USP - Teses

URI permanente para esta coleçãohttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/3336

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 9 de 9
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Metabolismo do nitrogênio e senescência em razão da aplicação de níquel no cafeeiro arábica
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”- Universidade de São Paulo, 2015) Tezotto, Tiago; Favarin, José Laércio
    O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidade pelo cafeeiro e o segundo mais exportado pela planta. Usualmente se aplica ureia no cafeeiro e o N desta fonte é rapidamente metabolizado e incorporado na forma de aminoácidos e amidas. A assimilação do nitrogênio é afetada por diversos micronutrientes, entre eles o níquel (Ni), por ser este um constituinte da enzima urease, responsável pela degradação da ureia. O entendimento da interação do Ni com o metabolismo do N e o processo de senescência no cafeeiro é importante para o uso eficiente do nitrogênio pelas plantas. Pouco se sabe a respeito da nutrição com Ni no metabolismo do N, na senescência foliar e na interferência na absorção e transferência de outros nutrientes. A presente pesquisa foi realizada para avaliar se a aplicação de Ni (i) interferiria na absorção e transferência de outros nutrientes, bem como na partição de biomassa do cafeeiro e; (ii) aumentaria a eficiência de uso do N, tanto pela maior degradação da ureia, via atividade da urease, quanto pelo aumento da redistribuição de reservas de nitrogênio, por meio do incremento do catabolismo da arginina; e (iii) se o fornecimento de Ni atrasaria a senescência foliar, pela diminuição da produção de etileno endógeno na planta, o que aumentaria a duração foliar. A aplicação de Ni reduziu a biomassa do cafeeiro somente no maior teor do elemento disponível no solo (105 mg dm -3 ), e essa redução na biomassa afetou a concentração e acúmulo, principalmente, dos macronutrientes (N, P, K, Ca e Mg). Com relação aos micronutrientes metálicos (Cu, Fe, Mn e Zn), o incremento gradual no teor de Ni disponível, reduziu ou elevou gradualmente a concentração desses micronutrientes no cafeeiro. Os coeficientes de eficiência de uso de N pelo cafeeiro foram afetados somente em razão do nível de N, sem alteração em função do Ni disponível no solo. A aplicação de Ni no solo até teores de 60 mg dm -3 não afetou o crescimento da planta de cafeeiro, mas aumentou a retenção foliar no nível deficiente de N. O Ni reduziu a biossíntese de etileno na planta, apesar das concentrações de MDA e prolina aumentarem com o teor disponível de Ni no solo na pré-antese. Com relação ao N, houve incremento na redistribuição de N dos órgãos de reserva (ramo) para atender a demanda de folha e fruto.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Influência da adubação em doses variadas na produtividade e no estado nutricional da cultura do café (Coffea arabica L.)
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”- Universidade de São Paulo, 2010) Faulin, Gustavo Di Chiacchio; Molin, José Paulo
    As técnicas utilizadas na agricultura de precisão agregam não só ferramentas para o diagnóstico das causas da variabilidade encontrada nas lavouras, como também soluções para o convívio ou correção dessa variabilidade. O Brasil é o maior produtor mundial de café e ainda hoje apresenta um mercado em franca expansão. Por isso, em razão do potencial produtivo e da lucratividade da cultura do café, atualmente o interesse pelas técnicas de manejo localizado e a procura por novas tecnologias estão aumentando. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência do manejo localizado das adubações de nitrogênio, fósforo e potássio, na produtividade e no estado nutricional do cafeeiro. Para isso, foram utilizadas quatro áreas comerciais, sendo uma localizada no município de Gália, SP, conduzida durante quatro safras, e três no município de Patrocínio, MG, conduzidas durante três safras. Estabeleceram-se dois tratamentos para testar a hipótese do aumento da produtividade e a manutenção do estado nutricional do cafeeiro com aplicações localizadas dos nutrientes nitrogênio, fósforo e potássio, em doses variáveis. Como resultados foram observados que as adubações de nitrogênio, fósforo e potássio aplicadas em doses variáveis aumentaram a produtividade do cafeeiro em 240,0 kg ha-1 , quando somadas todas as safras. Houve redução do consumo do nitrogênio em 134,7 kg ha-1 e do potássio em 82,0 kg ha-1 , e para o nutriente fósforo ocorreu um aumento no consumo de 65,0 kg ha-1 . A avaliação do estado nutricional das plantas de cafeeiro mostrou-se apropriada para possíveis correções das doses dos nutrientes durante a adubação.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Adubação do café conilon irrigado por gotejamento: fertirrigação x fertilizantes de eficiência aprimorada
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2016) Mauri, Robson; Coelho, Rubens Duarte
    O uso da irrigação em cafeeiro é uma tecnologia que vem se consolidando e mostrando-se economicamente viável ao longo dos tempos, trazendo junto com ela a técnica da fertirrigação. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência de formas de aplicação e fontes de fertilizantes sobre a condutividade elétrica e pH da solução do solo, bem como no desenvolvimento e produção do café conilon irrigado por gotejamento. O trabalho foi desenvolvido em São Gabriel da Palha, Espírito Santo, utilizando o clone 12V da variedade INCAPER 8142. O experimento foi delineado em blocos ao acaso (DBC) com seis tratamentos e quatro blocos. Os tratamentos adotados foram: T1 - Controle - adubação nitrogenada e potássica aplicada via solo nas fontes ureia e cloreto de potássio; T2 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via solo nas fontes ureia e cloreto de potássio de liberação controlada; T3 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação nas fontes ureia e cloreto de potássio; T4 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação nas fontes nitrato de amônio e sulfato de potássio; T5 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação nas fontes nitrato de amônio e nitrato de potássio; T6 - Adubação nitrogenada e potássica aplicada via solo nas fontes ureia e cloreto de potássio de liberação controlada no período de outubro a março (período chuvoso) e adubação nitrogenada e potássica aplicada via fertirrigação, nas fontes nitrato de amônio e sulfato de potássio no período de abril a setembro (período seco). Foi monitorado o pH e condutividade elétrica da solução do solo, avaliações biométricas das plantas tais como altura, comprimento do primeiro ramo plagiotrópico e número de nós no primeiro ramo plagiotrópico, além da produção por planta e estimativa de produtividade. Os tratamentos T1 e T3 que utilizaram ureia e cloreto de potássio e o T4 - nitrato de amônio e sulfato de potássio disponibilizaram maiores quantidade de nitrogênio na forma amoniacal, causando maior acidificação do bulbo. Em contrapartida os tratamentos T2, T5 e T6 apresentaram menor acidificação, com diferença estatística significativa na variação do pH nas duas profundidades analisadas a partir de 18 meses da aplicação dos tratamentos. Nos tratamentos T2 e T6 observou-se menor salinidade inicial na avaliação aos 90 dias após o plantio através da leitura da condutividade elétrica da solução do solo. Para as avaliações biométricas, os tratamentos T2, T4, T5 e T6 diferiram estatisticamente dos tratamentos T1 e T3, influenciando positivamente à altura de plantas, comprimento e número de nós no primeiro ramo plagiotrópico.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Estoque de carbono do solo e fluxo de gases de efeito estufa no cultivo do café
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2013) Belizário, Maísa Honório; Cerri, Carlos Clemente
    O café é uma das principais culturas exploradas no Brasil, e está entre as mais importantes commodities agrícolas de exportação. A demanda por produtos agrícolas sustentáveis é cada vez maior, questão especialmente importante para a competitividade dos produtos de exportação. Portanto, conhecer os impactos das emissões de gases do efeito estufa (GEE) é fundamental para qualquer cultura agrícola, assim como estudar o seu manejo para detectar alternativas mitigadoras. O objetivo deste estudo foi determinar o estoque de carbono no solo e o fluxo de gases de feito estufa no cultivo do café. Para tal foram avaliados o estoque de carbono do solo devido à conversão do uso da terra sob vegetação de Cerrado para a cultura do café; o uso de corretivo agrícola e sua influencia no fluxo de CO2 , assim como a influência do uso de fertilizantes nitrogenados na emissão de N2O. O carbono (C) do solo foi determinado para o solo original de cerrado (controle) e em áreas convertidas há 37, 15 e 8 anos, além de duas áreas que receberam adição 22.684 e 16.845 kg ha -1 de composto orgânico em 2006 (CRI) e 2010 (CRII), respectivamente. O estoque de C no solo foi maior na área Café 37 (91,34 Mg C ha-1) e o menor para o Cerrado (66,87 Mg C ha-1) a 0-30 cm. As áreas com Café 15, 8 anos, CRI e CRII não apresentaram diferença entre si, com estoque de carbono no solo de 85,21, 85,75, 73,29 e 76,95, Mg C ha-1 respectivamente. Após a conversão do solo para a produção de café, há um aumento considerável no estoque de C, porém ao longo do tempo este valor tende a decrescer, provavelmente por conta de práticas de manejo. O nitrogênio (N) é o nutriente exigido em grande quantidade pela cultura do café e é apontado dentre os fertilizantes que mais contribuem com a emissão de GEE na agricultura. A fim de se conhecer o fluxo de emissão das diferentes alternativas de adubação nitrogenada, avaliou-se o nitrato de cálcio (NC), nitrato de amônio (NA), ureia (UR) e ureia-NBPT (NBPT®), para dose única (100 kg ha-1) e parcelada (2 x 50 kg ha-1). A ureia em dose única foi a fonte de maior emissão (125,12 mg N-N 2 O m -2 ) e o nitrato de cálcio parcelado foi a de menor (1,93mg N-N2O m-2). O uso da calagem é essencial para corrigir a fertilidade de solos ácidos, como é o caso da maioria dos solos de cerrado. A calagem é uma importante fonte emissora de CO 2 na atividade agrícola. Para se conhecer o fluxo de emissão da calagem, avaliou-se uma área com calcário recém aplicado e outra área após 5 anos da calagem. Os fluxos acumulados foram de 64,7 e 58,7 g de C-CO2 m-2 , respectivamente. A área que recebeu calcário recentemente obteve maior emissão por efeitos indiretos. Buscando atender a exigências de sustentabilidade avaliou-se a emissão do sistema de produção por cada saca de café (60 kg). Para tal foram utilizados dados de combustível, fertilizantes nitrogenados, adubo orgânico, calcário e eletricidade. A fazenda emitiu um total de 2.698 t CO2 equivalente de GEE durante dois anos agrícolas. A fonte que mais contribuiu foi o uso óleo diesel (1.407 t CO2 eq) e a menor foi a eletricidade (41 t CO2 eq). Para produzir uma saca de café foram emitidos 0,68 kg de CO2 eq kg-1 de café.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Eficiência de fontes, dinâmica do magnésio no solo sob a cultura do café no Brasil e comparação da análise de K, Ca e Mg em solos do Arkansas-EUA seco em estufa e úmido de campo
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”- Universidade de São Paulo, 2016) Martins, Priscila Oliveira; Vitti, Godofredo Cesar
    A cultura do café no Brasil tem apresentado frequente deficiência de magnésio (Mg) limitando sua produtividade, portanto faz-se necessário o estudo de fontes que contenham Mg para essa cultura. Por outro lado, o estudo das metodologias de análise de K, Ca e Mg no solo é um outro ponto que precisa ser estudado para melhor manejo da fertilidade do solo e recomendação de adubações. Objetivou-se com o primeiro experimento avaliar a eficiência de fontes de magnésio para a cultura do café e a dinâmica deste nutriente no perfil do solo. E com o experimento desenvolvido em Arkansas-EUA, avaliar as correlações entre as concentrações de nutrientes do solo seco em estufa e úmido de campo extraídos com Mehlich-3 e 1 mol L -1 NH4OAc. Observou-se que o óxido e oxissulfato de Mg elevaram os valores de pH e CTC e diminuíram a concentração de H + Al do solo. As fontes diminuíram a disponibilidade de K e Ca, e aumentaram o Mg no solo. Na planta, óxido e sulfato de Mg proporcionaram maior concentração de Mg foliar. Apenas no segundo ano de avaliação houve aumento de produtividade do café. Os fertilizantes óxido e oxissulfato de Mg obtiveram o maior índice de eficiência agronômica em relação ao carbonato de Mg. No segundo experimento, K, Ca e Mg extraíveis com Mehlich-3 e NH4OAc foram altamente correlacionados (r 2 > 0,95) tanto para solo úmido de campo quanto para o seco em estufa. A relação entre as concentrações de K no solo seco em estufa e úmido de campo para Mehlich-3 e NH4OAc foram muito semelhantes e altamente correlacionados (r 2 = 0,92). A secagem do solo em estufa teve efeito mínimo sobre as concentrações de Ca e reduziu a concentração de Mg tanto para Mehlich-3 quanto para NH4OAc. Entre os nutrientes estudados, a concentração de K foi a mais afetada pela secagem em estufa, necessitando de pesquisas de campo para correlacionar e calibrar novas recomendações agronômicas.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Eficiência da adubação nitrogenada no consórcio entre cafeeiro e Brachiaria brizantha
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2013) Pedrosa, Adriene Woods; Favarin, José Laércio
    O nitrogênio (N) é o nutriente exigido em maior quantidade pelo cafeeiro e o segundo mais exportado pelos grãos. O uso do consórcio entre o cafeeiro e a braquiária é cada vez mais usado pelos cafeicultores. Nesse sistema de produção a fertilização é feita, em geral, nas duas espécies, sem conhecimento suficiente que respalde esse manejo. O N do resíduo vegetal pode ser absorvido pela planta após a mineralização, ser perdido por vários processos, ou ainda, ser imobilizado pela microbiota. O uso de fertilizantes enriquecidos isotopicamente é uma ferramenta que permite avaliar o N do fertilizante nos componentes do sistema, como no resíduo da forrageira, no solo e na planta. Essa pesquisa foi realizada com o objetivo de avaliar o crescimento e a produtividade do cafeeiro; elaborar o balanço de N; e avaliar a decomposição da biomassa da braquiária sob a copa do café, como fonte desse nutriente. A biomassa da braquiária sob a copa do cafeeiro reduziu em 49% a perda de água nos meses secos, com aumento do crescimento da planta entre março e setembro de 2011. A granação dos frutos e a produtividade do cafeeiro foram superiores quando aplicou-se 50% da dose do N na planta e os outros 50% na braquiária, cujo resíduo foi depositado sob a copa da planta, para a decomposição. A forrageira recuperou mais N (84,28% do aplicado ou 126,42 kg ha -1 ) do que o cafeeiro (38,63% ou 57,94 kg ha -1 de N), com a aplicação da mesma dose de N em ambas as plantas. O cafeeiro recuperou 38,63% do N do fertilizante, quando todo o N foi fornecido à planta; recuperou 14,31% do N (21,46 kg ha -1 ) na aplicação feita somente na forrageira, em que o resíduo foi depositado sob a copa da planta; e recuperou 53,3% do N (39,98 kg ha -1 ) do adubo e outros 15,28% (11,46 kg ha -1 ) proveniente da decomposição da biomassa, na aplicação da mesma dose de N na cultura e na forrageira. A taxa de crescimento do cafeeiro (altura e ramos produtivos) no período seco, de março a setembro de 2011, foi superior quando a planta e a forrageira receberam a mesma dose de N. A competição líquida por N entre a braquiária e o café foi pequena e variou de 1,22% (0,91 kg ha -1 ) a 0,24% (0,34 kg ha -1 de N), sem prejuízo ao crescimento e à produtividade do cafeeiro. A perda de N por lixiviação foi maior quando forneceu todo o N somente no cafeeiro (6,05% do N aplicado ou 9,07 kg ha -1 ), em relação à adubação feita apenas na braquiária (1,02% ou 1,53 kg ha -1 de N); e, na aplicação de doses iguais no café e na braquiária, a lixiviação variou de 3,4% do N aplicado (2,55 kg ha -1 ) sob a copa da planta a 1,15% (0,86 kg ha -1 ) na área da forrageira, cultivada na entre linha da cultura. A biomassa da braquiária fertilizada com N possuía menores relações lignina/N e C/N; e a mineralização do N foi mais rápida do que a decomposição da biomassa. A ciclagem do N depende da época de corte, com maior intensidade quando a ceifa ocorreu entre 30 e 55 dias na braquiária fertilizada e até 30 dias após rebrota, quando não recebeu N.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Eficiência de uso de fósforo por cultivares de café e adaptação morfológica do sistema radicular sob deficiência do nutriente
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2013) Neto, Ana Paula; Favarin, José Laércio
    O fósforo (P) é um elemento essencial à produção agrícola, finito e insubstituível em suas funções no metabolismo vegetal. A baixa disponibilidade do nutriente nos solos tropicais está relacionada à sua forte interação com os colóides e íons na solução do solo, por meio da adsorção e precipitação, que reduzem a fração disponível. As plantas desenvolvem mecanismos de adaptação sob deficiência de P nos solos. Diversos estudos indicam variação genotípica das plantas em relação ao uso eficiente do nutriente. O aumento da eficiência de uso pode ser conseguida pelo aumento da aquisição do nutriente do solo (eficiência de absorção) e pelo aumento da produção por unidade de P absorvido (eficiência de utilização). Esta pesquisa foi realizada com o objetivo de caracterizar os cultivares das espécies Coffea arabica e Coffea canephora quanto ao uso de P, agrupar em relação a eficiência e resposta ao nutriente, e avaliar as adaptações morfológicas do sistema radicular do cafeeiro submetido a baixa disponibilidade de P. O crescimento do cafeeiro reduziu sob baixa disponibilidade de P, e a concentração do nutriente foi superior nos cultivares de C. canephora. As folhas jovens concentraram mais P, principalmente na forma de Pi. A colonização micorrízica em C. arabica foi superior nas raízes sob deficiência de P, e a atividade da enzima fosfatase ácida não variou com os níveis do nutriente. Os cultivares de C. canephora foram eficientes na absorção de P, enquanto os cultivares de C. arabica eficientes na utilização do nutriente. A eficiência de P variou entre os cultivares de café, em que E16 Shoa, E22 Sidamo, Iêmen e Acaiá foram eficientes e responsivos. A deficiência de P reduziu o crescimento e o acúmulo de biomassa no cafeeiro, mas aumentou a razão raiz/parte aérea em C. arabica. As raízes sob deficiência de P foram mais finas e cresceram menos. A eficiência de absorção de P correlacionou positivamente com a área superficial, comprimento, volume de raízes, número de ramificações e densidade de tecido de raiz, e negativamente com o comprimento específico. A eficiência de utilização correlacionou positivamente com a altura, número de folhas, massa seca e razão raiz/parte aérea, e negativamente com a concentração e acúmulo de P nos tecidos. Os cultivares mais eficientes em P apresentaram maior área superficial, comprimento, volume de raízes e densidade de tecido radicular, e menor comprimento específico sob deficiência do nutriente. Os cultivares mais eficientes em P foram: E22 Sidamo, Acaiá, Jimma Tane, Obatã, Ouro Verde, Caturra Amarelo, Icatu Precoce e Guarini.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Eficiência da aplicação de ureia em fertirrigação de cafeeiros irrigados por pivô central, utilizando o traçador 15N
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2010) Bruno, Isabeli Pereira; Reichardt, Klaus
    A cultura do cafeeiro é muito importante para a economia agrícola brasileira e em anos recentes tem avançado para o cerrado do oeste da Bahia. Esta região apresenta condições de solo e clima diferentes daquelas onde a cafeicultura já está estabelecida e, portanto, necessita de reavaliações no seu manejo, principalmente quanto à adubação nitrogenada, visto que vem sendo aplicadas doses muito maiores do que aquelas usuais em outras zonas cafeicultoras. A fertirrigação é muito usada nessa região, permitindo a divisão da dose de nitrogênio (N) em várias parcelas, o que comumente diminui as perdas para o ambiente, principalmente via lixiviação. Entretanto, a redução nas perdas pode não estar ocorrendo devido às altas doses de N aplicadas, à negligência quanto ao momento de maior necessidade de N pelas plantas e às altas taxas de irrigação, o que é indesejável tanto do ponto de vista ambiental quanto do financeiro. A eficiência na absorção do N pelos cafeeiros varia no tempo dependendo das necessidades nos diferentes estádios fisiológicos, o que torna o estudo da evolução de sua absorção essencial para identificar a fase na qual as plantas mais necessitam deste nutriente. Através deste conhecimento é possível planejar melhor o parcelamento das aplicações, melhorando a eficiência do uso deste nutriente. Do mesmo modo, é importante encontrar a dose de N que seja simultaneamente mais eficiente em termos de quantidade de N absorvido do fertilizante pelos cafeeiros e de produção de grãos de café. Dentro desta perspectiva um experimento foi desenvolvido para estudar a eficiência da fertilização do N e avaliar momento e dose mais adequados para sua aplicação, no município de Barreiras, Bahia na safra 2008/2009. Os tratamentos escolhidos foram: 0, 200, 400, 600 e 800 kg ha -1 de N, em delineamento inteiramente casualisado com quatro repetições. Foi usada ureia enriquecida em 1,035 átomos % de 15 N via fertirrigação a cada 14 dias, dividindo-se cada dose em 26 partes iguais. A concentração de N e abundância de 15 N foram avaliadas ao longo do tempo nos diferentes compartimentos do sistema solo-planta para descobrir o momento de maior necessidade deste elemento pela planta. Também foi realizado o balanço de N ao final do ano agrícola para se encontrar o destino do N aplicado como ureia. Estes estudos mostraram que é possível diminuir as doses comumente utilizadas em cafeeiros adultos no oeste baiano de 600 a 800 kg ha -1 de N para 400 kg ha -1 de N sem perda de produtividade. Esta menor dose deve privilegiar o estádio anterior ao de enchimento de grãos, que é o de maior consumo de N por folhas e frutos. A dose de 800 kg ha -1 de N apresentou absorção de luxo e a maior perda de N por lixiviação.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Perdas de nitrogênio por lixiviação em café fertirrigado no oeste baiano
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2010) Bortolotto, Rafael Pivotto; Reichardt, klaus
    A cafeicultura possui grande destaque no cenário agrícola nacional e seu cultivo vem avançando para regiões não tradicionais, como o oeste do Estado da Bahia. Esta região apresenta relevo plano, facilmente mecanizável, proporcionando utilização de alta tecnologia, como a fertirrigação via pivô-central. Os cafeeiros desta região apresentam alta produtividade, alcançando a média de 55 sacas ha -1 ano -1 . O cafeeiro necessita de água facilmente disponível no solo em sua fase vegetativa, promovendo o crescimento de ramos laterais e em sua fase reprodutiva (floração, granação e maturação dos frutos) para se desenvolver e produzir satisfatoriamente. O balanço hídrico - BH é um dos métodos utilizados para estimar essa demanda hídrica para os diferentes estádios de desenvolvimento das culturas. O BH consiste no somatório das quantidades de água que entram e saem de um elemento de volume de solo e, em dado intervalo de tempo, é a quantidade líquida de água que nele permanece. Através do componente drenagem profunda do BH é possível fazer a estimação da lixiviação de nitrato - NO 3- . Na região de Barreiras-BA não tem sido realizado, com frequência, pesquisa básica em relação ao cultivo do cafeeiro, de tal forma que pouco se sabe em relação à eficiência do uso de dose elevada de nitrogênio - N, que oscila na faixa de 600-800 kg ha -1 , bem como sobre a sua possível perda por lixiviação. A uréia é o adubo mais utilizado em fertirrigação devido à sua alta solubilidade, o que facilita muito o preparo das soluções nutritivas, porém, possui o inconveniente de apresentar perdas por lixiviação em situações de altas doses aplicadas e altos volumes de irrigação. O parcelamento e a época de aplicação do adubo nitrogenado constituem- se em alternativas para aumentar a eficiência dos adubos e da adubação nitrogenada pelas culturas e mitigar as perdas. As quantidades de NO 3- no perfil, susceptíveis à perda, são muito variáveis, dependendo da quantidade de N adicionado, do tipo de adubo, da taxa de mineralização do N nativo, da remoção pelas colheitas, do tipo de cultura e do volume de água drenada, fatores estes afetados significativamente pelas propriedades do solo (capacidade de troca iônica, pH, textura, estrutura, matéria orgânica, relação C:N, etc.) e pelo clima (principalmente precipitação). O uso de isótopos, na forma de fertilizante marcado com 15 N, é uma ferramenta apropriada para avaliar o destino do fertilizante no sistema solo-cafeeiro-atmosfera, podendo-se inferir sobre a lixiviação. Assim sendo, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a drenagem profunda, a estimação da lixiviação de NO 3- e de N ( 15 N) do fertilizante através do BH sequencial com a utilização dos modelos de evapotranspiração de Thornthwaite - TH e Penman-Monteith - PM em uma cultura de café fertirrigada por pivô central no oeste baiano. Através dos modelos de evapotranspiração de TH e PM foi possível estimar a drenagem profunda, a lixiviação de NO 3- e de 15 N. O modelo de evapotranspiração de TH é menos preciso, porém onde apenas há disponibilidade de dados de temperatura, pode ser usado na elaboração do BH.