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    Produção do cafeeiro Conilon Vitória sob condições de sequeiro e irrigado em quatro safras
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2019-02-27) Pereira, Lucas Rosa; Reis, Edvaldo Fialho dos
    Devido à ausência ou irregularidades de precipitação pluviométrica e altas temperaturas, principalmente em períodos críticos de desenvolvimento do cafeeiro, conhecer seu comportamento sob condições irrigadas, torna-se fundamental para garantir uma boa produtividade, rendimento e um produto de melhor qualidade. Diante do exposto, objetivou-se com este estudo, avaliar a produção, o rendimento e o consumo de água dos treze clones da variedade de café Conilon Vitória, em condição irrigada, irrigada com 50% da ETc e sem irrigação, durante quatro safras. O experimento foi instalado no ano de 2013, no Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Alegre, em uma área de 0,42 ha, em esquema de parcela subsubdividida 3 x 13 x 4, sendo nas parcelas o manejo de irrigação em três níveis (irrigado, irrigado com 50% da ETc e sem irrigação), nas subparcelas os clones da variedade Conilon Vitória em treze níveis (V1; V2; V3; V4; V5; V6; V7; V8; V9; V10; V11; V12 e V13) e nas subsubparcelas o fator safra em quatro níveis (2013, 2014, 2015 e 2016) em um delineamento em blocos casualizados, com três repetições. Cada parcela experimental foi constituída por cinco plantas úteis. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey para comparações entre o fator manejo e Scott-Knott para comparações entre o fator clone e o fator safra. Houve diferença significativa entre os clones da variedade do café Conilon Vitória para produção, rendimento e consumo de água nos manejos e safras avaliadas. A produtividade média de plantas irrigadas foi cerca de 5; 5,7; 10 e 10,5 vezes a mais que a de plantas sem irrigação, nas safras de 2013, 2014, 2015 e 2016, respectivamente. A produtividade média de plantas irrigadas com 50% da ETc foi cerca de 3,6; 4,3; 7,9 e 7,9 vezes a mais que a de plantas sem irrigação, nas safras de 2013, 2014, 2015 e 2016, respectivamente. O clone V3 apresentou, na média das quatro safras, o maior valor de produtividade para o manejo irrigado e irrigado com 50% ETc. Enquanto que para o manejo sem irrigação, o melhor desempenho foi obtido pelo clone V10. As plantas sob manejo irrigado e irrigado com 50% da ETc apresentaram melhor desempenho nas safras de 2014 e 2016. A irrigação influenciou positivamente no rendimento do cafeeiro. O rendimento entre plantas irrigadas e irrigadas com 50% da ETc não diferiu. Já plantas sem irrigação apresentaram menor rendimento. Os clones V4, V11 e V12, apresentaram na média das quatro safras, o melhor rendimento para o manejo irrigado e irrigado com 50% ETc. Enquanto que para o manejo sem irrigação, o melhor desempenho foi obtido pelo clone V12. Os manejos irrigado e irrigado com 50% da ETc apresentaram maior consumo de água por planta e menor consumo de água por quilo de café beneficiado, nas quatro safras.
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    Cultivos consorciados de cafeeiro arábica: caracterização morfológica, fisiológica e nutricional
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2018-04-27) Olivas, Dionicio Belisario Luis; Tomaz, Marcelo Antonio
    Objetivou-se nesta pesquisa caracterizar a morfologia, fisiologia e nutrição do cafeeiro arábica (Coffea arabica L.) sob três sistemas de condução: monocultivo, consorciado com bananeira e consorciado com bananeira e palmeira juçara. O estudo foi desenvolvido na localidade de Lagoa Seca, município de Alegre-ES, em lavoura de cafeeiro arábica, cultivar Catuaí Vermelho IAC 44. As variáveis analisadas no experimento formam: a) atributos físicos e químicos do solo; b) características morfológicas (arquitetura de copa, morfologia e partição de biomassa de ramos plagiotrópicos, razão de rendimento, produtividade e tamanho dos grãos); c) características fisiológicas (concentração de clorofilas e trocas gasosas); e d) características nutricionais (teores de macro e micronutrientes em folhas, ramos e frutos e conteúdo de nutrientes por compartimento do ramo plagiotrópico) do cafeeiro. Foi possível verificar que o solo cultivado com cafeeiro em condições de monocultivo apresentou melhores características químicas (pH, P, K, Ca, Mg, SB, t, V e m). As plantas em monocultivo alocaram mais massa seca e nutrientes nos grãos; apresentaram maiores teores foliares para P, K, Ca, S, Cu e Zn; foram mais eficientes no uso de água (A/gs; A/E); e foram mais produtivas. Nos sistemas consorciados, as plantas de cafeeiro expuseram maior diâmetro de copa; maior alocação de massa seca e nutrientes nas folhas e caules dos ramos plagiotrópicos; exibiram maior proporção de grãos graúdos (peneira 16 acima); apresentaram maior condutância estomática; exibiram maiores teores foliares para Mg e Fe; alocaram mais nutrientes nas folhas e caules.
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    Implicações das alterações ambientais em Coffea spp
    (Universidade Federal do Espírito Santo, 2015-11-13) Martins, Lima Deleon; Tomaz, Marcelo Antonio
    O objetivo central foi estudar as implicações das alterações ambientais em Coffea spp. O primeiro capítulo apresentou um âmbito geral sobre o potencial impacto das mudanças climáticas sobre o desenvolvimento do cafeeiro, com foco nas implicações do dióxido de carbono (CO 2 ) e da temperatura do ar. O segundo, resultou do ensaio que objetivou submeter plantas de dois genótipos de Coffea arabica e um de C. canephora, em vasos, sob condições controladas de irradiância (800 μmol m -2 s -1 ), umidade relativa (75%) a duas condições de [CO 2 ] (380 ou 700 μL CO 2 L -1 ) durante aproximadamente um ano, sem restrições de água, nutrientes ou de desenvolvimento radicular. Os resultados apontaram que em todos os genótipos, a alta [CO 2 ] promoveu tendências opostas para densidade e tamanho dos estômatos, que diminuíram e aumentaram, respectivamente. Independentemente do genótipo ou da [CO 2 ], a taxa de assimilação líquida de CO 2 aumentou (34-49%) quando medida a 700 em comparação a 380 μL de CO 2 L -1 . Este resultado, juntamente com a condutância estomática quase inalterados, levou a um aumento de eficiência do uso da água instantânea. Os resultados também mostraram um reforço de componentes fotossintéticos (e respiratório), ou seja, do transporte de elétrons nos tilacóide e das atividades de enzimas, o que pode ter contribuído para a melhoria nas taxas máximas de transporte de elétrons, na carboxilação e na capacidade fotossintética sob elevada [CO 2 ], embora estas respostas tenham sido independes dos genótipos. A eficiência do fotossistema II, energia dirigida aos eventos fotoquímicos, carboidratos não- estruturais, pigmento fotossintético e permeabilidade da membrana não respondeu ao aumento da [CO 2 ]. Apesar de algumas diferenças entre os genótipos, não há respostas claras em relação ao comportamento dos genótipos a elevada [CO 2 ]. No geral, como nenhum sinal aparente de regulação negativa fotossintética (down-regulation) foi encontrado, os resultados sugerem que plantas de Coffea spp. podem suportar com sucesso a alta [CO 2 ], sob as atuais condições experimentais. O terceiro capítulo, pretendeu proporcionar um primeiro vislumbre sobre o efeito do impacto combinado da elavada [CO 2 ] e da alta temperatura sobre o conteúdo mineral e equilíbrio em plantas de Coffea spp.. Foram cultivados, em vasos, dois genótipos de Coffea arabica (cv. Icatu e IPR 108) e um de C. canephora (cv. Conilon Clone 153) em 380 ou 700 μL de CO 2 L -1 , por um ano, após foram expostas a um aumento gradual da temperatura de 25/20 °C (dia/noite) até 42/34 °C, ao longo de 8 semanas. Na temperatura de controle, plantas crescidas em 700 μL de CO 2 L -1 apresentaram um efeito de diluição moderada (entre 7% e 25%) no clone 153 (para N, Mg, Ca, Fe) e em Icatu (para N, K e Fe), mas não em IPR 108 (exceto para Fe) quando comparada com plantas crescidas a 380 μL de CO 2 L -1 , nesta mesma condição,com o aumento da temperatura houve uma diminuição dos teores nutricionais. Apesar das mudanças promovidas pela [CO 2 ] e temperatura, a grande maioria das relações minerais foram mantidas dentro de uma faixa consideravelmente adequada, o que sugere que esta planta pode se manter estável em relação ao balanço mineral em um contexto de mudanças climáticas. O quarto capítulo, apresenta uma análise de variáveis climáticas históricas de forma espacial e temporal para caracterização da vulnerabilidade climática de microrregiões na busca de estratégias de mitigação e adaptação que possam subsidiar a melhoria dos sistemas de produção de plantas de café conilon, sendo considerado o Estado do Espírito Santo, Brasil, como estudo de caso. Os resultados indicam que a vulnerabilidade em áreas de cultivo de café robusta está ligada a alta temperatura do ar, ao baixo índice de precipitação pluvial, a sazonalidade da precipitação pluvial e ao déficit hídrico. As estratégias de adaptação e mitigação de maior potencial apontam para o plantio de clones melhorados de café robusta, para a utilização de sistemas de policultivos, arborizados e sombreados, para o adensamento de plantas de café conilon, para implantação de sistemas de irrigação e para a utilização de manejo de plantas espontâneas.