UFLA - Dissertações

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    Estudo econômico da cafeicultura no sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2001-05-08) Fontes, Renato Elias; Castro Júnior, Luiz Gonzaga de
    O presente trabalho teve por objetivo geral identificar os principais recursos econômicos utilizados no processo produtivo do café, além de elaborar uma proposta de planilha de custo de produção. A pesquisa que se baseia na teoria do custo e da produção procurou estimar os custos de produção do café (Coffea arábica L.) em três estratos de produtividade, com sistema tradicional de manejo e no manejo de café orgânico. Os dados dos cafeicultores que estão no sistema tradicional referem-se à safra 98/99, onde foram estudados quarenta e três cafeicultores tradicionais, e um cafeicultor que utiliza o manejo orgânico, com dados da safra 99/00. A área de estudo inclui diversas cidades do Sul de Minas Gerais. Considerando os indicadores econômicos obtidos na pesquisa, pode-se concluir que as despesas com os recursos variáveis foram as que mais oneraram o custo final do café em todos os dois tipos de manejo. Os itens que mais afetaram os custos de produção foram a formação de lavoura, no caso dos recursos fixos, e os gastos com a mão-de-obra, principalmente a temporária. Concluiu-se, também, que a cafeicultura responde à economia de escala e, no geral, a safra cafeeira tradicional de 1998/1999 e o café orgânico em 1999/2000 apresentaram uma situação de lucro econômico, com tendência de expansão da atividade.
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    Trajetória histórica do café na Região Sul de Minas Gerais
    (Universidade Federal de Lavras, 2000-03-02) Filetto, Ferdinando; Alencar, Edgard
    Este trabalho teve como objetivo analisar historicamente o café da região sul de Minas Gerais. Consideramos objeto de estudo historiográfico obras literárias, documentos, textos de natureza jornalística, memorialística, biográfica, documental e didática. Outro método utilizado foi o quantitativo, além da história oral e a história de vida que suplementaram os documentos oficiais. Nosso objeto empírico de investigação foi a região sul de Minas Gerais e a temática de estudo o desenvolvimento histórico do café nesta região. Atentamos para o conceito de região e espaço, como construção, processo histórico concreto, portanto, atravessado pela temporalidade e nela interferente. A expansão do cafeeiro no sul mineiro fez surgir uma paisagem nova: a paisagem do café. Onde era mata virgem, apareceram as fezendas auto- suficientes, emoldurando o planalto; provocou o crescimento de muitas cidades e multiplicou as vias férreas, substituindo as trilhas onde predominavam as tropas de burros. As primeiras culturas de café no sul mineiro foram estabelecidas em Aiuruoca, Jacuí e Baependi, no vale do rio Sapucaí e rio Grande, em fins do século XVTII, por intermédio dos tropeiros que faziam a ligação da região com o Rio de Janeiro. O maior entrave à expansão da cafeicultura sul mineira foi a dificuldade de transportes. As vias de comunicação eram precárias e as distâncias a serem percorridas muito longas. Até o final do século XIX, a produção e exportação foram modestas frente a concorrência das áreas produtoras localizados mais próximos aos portos de embarque. O início do século XX trouxe uma nova dinâmica produtiva, graças às linha ferroviárias. O perfil produtivo mudaria somente na década de 1970 com o Plano de Renovação e Recuperação dos Cafezais, fomentado pelo IBC. O sul mineiro configura-se, atualmente, num modelo de complexo agroindustrial, apesar da maior parte de sua produção destinar-se à exportação. São 200 anos dessa cultura no sul mineiro, motivo maior que justifica a denominação de '^tradicional região cafeeira".