Revista Brasileira de Zootecnia
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Item Avaliação da casca e da polpa desidratada de café (Coffea arabica L.) pela técnica de degradabilidade in vitro de produção de gás(Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2001) Barcelos, Adauto Ferreira; Paiva, Paulo César de Aguiar; Peréz, Juan Ramón Olalquiaga; Teixeira, Júlio César; Cardoso, Roberto MacielCom o objetivo de avaliar a casca e a polpa desidratada de café, quanto à degradabilidade in vitro pela técnica de produção de gás, conduziu-se o experimento, utilizando as cultivares de café Catuaí, Rubi e Mundo Novo. A polpa foi obtida pela despolpa úmida em despolpador mecânico e, em seguida, seca ao sol até alcançar 13% de umidade. Os materiais foram armazenados em sacos de ráfia em ambiente coberto, ventilado e seco, por um ano, amostradas em triplicata a cada 90 dias. Incubaram-se in vitro 400 mg de cada amostra (MS e FDN), em triplicata em banho maria a 39 o C. A produção cumulativa de gás foi obtida nos tempos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12, 18, 24, 30, 36, 48, 60 e 72 horas. A cinética da produção cumulativa de gás para a MS e FDN foi analisada utilizando-se o modelo V t = V t1 / (1 + exp(2 + 4m(L – T))) e SDN pelo modelo V t = V t1 x (1 – exp (-m x T)). A produção cumulativa de gás da fração SDN foi obtida pela diferença entre a produção cumulativa da MS e FDN. O armazenamento da casca e polpa desidratada de café melhorou a taxa de degradação e reduziu a fração fibrosa e não degradável, disponibilizando açúcares solúveis para a flora ruminal. Na casca de café de todas as cultivares, a maximização da contribuição da fração de SDN e FDN na fermentação ocorreu, respectivamente, em torno de 24 e 48 horas. A máxima produção de gás na MS da polpa ocorreu entre 48 e 60 horas, para todas as cultivares, e foi conseqüência da máxima produção de gás da fração FDN ocorrida em torno de 60 horas. Longo período de colonização pode constituir limitação no uso da casca e polpa desidratada de café, na alimentação de ruminantes, comprometendo a utilização do alimento pelos microorganismos do rúmen, devido à rápida passagem pelo rúmen.Item Estimativa das frações dos carboidratos, da casca e polpa desidratada de café (Coffea arabica L.) armazenadas em diferentes períodos(Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2001-09) Barcelos, Adauto Ferreira; Paiva, Paulo César de Aguiar; Pérez, Juan Ramón Olalquialga; Cardoso, Roberto Maciel; Santos, Vander Bruno dosO objetivo do experimento foi estimar as frações A, B 1 , B 2 e C dos carboidratos da casca e da polpa desidratada das cultivares de café Catuaí, Rubi e Mundo Novo. A polpa foi obtida pela despolpa úmida em despolpador mecânico e, em seguida, seca ao sol até 13% de umidade. Os materiais foram armazenados em sacos de ráfia em ambiente coberto, ventilado e seco, com amostragem em triplicata a cada 90 dias. As frações foram determinadas conforme descrito no modelo do CNCPS. Houve acréscimo no teor das frações A e B 1 e redução nas frações B 2 e C, à medida que se aumentou o tempo de armazenamento. A cultivar Catuaí, apresentou maior valor para a fração A, comparada a Rubi e Mundo Novo. Essa diferença chegou a 28%, em relação a Mundo Novo. A fração B 1 foi maior nas cultivares Catuaí e Rubi, comparada a Mundo Novo. A cultivar Mundo Novo apresentou maior valor para a fração B 2 comparada às cultivares Catuaí e Rubi. Não foi encontrada diferença significativa entre as cultivares na fração C. A casca de café apresentou maior valor para as frações A e B 1 e menor para a fração B 2 comparada à polpa desidratada, ao passo que a fração C foi maior na polpa em comparação à casca de café. O armazenamento por doze meses alterou a proporção dos carboidratos, reduzindo as frações de degradabilidade lenta e não degradável, em detrimento da fração de degradabilidade rápida. A casca e polpa são materiais com alta proporção de carboidratos indisponíveis, o que pode limitar a sua utilização em grandes quantidades para os ruminantes.Item Fatores antinutricionais da casca e da polpa desidratada de café (Coffea arabica L.) armazenadas em diferentes períodos(Sociedade Brasileira de Zootecnia, 2001-08) Barcelos, Adauto Ferreira; Paiva, Paulo César de Aguiar; Pérez, Juan Ramón Olalquiaga; Santos, Vander Bruno dos; Cardoso, Roberto MacielAvaliaram-se os teores de cafeína, taninos, lignina e sílica, na casca e polpa de café das cultivares Catuaí, Rubi e Mundo Novo. A polpa foi obtida pela despolpa úmida em despolpador mecânico e, em seguida, seca ao sol até 13% de umidade. Os materiais foram armazenados em sacos de ráfia, em ambiente coberto, ventilado e seco, com amostragem em triplicata a cada 90 dias. A regressão mostrou aumento quadrático de 11,7% no teor de cafeína ao longo de 360 dias de armazenamento. O teor de taninos reduziu-se linearmente ao longo do armazenamento. Os valores de taninos foram de 1,70% comparado a 2,77% nos materiais sem armazenamento, redução de aproximadamente 38,6% no período de um ano. Os teores de lignina reduziram linearmente em 2,6% para a porcentagem de lignina na MS (11,7 para 11,4%) e 5,8% na porcentagem de lignina da FDN (10,4 para 9,8%), nos materiais sem armazenagem comparados a doze meses de armazenamento. Houve diferença significativa entre casca e polpa para a variável sílica. Maior valor de sílica na casca comparado à polpa pode ser decorrente da presença do pergaminho, uma vez que a polpa não o possui. A armazenagem da casca e polpa por um período de doze meses melhora as qualidades destes materiais, uma vez que reduziu os teores de taninos e lignina. Os teores de cafeína encontrados são limitantes na utilização de grandes quantidades desses materiais para ruminantes.