UFLA - Dissertações
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Item Biodiversidade, fungos ocratoxigênicos e ocratoxina A em grãos de café (Coffea arabica L.) de cultivo convencional e orgânico(Universidade Federal de Lavras, 2010-11-24) Rezende, Elisângela de Fátima; Batista, Luís RobertoO café é um importante produto agrícola para o Brasil, possibilita a geração de milhares de empregos e arrecadação de impostos importantes para a economia do país. O Brasil lidera a produção e exportação mundial de café e o estado de Minas Gerais é responsável pela metade da produção nacional. A bebida do café é uma das mais consumidas mundialmente. Dentre o perfil dos consumidores, existem aqueles que se preocupam com as questões ambientais, sociais e saúde, desse modo, cresce o número de consumidores interessados em produtos orgânicos. O café produzido sob o sistema orgânico não recebe agrotóxicos e adubos químicos de alta solubilidade, estes são substituídos por subprodutos da reciclagem da matéria orgânica vegetal e animal. Como qualquer outro produto agrícola, o café está sujeito à contaminação com fungos produtores de micotoxinas. As micotoxinas são metabólitos secundários produzidos por fungos e podem ter efeitos tóxicos para a saúde dos seres humanos e animais. Para serem produzidas são dependentes de vários fatores, principalmente do clima, temperatura e umidade. A micotoxina mais estudada no café é a ocratoxina A, essa micotoxina pode ter efeito carcinogênico. Vários fungos podem produzir a ocratoxina A, por exemplo, espécies dos gêneros Aspergillus e Penicillium. Em países de clima tropical espécies ocratoxigênicas do gênero Aspergillus são mais comuns. Algumas publicações cientificas afirmam que a espécie A. carbonarius é o maior produtor de ocratoxina A, e é comumente encontrado em uvas e derivados e em café robusta, pouca contaminação em café arábica. A espécie A. ochraceus é relatada em muitos estudos como a principal espécie contaminante dos frutos e grãos de café e é responsável pela produção de ocratoxina A neste produto.Item Influência da separação de grãos de café (Coffea arábica L.) por tamanho na qualidade ocorrência de ocratoxina A(Universidade Federal de Lavras, 2001-08-30) Nasser, Patrícia Prado; Souza, Sara Maria Chalfoun deO presente estudo teve como objetivo isolar, quantificar e identificar a população fúngica de Penicillium spp. e Aspergillus da seção Circundati de grãos de café beneficiados, separados por peneiras antes e após desinfecção superficial, avaliar o potencial ocratoxigênico destes isolados, avaliar a incidência de ocratoxina A (OTA), analisar por dois métodos diferentes a bebida, comparar o espectro da coloração das amostras de mesma procedência e avaliar o efeito de substrato produzido pelo fungo Aspergillus niger var. niger sobre o crescimento e produção de OTA por espécies de Aspergillus da seção Circundati. Entre os fungos isolados, identificados e quantificados verificou-se a presença dos fungos Aspergillus ochraceus, Aspergillus sulphureus, Aspergillus sclerotiorum (seção Circundati) e Penicillium brevecompactum, sendo que entre 58 isolados, 50% apresentaram um potencial ocratoxigênico positivo. A seleção dos grãos em peneiras mostrou-se eficaz na redução do índice de severidade de contaminação (ISC), bem como do número de isolados com potencial ocratoxigênico positivo. Das 12 amostras analisadas, 7 apresentaram níveis de OTA que variaram de 0,120 a 0,591 ng/g; uma amostra apresentou traços de contaminação e em 4 amostras não se registrou a presença de OTA. A relação entre ocorrência de OTA e diferentes tamanhos de grãos indicou que a seleção de grãos também reduz o risco de contaminação por OTA, embora todas as classes de grãos (peneiras) tenham apresentado níveis da OTA inferior àqueles propostos pelas legislações Européias para grãos de café e cereais (5 ppb). Esta separação proporcionou melhoria na qualidade da bebida tanto na análise da atividade da enzima (Polifenoloxidase) PFO, quanto na análise de degustação e contribuiu também para maior homogeneização da cor dos grãos. O método de controle biológico, com a utilização de um isolado do fungo atoxigenico Aspergillus niger var. niger mostrou-se promissor na redução do índice de velocidade de crescimento micelial e produção de ocratoxina A por fungos toxigênicos do gênero Aspergillus da seção Circundati.Item Identificação, potencial toxigênico e produção de micotoxinas de fungos associados a grãos de café (Coffea arábica L.)(Universidade Federal de Lavras, 2000-11-19) Batista, Luís Roberto; Souza, Sara Maria Chalfoun deO presente estudo teve como objetos identificar a população fungica de Aspergillus e Penicillium associados a grãos de café beneficiados antes e após a desinfecção com NaClO a 1%, avaliar o potencial toxigênico destes isolados identificados quanto a produção de aflatoxinas e ocratoxina A e avaliar também a incidência de ocratoxina A nas mesmas amostras de grãos de café. Em 45 amostras foi analisada a presença da microbiota; destas, em 40 amostras foi avaliada a incidência do ocratoxina A. Das amostras que foram analisadas quanto à microbiota, 95,55% apresentaram contaminação com fungos do gênero Aspergillus, 42,22% com fungos do gênero Penicillium. Análises realizadas após a desinfecção com NaClO a 1% mostraram que 46,66% apresentaram contaminação com fungos do gênero Aspergillus, 24,44% com fungos do gênero Penicillium. Cerca de 188 isolados foram identificados até espécie, sendo encontradas 10 espécies da Seção Circundati, 3 espécies da Seção Flavi, 3 espécies da Seção Nigri, 4 espécies da Seção Versicolores e 2 espécies de teleomorfos da Seção Aspergillus. Do gênero Penicillium, foram identificadas 8 espécies. Dos isolados da Seção Circundati, 74,67% foram produtores de ocratoxina A. Dos isolados identificados como Asperiluus flavus var flavus e Aspergillusflavus var columnaris, 33,33% foram produtores de aflatoxina BI e B2. Os isolados da Seção Nigri e as espécies de Penicillium não foram produtoras de ocratoxina A. Das amostras analisadas quanto à incidência de ocratoxina A, 12,5% estavam contaminadas com níveis que variaram de 0,47 a 4,82 ng/g, com uma média dos valores positivos de 2,45ng.Item Consumo e bioproteção de componentes do café à presença de micotoxinas em ratos Wistar(Universidade Federal de Lavras, 2011-02-23) Rocha, Juliano Silva; Pimenta, Carlos JoséO café é nada menos do que a segunda bebida mais consumida no mundo, sabor e aroma atrativo justificam sua aceitação. Diversos estudos têm sido realizados para determinar seus efeitos sobre a saúde humana. Diante das evidências observadas na literatura, o presente estudo buscou confrontar através de testes “in vivo” a ação bioprotetora de dois dos mais importantes compostos químicos presentes no café (ácidos clorogênicos e cafestol) e o efeito tóxico de duas conhecidas micotoxinas (ocratoxina A e aflatoxina B1). O experimento foi composto de quatro ensaios biológicos; para isso foram utilizados ratos Wistar jovens, machos, mantidos em ambiente controlado, com fotoperíodo de 12 horas e temperatura ambiente de aproximadamente 25 oC, todos em gaiolas metabólicas individuais, com acesso a alimentação controlada (15g/dia) e água “ad libtum”. Durante as quatro últimas semanas de cada ensaio, cada animal recebeu 50ng de toxina/dia em 3g de leite em pó, adicionado de 1,5ml de água destilada e moldado de forma esférica. Animais dos grupos negativos para toxina receberam o mesmo tratamento sem a adição de micotoxina. Foi possível observar ação bioprotetora frente às micotoxinas, com destaque para os ácidos clorogênicos, melhorando o ganho de peso e a síntese de glicogênio hepático e muscular. Sugerimos a realização de testes por um maior período de tempo para confirmação de todos os indícios encontrados, já que não foram encontradas diferenças nos exames bioquímicos e histopatológicos. Os dados percentuais obtidos foram comparados através de Análise de Variância, pelos Testes Scott Knott e T de Student, nível 5% de probabilidade.