USP - Teses
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Item Uma análise da alocação de contratos futuros sobre commodities em portfólios diversificados(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2008-08) Silveira, Rodrigo Lanna Franco da; Barros, Geraldo Sant’ana de CamargoO trabalho analisou o impacto da introdução dos contratos futuros agropecuários (de café arábica, soja, milho, açúcar cristal, etanol e boi gordo), negociados na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA, no risco e no retorno de uma carteira diversificada, composta por ações, títulos, ouro e dólar, entre agosto de 1994 e dezembro de 2007, sendo realizados estudos para o intervalo de tempo completo e para subdivisões de dois e três períodos, além de uma análise bianual. Foram consideradas diferentes estratégias com tais derivativos: posições estáticas (comprada ou vendida em contratos de primeiro vencimento ou de vencimentos superiores a seis meses), dinâmicas (com a utilização de médias móveis para se definir pela compra ou venda dos papéis em questão) e a partir de fundos de investimentos nacionais, que utilizam estes títulos em seus portfólios. Buscou-se ainda mensurar como a utilidade dos investidores foi alterada, considerando as composições ótimas da carteira e diferentes graus de aversão ao risco de tais agentes. Com o uso da Teoria do Portfólio, verificou-se que: a) as estratégias estáticas de compra e de venda de futuros sobre commodities elevaram a performance da carteira diversificada quando realizada análise bianual e para os períodos 1994-1998 e 1999-2003 – em alguns casos, observou-se redução no risco da carteira de até 70%, para certos níveis de retorno; b) a utilização destes derivativos em estratégias dinâmicas, baseadas em médias móveis, teve, em geral, impacto positivo na performance frente aos resultados da carteira original e daquela em que se introduziram posições estáticas; c) a introdução dos fundos de investimento Sparta e Guepardo, caracterizados pela utilização de derivativos agropecuários e pela adoção de uma gestão dinâmica, também elevou significativamente o desempenho do portfólio diversificado – além de aumentar consideravelmente o retorno médio da carteira, constataram-se reduções de risco para certas faixas de rentabilidade de até 40%; d) os derivativos sobre commodities estiveram presentes em praticamente todas as carteiras que maximizaram a utilidade dos agentes (exceto para o período completo e entre 1994-2000) – em geral, à medida que a aversão ao risco do investidor se elevava, a participação destes papéis no portfólio decrescia. Concluiu-se, portanto, que os derivativos sobre commodities, negociados na BM&FBOVESPA, constituíram-se em instrumentos capazes de elevar a performance de uma carteira diversificada para vários dos subperíodos considerados no estudo. Em geral, os maiores benefícios da introdução destes ativos no portfólio ocorreram em períodos relativamente mais curtos (biênios), dado o caráter cíclico dos preços dos produtos agropecuários. Além disso, os resultados apontam que o uso de análises técnicas e fundamentalistas pode elevar ainda mais o desempenho das carteiras que incluem posições compradas ou vendidas estáticas em futuros sobre commodities, já que a inserção de estratégias, que utilizaram simples instrumentos de análise técnica para definição do tipo de posições a assumir, e de fundos de commodities foi capaz de elevar significativamente a performance do investimento.Item Integração e assimetrias na transmissão de preços de café arábica no Brasil(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2015) Baptista, Diana de Medeiros; Barros, Geraldo Sant’ana de CamargoO café foi de extrema importância para o desenvolvimento e a dinamização da economia brasileira desde meados do século XIX, quando já ocupava a posição de principal produto da pauta exportadora brasileira, aí se mantendo por quase um século. Nos dias atuais, apesar de ter passado por diversos momentos de instabilidade, o Brasil ainda é maior produtor e exportador mundial de café. Atualmente, com a desregulação pelo Estado , há uma mais organização estratégica e maior cooperação entre os agentes. Como o café é um produto típico de exportação, seu preço nas diferentes regiões do país está ligado aos preços internacionais. Teoricamente, os mercados estando interligados, devem ser observadas tendências temporais muito próximas entre as séries no longo prazo. Posto isso, o objetivo do presente trabalho é avaliar a integração e a transmissão de preços do café arábica negociado na bolsa ICE Futures US, em Nova York, para as regiões produtoras de café arábica dentro dos estados de São Paulo (Mogiana e Paulista), Paraná (Noroeste) e Minas Gerais (Cerrado e Sul). Para analisar a relação de assimetria entre os preços de café das bolsas e do mercado físico utiliza-se o modelo descrito por Cânedo-Pinheiro (2012) para o mercado de óleo diesel no Brasil e por Cunha e Wander (2014) para o mercado de feijão no Estado de São Paulo. Como resultados, observou-se a presença de integração entre as séries de preços nas regiões estudadas com os preços da bolsa ICE Futures US, tanto no curto como no longo prazo. Todas as séries apresentaram elasticidade de transmissão de preços maior do que a unidade. A assimetria de transmissão de preços foi verificada em todas as regiões estudadas, ou seja, reduções de preço no mercado internacional são repassadas com maior intensidade para o produtor do que aumentos, exceto no caso do Sul de Minas Gerais, onde os ajustes foram simétricos. Apesar da existência de assimetria no curto prazo, o estudo verificou que no longo prazo, para todas as regiões, a assimetria tende a se inverter e mesmo desaparecer, dependendo do período. No curto prazo, os ajustes de queda são repassados mais rapidamente que os aumentos, enquanto que no longo prazo a velocidade de ajustamento para os aumentos de preços é maior do que para reduções, com exceção da região Mogiana.