UFSCAR - Dissertações

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    Processo de produção e processo de trabalho na cultura do café: uma comparação entre café commodity e café especial do sul de Minas Gerais Remove selected
    (Universidade Federal de São Carlos, 2007-02-27) Sanchez, Alda Maria Napolitano; Alves, Francisco José da Costa
    O presente trabalho tem como objetivo principal verificar as condições de vida e trabalho dos trabalhadores da lavoura do café commodity e do café especial no Sul de Minas Gerais, região que representa aproximadamente 50% da produção de café do Brasil. A cultura do café é uma das mais importantes no país a partir de sua chegada ao final do século XVIII. Desde então, o Brasil mantém a posição de maior produtor de café do mundo. Além da movimentação financeira do café no agronegócio, podemos considerar que a lavoura do café está entre as que mais empregam mão-de-obra no campo, antecedida pelos grãos, cana-de-açúcar e laranja. Desde os anos 2000, os rendimentos das lavouras de café não estão sendo favoráveis aos produtores brasileiros, e, por isso, tem se iniciado uma discussão sobre a necessidade do aumento destes rendimentos e da abertura de novos mercados consumidores do café brasileiro. Com isso, a busca pela agregação de valor ao café tornou- se a pauta do dia. A pesquisa realizada nas fazendas produtoras abordou tanto os processos de produção do café bem como o processo de trabalho. Esta pesquisa permitiu perceber as diferenças existentes nos processos de produção e também nos processos de trabalho nas lavouras. Detalhando cada uma das atividades e investigando as relações de trabalho existentes nas diferentes produções cafeeiras, observou-se que as lavouras de café especial requerem maior quantidade de trabalho para a execução de suas tarefas, a fim de garantir um café de qualidade. Em contrapartida, melhoram as condições de vida e trabalho dos trabalhadores, principalmente pelo fato de que os produtores de café especial necessitam atender às exigências do mercado externo para que seu café seja aceito. Através dessa relação, é que o trabalhador se beneficia.
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    A família no processo de construção social de mercados: uma análise da constituição moral do trabalho livre na economia cafeeira de São Carlos
    (Universidade Federal de São Carlos, 2010-02-25) Palma, Rogério da; Truzzi, Oswaldo Mário Serra
    As relações familiares adquiriram fundamental importância no processo de trabalho da economia cafeeira do “novo” oeste paulista, mas ainda não é conhecido um estudo sistemático sobre como elas atuaram na inserção ocupacional de italianos e brasileiros negros. Através da consulta a um recenseamento municipal e a inquéritos policiais, o presente trabalho possui como propósito a análise da configuração familiar e das percepções acerca da família entre italianos e brasileiros negros situados nos latifúndios cafeeiros de São Carlos durante a virada do século XIX para o século XX. Baseando-se na ideia segundo a qual os mercados são construções sociais, procurou-se auxiliar na compreensão da formação histórica do mercado de trabalho livre em questão. Em um primeiro momento, percebeu-se, por meio do exame de dados referentes à configuração familiar de negros e italianos, o exercício de maior controle, por parte dos italianos, para a permanência de filhos casados no núcleo familiar. Tal fato pode demonstrar que eles possuíam um projeto familiar mais consolidado em torno do colonato. Conseguiu-se também delimitar pressupostos morais semelhantes nos discursos de ambas as categorias estudadas. Ficou evidente, entretanto, o fato de a experiência em torno desses pressupostos ser bem distinta entre eles. O processo de racialização do período abordado relegou aos negros uma representação contrária a da moralidade familiar tida como condizente ao mercado de trabalho livre. Acredita-se que, juntamente com a maior consolidação do colonato enquanto “projeto familiar” entre os italianos, este pré-conceito para com a moralidade familiar dos afro-descendentes é fundamental para se explicar o posicionamento desta categoria social no mercado de trabalho livre da economia cafeeira de São Carlos.
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    Configuração das elites política e econômica em São Carlos/SP – 1873 a 1904
    (Universidade Federal de São Carlos, 2015-05-11) Conceição, Carla Fernandes da; Truzzi, Oswaldo Mário Serra
    No período compreendido entre a passagem do Império para a República, os fazendeiros de café paulistas compunham a elite econômica e política nas esferas municipal, estadual e federal. Partindo de uma perspectiva da Sociologia Histórica e baseando-se nos autores clássicos do estudo das elites – Mosca, Pareto e Michels, esta pesquisa teve por objetivo entender a presença dos fazendeiros de café nas transformações ocorridas no município de São Carlos. Para tanto, estudar a configuração destes fazendeiros mostrou-se relevante para a compreensão das relações mantidas e criadas entre os membros desta elite, especificamente, no período entre 1873 a 1904.
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    Representação da informação de bens culturais: construindo uma taxonomia no contexto das fazendas históricas paulistas
    (Universidade Federal de São Carlos, 2015-02-19) Bernardino, Mayara Cristina; Gracioso, Luciana de Souza
    Esta pesquisa se insere no contexto das fazendas históricas brasileiras que foram responsáveis, especialmente, pelo desenvolvimento econômico nacional a partir do cultivo do café entre os séculos XVII e XIX. Diferentes grupos de pesquisa se reuniram para desenvolver e aplicar uma metodologia para catalogar e inventariar bens culturais destas fazendas tornando-os disponíveis em um software livre chamado Memória Virtual (MV). O MV é um sistema desenvolvido em uma plataforma de software livre, sob licença GPL (General Public Licence), e permite armazenar diferentes tipos de acervos históricos, sejam bibliográficos, museológicos, arquivísticos, arquitetônicos e naturais em uma única base de dados. Foi inicialmente desenvolvido por pesquisadores do curso de Ciência da Computação da Universidade de São Paulo (ICMC/USP), no campus de São Carlos – SP, estando seu protótipo já pronto em fase de testes. Atualmente estas pesquisas foram concentradas no projeto “Critérios e metodologias para a realização de inventários do patrimônio cultural paulista”, apoiado pela FAPESP. Um dos resultados deste projeto foi a elaboração de um Padrão de Descrição da Informação (PDI) que serve de apoio ao provimento de conteúdos no MV. Neste contexto, tivemos como objetivo geral elaborar um instrumento de linguagem, especificamente uma taxonomia, para ser utilizado como apoio da indexação de conteúdo no MV. Com este enfoque foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: Compor um mapeamento descritivo dos estudos desenvolvidos no âmbito da Ciência da informação brasileira que dizem respeito ao desenvolvimento de conceitos, teorias, métodos e instrumentos voltados à descrição, organização e representação do Patrimônio Rural Nacional. Recuperar, detalhar e descrever os procedimentos já desenvolvidos em pesquisas anteriores, voltados à coleta de palavras relacionadas ao Patrimônio Rural Paulista. Analisar especificamente as normas internacionais para Organização e Recuperação da Informação em Ciência da Informação dentre elas a ANSI/NISO Z39.19-2005. Desenvolver uma estrutura introdutória de taxonomia, a ser incorporado no MV como recurso para indexação dos bens culturais que poderão vir a ser cadastrados, elencados. Como resultado, foi construída uma estrutura inicial de taxonomia com 3639 termos, estruturados hierarquicamente e com sinalizações de uso. O intuito maior relacionado ao desenvolvimento deste ambiente de memória vai desde a preservação das referências dos patrimônios materiais e imateriais das fazendas históricas brasileiras até a sistematização de informações que possam aperfeiçoar a elaboração de políticas públicas voltadas a educação patrimonial, e neste sentido, qualquer ferramenta que permita otimizar os processos de recuperação da informação sobre bens culturais, são bem vindos.
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    Padrão de descrição de informação:avaliação da capacidade representacional de bens materiais
    (Universidade Federal de São Carlos, 2014-02-07) Almeida, Milene Rosa de; Costa, Luzia Sigoli Fernandes
    O desenvolvimento rural das regiões Sudeste e Sul brasileiras deu-se em meados do século XVIII, primeiramente com a mineração e posteriormente com as culturas de café e cana-de-açúcar. Além do desenvolvimento econômico, destacam-se as riquezas arquitetônicas e culturais desses espaços. A fim de descrever bens patrimoniais rurais materiais e imateriais existentes nestas fazendas, criou-se o Padrão de Descrição de Informação (PDI), utilizando-se de preceitos teóricos e metodológicos das Ciências da Informação e da Computação. O PDI é composto por 13 grupos de descrição, conforme o campo, o conteúdo e a natureza do bem patrimonial. Os parâmetros para obtenção de uma descrição abrangente e exaustiva dos bens foram retirados de códigos, normas e roteiros biblioteconômicos, arquivísticos, museológicos e informáticos. A presente pesquisa realizou um estudo comparativo entre os campos de descrição do PDI e o padrão MAchine Readable Cataloging (MARC 21), largamente utilizado em bibliotecas. A metodologia constou de um estudo teórico sobre patrimônio rural e sobre catalogação, com destaque para o padrão MARC 21, seguido da análise comparativa do PDI e MARC 21. Como resultados, apontou-se que o PDI necessita de pequenas intervenções a fim de permitir uma descrição mais completa dos bens patrimoniais materiais identificados nas fazendas históricas paulistas. Concluiu-se que o PDI é capaz de realizar a representação descritiva do bem patrimonial material rural de modo satisfatório.
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    Expansão urbana e formação dos territórios de pobreza em Ribeirão Preto: os bairros surgidos a partir do núcleo colonial Antônio Prado (1887)
    (Universidade Federal de São Carlos, 2007-11-26) Silva, Adriana Capretz Borges da; Truzzi, Oswaldo M. Serra
    Este trabalho consiste do estudo dos bairros originados a partir do Núcleo Colonial Antônio Prado, criado em Ribeirão Preto, no ano de 1887. Atendendo aos interesses do complexo cafeeiro, o núcleo colonial ocupou as terras devolutas ainda existentes na cidade e teve como objetivo abastecer a população com gêneros de subsistência, atrair e fixar “braços para a lavoura” por meio da aquisição do lote, mas também de modificar o perfil do morador urbano. Entre as exigências para se adquirir um lote, era necessário que o candidato fosse estrangeiro, que possuísse profissão urbana e condições para construção de moradia ou estabelecimento comercial, bem como era obrigatório que mantivesse o cultivo efetivo e arcasse com a manutenção e construção de benfeitorias em seu lote, sob pena de perda do mesmo em caso de descumprimento das normas. Os duzentos lotes que compunham sua área foram imediatamente ocupados e em 1892, após o pagamento das dívidas pela maior parte dos primeiros proprietários, passaram a ser subdivididos e entraram no mercado de terras local. Naquela época, Ribeirão Preto começava a assistir ao desenvolvimento gerado pela monocultura cafeeira, que motivou a construção da infra-estrutura urbana, a chegada da ferrovia e a instalação de uma rede de serviços relacionados ao complexo cafeeiro. O urbanismo sanitarista vigente, pautado pelos “Códigos de Posturas”, afastava da população os focos de contaminação como hospitais, cemitérios, fábricas e matadouros, mas também “protegia” a cidade de pessoas “indesejáveis” à manutenção da nova elite republicana: pobres, ex-escravos, imigrantes, infratores e doentes. Assim, a área do Núcleo Colonial Antônio Prado correspondeu ao depositário de tudo o que deveria ser “invisibilizado”, entre seres humanos e construções. Diante da segregação imposta pelas elites, para quem os imigrantes eram desejáveis para o trabalho, mas não para o convívio social, o estudo mostrou algumas das estratégias de sobrevivência dos moradores e as formas pelas quais moldaram uma imagem de si próprios e para a cidade, tendo o espaço como definidor das ações. Para isso, foi mostrada desde sua produção hortifrutigranjeira, passando pelo desenvolvimento dos ofícios, da indústria, do comércio e prestação de serviços, até as atividades religiosas e associativas, meios pelos quais os imigrantes puderam estabelecer com mais intensidade laços de união entre si. Passados 120 anos, e como efeito daquela segregação, a maior parte dos bairros resultantes do antigo Núcleo Colonial não se verticaliza nem seus lotes adquirem melhores preços, embora localizados geograficamente próximos ao centro.
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    Da hegemonia a uma conjuntura de crise política (1929-1932): a participação paulista
    (Universidade Federal de São Carlos, 2014-09-10) Piccoli, Matheus; Kerbauy, Maria Teresa Miceli
    A Primeira República (1889-1930) é conhecida pela organização federativa, o domínio dos Partidos Republicanos estaduais, e a economia voltada para a produção do café, o maior produto de exportação do país até a Grande Crise de 1929, que alterou a dinâmica da economia mundial. Nos quadros políticos da sociedade da última década do regime, a de 1920, ocorreram grandes perturbações sociais desembocando em uma conjuntura insustentável, acarretando em uma transformação do sistema político após a vitória de Júlio Prestes. Sua candidatura, escolhida por Washington Luís, e posteriormente sua vitória eleitoral, provocou o descontentamento da elite política mineira, gaúcha e das oposições estaduais. Esse desentendimento foi o ponto crucial para a fragmentação do sistema, gerando uma nova organização política no Brasil, totalmente diversa do período republicano, pautada em uma centralização administrativa em torno da União. Assim, este presente trabalho visa estudar qual o papel, principalmente dos atores políticos paulistas, nos acontecimentos relacionados à Revolução de 1930, e como ela se comportou diante deste marco na historiografia brasileira. Procura-se entender por qual razão o federalismo que beneficiava o Estado de São Paulo ruísse e afetasse sua independência frente aos outros Estados conseguida com o fim do Império e a Proclamação da República. Relacionado a esse problema central, três perguntas são anexas: Qual a razão de Washington Luís ter escolhido um candidato paulista para sua sucessão? Ele estava agindo conforme as normas institucionais do período ou sua escolha foi precipitada, causando a aceleração do processo de queda do sistema? Como reage a elite política de São Paulo com esta escolha, tanto antes quanto posterior a revolução? Para isso, é utilizado o método da análise situacional. Através da modelagem da sociedade brasileira, observa-se as ações dos atores individuais neste momento de crise institucional, para enfim entender as motivações que contribuíram para a dissolução da Primeira República.