SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Micorrização do cafeeiro em solo fertilizado com composto de lodo urbano e resíduos vegetais
    (2003) Colozzi, Arnaldo; Machineski, Oswaldo; Chaves, Júlio César Dias; Ferreira, Tiago Lima; Andrade, Diva de Souza; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A utilização do lodo de esgoto como fertilizante orgânico na agricultura depende da existência de condições restritivas neste, tais como a presença de patógenos, sais solúveis, metais pesados e compostos orgânicos persistentes, que podem alcançar níveis tóxicos no solo e atingir a cadeia trófica. Para reduzir este problema são feitas aplicações de calcáreo, ainda na estação de tratamento de esgoto. A campo, a mistura de resíduos orgânicos de origem vegetal ou animal ao lodo pode reduzir a solubilidade de metais pesados presentes neste reduzindo, conseqüentemente, sua disponibilidade. Entretanto, a grande carga orgânica deste material pode ter efeitos ainda pouco conhecidos sobre os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs), simbiontes de ocorrência freqüente no cafeeiro e altamente eficientes em promover seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação ao solo de lodo urbano higienizado e/ou resíduos de origem vegetal ou animal, sobre a micorrização (colonização e esporulação no solo) do cafeeiro. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em vasos com capacidade para 3,5 dm 3 . Utilizou-se um Latossolo Vermelho Escuro distrófico (Led) que foi incubado com lodo urbano, isoladamente ou em mistura com palha de café, casca de mandioca, leucena, palha de milho e esterco de curral. Os tratamentos compostos por uma mistura de lodo e resíduos orgânicos tiveram as concentrações destes variadas. Todos os tratamentos receberam calagem mais fertilização com P e K. Uma semana depois da incubação plantou-se uma muda de cafeeiro da variedade ‘Catuaí’ em cada vaso, que foram conduzidas por seis meses. Ao final deste período avaliou-se a colonização radicular do cafeeiro e a esporulação dos FMAs no solo. A adição de lodo urbano e/ou resíduos vegetais, na maioria das misturas e concentrações testadas, não teve efeito significativo sobre a colonização radicular do cafeeiro por fungos micorrízicos e sobre sua esporulação no solo. Entretanto, observou-se efeito estimulatório sobre a colonização radicular, quando o lodo urbano foi misturado com casca de café, na proporção de 8 partes de lodo para duas partes de casca de café. A mesma mistura, em maior concentração de lodo (9 partes de lodo para 1 parte de casca de café), reduziu a colonização. Observou-se uma correlação negativa entre colonização radicular e esporulação no solo.
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    Efeito de lodo urbano higienizado, calcário e resíduos vegetais no crescimento do cafeeiro e características químicas do solo
    (2001) Chaves, Júlio César Dias; Miyazawa, Mário; Colozzi, Arnaldo; Ferreira, Tiago Lima; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O lodo de esgoto é um material que se acumula, principalmente nos grandes centros urbanos, constituindo-se em desafio para a humanidade, que necessita encontrar uma utilização adequada para esse material. Com o objetivo de avaliar o efeito do lodo urbano higienizado (tratado com cal) no desenvolvimento e na nutrição de mudas de cafeeiro e as modificações químicas no solo, foi conduzido experimento em casa de vegetação no Instituto Agronômico do Paraná, utilizando-se um solo ácido (LEd) incubado em vasos com capacidade para 3,5 dm 3 , com lodo, calcário dolomítico e resíduos vegetais. Os tratamentos basearam-se na quantidade de lodo para neutralizar 0,5; 1,0; e 2,0 vezes a acidez extraída (H+Al). O lodo (L) foi aplicado isoladamente e associado à palha de café (PC) e guandu (G) na relação de volume 14 : 1 (solo: resíduo). A testemunha constou de calcário (C) para neutralizar 1,0 vez (100%) a acidez extraída. Todos os tratamentos receberam P e K para elevar os teores em 150 mg dm -3 e 4,0 mmol c dm -3 . Uma semana depois da incubação foi plantada uma muda de cafeeiro da variedade Catuaí em cada vaso, e seis meses após foram realizadas as avaliações previstas. A matéria seca total, a área foliar e o volume radicular foram afetados pelas doses de lodo, obedecendo à seguinte ordem decrescente: L 0,5 > L 1,0 > L 2,0. A associação do lodo com o resíduo vegetal PC potencializou o efeito sobre o crescimento: PC > L > G > C. Em relação ao solo, ocorreu aumento do pH, neutralização do Al 3+ e diminuição da acidez total (H+Al), conforme o aumento das doses de lodo. Quanto aos metais pesados, o método Mehlich-1 mostrou maior eficiência de extração que o DTPA (extrator orgânico). Houve incremento no solo de alguns metais pesados, particularmente Cr e Ni, com o aumento das doses de lodo. Na nutrição das plantas, ocorreu redução no teor foliar de manganês com as doses de lodo, especialmente em associação com PC; a concentração foliar de fósforo diminuiu na presença do G. O teor foliar dos metais pesados mostrou correlação direta com as doses de lodo e foi elevada principalmente para Co e Pb. O lodo urbano higienizado, na menor dosagem, mostrou ser um produto com potencial para ser utilizado na agricultura, direcionando este material de modo ecologicamente correto, além de diminuir a necessidade dos fertilizantes inorgânicos.
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    Biomassa microbiana e micorrizas em mudas de cafeeiro produzidas em substrato contendo lodo urbano e resíduos vegetais
    (2001) Colozzi, Arnaldo; Colozio, Kaio Júlio Cézar; Chaves, Júlio César Dias; Ferreira, Tiago Lima; Andrade, Diva de Souza; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O lodo de esgoto urbano, por ser rico em compostos organominerais, tem sido sugerido como fertilizante em substratos para formação de mudas. Entretanto, devido à sua elevada carga orgânica e composição química variável, seus efeitos sobre a biota do solo são pouco conhecidos. Nesse contexto, avaliou-se o efeito do uso do lodo urbano higienizado no substrato para a produção de mudas de cafeeiro, sobre a biomassa microbiana do solo e a micorrização (esporulação no solo e colonização) do cafeeiro. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se um solo ácido (Led) incubado em vasos com capacidade para 3,5 dm 3 , com lodo, calcário dolomítico e resíduos vegetais. Os tratamentos basearam-se na quantidade de lodo para neutralizar 0,5, 1,0 e 2,0 vezes a acidez extraída (H+Al). O lodo (L) foi aplicado isoladamente e associado à palha de café (PC) e guandu (G), na relação de volume 14:1 (solo:resíduo). A testemunha constou de calcário, para neutralizar 1,0 vez (100%) a acidez extraída. Todos os tratamentos receberam P e K para elevar os teores em 150 mg.dm -3 e 4,0 mmolc.dm -3 . Uma semana depois da incubação, plantou-se uma muda de cafeeiro da variedade Catuaí em cada vaso, que foram conduzidas por seis meses. Ao final desse período, avaliaram-se o carbono e o nitrogênio da biomassa microbiana do solo, a diversidade de espécies de fungos micorrízicos arbusculares e sua esporulação no solo, e a colonização radicular do cafeeiro. A adição de palha de café e de resíduos de guandu aumentou o carbono e o nitrogênio microbianos, a colonização radicular do cafeeiro por fungos micorrízicos e sua esporulação no solo, sendo esse efeito dependente da quantidade de lodo adicionado.