UFLA - Dissertações

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    Aspectos epidemiológicos e fisiológicos da interação Colletotrichum gloeosporioides PENZ x mudas micropropagadas de cafeeiro (Coffea arabica)
    (Universidade Federal de Lavras, 2008-07-31) Martins, Fernanda Gonçalves; Abreu, Mario Sobral de
    Este trabalho foi realizado com o objetivo de estudar os aspectos da infecção de Colletotrichum gloeosporioides – isolado da haste e seca de ponteiro de cafeeiro e folhas de mangueira; estudar o quadro sintomatológico do patossistema mancha manteigosa x cafeeiro através da avaliação da incidência e severidade da doença, observar o caráter de suscetibilidade entre MOSPCSMM (Mudas obtidas de sementes de plantas com sintomas da mancha manteigosa) e MOSPSSMM (Mudas obtidas de sementes de plantas sem sintomas da mancha manteigosa); confirmar a relação entre C. gloeosporioides e a seca de ponteiros e observar em diferentes tempos, determinar os efeitos de isolados de gloeosporioides sobre os teores de pigmentos (clorofila a, b e total), fenóis solúveis totais e lignina solúvel em mudas de café obtidas por cultura de tecidos e inoculadas artificialmente. Os experimentos foram conduzidos com DIC e em DBC. As plantas foram inoculadas com uma suspensão de 2x10⁶ conídios.ml-¹ sobre a área foliar. A porcentagem de germinação conidial e formação de apressórios foram estimadas a 6, 12, 18, 24, e 48 horas após a inoculação. As avaliações da incidência e severidade foram realizadas a cada 5 dias, iniciando-se aos 7 dias após a inoculação, com duração de 30 dias. Aos 3 e 7 dias após inoculação foram quantificados os teores de pigmentos, fenóis e lignina. O início da germinação ocorreu entre 6 e 12 horas após a inoculação quando alguns conídios emitiam um ou dois tubos germinativos. Entre os isolados estudados pôde-se verificar que houve diferença significativa a 1% de significância pelo teste de Scott-Knott, mostrando dessa forma que houve diferença no potencial germinativo entre os isolados em MOSPSSMM. Em relação às MOSPCSMM não houve diferença significativa entre os isolados estudados, os mesmos apresentaram efeitos semelhantes sobre a germinação média de conídios. A formação de apressórios se deu a partir das seis horas após a inoculação. MOSPSSMM e MOSPCSMM mostraram-se resistentes ao isolado I, susceptíveis e moderadamente suscetíveis ao isolado II. Em relação ao isolado III, as MOSPCSMM mostraram-se susceptíveis, enquanto que MOSPSSMM mostraram-se moderadamente susceptíveis. Os primeiros sintomas de necrose nas folhas de mudas provenientes de MOSPCSMM e MOSPSSMM, só foram observados a partir do sétimo dia após inoculação. A presença do patógeno diminuiu significativamente os teores de clorofila, em relação aos tempos estudados nos dois materiais genéticos avaliados. Aos 7 dias após inoculação de plantas de café sadias e doentes pôde ser observado um maior teor de fenóis solúveis totais e lignina solúvel em resposta ao ataque de C. gloeosporioides.
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    Efeito da adição de condimentos no controle de microrganismos, na conservação de produtos de panificação e na inibição de metabolitos produzidos por fungos associados ao café
    (Universidade Federal de Lavras, 2001-05-31) Pereira, Marcelo Cláudio; Souza, Sára Maria Chalfoun de
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito "in vitro" de condimentos em pó, alho, canela, cebola, cravo-da-índia, erva-doce, hortelã, louro, maniericão, orégano etomilho. Os condimentos foram adicionados aos meios de cultura BDA e CYA20S nas concentrações de 0%, 1%, 2%, 3% e4%. Testou-se também um consevante químico, propionato de cálcio, comumente utilizado em produtos de panificação nas concentrações de 0,15% e 0,30% sobre o crescimento micelial e esporulação dos fungos associados a produtos de panificação. Na primeira etapa do trabalho foram selecionados os condimentos alho canela, cravo e tomilho para a extração dos óleos essenciais que foram testados nas concentrações de 500; 1000; 1500 e 2000ppm, exceto o cravo que foi testado nas concentrações de 200; 400; 600 e 800ppm. Como culturas teste foram utilizados os gêneros de fungos Rhizopus sp.; Penicillium spp.; Eurotium repens e Aspergillus niger obtidos de pães descartados para o consumo. Avaliou-se também o efeito dos condimentos em pó nas mesmas concentrações descritas anteriormente sobre a produção de aflatoxina e ocratoxina Ade duas cepas produtoras Aspergillus flavus e Aspergillus ochraceus respectivamente, isoladas de grãos de café {Coffea arábica L.). Acafeína foi avaliada quanto ao seu efeito em inibir esses metabólitos nas concentrações de 0,5%, 0,8, 1,0 e 2,0. Na avaliação "in vivo" dos condimentos em pó, alho; canela e cravo foram testadas as concentrações de 0%, 0,5%, 1%, 1,5% e 2% e do conservante químico propionato de cálcio nas concentrações de 0,15 e 0,30%. Os produtos de panificação escolhidos para estes testes visando o aumento na vida de prateleira foram, pão integral; pão de centeio erosca de maçã, por serem de fácil perecibilidade.
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    Produtos apícolas na produção de mudas e no controle da cercosporiose (Cercospora coffeicola Berk. e Cooke) e ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix Berk e Br.)
    (Universidade Federal de Lavras, 2004-02-18) Pereira, Cassiano Spaziani; Guimarães, Rubens José
    Neste trabalho foram aproveitados dois produtos apícolas a própolis e a cera de abelha, em diversas etapas da produção de café. O extrato etanólico de própolis (EEP) foi utilizado como fungicida natural no controle da cercosporiose, (Cercospora cofeicola Berk. & Cooke) em mudas e lavouras e da ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastratrix Berk. & Br.), apenas em lavouras de café. Além disso, foram verificados os efeitos da aplicação de EEP em mudas de cafeeiro, via substrato e a possibilidade de retenção de folhas nas plantas pelo uso da própolis. Almejou-se ainda a busca por um material alternativo par confecção de recipientes biodegradáveis para a produção de mudas, foi pesquisada a cera de abelha para confecção de tubetes. No experimento 1, EEP no controle da cercosporiose em mudas de café, foram utilizadas mudas da cultivar Catuaí IAC-99, plantas em vasos, e pulverizadas (via foliar) com diferentes doses, concluindo-se que o EEP aplicado via foliar, em mudas de cafeeiro, diminui a incidência e a severidade da cercosporiose na dose de 1,79%, preparado com 16% de própolis bruta. Nos experimentos 3 e 4 com EEP aplicado ao substrato das mudas de café, utilizou-se mudas em tubetes de 120 mL, aplicando-se diferentes doses ao substrato plantmax + osmocote®, concluindo-se que: O EEP quando aplicado no substrato prejudica o desenvolvimento de mudas de cafeeiro, devido à presença do álcool. No experimento 4, se avaliou o uso de EEP no controle de ferrugem e cercosporiose em lavoura. Foi utilizada uma lavoura da cultivar Rubi MG-1192, pulverizada com diferentes concentrações de própolis bruta no extrato (2,52, 16 e 28%) e doses de EEP na calda final (0,01, 1, 2, 3, e 4%). Conclui-se que: a) Em cafeeiros em produção a aplicação foliar da própolis, mostrou efeito protetor, por meio da diminuição da incidência da ferrugem, principalmente nos meses de junho, julho e agosto. A cercosporiose também teve sua incidência diminuída, porém nos meses de abril e maio. b) tanto para a ferrugem como para a cercosporiose, a aplicação foliar do EEP não reduziu a severidade dessas doenças, em lavouras em produção. c) A aplicação foliar do EEP, não proporcionou retenção ou desfolha do cafeeiro, após a colheita. No Capítulo III, Foi avaliado o uso da cera de abelha como material alternativo e biodegradável para a confecção de tubetes para mudas de cafeeiro. Neste experimento, como tratamentos, os tubetes de cera em diferentes espessuras foram plantados sem a retirada desses, e para comparação foi adicionada uma testemunha, retirando-se os tubetes. A cultivar utilizada foi a Acaiá Cerrado MG-1474, no momento em que as mudas encontravam-se aptas para o plantio com 3 a 4 pares de folhas transplantadas para vasos, onde foram avaliadas. Concluiu-se que: Mudas de cafeeiro produzidas em tubetes de cera de abelha, apresentam desenvolvimento semelhante a aquelas produzidas em tubetes de polietileno. Aos oitenta dias após o plantio, as mudas plantadas sem a retirada do tubete de cera de abelha, tem atrasos no seu desenvolvimento.
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    Indução de resistência em cafeeiro contra Cercospora coffeicola por eliciadores abióticos e extratos vegetais
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-02-18) Amaral, Daniel Rufino; Resende, Mário Lúcio Vilela de
    O estudo desenvolvido no departamento de Fitopatologia da UFLA, Lavras-MG, Brasil, teve como objetivos: 1) induzir proteção contra Cercospora coffeicola em cafeeiro com doses de silicato potássio e extratos vegetais; 2) caracterizar as reações bioquímicas do cafeeiro, desenvolvidas em função do estímulo de proteção, visando esclarecer parte da natureza das interações no patossitema C.coffeicola – cafeeiro. Testaram-se os seguintes eliciadores: silicato de potássio (doses 0,75; 1,5; 3,0 e 6,0 mL/L de água), extrato de casca de frutos de café (ECF), extrato de folhas de café infectadas com Hemileia vastatrix (EFID 100), extrato bruto aquoso de ramos de lobeira (Solanum lycocarpum) infectados com Crinipellis perniciosa (VLA) e extrato de folhas de eucalipto (Corymbia citriodora) (ECC). Nos experimentos com os eliciadores abióticos e bióticos, os produtos foram aplicados em cafeeiro C. arábica cv. Topázio e Acaiá Cerrado respectivamente, sete dias antes da inoculação com C. coffeicola. Observou-se que entre os eliciadores abióticos, o melhor resultado foi encontrado com silicato de potássio 1,5 mL/L, com uma diminuição de 47% na doença quando comparado ao da testemunha inoculada. A diminuição da doença com a utilização de ASM (acibenzolar S-metil) foi de 43% em relação a mesma testemunha. Entre os extratos vegetais, os melhores resultados foram encontrados com os extratos EFID 100, VLA e ECF. Estes extratos proporcionaram uma diminuição na área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) DE 37%, 32% e 40%, respectivamente, quando comparados com a testemunha inoculada. Plantas tratadas com ASM apresentaram 41% menor AACPD que a testemunha inoculada. Nos testes bioquímicos, pode-se observar que a pulverização de silicato de potássio (1,5 mL/L) proporcionou, em cafeeiro, um aumento na atividade de peroxidase, com pico aos 5 DAP (dias após a pulverização), sem inoculação. Inoculadas, as plantas apresentaram pico dessa enzima 10 DAP e 5 DAP. Para a polifenoloxidase, o pico de atividade ocorreu aos 15 DAP, sem inoculação. Quando se inoculou o patógeno, o pico de atividade ocorreu aos 10 DAP e 5 DAP. Também o maior acúmulo de lignina ocorreu em plantas tratadas com silicato de potássio 1,5 Ml/L e inoculadas com o patógeno. Na dosagem de 1,5 mL/L, o silicato de potássio proporcionou um aumento na espessura da cutícula, provavelmente pela maior quantidade de cera na superfície inferior das folhas. Plantas tratadas com EFID 100 e ECF induziram maior atividade de peroxidases aos 20 dias, enquanto aquelas tratadas com VLA induziram aos 15 dias. Para polifenoloxidase, as plantas tratadas com EFID 100, VLA e ECF apresentaram pico de atividade aos 20 dias. EFID 100 e VLA proporcionaram maior acúmulo de lignina, após a inoculação de C. coffeicola.
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    Diversidade microbiana em grãos de cafe (Coffea arabica L.) processados por via seca nas fases pré e pós-colheita
    (Universidade Federal de Lavras, 2000-02-25) Silva, Cristina Ferreira; Schwan, Rosane Freitas; Dias, Eustáquio Souza
    A magnitude e diversidade da população microbiana, associadas ao processo seco de café (Coffea arábica), foram analisadas durante dois anos em quinze fazendas diferentes do Sul de Minas Gerais. A carga microbiana variou de 3 x 10-⁴ a 2.2 x 10⁹ CFU / grão. Em todas as fases, bactérias foram o grupo mais abundante, seguido de fungos filamentosos e finalmente leveduras. Contagem de bactérias, leveduras e fungos variaram consideravelmente entre fazendas e em diferentes fases de maturação e processamento, em todas as fazendas. Leveduras mostraram um aumento durante o processo de fermentação. A contagem não foi significativamente diferentes para fungos, leveduras e bactérias entre os dois anos, embora bactérias Gram negativas tenham dominado no ano de 1997 e bactérias Gram positivas tenham dominado no ano de1998. Um total de 612 isolados foram identificados pelo menos quanto ao gênero (41) e 61 espécies diferentes. Os 113 isolados de bactérias Gram –negativas incluíram 15 gêneros e 25 espécies, sendo as mais comuns Aeromonas, Pseudomonas, Enterobacter e Serratia. A metade dos 23 isolados de bactérias Gram-positivas esporuladas foi identificada em 6 espécies de Bacillus. Das 118 bactérias Gram positivas não esporuladas, a mais comum foi Cellulomonas, e as menos incidentes foram Arthrobacter, Microbacterium, Brochothrix, Dermabacter e Lactobacillus. As 90 leveduras identificadas incluíram-se em 12 gêneros e 23 espécies diferentes, e quase todas eram fermentativas. Emincidência, os gêneros mais comuns foram Pichia, Cândida, Arxula e Saccharomycopsis. Pichia lynferdii e Arxula adeninivorans são raramente descritas na literatura. Quase todos 292 isolados fungicos foram identificados quanto ao gênero ou quanto a espécie. Cladosporium, Fusarium e Penicillium representaram três terços do total dos isolados e foram encontrados em todas as fazendas. Só 3% do isolados foram Aspergillus e ocasionalmente Beauvaria, Monilia e Arthrobotrys. A flora microbiana é variada e muito mais complexa que previamente descrita em processamento úmido. Alguns dos gêneros e espécies identificados são capazes de apresentar atividade pectinolítica e celulolítica. Variações entre fazendas, entre diferentes fases de processamento e a flora microbiana, revelaram alguns padrões secundários de sucessão.
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    Dinâmica populacional da broca-do-café Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Scolytidae) em Lavras, MG
    (Universidade Federal de Lavras, 1998-10-08) Ferreira, Antônio José; Bueno, Vanda Helena Paes
    O monitoramento da broca-do-café Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) foi realizado na cultura do café Coffea arábica L., em Lavras - MG, Brasil, no período de outubro de 1996 a junho de 1997, com o objetivo de verificar a sua dinâmica populacional na safra e entressafra da cultura. Delimitou-se uma área experimental de aproximadamente 1500 m2 numa lavoura de café, cultivar Catuaí Amarelo, onde se procederam a amostragens mensais. Foram coletados frutos pendentes e frutos caídos no solo, sob a copa dos cafeeiros, os quais foram examinados quanto a presença de adultos e formas jovens (ovo, larva e pupa) da broca-do-café e de parasitóides. Em outra área experimental, localizada no município de Ijaci- MG, formada com as cultivares Mundo Novo, Catuaí Amarelo e Catuaí Vermelho, foi realizada uma amostragem, por ocasião da colheita, determinando-se a percentagem de frutos broqueados/planta/estágio de maturação. O único parasitóide observado foi Prorops nasuta Waterston, 1923, e com ocorrência apenas no período da entressafra. A precipitação pluviométrica e o parasitóide P. nasuta foram os fatores que mais contribuíram para o baixo crescimento populacional de H. hampei na área estudada. Com relação à cor dos frutos, observou-se uma preferência de H. hampei pela cor vermelha em comparação com a cor amarela.
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    Bactérias e fungos associados ao café natural e ao material envolvido na colheita
    (Universidade Federal de Lavras, 2003-06-25) Falqueto, Silvia Altoé; Schwan, Rosane Freitas
    Fungos fílamentosos, leveduras e bactérias foram isolados a partir de amostras de café processado por via seca (café natural) e de material (peneiras, derriçadoras, recolhedoras, panos e mãos de operários) associado à colheita. A maior parte dos 195 isolados bacterianos (157 isolados) pertence ao gênero Bacillus, cuja espécie mais abundante foi Bacillus licheniformis (68 isolados). Do mesmo gênero, B. firmus foi a segunda espécie mais abundante, com 17 isolados, seguida por B. coagulam (16) e B.polymyxa e B. cereus/thuringiensis (13 isolados cada). B. larvae e B. alvei apareceram com 6 isolados cada, B. subtilis com 5, B. sphaericus eB. lentimorbus/popilliae com 4 cada, B. pumilus com 2 e B. stearothermophilus, B. macerans e B. brevis com um isolado cada. As outras bactérias incluíram bastonetes não esporulados (16 isolados) dos quais quatro são Carnobacterium mobile, e 18 que não se encaixaram em nenhum dos gêneros propostos nos manuais de identificação utilizados. Também foram obtidos 14 cocos gram-positivos e 4 bactérias gram-negativas (2 cocos e 2 bastões) que não se encaixaram em nenhum dos gêneros propostos nos manuais de identificação utilizados. Entre os 93 fungos isolados, 80 foram identificados até gênero. Os gêneros encontrados foram Fusarium (55 isolados), Penicillium (19 isolados), Aspergillus (4 isolados) e Cladosporium (2 isolados). As 198 leveduras não foram identificadas. As bactérias foram testadas quanto à capacidade de produção de poligalacturonase (PG) e pectina liase (PL), duas enzimas do complexo pectmolítico. Nenhum isolado produziu PG, mas 17 isolados produziram PL. Dos 17 isolados produtores, 11 eram B. licheniformis. A maior parte das espécies de Bacillus isoladas pode ser encontrada no solo, podendo ser esta a via de contaminação do café por estes microrganismos. Alguns isolados de bactérias e de fungos foram obtidos de equipamentos, possivelmente trazidos pela poeira. O pequeno número de isolados produtores de PL pode estar atuando apenas restritamente no desprendimento da mucilagem. Os gêneros de fungos encontrados são muito comuns em frutos de café, sendo que Fusarium está associado a bebidas de pior qualidade, Cladosporium a bebidas de melhor quahdade e Penicillium e Aspergillus à produção de micotoxinas.
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    Flutuação sazonal e associação de Colletotrichum gloeosporioides Penz. a diferentes órgãos e tecidos de cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal de Lavras, 2004-02-20) Ferreira, Josimar Batista; Abreu, Mario Sobral de
    O patossistema Colletotrichum-cafeeiro em Minas Gerais é muito importante e complexo. Neste trabalho, avaliou-se a incidência de Colletotrichum gloeosporioides nos estádios de formação, nos tecidos dos frutos de cafeeiros e em ovários de flores recém fecundadas de plantas com e sem sintomas de mancha manteigosa. Avaliou-se, ainda, a colonização do fungo em plântulas e o progresso da doença (área abaixo da curva) em folhas de cafeeiros no campo. Constataram-se altos valores de incidência de C. gloeosporioides nos estádios de formação do fruto com média de 86,6%. Dentre as cultivares avaliadas, destacou-se a cultivar Topázio como a mais suscetível e a Icatú como a mais resistente. A incidência de C. gloeosporioides nos tecidos do fruto do cafeeiro teve diferentes comportamentos, sendo que a maior concentração do fungo foi verificada no exocarpo e mesocarpo, seguidos do endocarpo e endospermas. Observou-se a incidência de C. gloeosporioides nas sementes de todas as cultivares estudadas. A colonização foi testada por meio de inoculações de suspensão de conídios pulverizados em hipocótilos e inoculações sobre discos autocolantes no 2o par de folhas. O fungo colonizou as plantas de forma endofítica. A maior colonização foi nas folhas cotiledonares, seguidas pelo l°par, 2°par e 3º par de folhas verdadeiras. Verificou-se colonização lenta do fungo nos tecidos das plântulas e, a partir do ponto de entrada do patógeno, este coloniza as plântulas sistêmica e ascendentemente em direção aos novos tecidos. Plantas com sintomas de mancha manteigosa foram mais suscetíveis ao C. gloeosporioides, as quais apresentaram declínio e morte. As que floresceram produziram baixos percentuais de chumbinho, nos quais ocorreram mumifícações. A incidência de C. gloeosporioides em folhas de cafeeiros no campo foi observada a partir do mês de fevereiro, período de maior volume pluviométrico (462 mm), maior umidade relativa do ar (75%) e temperatura média de 23°C, com picos máximos da doença no mês de abril (3,6%). Na análise de progresso da doença (área abaixo da curva), as cultivares Icatú, Mundo Novo e Katipó foram as mais resistentes, enquanto as cultivares Acaiá, Topázio, Catuaí Vermelho, Catuaí Amarelo e Rubi foram as mais suscetíveis.
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    Caracterização morfológica, bioquímica e patogênica de isolados de Colletotrichum ssp. em Coffea arabica L.
    (Universidade Federal de Lavras, 2002-02-22) Dias, Moab Diany; Abreu, Mario Sobral de
    O presente trabalho foi realizado no Departamento de Fitopatologia da UFLA, no período de dezembro de 2000 a janeiro de 2002. No estudo foram avaliados nove isolados c teve como objetivos: 1) caracterizar morfológica e bioquimicamente isolados de Coilletotrichum spp. Provenientes de folhas, ramos e frutos de cafeeiro com sintoma de mancha manteigosa e seca de ponteiros; 2) estudar o efeito de diferentes temperaturas no comportamento dos isolados de Coilletotrichum spp: 3) realizar teste de patogenicidade em plântulas de cafeciro (Coffea arábica L). As características avaliadas na caracterização morfológica e no estudo de diferentes temperaturas dos isolados foram: índice de velocidade de crescimento micelial, capacidade de esporulação, porcentagem de germinação dos conídios, dimensão dos conídios, coloração das colônias e formação de estruturas reprodutivas. No teste bioquímico observou-se a capacidade dos isolados cm metabolizar tartarato e ácido cítrico como fontes exclusivas de carbono. Os testes de patogenicidade foram efetuados em plântulas de cafeeiro obtidas por meio de pré-germinação e de cultura de tecidos. As características morfológicas dos isolados caracterizados e os resultados do teste de metabolização de tartarato de amônio c o teste de patogenicidade sugerem ser Coilletotrichum gloeosporioides o agente causai da Mancha manteigosa.
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    Compatibilidade vegetativa e sexual do complexo Glomerella-Colletotrichum associado ao cafeeiro e estudos histopatológicos
    (Universidade Federal de Lavras, 2005-02-28) Pereira, Igor Souza; Abreu, Mario Sobral de
    Existem ainda muitas lacunas para o melhor entendimento do complexo Colletotrichum-cafeeiro. Destacam-se, entre elas, a origem da variabilidade encontrada entre os isolados de C. gloeosporioides e o seu modo de colonização. Em se tratando de variabilidade, a técnica que utiliza mutantes n/7 para estudos de grupos de compatibilidade vegetativa, adaptada para estudos com o gênero Colletotrichum, tem demonstrado resultados satisfatórios. Quanto aos estudos histopatológicos, a microscopia eletrônica é uma importante ferramenta na compreensão dos processos de pré e pós-infecção, entretanto, pouco usada no referido complexo. Objetivou-se, neste trabalho, examinar a variabilidade da população de C. gloeosporioides e C. acutatum por meio da compatibilidade vegetativa e sexual e realizar estudos histopatológicos por microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os experimentos foram realizados no Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras (Lavras, MG) no período de janeiro a dezembro de 2004. Pode-se comprovar a alta variabilidade genética de C. gloeosporioides, representada por 16 grupos de compatibilidade vegetativa. Observou-se a formação da fase ascogênica em alguns isolados de C. gloeosporioides do cafeeiro, demonstrando ser esta uma espécie tanto homotálica quanto heterotálica. Comprovou-se, dessa forma, a origem da alta variabilidade, dado o elevado número de VCGs e a constatação da fase ascógena. Utilizando-se a MEV, pode-se observar a colonização por Colletotrichum em frutos de café, no tecido próximo à epiderme, em diferentes estádios de maturação. Os ramos murchos apresentaram colonização, tanto nos vasos do xilema quanto floema. Quando se inoculou C. gloeosporioides sobre hipocótilos, pôde-se observar germinação nos hipocótilos feridos 6 horas após a inoculação. Os conídios ficaram aderidos preferencialmente nas regiões depressivas dos hipocótilos e evidenciavam um ou dois tubos germinativos terminais. Apressórios globosos a subglobosos e de contorno regular surgiram 12 horas após a inoculação. Até 72 horas, não se observou a formação de acérvulos.