USP - Teses

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    Zoneamento de Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) e Leucoptera coffeella (Guérin-Mèneville, 1842), pragas do cafeeiro no Brasil e na Colômbia, com base nas exigências térmicas
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2016) Jaramillo, Marisol Giraldo; Parra, José Roberto Postali
    A cafeicultura representa uma das atividades agrícolas de maior importância para o Brasil e para a Colômbia e ultimamente tem sido impactada negativamente, devido às condições climáticas desfavoráveis com desvios da normalidade da precipitação pluviométrica e de altas temperaturas do segundo semestre do 2015 no caso do Brasil e na Colômbia, na safra 2015-2016, foi altamente impactada pelos efeitos do evento climático El Niño que aumentou os níveis de infestação da broca- do-café e com a seca prolongada, que tem afetado a qualidade do grão. O presente trabalho tem como objetivo estabelecer o zoneamento de Hypothenemus hampei e Leucoptera coffeella, pragas no cafeeiro em Brasil e na Colômbia, com base nas suas exigências térmicas. Os resultados obtidos para H. hampei, mostraram que a praga se desenvolve na faixa térmica de 15 a 32°C; a 25°C foram observados os maiores valores de taxa liquida de reprodução (R o ) e da razão finita de aumento (λ); sendo que R o foi maior nesta temperatura, pois, a cada geração a população de H. hampei aumentou 127,8 vezes. O estudo das exigências térmicas de H. hampei indicaram que o limite térmico de desenvolvimento ou temperatura base (Tb) é de 13°C e a constante térmica (K) de 312 GD. Com a determinação das exigências térmicas de H. hampei e mediante a utilização de um Sistema de Informação Geográfica, foi possível obter mapas de distribuição do desenvolvimento deste inseto para o estado de São Paulo no Brasil e para a região produtora de café na Colômbia. Assim, para o estado de São Paulo, podem ocorrer de 4,56 a 9,25 gerações/ano, levando-se em consideração as exigências térmicas desta praga. A maior incidência da praga deve coincidir com o aumento da temperatura e com a disponibilidade de frutos de café aptos a serem infestados. Para a Colômbia, o número de gerações/ano pode ser de 5,85 a 13,55; sendo que 93% da cafeicultura deste pais, pode apresentar a broca-do-café o ano todo. O bicho-mineiro do cafeeiro, L. coffeella, se desenvolve na faixa térmica de 15 a 32°C; a 28°C foram observados os maiores valores de taxa liquida de reprodução (R o ) e da razão finita de aumento (λ); o valor de R o foi visivelmente maior nesta temperatura, pois, a cada geração a população de L. coffeella aumentou 22,23 vezes. O estudo das exigências térmicas de L. coffeella, mostrou que o limite térmico de desenvolvimento ou temperatura base (Tb) é de 13°C e a constante térmica (K) de 259 GD. Com a determinação, em condições de laboratório, das exigências térmicas de L. coffeella e mediante a utilização de um Sistema de Informação Geográfica (SIG), foi possível obter mapas de distribuição do desenvolvimento deste inseto para o estado de São Paulo no Brasil. Assim, podem ocorrer de 5,12 a 14,17 gerações/ano, levando-se em consideração as exigências térmicas desta praga. Os dados obtidos no presente trabalho poderão auxiliar na estimativa do número de gerações mensais e anuais para o fortalecimento dos programas de manejo integrado destes insetos.
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    Estratégias de utilização de Beauveria bassiana (Hypocreales: Cordycipitaceae) para o manejo de Hypothenemus hampei (Coleoptera: Curculionidae)
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2017) Mota, Luiz Henrique Costa; Delalibera Júnior, Italo
    Hypothenemus hampei apresenta aspectos bioecológicos e comportamentais que dificulta o seu controle, como a sua natureza críptica, ficando dentro da semente de café a maior parte de seu ciclo de vida, por apresentar várias gerações por ano. Uma grande quantidade de frutos com H. hampei cai ao solo, constituindo uma excelente forma para sobrevivência do inseto na entressafra e como fonte para novas infestações. O controle de H. hampei deve então ser efetuado no período em que as fêmeas deixam o fruto onde nasceram até o momento em que colonizam novos frutos para reproduzirem. Biopesticida a base de Beauveria bassiana é uma opção disponível para o controle de H. hampei, no entanto, existem poucas evidências de sua eficiência em campo. Objetivou-se com está pesquisa avaliar estratégias para utilização de B. bassiana para manejo de populações de H. hampei por: i) pulverização aquosa com adjuvantes, ii) armadilha atrativa para auto-autocontaminação e iii) incorporação do patógeno no solo com fertilizantes quimícos. Pulverização direta de suspensões de conídios com o adjuvante Tween 80 resultou em menor mortalidade de H. hampei do que suspensões com os demais adjuvantes testados em laboratório. A eficácia dos adjuvantes com o fungo variou com o método de inoculação. As pulverizações diretas dos insetos resultaram em mortalidades reduzidas (23 – 53%), enquanto que a imersão e os métodos que permitiram que os insetos ficassem em contato com os conídios no substrato (fruto ou papel de filtro) após a pulverização resultaram em maiores mortalidades (63 – 98%). As imagens ultramorfológicas de H. hampei inoculados por diferentes métodos sugerem que a região ventral do abdome é o principal sítio de infecção do fungo, visto que, diferente dos outros métodos, na pulverização direta que resultou em mortalidades reduzidas, grande quantidade de conídios aderidos e germinados foram observados no élitro em comparação com a região ventral. Três modelos de armadilha de auto-inoculação foram comparadas em cafezal sombreado e a pleno sol e a captura de H. hampei foi superior em ESALQ- Hh2. O manejo de H. hampei com a armadilha ESALQ-Hh2 foi avaliado em cafezal a pleno sol desde a fase de formação dos frutos até a colheita. Foi constatado em média 6,6% de H. hampei infectados por Beauveria sp. nas plantas distante 4 e 8 m das armadilhas e nenhum inseto infectado nas parcelas com as mesmas armadilhas, mas sem o fungo. Observou-se redução na concentração e viabilidade do patógeno nas armadilhas ao longo do tempo, porém as mortalidades de H. hampei expostos ao fungo foram elevadas (73 – 100%) durante os 148 dias de avaliação. Estudos conduzidos em laboratório revelaram que a capacidade de voo de H. hampei não é afetada pela carga de conídios aderidos ao seu corpo quando comparados aos insetos sem exposição ao fungo. Além disso, apenas 5% dos insetos expostos ao fungo conseguiram penetrar na semente de café, indicando baixo potencial de danos. A mistura de conídios de B. bassiana com fertilizantes químicos granulados em solo de cafezal resultou em reduções (34 e 50%) da infestação de H. hampei quando comparadas às parcelas somente com aplicação dos fertilizantes. Sugere-se que o manejo desta praga com B. bassiana apresenta maior potencial a curto prazo por pulverizações apenas no período de trânsito das fêmeas colonizadoras, e, à médio e longo prazo, pela aplicação do patógeno no solo conjuntamente com fertilizantes e com o uso de armadilha de auto-inoculação.
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    Xylella fastidiosa de ameixeira: transmissão por cigarrinhas (Hemiptera: Cicadellidae) e colonização de plantas hospedeiras
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2013) Müller, Cristiane; Lopes, João Roberto Spotti
    A Escaldadura das Folhas da Ameixeira (EFA) é a principal doença da cultura no Brasil, sendo causada pela bactéria Xylella fastidiosa e transmitida entre plantas pela ação de insetos vetores, mas há carência de informações sobre a identidade dos vetores e plantas hospedeiras para estirpes de X. fastidiosa causando EFA. Objetivando subsidiar uma proposta de manejo da EFA, foram realizados estudos sobre a transmissão de X. fastidiosa por vetores em ameixeira, identificação de plantas hospedeiras da bactéria em vegetação de cobertura dos pomares que possam servir como fontes de inóculo, capacidade de colonização de estirpes de ameixeira, cafeeiro e citros em inoculações cruzadas e validação da técnica de inoculação mecânica como método de avaliação de resistência de cultivars a X. fastidiosa em programas de melhoramento de ameixeira. Inicialmente, por meio de testes de colonização por X. fastidiosa foram identificadas Ocimum basilicum, Vernonia condensata e Pentas lanceolata como plantas não hospedeiras da bactéria, permitindo a criação de cigarrinhas sadias que foram utilizadas nos ensaios de transmissão. As cigarrinhas Macugonalia cavifrons, M. leucomelas e Sibovia sagata (Hemiptera: Cicadellidae: Cicadellinae) foram identificadas como vetoras de X. fastidiosa em ameixeira com eficiência de transmissão por indivíduo variando de 12 a 21%. Para identificação de hospedeiros alternativos do patógeno, avaliaram-se 12 espécies herbáceas (folhas e raízes) predominantes na vegetação de cobertura de pomares de ameixeira com elevada incidência de EFA, sendo dois no município de Videira, SC e três no município de Jarinú, SP. Amostras de nove delas (Bidens pilosa, Lepidium ruderale, Lolium multiflorum, Plantago major, Parthenium hysterosphorus, Raphanus sativus, Rumex sp., Solanum americanum e Vernonia sp. foram positivas para X. fastidiosa em folhas e/ou raízes, pelo teste de reação de polimerase em cadeia (PCR), Testes de inoculação mecânica com um isolado de X. fastidiosa de ameixeira comprovaram a capacidade dessa estirpe bacteriana em colonizar plantas de B. pilosa, L. ruderale, R. sativus e S. americanum. Estudos de inoculação cruzada demonstraram que isolados de X. fastidiosa de citros são capazes de colonizar cafeeiro, embora em menor proporção que isolados de cafeeiro. Um isolado de ameixeira foi capaz de colonizar citros e cafeeiro, sendo que em citros a proporção de plantas infectadas foi maior. Isolados de X. fastidiosa de citros e cafeeiro não colonizam plantas de ameixeira, sendo estas colonizadas apenas pelos isolados homólogos. Estudos de inoculação mecânica de dois isolados de X. fastidiosa de ameixeira em diferentes cultivares dessa planta hospedeira, expressaram resultados corroborativos com a pré-caracterização da resistência das cultivares, validando a técnica para uso em programas de melhoramento, com melhor precisão nos resultados e ganho de tempo na avaliação de resistência à EFA.
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    Idade de fêmeas colonizadoras de Hypothenemus hampei (Ferrari) e sua resposta aos voláteis de flores de café, Coffea arabica L.
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2014) Silva, Weliton Dias da; Bento, José Maurício Simões
    A idade das fêmeas colonizadoras de Hypothenemus hampei (Ferrari) durante o abandonamento do hospedeiro, assim como sua resposta aos voláteis de flores de café, Coffea arabica L. var. Tupi, foram investigadas neste trabalho. Um dispositivo experimental que simulasse as condições de dentro do fruto de café e permitisse a observação da saída dos insetos foi utilizado para a determinação da idade das fêmeas colonizadoras. Em média, os besouros apresentaram 15 dias de idade no momento em que abandonaram o dispositivo experimental. Nesta idade as fêmeas estavam acasaladas, possuiam o tegumento totalmente melanizado, foram capazes de voar e produzir ovos viáveis. Os voláteis de flores de café, foram coletados por aeração, analisados por GC-EAD e GC-MS, e testados em bioensaios olfatométricos. As fêmeas colonizadoras de H. hampei foram atraídas pelos voláteis de flores de café. Dos 50 compostos encontrados nos extratos naturais, sete foram eletrofisiologicamente ativos aos insetos. Destes sete, somente metil salicilato, neral e geranial puderam ser identificados, e a mistura de seus padrões sintéticos foi a mais atrativa nos bioensaios olfatométricos. Tomados juntos, estes resultados trazem novas informações sobre a bioecologia e ecologia química da broca-do-café, as quais poderão ser usadas futuramente em pesquisas de base e naquelas focadas no desenvolvimento de novas estratégias de manejo para H. hampei em cafezais.
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    Compostos fenólicos relacionados à resistência do cafeeiro ao bicho-mineiro (Leucoptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia vastatrix)
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2009) Salgado, Paula Rodrigues; Favarin, José Laércio
    As plantas apresentam diferentes e complexos mecanismos de defesa, que atuam em conjunto, em respostas a estresses bióticos e abióticos, cuja natureza e intensidade de resposta variam com a idade, o grau de adaptação e a fenologia (OLIVEIRA, 2003). O objetivo principal da pesquisa consiste em: (i) identificar os ácidos clorogênicos nas folhas de Coffea arabica L., cultivar Obatã IAC 1669-20, Catuaí Vermelho IAC 99, e das populações em seleção H14945-46 e H20049, e (ii) quantificar as várias classes de ácidos clorogênicos, nos mesmos genótipos, durante a fase reprodutiva do cafeeiro (florescimento, fruto“chumbinho”, expansão/granação e maturação). Os compostos fenólicos foram separados por meio da cromatografia líquida de alta eficiência (Shimadzu, modelo LC-20A) para as análises em CLAE-DAD. O perfil cromatográfico dos genótipos estudados não diferiram entre si. Durante as fases de frutificação houve variação nos teores de ácido clorogênico e dos fenóis totais, no qual apresentou menores valores na fase de granação. O genótipo H14954-46 resistente ao bicho-mineiro apresentou o ácido clorogênico referente ao pico 5, incomum aos outros genótipos estudados. As folhas infestadas por bicho- mineiro (Leucoptera coffeella) apresentaram menores concentrações de fenóis totais, bem como de alguns ácidos clorogênicos e flavanóides, já as folhas inoculadas por ferrugem (Hemileia vastatrix) apresentaram maiores concentração. Há evidências de que os ácidos clorogênicos participem do complexo mecanismo de defesa das plantas.
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    Níveis populacionais de Leucoptera coffeella (Lepidoptera: Lyonetiidae) e Hypothenemus hampei (Coleoptera: Scolytidae) e a ocorrência de seus parasitoides em sistemas de produção de café orgânico e convencional
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2011) Pierre, Leonardo Santa Rosa; Berti Filho, Evôneo
    A produção de café é uma das atividades de maior tradição agrícola no território brasileiro. As principais pragas que ocorrem no cafeeiro são broca-do-café, Hypothenemus hampei e bicho-mineiro-do-cafeeiro, Leucoptera coffeella e os parasitoides possuem importante papel na regulação dessas pragas. O objetivo deste trabalho foi comparar em sistemas de produção convencional e orgânico de café, os níveis populacionais de H. hampei e L. coffeella e a ocorrência de seus parasitoides. Os experimentos foram realizados em área de café orgânico e convencional no município de Dois Córregos/SP e as amostragens foram realizadas mensalmente de fevereiro de 2009 a junho de 2010. Foram amostradas folhas para os níveis de infestação e de predação de minas por vespas; foram coletadas folhas com minas intactas para a observação da emergência de parasitoides. Foram coletados mensalmente 2 L de frutos de café para a obtenção da infestação da broca; também, foi avaliada a ocorrência do fungo Beauveria bassiana e foram coletados mensalmente frutos de café brocados para a obtenção de parasitoides da broca. Os manejos orgânico e convencional não diferiram estatisticamente em relação às médias das porcentagens de infestação de L. coffeella. Houve diferença em relação às médias das porcentagens de predação das minas por vespas, sendo que no manejo convencional a média foi maior do que no manejo orgânico. Foram obtidos no total 708 himenópteros parasitoides e as espécies coletadas foram Proacrias coffeae, Cirrospilus neotropicus, Cirrospilus sp.1, Cirrospilus sp.2, Closterocerus coffeellae, Closterocerus flavicinctus, Closterocerus sp.1, Horismenus cupreus, Orgilus niger, Centistidea striata e Stiropius reticulatus. Não houve diferença na média da porcentagem de parasitismo entre os manejos, 18,5 % no manejo orgânico e 19,47% no manejo convencional. Em relação à broca-do-café, na safra 2008/2009, as amostragens de frutos brocados foi diferente em função do manejo, porém na safra 2009/2010, as porcentagens de infestação não apresentaram diferença significativa entre as áreas. Na safra 2009/2010, a média de frutos brocados infectados pelo fungo B. bassiana foi de 3,5% e 2,1% do total de frutos nos manejos orgânico e convencional respectivamente. Foram obtidos 25 indivíduos do parasitoide Prorops nasuta na área de café orgânico na safra 2008/2009 e nenhum na área convencional.
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    Xylella fastidiosa – adesão e colonização em vasos do xilema de laranjeira doce, cafeeiro, ameixeira, fumo e espécies de cigarrinhas vetoras e formação de biofilme sobre película de poliestireno
    (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2003-01) Alves, Eduardo; Pascholati, Sérgio Florentino
    X. fastidiosa é uma bactéria fitopatogênica limitada ao xilema, que tem afetado um grande número de plantas no Brasil e no mundo. Muitos trabalhos já foram realizados sobre esta bactéria, mas pouco se conhece a respeito da adesão, colonização e expressão dos sintomas. Os objetivos deste trabalho foram: a) através do uso da microscopia eletrônica e de luz, determinar e relacionar o número de vasos colonizados de citros, cafeeiro e ameixeira com a sintomatologia em folhas; b) estudar a adesão, migração radial e colonização dos vasos do xilema do pecíolo de folhas de citros pela bactéria; c) estudar algumas variáveis experimentais que afetam a expressão dos sintomas em fumo; d) verificar os sítios de ligação da bactéria em cigarrinhas vetores; e) estudar a adesão e a formação do biofilme por X. fastidiosa em superfície de poliestireno, como uma nova metodologia. Os resultados mostraram em ameixeira e cafeeiro uma relação entre o número de vasos colonizados e a expressão de sintomas necróticos, relação esta que não pode ser observada para citros, o qual apresentava um número de vasos colonizados do pecíolo bem menor que o das outras duas espécies. No estudo da bactéria nos vaso do xilema de citros foi possível verificar as diversas fases do processo de colonização do xilema, bem como a capacidade da bactéria em degradar a parede celular primária da pontuação e migrar para os vasos adjacentes. Neste estudo foi também possível verificar respostas da planta à bactérias caracterizadas pela produção de cristais no lúmen dos vasos do xilema e o acúmulo de goma e hiperplasia de células nas folhas. No estudo com variedades de fumo verificou-se que a cultivar Havana apresentou expressão de sintomas mais intensa que as variedades TNN e RP1 e que o aparecimento dos mesmos não foi influenciado pelo volume de inóculo e pelo local de inoculação, mas sim pela adubação com sulfato de amônio, a qual retardou o aparecimento dos sintomas e reverteu os sintomas inicias em folhas após a aplicação. Em cigarrinhas, células bacterianas com morfologia similar as de X. fastidiosa, foram visualizadas aderidas pela parte lateral na câmara do cibário (sulco longitudinal, parede lateral e membrana do diafragma) de Acrogonia citrina, e Oncometopia facialis, no canal do apodeme de Dilobopterus costalimai e pela parte polar no precibário de O. facialis. Finalmente, no estudo da adesão de X. fastidiosa a película de poliestireno, os resultados revelaram as várias fases da formação do biofilme, aspectos da sua arquitetura, e indicaram que a técnica é uma ferramenta adequada para o estudo da formação do biofilme e também da morfologia das bactérias. Os resultados são discutidos em termos de modelos de adesão e colonização, da bactéria e importância para o conhecimento dos mecanismos de patogenicidade da bactéria em plantas e transmissão pelos vetores.
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    O emprego da análise harmônica no estudo da incidência da ferrugem alaranjada do cafeeiro O emprego da análise harmônica no estudo da incidência da ferrugem alaranjada do cafeeiro (Hemileia vastatrix Berk et Br) no estado de Minas Gerais
    (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1981) Duarte, Gilnei de Souza; Campos, Humberto de; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
    O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de determinar uma equação para representar matematicamente a incidência da ferrugem alaranjada do cafeeiro no Estado de Minas Gerais. Os dados, porcentagem de infecção, foram obtidos das parcelas testemunhas de experimentos realizados em nove localidades do Estado de Minas Gerais: Ponte Nova, Alfenas, Jacutinga, São Gotardo, Santo Antônio do Amparo, Tres Pontas, São Sebastião do Paraíso, Machado e Nepomuceno, durante três anos; nas três primeiras localidades as observações se prolongaram até completar seis anos. Em cada local, foram obtidas médias mensais de porcentagem de infecção, durante os anos estudados, os quais se aplicou a análise harmônica de acordo com a m etodologia usual. A seguir foi esquematizado um modelo matemático a partir do qual foram deduzidas as somas de quadrados e os componentes de variância para a realização da análise harmônica conjunta. As análises individuais mostraram que em seis localidades o 1o. componente harmônico foi significativo; em duas apenas o 3o. componente e na localidade restante o 2o. componente foi o único a apresentar significância. Em todos os locais a interação de anos com o 1o. componente harmônico foi significativa o que indica que esta influência do 1o. componente harmônico varia de ano para ano. Para os locais onde as observações foram realizadas por seis anos, apenas o 1o. componente harmônico foi significativo, apesar de sua interação com anos persistir significativa. A análise conjunta para as localidades estudadas durante três anos, mostrou que os três primeiros componentes harmônicos foram significativos, nos fornecendo a equação: Yj = 18,4646 + 1,8853 . cos (30.j) - 13,6027 . sen (30.j) - 0,0899 . cos (60.j) + 0,7681 . sen (60.j) + 2,0922 . cos (90.j) + 1,4086 . sen (90.j). Este mesmo resultado foi obtido para a análise realizada corn as localidades do Sul de Minas, sendo a equação neste caso: Yj = 14,8241 + 2,6234 . cos (30.j) - 12,1097 . sen (30.j) - 0,1422 . cos (60.j) - 0,1060 . sen (60.j) + 1,9746 . cos (90.j) + 1,2502 . sen (90.j). No entanto quando se fez a análise conjunta para os locais onde as observações foram feitas por seis anos, apenas o 1o. componente harmônico foi significativo, sendo a equação que representa a incidência da ferrugem do cafeeiro, neste caso: Yj = 11,7232 - 0,5821 cos (30.j) - 11,2523 sen (30.j). Os resultados obtidos mostraram que o 1o. componente harmônico (onda anual) é o principal responsável pela variação na incidência de ferrugem do cafeeiro e também que o máximo desta incidência ocorre nos meses de maio e junho e o mínimo em novembro e dezembro.
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    Espécies de cigarras (Homoptera - Cicadidae) associadas ao cafeeiro
    (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1985) Martinelli, Nilza Maria; Zucchi, Roberto Antonio; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
    Com o objetivo de identificar as espécies de cigarras (Homoptera-Cicadidae) que atacam o cafeeiro e elaborar chaves de identificação para gêneros e espécies desses cicadídeos, foram realizados levantamentos em condições de campo nos municípios de Franca, Patrocínio Paulista, Itirapuã e Lençóis Paulista (Estado de São Paulo), São Sebastião do Paraíso e Alfenas (Estado de Minas Gerais). Além disto, foram solicitados exemplares de coleções das seguintes Instituições: EPAMIG, ESALQ, IAC e MZUSP. As identificações foram feitas com base na literatura e posteriormente confirmadas através de comparação com exemplares do British Museum (Natural History) pelo Prof. Dr. R. A. Zucchi e através das identificações do Dr. Michel Boulard do Muséum National D'Histoire Naturelle de Paris. Ao cafeeiro estão associadas 10 espécies de cigarras, as quais estão distribuídas em 1 família, 2 subfamílias e 4 gêneros. Estas espécies foram redescritas e com base em suas características taxonômicas foram elaboradas três chaves de identificação, com base em características gerais, genitália masculina e ovipositor. Elaborou-se ainda um mapa de distribuiçao geográfica das espécies. Os resultados obtidos permitem concluir que as espécies de cigarras infestando cafeeiros atualmente são: Quesada gigas (Olivier, 1790), Dorisiana drewseni (Stal, 1854), Carineta fasciculata (Germar, 1821), Fidicina pronoe (Walker, 1850), Dorisiana viridis (Olivier, 1790), Carineta matura (Distant, 1892) e Carineta spoliata (Walker, 1858), sendo que as quatro últimas são espécies constatadas pela primeira vez em cafeeiros, e as duas primeiras as que apresentam os maiores níveis populacionais. As espécies Quesada sodalis (Walker, 1850), Fidicina mannifera (Fabricius, 1803), Fidicina pullata (Berg, 1879) não estão relacionadas atualmente com as plantações de cafeeiros. Observações de campo revelaram que a emergência do adulto inicia-se em setembro-outubro (Q. gigas, F. pronoe e D. viridis), dezembro (D. drewseni) e fevereiro (C. matura e C. spoliata).
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    Efeito da temperatura na biologia de três raças de Meloidogyne incognita (Tylenchida - Meloidogynidae) em cafeeiro (Coffea arabica L.) e estimativa do número de gerações para o Estado de São Paulo
    (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, 1989) Jaehn, Anário; Lordello, Luiz Gonzaga E.; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
    A biologia das raças 1, 2 e 4 de M. incognita foi estudada em mudas de cafeeiro arábico 'Mundo Novo' 376/4. O ensaio para cada raça foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos ou seja, 4 em temperaturas constantes em câmaras de crescimento a 20, 24, 28 e 32o C, e um em temperatura ambiente de campo (média de 21.9o C, com desvio padrão de 1,9o.C, mínima de 18,9o C e máxima de 26,5o C). O trabalho constou de 2 partes: uma sobre a viabilidade dos ovos das raças 'in vitro', nas mesmas condições e temperaturas citadas e, outra sobre a biologia propriamente dita. Para a biologia inocularam-se em média 5.000 ovos e eventuais larvas por recipiente. Aos 16 dias iniciou-se a coleta que continuou até aos 60 dias, à razão de duas repetições a cada 4 dias, por raça e temperatura, totalizando 360 plantas. Quanto à eclosão total de larvas 'in vitro' , para a raça foi observada eficiência acima de 80% em todas as temperaturas das câmaras de crescimento, diferindo apenas entre si quanto ao número de dias para o seu nascimento. Para as raças 2 e 4 a eficiência variou entre 70 e 80% nos intervalos de temperatura entre 20 e 28o C, e que também diferiram entre si quanto ao período de nascimento. Na temperatura de campo a eficiência de eclosão foi sensivelmente nmais baixa, sendo que seu período de incubação foi ainda mais longo. A porcentagem de nascimento total foi de apenas 67,74% para a raça 1; 46,6% para a 2; e 53,5% para a 4. Quanto à porcentagem de penetração do número de larvas nas raízes, as temperaturas mais baixas (20, 24o C e temperatura de campo), foram as mais favoráveis, enquanto que as mais elevadas (28 e 32o C ) reduziram o período de penetração. Quando comparados com a raça 1, a raça 2 teve 67% e a 4, apenas 52% de eficiêcia do número de larvas que penetraram nas raízes. Para o desenvolvimento do nematóides nas raízes as temperaturas de 28 e 32o C foram igualmente favoráveis para as raças 1 e 2 e, embora com menor tempo, também para a raça 4. Nestas temperaturas o período de crescimento foi sensivelmente reduzido. A exemplo da redução do período de desenvolvimento, o ciclo total também teve comportamento similar às temperaturas de 28 e 32o C para as 3 raças. No tocante à pré-postura, para as raças 1, 2 e 4 foram necessários 28, 32 e 36 dias, respectivamente. Para o tratamento de campo (Tc ) em função das oscilações de temperatura e necessidades da constante térmica (K) os períodos de postura prolongaram-se para 36, 40 e 52 dias, respectivanrente, para as raças 1, 2 e 4. As exigências térmicas (K ) das raças 1, 2 e 4 foram, respect ivamente, 534, 580 e 718 graus dias. A estimativa do número de gerações nas diferentes isotermas do Estado da São Paulo na profundidade do solo entre 5 e 40 cm, mostrou que a raça 1 pode reproduzir-se à razão de 6,0 a 12,3 gerações anuais; a raça 2, entre 5,5 a 11,7 e, a raça 4, entre 4,5 a 9,4. Foi concluido que as três raças estudadas embora tenham o melhor desenvolvimento na mesma faixa térmica (28-32o C ) apresentaram constantes térmicas diferentes. Portanto tambem são distintas em sua biologia pelo parâmetro temperatura.