteticamente ativa (RFA). Os tratamentos foram arranjados em fatorial 4x4 com 3 repetições em delineamento em blocos casualizados. O experimento foi instalado em Latossolo vermelho-amarelo distrófico, exposição nordeste e 40% de declividade. Foram tomados dados de radiação fotossinteticamente ativa total e disponível abaixo das telas sombreadoras. Todos os dados foram coletados trimestralmente, de outubro de 2001 a dezembro 2002. O desenvolvimento reprodutivo foi avaliado em quatro ramos plagiotrópicos, onde foram tomados dados de número de nós produtivos, número de frutos totais e número de botões florais na safra 2002 / 03, a partir das quais foram geradas as variáveis número de frutos totais, peso de um fruto, produção, número de frutos por nó produtivo e número de botões florais por nó produtivo. Os dados foram submetidos a análises de variância seguida de regressão ao nível de 10% de significância. Os resultados obtidos mostram que houve uma relação direta entre o aumento da produção de frutos e a quantidade de adubo nas plantas a pleno sol; as plantas a pleno sol com 100% de adubo apresentaram produção comparável com as plantas sob 48% de bloqueio da RFA com 40% de adubo; observou-se efeito negativo sobre a produção nas combinações de alta radiação e baixa adubação e baixa radiação e alta adubação; as plantas mais produtivas apresentaram maior número de frutos sem que exista diferença no número de nós produtivos.Item Fontes e doses de fósforo no desenvolvimento e produção do cafeeiro, em solo sob vegetação de cerrado do município de Uberlândia-MG(2003) Melo, Benjamim de; Marcuzzo, Karina Velini; Teodoro, Reges Eduardo Franco; Guimarães, Paulo Tácito Gontijo; Carvalho, Hudson de Paula; Schincariol, Osmar; Araújo, Fernando Santos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféOs solos sob vegetação de cerrado possuem baixa fertilidade, com elevada acidez e escassez generalizada de nutrientes, particularmente o P, que é, por outro lado, fortemente adsorvido pelos mesmos. Devido a estas características, o uso da adubação fosfatada corretiva é normalmente recomendado, visando aumentar o nível de P disponível no solo. Com esta prática, utilizam-se quantidades elevadas de P, havendo uma tendência ao acréscimo do consumo deste nutriente. Desta forma, torna-se necessário desenvolver trabalhos de pesquisa visando eliminar ou, pelo menos, atenuar estes fatores limitantes da produtividade, pois as características edafoclimáticas próprias da região dos cerrados tornam impossível a transferência total de tecnologias geradas em outras áreas agrícolas do país. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de fontes e doses de P (P2O5) no desenvolvimento e produção do cafeeiro, (Coffea arabica L.). O experimento foi conduzido na área do Setor de Cafeicultura do Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Uberlândia - ICIAG - UFU, localizada na Fazenda Experimental do Glória, Br 050, Km 78, no período de janeiro de 2000 a julho de 2002. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 4 x 5, com quatro repetições; sendo os fatores: 4 fontes de P (fosfato de Araxá, termofosfato magnesiano - "Yoorin master", fosfato de ARAD e superfosfato triplo) e 5 doses de P (0; 125; 250; 500 e 1000 g de P2O5 por metro de sulco). A parcela foi constituída por uma linha com oito plantas, sendo adotada como área útil as quatro plantas centrais. Utilizaram-se plantas da cultivar Acaiá Cerrado MG - 1474. Por ocasião da instalação do experimento foram realizadas uma aração, duas gradagens e calagem, com a aplicação de 800 Kg de calcário dolomítico por ha, para elevar a saturação por bases para 60%. Em seguida, os sulcos foram abertos a uma distância de 3,5 m entre linhas, aplicando-se as diferentes fontes e doses de P, conforme os tratamentos considerados. O plantio foi realizado em 25/01/2000, a uma distância de 0,7 m entre plantas na linha. As plantas daninhas foram controladas com a aplicação de herbicidas pré-emergentes ao longo da linha de plantio, aliada a roçagens periódicas nas entrelinhas. O controle de pragas e doenças foi realizado sempre que necessário e baseado em amostragem geral no experimento. Aos trinta meses após o plantio foram avaliadas as seguintes características vegetativas: altura de planta, diâmetros de caule e de copa e número de internódios do ramo ortotrópico. Foi determinada, ainda, a produtividade do cafeeiro, em sc/ha e Kg/ha. Concluiu-se que o fosfato de Araxá, termofosfato magnesiano, fosfato de Arad e o superfosfato triplo apresentaram a mesma eficiência no desenvolvimento e produtividade e que a dose de 650 g de P2O5 por metro de sulco, independente da fonte utilizada, proporcionou maiores diâmetros de copa e maior produtividade do cafeeiro.Item Seleção de progênies de café visando resistência à ferrugem do cafeeiro(2003) Matiello, José Braz; Almeida, Saulo Roque de; Silva, M. B. da; Ferreira, Roque de A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO programa de melhoramento genético do cafeeiro visando a obtenção de cultivares com resistência à ferrugem alaranjada do cafeeiro iniciado na década de 1970 pelo então IBC, tem tido continuidade por técnicos do MAPA/Funprocafé. Este programa conta com uma rede de ensaios instalados nas principais regiões cafeeiras dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Bahia, visando a seleção de cultivares de café arábica resistentes à ferrugem. Os ensaios de comportamento avaliam aproximadamente duas centenas de progênies derivadas de híbridos resistentes à ferrugem e incluem também a avaliação de cultivares oriundas de outras instituições de pesquisa, principalmente do IAC. Os resultados obtidos até o momento propiciaram a obtenção de cultivares com alto potencial produtivo e resistência à ferrugem, dando origem em 2000, ao registro das cultivares Catucaí, IBC Palma I, IBC Palma II, Sabiá, Acauã, Canário, Eparrey, e Siriema junto ao SNPC - MAPA. Estas cultivares apresentam potencial produtivo semelhante às melhores variedades comer-ciais usadas como padrão, além de apresentarem características específicas em relação ao porte, época de maturação de frutos, tamanho de semente, resistência a nematóides, resistência a seca e resistência a doen-ças, que as credenciam para utilização em diversas regiões cafeeiras. Os trabalhos de melhoramento têm continuidade com a instalação anual de novos ensaios com as progênies superiores, a fim de estudar o compor-tamento em diferentes regiões cafeeiras e com o plantio de campos de produção de sementes e unidades de demonstração em nível de produtor rural.Item Crescimento vegetativo e produtividade do cafeeiro irrigado por pivô central, sob diferentes lâminas de irrigação(2003) Vilela, Luís Artur Alvarenga; Martins, Carla de Pádua; Gomes, Natalino Martins; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféUtilizando um sistema de irrigação por aspersão, tipo pivô central com 1,6 ha, tem-se avaliado o desenvolvimento e a produtividade de cafeeiros da cultivar Rubi, desde a fase inicial de formação sob diferentes lâminas de irrigação. O delineamento experimental utilizado é o delineamento de blocos casualizados, com 6 tratamentos e 3 repetições, totalizando 18 parcelas, onde são avaliadas 8 plantas/parcela, em espaçamento de 3,5 x 0,8 m. As lâminas adotadas são de 0, 60, 80, 100, 120 e 140% da evaporação do tanque classe "A" (ECA). O manejo da irrigação é realizado aplicando-se a lâmina em função da ECA acumulada no período entre duas irrigações consecutivas, utilizando-se um turno de rega de 2 e/ou 3 dias. As diferentes lâminas de água, correspondentes aos tratamentos, são controladas mediante o ajuste da velocidade do pivô (regulagem do percentímetro). A cada mudança de estação coletam-se e avaliam-se os seguintes parâmetros do crescimento vegetativo: altura de planta, diâmetro de caule, n.º de ramos plagiotrópicos, n.º de nós dos ramos plagiotrópicos e comprimento do ramo plagiotrópico. Analisando estatisticamente os dados de crescimento vegetativo, verificou-se até o momento que houve efeito significativo em nível de 5% de probabilidade, apenas para a variável n.º de nós do ramo plagiotrópico. Em função da desuniformidade de maturação na primeira safra, obteve-se um longo período de colheita (julho a setembro), o que ocasionou um alto percentual de café de chão e comprometimento da florada da próxima safra. Para que este fato não se repetisse na 2ª safra, se optou por fazer a colheita em um momento que não houvesse comprometimento da florada da próxima safra e um baixo percentual de café de chão. Após a colheita, todo o café foi pesado e em seguida, retirado uma amostra de 10 L do café de pano e 1 L do café de chão (varrição). Desta amostra, foi retirado 1 L para avaliação final do grau de maturação no momento da colheita. A secagem das amostras foi feita ao sol até que atingisse a faixa de 11 a 12% de umidade. Ao atingir a faixa desejada de umidade, estas foram beneficiadas. A produtividade não apresentou diferença significativa entre as diferentes lâminas de irrigação aplicadas, porém, pode-se observar que a lâmina de 60% da ECA (T2), vêm se destacando das demais, e em comparação com a testemunha, foi superior em 32 sc/ha na primeira safra e 39 sc/ha na segunda safra. Nota-se também que na 2ª safra, todos os tratamentos apresentaram menor produtividade em relação à primeira. A produção acumulada para as duas primeiras safras (2000/2001 e 2001/2002), apresentou um total de 20.70 sc de 60 kg/ha para o tratamento que não recebe irrigação, e 92.16 sacas para o tratamento irrigado com lâmina de 60% da ECA. Em termos de produção relativa, quando estes são comparados, verifica-se que o tratamento T2, produziu um percentual equivalente a 345% a mais que o tratamento testemunha ( não recebe irrigações).Item Delineamento, elaboração e implementação de plano amostral oficial para determinação de ocratoxina A em café beneficiado(2003) Vargas, Eugênia A.; Santos, Eliene A.; França, Regina Coeli A.; Amorim, Silésia S.; Faustino, Lílian C. S.; Bezerra, Elisa E. D.; Aquino, Vivianne Consolação; Lima, Francisco Barbosa; Whitaker, Thomas B.; Slate, Andy; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO Brasil e os países importadores de café não dispõem de plano de amostragem oficial para avaliação da contaminação de lotes de café por ocratoxina A. A União Européia estabeleceu em março de 2002 limites de tolerância para ocratoxina A em cereais e passas e o estabelecimento de limites para OTA em café está sendo previsto para dezembro de 2003. Alguns países como Espanha, Itália, Holanda vem avaliando a qualidade de lotes de café brasileiros exportados para a Europa. Recentemente (março e abril/2002), 02 Alertas Máximos foram expedidos pela União Européia ao Itamarati - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sobre a devolução de lotes de café beneficiado brasileiro exportados para EU com níveis indesejáveis de ocratoxina A (>10mg/kg). Para minimizar o impacto de legislações futuras sobre a produção e comercialização do café brasileiro é necessário que se identifique os fatores críticos que contribuem para a contaminação do café por OTA. O objetivo deste estudo foi disponibilizar um plano oficial de amostragem para quantificação de ocratoxina A em café beneficiado no Brasil que contemple o limite atual de tolerância proposto pela União Européia (5mg/kg). As condições iniciais para o estabelecimento do plano amostral foram determinadas pelo LACQSA. Foram avaliados moinhos comerciais em relação ao desempenho, tempo de moagem, aquecimento da amostra e granulometria obtida. O protocolo do estudo de validação do plano de amostragem oficial foi desenvolvido e o delineamento do experimento definido com a cooperação do USDA. Foram amostrados 25 lotes de acordo com o protocolo proposto, sendo coletado de forma sistemática 16 kg de café que foi fracionado resultando em 16 amostras para cada lote e no total de 800 subamostras. As amostras foram analisadas para determinação de ocratoxina A, utilizando o método oficial do MAPA, validado intralaboratorialmente pelo LACQSA e publicado no diário oficial da união conforme Instrução Normativa SDA, no. 09, 24/03/2000, seção 1, páginas 35 a 42, publicada em 30 de março de 2000, (limite de detecção de 0,12 µg/kg). O método de análise compreende as etapas de extração da toxina do café por solvente orgânico, purificação do extrato obtido por coluna de imunoafinidade, separação, detecção e quantificação da ocratoxina A por cromatografia líquida de alta eficiência. Os dados referentes aos resultados das análises foram compilados e avaliados estatisticamente, compreendendo três fases. Na primeira fase determinou-se a variância total associada com a ocratoxina e com o método de análise, para cada lote. A variância é uma medida de variabilidade e foi considerada com relação à amostragem, ao preparo da amostra, e aos componentes analíticos, permitindo desta forma, determinar como cada etapa contribui para a variabilidade. Na fase 2, para cada lote a distribuição da OTA nas 16 amostras foi comparado com muitos modelos de distribuição teóricos. A distribuição teórica foi escolhida como aquela que resultou na melhor curva de distribuição para os 25 lotes. A etapa 3, ainda em estudo, avaliará a probabilidade de aceitar ou rejeitar um lote específico de café contaminado com OTA. As probabilidades serão usadas para determinar a curva característica de operação (OC), específica para planos de amostragem. A curva OC será usada para prevê a probabilidade de rejeitar de lotes aceitáveis (riscos do exportador) e o risco de aceitar lotes ruins (risco do importador).Item Avaliação das tecnologias de informação de preço, previsão de safra e mercado de café no contexto da desregulamentação: sugestões de ajustes e reformulações(2003) Rezende, Alberto Martins; Rosado, Patrícia Lopes; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO agronegócio de café no Brasil é uma atividade secular. Acumulou e desenvolveu, nesse tempo, um "know how" comercial e operacional apto a produzir e transferir volumosas safras de café para os mercados interno e externo. No entanto, a rigidez estrutural na organização das instituições nos diversos níveis do mercado introduziu várias imperfeições na comercialização do produto. Uma delas refere-se à falta de um sistema de informações de mercado mais apropriado, capaz de antecipar e promover mudanças segundo o compasso do mercado, que prioriza, atualmente, a qualidade sobre a quantidade. O agronegócio café convive com informações de mercado pouco precisas, fazendo persistir a atmosfera de instabilidade com a qual já se acostumou. O objetivo principal dessa pesquisa é avaliar os sistemas e as tecnologias utilizadas pelas fontes de informação de preço, previsão de safra e mercado de café. As análises basearam-se nos fundamentos teóricos da informação de mercado e na tecnologia da informação. Como procedimento, delineou-se um modelo analítico-estatístico para análise da previsão de safra e elaborou-se questionários e roteiros de entrevistas estruturados para a busca de informações complementares. Os resultados mostram que os sistemas de informação de preço e mercado, apesar de tecnologicamente avançados, são, no entanto, pouco efetivos, especialmente para os segmentos da produção e consumo. A previsão de safra é de pouca confiabilidade e pouco conhecimento, exceto dos segmentos mais informatizados. O surgimento do sistema de previsão oficial tem conferido maior credibilidade à mesma. A pequena efetividade dos sistemas e das tecnologias de informação no mercado de café avaliados nesse estudo permite as seguintes recomendações: uso mais intenso e repetido da televisão e jornais como meios de divulgação de informações do mercado do café; reformulações no formato da informação de mercado pela internet; maior transparência das metodologias utilizadas pelas empresas que fazem previsão de safra; maior padronização e formatação mais adequada da informação de preço e mercado de café, principalmente visando cafeicultores e consumidores de café.Item Eficiência alocativa e sistemas de produção de café no Brasil(2003) Xavier, Lázaro Eurípedes; Noronha, José Ferreira de; Teixeira, Sônia Milagres; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA eficiência econômica na alocação de recursos, a rentabilidade e os sistemas de produção de café no Brasil foram analisados a partir de dados levantados na pesquisa desenvolvida pela Embrapa Café nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Bahia. A amostra conta com 99 talhões que foram acompanhados durante os anos agrícolas de 1998/1999 e 1999/2000. Teve por objetivo saber se produzir café no Brasil era uma atividade lucrativa. Para a análise da eficiência econômica na alocação dos recursos produtivos, utilizou-se a função de produção Cobb-Douglas e ajustaram as funções de produção de café no Brasil, Minas Gerais. Neste último, separou-se o sistema, os talhões cultivados no sistema adensado do tradicional. Os resultados mostram que, em todos os modelos estimados, a produção aumenta com a idade da cultura, exceto para o café cultivado no sistema tradicional. Os dados da amostra indicam que o café mais novo é o Brasil adensado (5,5 ANOS), seguido de Minas Gerais (7,0 anos), Brasil (7,4 anos) e Brasil tradicional (10,5 anos). Os cafezais mais novos apresentam retornos econômicos marginais mais altos, entrando em decadência com o passar dos anos. Esta é uma clara indicação de que seria altamente recomendável, em nível de fazenda, estudar, especificamente, a idade ótima para renovação do cafezal. Na amostra do Brasil tradicional, a área do talhão está abaixo do nível ótimo econômico, portanto, o lucro da cafeicultura pode aumentar através do aumento da área cultivada com café, mas, nos outros modelos, haveria aumento de lucro se a área fosse reduzida. As despesas com a formação e manutenção, em todas as regiões e sistemas analisados foram feitas em níveis acima do ótimo econômico. Esta evidência sugere que os agricultores utilizaram mão-de-obra e outros insumos de forma equivocada, porque o período analisado foi posterior a uma fase de preços muito bons para o café, levando-os a manejar a cultura sem muita preocupação com os dispêndios financeiros. Os produtores não estão alcançando lucro máximo em relação aos gastos com aluguel de máquinas e equipamentos e benfeitorias. Nos modelos com área, estas despesas estão além do nível ótimo nas amostras Brasil e Brasil tradicional. Em Minas Gerais e Brasil adensado este fator se encontra aquém do nível ótimo, logo os produtores não estão alcançando lucro máximo em relação aos gastos com aluguel. É possível aumentar o lucro da empresa, na medida em que a proporção dos gastos com a colheita aumente relativamente aos outros fatores fixos. Pode-se estar indicando, também, que o produtor aplicou recursos produtivos em outras fases da cultura e, quando foi colher, sob condições que sinalizavam uma queda nos preços, negligenciou na colheita.Item Manejo agroecológico de café em Rondônia(2003) Rodrigues, Vanda Gorete Souza; Costa, Rogério Sebastião Corrêa da; Leônidas, Francisco das Chagas; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA Amazônia possui características que torna os plantios uniformes, de agricultura, pastagem e floresta sobre-tudo de espécies nativas, mais vulneráveis às pressões biológicas, onerando e dificultando o manejo agropecuário e florestal na região. Tais dificuldades levam à perpetuação da agricultura itinerante, aos sistemas de produ-ção inadequados e à extração predatória dos recursos naturais disponíveis. A viabilidade econômica e a longevidade produtiva são características importantes para sistemas de uso da terra para a Amazônia. A sustentabilidade dos sistemas de produção está ligada aos diferentes mecanismos de uso dos recursos, princi-palmente, solo e clima. O uso destes recursos pelas plantas com diferentes requerimentos nutricionais e luz, são uma das vantagens da introdução de árvores nos sistemas de produção de café. A consorciação de árvore com café é uma prática comum em países de regiões tropicais. Para os pequenos produtores de Rondônia, a inclusão de árvores nas lavouras cafeeiras, é uma tentativa de sustentabilidade com interações ecológicas e econômicas entre os componentes. Geralmente, têm seus sistemas de cultivos em áreas de terra de baixa fertilidade. Entre as várias modalidades de cultivos consorciados, a produtividade depende da densidade populacional, da distribuição das plantas na área e das complexas relações ecológicas, principalmente da inter-relação genótipo x ambiente. Desenvolver e melhorar tecnologias de manejo para proporcionar cultivos contí-nuos em Rondônia, são prioridades do projeto de café arborizado conduzido pela Embrapa Rondônia. Resulta-dos preliminares mostram que estratégias produtivas diferenciadas, como as práticas agroflorestais, têm acontecido, particularmente, sem a incorporação de tecnologias agrícolas modernas. Os componentes e os espaçamentos dos consórcios avaliados, assim como as interações entre estes, não influenciaram variáveis como DAP (diâmetro altura do peito) e sobrevivência. Foram observadas médias de 20 cm para Cordia alliadora (8 anos); 40cm para Tectona grandis (15 anos); 27cm Parkia mutijuga (15 anos) e sobrevivência de 90% das espécies em consórcio com o café.Item Conservação de germoplasma de espécies de Coffea utilizando a criopreservação em nitrogênio líquido(2003) Mundim, Idacuy P.; Ribeiro, Francisca Neide S.; Mundim, Rosângela C.; Santos, Izulmé R. I.; Salomão, Antonieta N.A conservação a longo prazo de germoplasma de espécies de Coffea ainda não é possivel, devido ao comportamento intermediário das sementes no armazenamento. Atualmente, o germoplasma dessas espécies é conservado em coleções a campo, entretanto, esta não é uma alternativa para a conservação a longo prazo e o material encontra-se sob risco de destruição devido a desastres climáticos ou biológicos. Assim, o desenvolvimento de técnicas alternativas de conservação a longo prazo dos recursos genéticos de Coffea spp. vem a ser uma importante prioridade. A biotecnologia criou novas possibilidades para a conservação de recursos genéticos de plantas usando a conservação in vitro sob condições de crescimento lento ou criopreservação. A criopreservação é a mais promissora para a conservação a longo prazo de células, tecidos e órgãos vegetais, a partir dos quais plantas inteiras podem ser regeneradas. Assim, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo estabeler protocolos de criopreservação do germoplasma de Coffea, como uma alternativa à conservação no campo. A criopreservação envolve a desidratação parcial do material e a imersão em nitrogênio líquido (N 2 L). Os eixos embrionários isolados são com frequëncia tolerantes ao dessecamento e armazenamento a baixas temperaturas que seriam letais para as sementes inteiras. Essa tolerância apresentada por eixos embrionários sugere que o seu teor de umidade pode ser ajustado experimentalmente para valores que permitam a sua criopreservação em nitrogênio líquido. Com base nessa hipótese, eixos embrionários de espécies de Coffea arabica cv Catuai Vermelho IAC99 foram isolados de sementes contendo diferentes teores de umidade e congelados em nitrogênio líquido. O protocolo desenvolvido para esta cultivar foi testado para a criopreservação de outras nove cultivares de C arabica, oito de Coffea canephora e de Coffea racemosa. De modo geral, a viabilidade dos eixos de Coffea isolados de sementes que não foram congelados em nitrogênio líquido foi de 90-100%, dependendo do seu teor de umidade inicial. A viabilidade de eixos isolados de sementes congeladas em nitrogênio líquido também foi determinada pelo seu teor de umidade inicial. Um total de 85-100% dos eixos permaneceram viáveis após a criopreservação em nitrogênio líquido. Os resultados obtidos indicam que a criopreservação de eixos embrionários de espécies do gênero Coffea é uma alternativa viável para a conservação de germoplasma desta importante cultura. O protocolo utilizado neste estudo é simples, não requer uso de crioprotetores químicos, congeladores programáveis e propicia alta porcentagem de sobrevivência.Item Avaliação e caracterização fenotípica de progênies de cafeeiros (Coffea canephora) na Amazônia Oriental(2003) Ribeiro, Sydney Itauran; Veloso, Carlos Alberto Costa; Souza, Francisco Ronaldo Sarmanho de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféCom área plantada de 25.000 ha e previsão de aumento para 60.000 ha até 2.004, a espécie Coffea canephora é mais plantada no Estado do Pará, com consumo anual em torno de 250 mil sacas de café beneficiado. A produção esta concentrada em 15 microrregiões que abrangem 50 municípios, onde o principal produtor é Medicilândia, com 60% da produção estadual, onde são obtidos rendimentos médios de 2,6 toneladas de café coco por hectare. Contudo, a indefinição de cultivares adaptadas às condições amazônicas, faz com que as lavouras cafeeiras fossem implantadas utilizando material genético proveniente de outros Estados, como é o caso do Espírito Santo (INCAPER), Rondônia (EMBRAPA) e IAC, ou pela utilização de sementes coletadas entre plantas dentro da própria lavoura. O objetivo do trabalho foi caracterizar fenotipicamente e avaliar o desempenho vegetativo de 36 progênies de cafeeiros da espécie Coffea canephora nas condições do trópico úmido paraense, a fim de selecionar aquelas superiores para caracteres de interesse agronômico e econômico e que se adaptem à região. O estudo foi desenvolvido no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Oriental situado no município de Belterra, região oeste paraense, em condições de solo tipo Latossolo Amarelo distrófico, textura argilosa, predominantes na região. O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos ao acaso com 36 tratamentos, representados pelas progênies de cafeeiros, em duas repetições As unidades experimentais foram constituídas de 10 plantas sendo as seis centrais consideradas úteis e competitivas, espaçadas em 3m x 2m. As progênies avaliadas foram formadas por sementes de polinização aberta, coletadas em matrizes previamente selecionadas nos estados do Espírito Santo e Rondônia. Assim sendo avaliaram-se 21 progenies de clones do café Conilon selecionados pelo INCAPER (clones 02, 03, 07, 19, 26, 31, 45, 46, 49, 99, 100, 106, 109, 110, 116, 129, 132, 139, 143, 153, 154), quatro variedades de Conilon (EMCAPER 8151, EMCAPA 8121, EMCAPA 8131, EMCAPA 8141), duas progênies da variedade Kouilou (Kouilou IAC 66-1, Kouilou IAC 70-14) e nove progênies da variedade Robusta (Robusta IAC 640 e Robusta IAC 1641. Robusta IAC Col. 05, Robusta IAC Col. 10, Robusta IAC 1647, Robusta T 3751, Robusta T 3755, Robusta IAC 2257, Robusta IAC 2286). As progênies foram avaliadas quando as plantas apresentavam 29 meses de idade, sendo coletados dados referentes a: altura da planta, diâmetro do caule principal a 5 cm do solo, diâmetro da copa, número de hastes, comprimento e largura da folha e área foliar. Os resultados obtidos para os caracteres relacionados com o vigor da planta demonstraram que, em altura, melhor comportamento foi evidenciado pelas progênies Conilon clone 100 e Conilon clone 129 (71,00cm; 68,33cm; +/- 7,29cm). Para diâmetro do caule principal a 50 cm do solo, as pro0gênies Conilon clone 154 e Conilon clone 02 (18,41mm; 18,06mm; +/- 1,12mm), superaram as demais. Em diâmetro de copa, o Conilon clone 154 e Conilon clone 99 (51,42cm; 50,33cm; +/- 3,76) mostraram-se com maiores valores para o caráter. Para número de hastes, melhores resultados foram obtidos para as progênies Robusta IAC col 10, Kouilou IAC 66-1 e EMCAPA 8131, com média de 8 hastes/planta, superando as demais. No que diz respeito as variáveis relacionadas com a arquitetura foliar da plantas, verificou-se que os tratamentos Robusta 3751 e Conilon clone 45 (16,82cm; 16,05cm; +/ 1,26), apresentaram suas folhas mais alongadas, o Robusta IAC 2286 seguido de EMCAPA 8131 (7,42cm; 7,05cm +/- 0,67) folhas mais largas e EMCAPA 8131 seguido de Robusta IAC 2286 (114,70cm2; 111,30cm 2 +/- 14,81), maior área foliar, o que certamente poderá contribuir no futuro, para que sejam obtidas elevadas produções de frutos nestas progênies. No que diz respeito à floração e a frutificação, foi observado que as progênies de Conilon oriundas dos materiais genéticos do Espírito Santo, apresentaram-se como materiais precoces para os caracteres, o mesmo não ocorrendo com aquelas oriundas de seleções efetuadas no Estado de Rondônia e no IAC (Estado de São Paulo) principalmente da variedade Robusta. Ao analisar-se esses resultados, percebe-se que, aos 29 meses após o plantio, já podem ser observadas diferenças morfológicas acentuadas entre as progênies, indicando que será possível efetuar seleção, para os caracteres de interesse agronômico e econômico, entre e dentro dessas progênies de C. canephora.Item Sustentabilidade da cultura do cafeeiro adotando-se medidas de controle integrado de doenças(2003) Souza, Antônio Fernando de; Zambolim, Laércio; Mantovani, Everardo Chartuni; Costa, Helcio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféNa região da Zona da Mata de Minas Gerais, os agricultores procurando obter maiores produtividades, muitas vezes fazem uso inadequado de diversos insumos agrícolas, principalmente os fitossanitários, o que tem contribuído para aumentar o risco de intoxicação e contaminação do ambiente. O presente trabalho propôs avaliar a eficiência de diferentes medidas de controle fitossanitário das doenças do cafeeiro, visando encontrar alternativas que permitam ao cafeicultor obter alta produtividade, longevidade, sustentabilidade e com menor agressão ao meio ambiente. Para tanto, foram instalados em dezembro de 1999 dois experimentos de campo, utilizando diferentes modos de condução da cultura, onde foram avaliados: a) efeito da irrigação localizada e não irrigação; b) efeito de três tipos de adubação (química, química mais esterco de bovinos e química mais esterco de suínos); c) efeito de oito tratamentos fitossanitários: (uso de produtos sistêmicos de parte aérea, Epoxiconazole com início do controle a 5% e a 10% de ferrugem (Hemilea vastatrix) e aplicação seguindo calendário; uso de produtos protetores, Oxicloreto de cobre e calda Viçosa; testemunha sem controle de doenças; uso anual de granulado de solo (Cyproconazole + Thiamethoxam) mais calda Viçosa em ano de alta carga e somente a calda Viçosa em ano de baixa carga, e uso anual de granulado de solo). Após dois anos de condução dos experimentos, ainda não foram observadas diferenças entre o efeito da irrigação e o efeito dos tipos de adubação. Esperam-se efeitos significativos destas variáveis a partir do terceiro ano. Com relação aos tratamentos fitossanitários, no ano de baixa carga (2000/2001), os tratamentos com fungicidas protetores à base de cobre, foram os mais eficientes no controle da ferrugem e da mancha de olho pardo (Cercospora coffeicola). No ano de alta carga (2001/2002), os tratamentos que utilizaram fungicidas sistêmicos foram os mais eficientes no controle da ferrugem e mantiveram a incidência da doença abaixo de 20%, enquanto que os tratamentos com produtos à base de cobre foram eficientes no controle da mancha de olho pardo.