SPCB (03. : 2003 : Porto Seguro, BA) - Resumos Expandidos

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    Efeito do regime hídrico na floração de Coffea arabica L. Cv Catuaí Rubi MG1192
    (2003) Rodrigues, Gustavo Costa; Guerra, Antônio Fernando; Nazareno, Rodrigo Barbosa; Sampaio, João Batista Ramos; Sanzonowicz, Cláudio; Toledo, Paulo Maurity dos Reis; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O manejo da água na cafeicultura irrigada é um componente fundamental no processo de maximização da produtividade e da qualidade do café. O controle do suprimento de água pode determinar a época e a uniformidade de floração. Para o Cerrado, ainda são escassas informações referentes ao controle da irrigação e seus efeitos na floração do cafeeiro. Esse trabalho foi realizado na Embrapa-Cerrados (Planaltina, DF) em uma cultura estabelecida em fevereiro de 2000. A lavoura foi conduzida sob irrigação por pivô central e em uma área adjacente sob regime de sequeiro. Os diferentes regimes hídricos foram estabelecidos em 11/06/2002 e consistiram em: irrigação durante todo o ano (RH1); suspensão das irrigações por 35 e 65 dias, RH2 e RH3 respectivamente; suspensão das irrigações por 105 dias (RH4), até que ocorressem as primeiras precipitações significativas e; sem irrigação (RH5). Em todos os regimes hídricos foi medido periodicamente o potencial de água da folha na antemanhã (Yw-am) e no período da tarde (Yw-pm). O desenvolvimento das gemas florais foi avaliado visualmente e por fotografia em gemas previamente marcadas. Observou-se que no tratamento irrigado durante todo o ano (RH1), o Yw-am pouco variou resultando em média - 0,14 MPa. Pouca variação foi observada no Yw-pm que, apesar de ter atingido - 1,1 MPa, manteve por grande parte do período amostrado valores próximos a - 0,7 MPa. Comportamento semelhante foi observado nas plantas sob o RH2 (Yw-ame Yw-pm médios de - 0,17 e -0,83 MPa respectivamente), onde aparentemente a suspensão das irrigações por 35 dias não reduziu os potenciais de água na folha quando comparados com RH1. Nos tratamentos RH3 e RH4 observou-se um decréscimo progressivo nos potenciais de água, que atingiram no final do período de suspensão das irrigações - 2,0 e - 3,3 MPa no RH3 e - 3,1 e - 3,8 MPa no RH4 para o Yw-am e Yw-pm, respectivamente. Após o reinício das irrigações nos RH3 e RH4 o potencial de água na folha atingiu, em poucos dias, valores semelhantes ao do tratamento RH1. No tratamento sob sequeiro (RH5), já nas primeiras observações, tanto o Yw-am quanto o Yw-pm se encontravam em níveis bem reduzidos -1,4 e -2,5 MPa, respectivamente. Nesse tratamento, valores próximos a - 4,0 MPa foram atingidos com o progresso da estação seca, apresentando pouca diferença entre os potenciais medidos na antemanhã e tarde. Esses resultados indicam que nas plantas irrigadas durante todo o ano e com 35 dias de suspensão das irrigações nenhuma deficiência hídrica se desenvolveu, ao passo que nos tratamentos RH3, RH4 e RH5 houve um desenvolvimento progressivo de estresse hídrico. Nos RH1 e RH2 foram observados dois períodos principais de floração, primeira semana de setembro e final setembro-início de outubro. Notou-se que a abertura das flores, na segunda época, ocorreu tanto em nós que não haviam florido, quantos em gemas de nós onde floração já havia sido observada. Observou-se ainda, em gemas mais distais no ramo, abertura de flores ao longo do mês de outubro. No tratamento com suspensão da irrigação por 65 dias (11/06 à 17/08/2002), a floração ocorreu em um período principal (24/08/ 2002), ou seja, aproximadamente 7 dias após o reinício das irrigações. Em alguns nós mais distais ainda foi observada alguma abertura de flores em 01/10/2002, porém numa magnitude bem inferior à observada no RH1. Após a ocorrência de precipitações significativas, reiniciou-se as irrigações no RH4. Tanto esse tratamento quanto o de sequeiro apresentaram somente um período principal de floração que ocorreu em 01/10/2002. Com base nesses resultados pode-se concluir que o cafeeiro pode iniciar o processo de floração independentemente da ocorrência de deficiência hídrica no solo e com altos potenciais hídricos nas folhas (Yw-am = - 0,14 MPa e Yw-pm = - 0,7 MPa). Nos tratamentos RH1 e RH2, que não ficaram sujeitos a estresse hídrico, a floração ocorreu de forma não uniforme, tanto ao longo do ramo quanto em uma mesma axila foliar. Nos tratamentos com indução de estresse hídrico na planta seja pela suspensão das irrigações ou pela falta de chuvas, a floração ocorreu de forma uniforme ao longo do ramo no sétimo dia do retorno do suprimento de água.
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    Influência da lâmina de irrigação no desenvolvimento e produção do cafeeiro
    (2003) Teodoro, Reges Eduardo Franco; Melo, Benjamim de; Ferreira, José Geraldo; Severino, Guilhermina Maria; Fernandes, Diomar Lopes; Marcuzzo, Karina Velini; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    No Brasil, a cafeicultura desenvolveu-se nas regiões onde não ocorre deficiência hídrica nos períodos de maiores exigências da cultura. Porém, atualmente existe tecnologia apropriada para torná-la possível em regiões marginais, no que diz respeito ao fator hídrico. A prática da irrigação tem sido usada por cafeicultores de vários municípios da região do cerrado do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e noroeste de Minas, por meio dos diferentes sistemas de irrigação. Regiões estas até então consideradas marginais, com período extenso de deficiência hídrica. Contudo, ainda faltam informações quanto à lâmina de irrigação adequada para obter maiores produtividades. O trabalho teve como objetivo determinar a melhor lâmina de irrigação para o desenvolvimento e produção do cafeeiro, na região do Triângulo Mineiro. O experimento foi instalado na Fazenda Experimental da Glória, da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG, numa área de 0,4 hectares. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados. Os tratamentos foram constituídos por oito lâminas de irrigação, calculadas com base na Evaporação do Tanque Classe "A" (ECA) 0%, 30%, 60%, 90%, 120%, 150%, 180% e 210% da ECA, estas aplicadas nas segundas, quartas e sexta feiras. O experimento é irrigado por gotejadores autocompensante, de 3,5 L/h, as aplicações dos tratamentos iniciaram-se em 18/11/2001. A parcela foi constituída por uma linha com oito plantas, sendo consideradas como área útil as quatro plantas centrais. Utilizou-se mudas da cultivar Rubi, que foi plantada em 13/02/2001, no espaçamento de 3,5 x 0,7 m. Diariamente são coletados dados de evaporação do tanque "Classe A", de precipitação e de temperaturas máxima e mínima. Foram realizadas quatro adubações de cobertura e aplicação de micronutrientes via foliar, no período de outubro a março. O controle de plantas daninhas foi feito com a aplicação de herbicidas ao longo da linha de plantio, aliada a roçagens periódicas nas entrelinhas. O controle fitossanitário foi realizado conforme a necessidade. Para a avaliação do desenvolvimento vegetativo, aos dezoito meses após o plantio, foram realizadas coletas das seguintes características: altura de planta, diâmetros de copa e de caule, número de internódios de ramo ortotrópico e comprimento dos ramos plagiotrópicos. Os resultados obtidos aos dezoito meses mostraram efeito linear positivo, para as características de diâmetros de copa e de caule, número de internódios de ramo ortotrópico e comprimento dos ramos plagiotrópicos, em função das lâminas aplicadas para a cultivar Rubi, nas condições de Uberlândia-MG, para todas as características consideradas. A lâmina de irrigação 0% da ECA foi o tratamento que apresentou as menores médias. Faz-se necessário o acompanhamento dos parâmetros por um período maior, como programado, para determinar a melhor lâmina no desenvolvimento vegetativo e também na produção.
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    Estimativa da resposta do cafeeiro à irrigação e a ocorrência de deficiência hídrica em Campinas, SP
    (2003) Arruda, Flávio Bussmeyer; Grande, Marcos Alexandre; Sakai, Emílio; Pires, Regina Célia de Matos; Calheiros, Rinaldo de Oliveira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A adoção da irrigação na cafeicultura está bem relacionada a áreas onde a ocorrência de seca é mais evidente e a possibilidade de resposta seja garantida, como na região do Triângulo Mineiro e oeste da Bahia. Em locais de clima mais ameno, como Campinas-SP, ainda paira dúvidas por parte dos técnicos e dos agricultores se há resposta à irrigação, apesar de se reconhecer que, de tempos em tempos, a seca afeta significativamente a produção do cafeeiro também nesse local. No presente trabalho estudam-se os resultados de déficit hídrico observados em Campinas, SP, e as produções que a elas se relacionam, com base em um ensaio de longa duração. O estudo de campo foi conduzido no período de 1957 a 1975, em Campinas, SP, no IAC, com plantas de café Mundo Novo, sem poda, com tratamentos não irrigado e irrigados por aspersão quando consumido 70% da água disponível na camada do solo de 0-100cm, monitorada por amostragem gravimétrica. Para a avaliação da disponibilidade de água e deficiência hídrica, foram realizados os balanços hídricos decendiais e acumulados ao longo do ano. A evapotranspiração de referência (ETo) foi calculada a partir dos dados de evaporação de superfície livre. O coeficiente de cultura foi particionado em Kc=Kcb*Ks+Ke. Os valores de coeficiente de cultura basal, Kcb, em função da idade da planta para condições de pleno suprimento de água, isto é, até o consumo de 50% da água disponível na camada de 0-100 cm (44,1 mm) foram: 0,2, 0,4, 0,6, 0,8 e 1,0 para os anos 2, 3, 4, 5 e 6 º ano em diante, respectivamente. O efeito do molhamento da superfície do solo (Ke) foi considerado sempre que as chuvas eram maior que 10 mm. Para tanto, adotou-se Kc=1, exatamente no dia da ocorrência e no dia posterior da chuva ou da irrigação. Para a penalização da transpiração pelo efeito da seca (Ks), baseado em ARRUDA et al. (2000), a partir de 50% do consumo da água disponível no solo, o Kc era reduzido linearmente desde o valor de Kcb adotado em função da idade até o valor nulo correspondente ao consumo de toda a água disponível no solo. A deficiência hídrica em Campinas ao longo de 40 anos mostrou uma grande variabilidade, desde alguns anos com valores bem baixos até um caso de seca extrema em 1963 tendo ultrapassado a mais de 400 mm. Utilizando o critério de SANTINATO et al. (1998), verifica-se que a porcentagem de ocorrência de valores menores do que 100 mm de deficiência, considerado apto sem irrigação, ocorre apenas em 26,8% dos anos (um ano bom em cada quatro anos). A condição de 100 a 150 mm, apta com irrigação ocasional, é de 29,3%. Se considerado o intervalo de 150 a 200mm, apto com irrigação suplementar, caberia a 24,4% dos anos. Aqueles autores consideram que a irrigação no cafeeiro deve ser obrigatória quando a deficiência for maior do que 200 mm, que no caso corresponde a 19,5% dos anos. Considerando a ocorrência de deficiência hídrica no ano maior do que 150 mm, englobando anos em que seriam exigidos irrigação suplementar (150 a 200 mm) e anos com irrigação obrigatória (deficiência anual maior de 200 mm), a irrigação seria usada em 43,9%. Caso ocorram veranicos na fase de formação e enchimento dos grãos, mesmo que em anos de pouca deficiência hídrica anual, seria aconselhável a realização da complementação das chuvas pela prática da irrigação. Dessa forma, há um evidente uso da técnica da irrigação, nas condições de Campinas, pelo menos um ano a cada dois anos (50%), estando, porém, em desacordo aos resultados mostrados no recente Zoneamento do Cafeeiro na região. Utilizando-se a metodologia da FAO para a quantificação do efeito da deficiência hídrica na produção do cafeeiro, com valores de Ky ajustados por ARRUDA et al. (2002), foram simulados os resultados de produção anual com irrigações realizadas quando consumido 50% da água disponível e comparados aos valores reais obtidos. Os valores médios de produção de café beneficiado indicam que ao longo de 16 anos de ensaio, a irrigação eventual no nível de consumo de 70% da água disponível no solo (0-100cm) propiciou um aumento médio de cerca de 20% em relação ao não irrigado. Um adicional de produção poderia ter sido obtido caso as irrigações tivessem sido completas e realizadas quando consumido 50% de água disponível no solo. Nessas condições, o aumento médio em relação ao não irrigado seria da ordem de 44%. Ainda cabe ressaltar que em anos com acentuada deficiência hídrica e com a conseqüente redução na produção em várias regiões do país, pode ocorrer melhoria significativa no preço do produto.
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    Eefeito da irrigação na produtividade do cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (2003) Gomes, Maurício Carvalho Ribeiro; Bernardo, Salassier; Sousa, Elias Fernandes de; Campostrini, Eliemar; Oliveira, Jurandi Gonçalves de; Vieira, Henrique Duarte; Pinto, José Ferreira; Andrade, Wander Eustáquio de Bastos; Silva, Marcelo Gabetto e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estudo das relações hídricas no cafeeiro é de particular interesse, uma vez que pequenas reduções na disponibilidade de água podem diminuir substancialmente o crescimento, ainda que não se observem murcha nas folhas ou quaisquer outros sinais visíveis do déficit hídrico. A redução no crescimento significa menor produção de nós disponíveis para formação de flores, acarretando, por conseqüência, queda na produção de frutos. Desse modo, a compreensão das relações hídricas no cafeeiro e de suas implicações ecofisiológicas pode oferecer subsídios ao técnico e ao cafeicultor, para avaliarem melhor a importância da água para o crescimento vegetativo e reprodutivo dessa cultura, permitindo-lhes, ainda, tomar decisões mais conscientes sobre o manejo global da lavoura e desse caro e escasso componente de produção. Assim, este experimento teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes lâminas de irrigação na produtividade e maturação do cafeeiro. Em dois cafezais de plantio adensados (Catuaí 7.150 e Catucaí 5.000 plantas por hectare), representativas do cultivo de café na região, foram testadas sete (07) lâminas de irrigação L0, L1, L2, L3, L4, L5 e L6 representando 0,0; 0,3; 0,5; 0,7; 0,9; 1,0 e 1,1 da "Eto" para o "Catuaí" e seis (06) lâminas de irrigação L0, L1, L2, L3, L4 e L5 representando 0,0; 0,5; 0,7; 0,9; 1,0 e 1,1 da "Eto" para o "Catucaí". Além do incremento em produtividade, pode-se verificar uma tendência de aumentar a produtividade com o incremento da lâmina de irrigação até um determinado valor, a partir do qual há decréscimo de produtividade no cafeeiro. Ajustando-se a relação entre as lâminas aplicadas e as produtividades obtidas a um modelo de segunda ordem, obteve-se um coeficiente de determinação (R 2 ) de 0,95, para a cultivar Catuaí e de 0,90 para a cultivar Catucaí. O ajustamento satisfatório corrobora a hipótese de que a irrigação influenciou produtividade do cafeeiro, nas condições do experimento.As lâminas L1, L2, L3, L4, L5 e L6 proporcionaram produções, respectivamente, 27% (62,4 sc ha-1), 45,4% (71,4 sc ha-1), 53,9% (75,6 sc ha-1), 50,9% (74,1 sc ha-1), 44% (70,7 sc ha-1) e 56,6% (76,8 sc ha-1) superiores à testemunha L0 (49,1 sc ha-1) para o cultivar "Catuaí". As lâminas L1, L2, L3, L4 e L5 proporcionaram produtividades, respectivamente, 76,3% (65,4 sc ha -1 ), 76,8% (65,6 sc ha-1), 76,3% (65,4 sc ha-1), 96,2% (72,8 sc ha-1) e 79,2% (66,5 sc ha-1) superiores à testemunha L0 (37,1 sc.ha-1) para o cultivar "Catucaí". Tais incrementos foram superiores a apresentados em outras regiões do Brasil.
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    Estudo da qualidade de água em sistemas de irrigação localizada no município de Monte Carmelo - MG
    (2003) Nogueira, Márcio Augusto de Sousa; Fernandes, André Luís Teixeira; Drumond, Luís César Dias; Assis, Leonardo Campos de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Os diversos usos do solo alteram o regime de escoamento e a qualidade das águas, desencadeando um conjunto de fenômenos com sérios agravos às condições ambientais. O monitoramento de parâmetros de qualidade da água em bacias hidrográficas constitui-se em ferramenta básica para avaliação do sistema hídrico. Convém lembrar que cada bacia hidrográfica possui características próprias, o que torna difícil de fixar um único parâmetro como indicador de padrão. Neste contexto, é de suma importância o desenvolvimento de trabalhos de campo para elaboração de banco de dados com indicadores de qualidade de água. A região de estudo deste projeto enquadra-se em áreas de alto risco de perdas de safra. Portanto, a irrigação torna-se uma prática necessária para garantia do desenvolvimento do cafeeiro. A caracterização fisico-química da água utilizada em sistemas de irrigação no município de Monte Carmelo/MG permitirá uma análise e avaliação da influência da água na eficiência dos sistemas de irrigação localizada. A irrigação localizada por gotejamento pode ser uma alternativa vantajosa em relação aos outros métodos, por ser um sistema em que a água é aplicada diretamente na área de influência do sistema radicular da cultura. A qualidade da água pode comprometer a eficiência deste sistema, provocando entupimentos dos orifícios dos gotejadores. Para a região de estudo deste projeto, os resultados parciais ainda não permitem determinar com precisão os problemas de obstruções dos sistemas de irrigação localizada. É possível estabelecer uma primeira aproximação utilizando os intervalos de valores limites de acordo com as referências acima citadas. Os valores de pH, respectivamente dos Ribeirões São Félix e Marreco, enquadram-se nos valores normais em águas de irrigação (6.0 - 8.5). Em relação ao sistema de irrigação localizada, os valores de pH quanto ao grau de restrição de uso, para amostras coletadas no início e final da linha de gotejadores, possuem valores próximos de 7.0, o que caracteriza provável surgimento de obstrução no sistema. Para os teores de Ferro dessas mesmas amostras, o grau de restrição quanto ao uso da água é de ligeira a moderada (0.1 a 1.5 mg. L-1). Espera-se que com a continuidade dos trabalhos de campo, torne-se possível a realização de um diagnóstico dos problemas mais comuns na região de estudo, finalizando com a elaboração de um boletim técnico sobre a influência da qualidade da água em sistemas de irrigação.
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    Efeito da irrigação na maturação do cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (2003) Gomes, Maurício Carvalho Ribeiro; Bernardo, Salassier; Sousa, Elias Fernandes de; Campostrini, Eliemar; Oliveira, Jurandi Gonçalves de; Vieira, Henrique Duarte; Pinto, José Ferreira; Andrade, Wander Eustáquio de Bastos; Silva, Marcelo Gabetto e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Na região de Varre-Sai tem-se observado a ocorrência de déficit hídrico em 8 meses. O déficit quando ocorre nos meses de junho a setembro (fase de colheita e repouso), não apresenta grandes prejuízos, pois a necessidade de água é pequena e o solo pode ficar mais seco. Mas o déficit no período de vegetação e frutificação (outubro a maio) predispõe o cafeeiro a anormalidades florais e baixo crescimento dos frutos, demonstrando a necessidade de irrigação suplementar para a região. Aspectos fisiológicos dessa cultura são sensivelmente influenciados pela irrigação. Em alguns casos, tem-se notado atrasos na maturação dos frutos do cafeeiro. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes lâminas de irrigação na produtividade e maturação em dois cafezais de plantio adensados (Catuaí 7.150 e Catucaí 5.000 plantas por hectare), representativos do cultivo de café na região. Foram testadas sete (07) lâminas de irrigação L0, L1, L2, L3, L4, L5 e L6 representando 0,0; 0,3; 0,5; 0,7; 0,9; 1,0 e 1,1 da "Eto" para o "Catuaí" e seis (06) lâminas de irrigação L0, L1, L2, L3, L4 e L5 representando 0,0; 0,5; 0,7; 0,9; 1,0 e 1,1 da "Eto" para o "Catucaí". Feita a colheita, na época de costume na região, foram pesadas as produções de cada parcela e retirado 1 litro (± 500 g café cereja) para se fazer a maturação e 3 litros (± 1.500 g café cereja) que após a secagem no terreiro, procedeu-se o beneficiamento e as avaliações do rendimento e de peneira e por fim a análise de bebida. A porcentagem de frutos verdes no Catuaí é superior ao Catucaí em relação a lâmina aplicada. Em ambos os cultivares, os frutos verdes são crescentes até a lâmina L3. Após a lâmina L3, o Catucaí apresenta um decréscimo dos frutos verdes e o Catuaí apresenta uma pequena variação dos frutos verdes na ordem de 4 %. Esse comportamento mostra que a porcentagem de frutos verdes foi crescente até uma lâmina total de 998 mm no Catuaí e 969mm no Catucaí. Mediante a avaliação de maturação das parcelas no momento da colheita, observou-se um retardamento da maturação dos grãos nos tratamentos que receberam maiores quantidades de água.
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    Desenvolvimento aéreo da muda do Coffea arabica L. submetido à irrigação com água salina
    (2003) Karasawa, Shiguekazu; Eguchi, Edson Sadayuki; Igarashi, Giuliano da Silva; Miranda, Jarbas Honório de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o avanço da cafeicultura para as regiões em que a água apresenta algum grau de salinidade, pouco ou nada se sabe sobre a influência desta água no desenvolvimento de cafeeiro. Visando estudar os efeitos da salinidade da água de irrigação no comportamento de mudas de cafeeiro, conduziu-se um experimento em ambiente protegido, em um ensaio inteiramente casualizado, com 5 tratamentos e 5 blocos, onde se aplicou água de irrigação com concentrações de 0,0; 0,6; 0,9; 1,2 e 1,5 dS m -1 . A variedade utilizada foi cv. Acaiá Cerrado MG 1474. Foram avaliadas altura e área foliar das mudas aos 73, 103 e 163 dias de irrigação, onde para a variável altura notou que estatisticamente não houve diferença significativa entre os tratamentos em nenhuma das datas, apresentando diferença apenas no tempo 14,29; 15,83 e 19,83 cm respectivamente. Já para a variável área foliar apresentaram as seguintes dimensões: 165,80; 234,98 e 303,00 cm 2 respectivamente. O comportamento entre tratamentos também se mostrou diferente da estatura a partir da segunda avaliação onde, os tratamentos com água mais salina obtiveram um desenvolvimento reduzido. Sendo assim, pode se concluir que a salinidade afeta o desenvolvimento foliar desta variedade.
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    Efeito da declividade do terreno e das características dos reguladores de pressão na uniformidade de distribuição de água em pivô central equipado com emissores do tipo LEPA
    (2003) Teixeira, Marconi Batista; Souza, Guilherme Ferreira e; Mantovani, Everardo Chartuni; Reis, Cleiber Geraldo dos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A necessidade de otimizar a eficiência do sistema pivô central, principalmente para lavouras cafeeiras, conduziu ao desenvolvimento de novas tecnologias, entre elas a adaptação de emissores tipo LEPA (Low energy precision application ou aplicação precisa de água com baixo consumo de energia), considerada como irrigação semi-localizada, sobre sistema de plantio circular. A utilização desses emissores aumenta moderadamente o custo do sistema de irrigação, mas torna-se imprescindível para alcançar bons resultados nas soluções de problemas como: gastos de energia e água, má distribuição e uniformidade de água, principalmente na prática da fertirrigação. A melhoria da uniformidade de um sistema de irrigação é uma das decisões mais importantes para o manejo adequado da água aplicada. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da posição da linha lateral, relativamente à declividade do terreno, sobre possíveis alterações na uniformidade de aplicação de água. O trabalho foi realizado com um pivô central da marca VALLEY, com 80,56m de raio, torre única (55,11m), com lance final em balanço de 25,45m e equipado com emissores do tipo LEPA da marca Senninger acoplados a válvulas reguladoras de pressão marca Valley, instalado em uma área de Observação localizada no trecho da rodovia MG 280 km 15, pertencente ao município de Paula Cândido, Minas Gerais. A área ocupada por este sistema é de 2,04 ha, com café (variedade Topázio) em plantio circular, para permitir a utilização do emissor tipo LEPA, que joga água localizadamente sobre a linha das plantas. O percentímetro foi regulado a 100% da velocidade, aplicando-se uma lamina media de 0,90 mm/volta. No ponto do pivô foi medida a pressão através de um manômetro de Bourdon, mantida constante a 300 kPa durante todo o ensaio, com exceção da avaliação em aclive em que a pressão foi de 310 kPa em média. A avaliação dos reguladores de pressão foi feita a cada 500 horas de funcionamento dos mesmos. Para a avaliação dos reguladores de pressão, foram instalados um manômetro antes e outro depois do regulador de pressão em cada emissor LEPA, medindo-se, assim, a variação de pressão em nível (0%), em declive (-8%) e aclive (9%). As medições foram realizadas, para averiguar a variação da vazão em função da declividade. As variações de pressões criadas pelas diferenças de elevação do terreno podem ser controladas pela pressão de projeto ou por reguladores de pressão. No bocal do LEPA, a pressão não deve variar mais que 20% da pressão de projeto. Geralmente os sistemas podem ser projetados sem reguladores, quando a mudança máxima de elevação é de 1,52m ou menos da base até à extremidade do pivô sem custos de bombeamento e pressão operacional significativamente crescentes. Onde as mudanças de elevação são maiores que 1,6m, o custo aumentado dos reguladores às vezes pode ser recuperado devido às menores pressões de projeto e os menores custos de bombeamento resultantes. As medições feitas antes do regulador de pressão, evidenciam um ganho de pressão ao longo da linha lateral do equipamento para a posição de declive, ocorrendo um decréscimo a partir do LEPA número 23 até o último LEPA, devido à mudança da válvula reguladora de pressão de 6 PSI para 10 PSI. Em nível ocorreu uma razoável manutenção da pressão ao longo da linha lateral do equipamento; e um decréscimo contínuo da mesma quando em aclive. Após o regulador a pressão manteve-se uniforme em todos os LEPAS independente da declividade. Foram calculados os coeficientes CUC (94,1%, 94,0% e 94,1%), CUD (88,9%, 89,3% e 89,0%) e a Eficiência, em potencial, de aplicação - Epa- (97,2%, 97,0% e 97,5%) para as posições da linha lateral do pivô em declive, em nível e aclive do terreno. O coeficiente de uniformidade de distribuição (CUD) foi menor que o coeficiente de uniformidade de Christiansen (CUC). Este comportamento já era esperado, pelo fato de que o primeiro considera a média das 25% menores lâminas coletadas e o de Christiansen pondera a média da lâmina coletada em todos os coletores. Nas condições do ensaio pode-se concluir que: o uso de reguladores de pressão em pivô central, se torna imprescindível para alcançar bons resultados quanto a uniformidade de vazão, em áreas que apresentam desníveis ao longo de seu perímetro. A avaliação da uniformidade de aplicação de água utilizando os coeficientes de CUC e CUD, juntamente com os valores de Epa encontrados, mostram que o equipamento encontra-se em condições excelentes de manutenção.
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    Efeito da irrigação e do posicionamento das linhas de gotejadores (superficial e subsuperficial) na produtividade de cafeeiros na região do cerrado
    (2003) Vicente, Marcelo Rossi; Soares, Adilson Rodrigues; Mantovani, Everardo Chartuni; Freitas, Alessandro dos Reis; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Atualmente, se produz café de excelente qualidade em regiões anteriormente consideradas impróprias pelo elevado déficit hídrico, destacando-se o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba em Minas Gerais, o Norte do Espirito Santo e a Região Oeste de Bahia (Mantovani, 2000). A utilização de tubogotejadores subsuperficiais (enterrados) tem sido adotados por cafeicultores, principalmente por facilitar o manejo da cultura, mas pouco sabe-se a respeito do problema de entupimento dos emissores provocados, principalmente, pela sucção de partículas sólidas e intrusão do sistema radicular. Fernandes et al. (2002) observou perdas na produção da ordem de 17 a 48% utilizando o sistema de irrigação por gotejamento em profundidades que variam de 10 a 30 cm, independentemente da distância em relação a linha de café (20, 30, 40 ou 50 cm). Existem dúvidas sobre a utilização da irrigação por gotejamento com linhas de gotejadores enterrados, como também resultados sobre condições irrigadas ou não. Assim este trabalho teve por objetivo estudar a produtividade de cafeeiros em condições de irrigação por gotejamento superficial e subsuperficial, e em condições de sequeiro. Para tanto, em junho de 2002, avaliou-se a produção (primeira colheita) em uma área de observação em cafeicultura irrigada, localizada em Patrocínio, Minas Gerais. O experimento foi implantado, em 12 de janeiro de 2000, na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Patrocínio - MG, com a variedade Catuaí 144, no espaçamento 3,60 x 0,75 m. Foi implementado em um delineamento em blocos casualizados, composto por quatro blocos e três tratamentos, sendo estes: Irrigado, Irrigado com os gotejadores enterrados e Não irrigado. As parcelas são constituídas de três linhas de plantio com 9 metros de comprimento, totalizando 36 plantas por parcela, sendo 6 plantas úteis. Os resultados mostraram um melhor desempenho dos tratamentos irrigado superficialmente e irrigado enterrado sobre o tratamento não irrigado. Não houve diferença significativa entre os tratamentos irrigados, porém observa-se diferença significativa com melhor desempenho para os tratamentos irrigado e irrigado enterrado em relação ao tratamento não irrigado. Nas condições que o experimento foi implantado, para uma primeira colheita, conclui-se que: a irrigação por gotejamento superficial e subsuperficial (enterrado) tiveram produtividades iguais; os tratamentos irrigados foram mais produtivos que o tratamento não irrigado. Vale ressaltar que a irrigação por gotejamento enterrado é uma tecnologia nova pouco utilizada na cafeicultura irrigada, estudos preliminares mostram problemas, quanto a entupimentos dos emissores devido a possível sucção de partículas sólidas através dos emissores, necessitando ainda maiores estudos quanto à recomendação deste sistema.
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    Distribuição de sais na zona radicular do cafeeiro (Coffea arabica L.) irrigado utilizando água salino-sódica na região de Brejões - Bahia
    (2003) Silveira, J. F.; Pereira, F. A. C.; Oliveira, Áureo Silva; Paz, Vital Pedro da Silva; Amaral, Ramiro Neto Souza do; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O problema da salinidade e sodicidade em solos irrigados é complexo e está associado a vários fatores e condições. Os sais contidos na água de irrigação tendem a concentrar-se na solução do solo como resultado da evapotranspiração. Além disso, o movimento ascendente de água salina de um lençol freático pouco profundo aumenta o acúmulo de sais na zona radicular. Objetivando-se avaliar a influência da água salino-sódica na distribuição dos sais na zona radicular da cultura do café (Coffea arabica L.) irrigado, conduziu-se uma pesquisa no período janeiro de 2001 a dezembro de 2002 envolvendo uma área experimental de 2.268 m 2 na Fazenda Lagoa do Morro (13º 07’ 59"S e 39º 55' 12" W) localizada no município de Brejões - BA, composta de seis tratamentos que consistiram em lâminas de irrigação com turno de rega diário, com seis repetições no delineamento em blocos casualizados. Avaliaram-se as variáveis físico-químicas pH, CE, PST e RAS que foram analisadas no extrato de saturação às profundidades: 0,0-0,2 m; 0,2-0,4 m; 0,4-0,6 m e 0,6-0,8 m, correspondente a cada tratamento com as respectivas lâminas de irrigação com turno de rega diário. Percebeu-se que os níveis de salinidade proporcionados pela irrigação não foram intensos, quanto aos níveis de sódio, verificou-se um aumento de concentração na parte inferior da zona radicular, também ficou evidenciado que o solo apresentou uma reação contrária às mudanças no pH.