SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil
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Resultados da Pesquisa
Item Efeito da adubação silicatada em substituição à calagem sobre características fisiológicas de mudas de cafeeiro cultivadas em diferentes regimes hídricos(2007) Pereira, Thatiane Abrahão; Alves, José Donizeti; Guerra, Evaristo Gomes; Fries, Daniela Deitos; Magalhães, Marcelo Murad; Livramento, Darlan Einstein do; Embrapa - CaféA capacidade das plantas de tolerar a seca existe em função de diversas características anatômicas, morfológicas e fisiológicas, de caráter constitutivo ou indutivo, que interagem permitindo a manutenção dos processos de crescimento e desenvolvimento. Diversos nutrientes têm a capacidade de interagir no metabolismo das plantas e com isso promover benefícios, que podem aumentar sua tolerância ao estresse. Dentre eles o Silício (Si), que pode estar intimamente associado aos constituintes da parede celular. Os resultados demonstram que, para o crescimento do cafeeiro, o calcário pode ser substituído com a mesma eficiência pelo silicato de cálcio, quando se tem um adequado suprimento de água. Os resultados observados para o crescimento vegetativo de plantas de café, até os 18 meses de idade, sugerem que a aplicação isolada de silicato de cálcio ou em substituição a 25% do calcário é benéfica para qualquer regime hídrico, principalmente, seca. A transpiração das plantas na capacidade de campo seguiu o padrão de abertura dos estômatos, permanecendo mais ou menos constante durante todo o período experimental. Sob imposição lenta de déficit hídrico, as plantas nas duas últimas avaliações, apresentaram uma baixa transpiração, semelhante à daquelas sob déficit hídrico severo, que já estava ocorrendo na avaliação anterior. Em relação à adição de calcário e silicato, de maneira geral, observou-se que, depois de 24 dias de déficit hídrico imposto mais lentamente, os valores de potencial hídrico foram menores nas plantas que receberam silicato na mistura. Em relação à resistência estomática e transpiração, não se detectou nenhuma diferença entre os tratamentos.Item Ácido ascórbico e peróxido de hidrogênio influenciam a atividade de enzimas do sistema antioxidante e o movimento estomático em cafeeiro(2007) Deuner, Sidnei; Alves, José Donizeti; Fries, Daniela Deitos; Zanandrea, Ilisandra; Goulart, Patrícia de Fátima Pereira; Henrique, Paola C.; Lima, André A.; Silveira, Neidiquele M.; Embrapa - CaféDe maneira geral, um estresse ocasiona a formação de espécies reativas de oxigênio, como o superóxido, peróxido de hidrogênio, radical hidroxila e o oxigênio singleto, que são tóxicos às células causando o denominado estresse oxidativo. A destruição eficiente das espécies reativas de oxigênio requer a ação de diversas enzimas antioxidantes atuando em sincronia. Assim, ojetivou-se avaliar o efeito da aplicação exógena de ácido ascórbico e peróxido de hidrogênio na atividade das enzimas do sistema antioxidante e suas relações com o movimento estomático. Para tanto, mudas de Catuaí IAC 99 foram cultivadas em sala de crescimento, sendo pulverizadas com ácido ascórbico (20 mM) e peróxido de hidrogênio (1 mM). Em intervalos de uma hora, por um período de 4 horas, foram avaliadas a resistência estomática e taxa de transpiração, bem como a coleta de folhas para posterior análise das enzimas APX, CAT, GR e SOD. A aplicação de peróxido de hidrogênio aumentou a resistência estomática e conseqüentemente diminuiu a taxa transpiratória em relação as plantas controle. Também promoveu uma maior atividade das enzimas em estudo. Já a aplicação do ácido ascórbico promoveu uma menor resistência estomática e uma maior transpiração e diminuiu a atividade de todas as enzimas analisadas.Item Capacidade antioxidante em plantas de cafeeiro submetidas a diferentes regimes hídricos(2007) Fries, Daniela Deitos; Deuner, Sidnei; Alves, José Donizeti; Goulart, Patrícia de Fátima Pereira; Lima, André A.; Zanandrea, Ilisandra; Silveira, Neidiquele M.; Henrique, Paola C.; Embrapa - CaféPlantas sujeitas a períodos de escassez de água têm seu crescimento e produtividade prejudicados principalmente, devido a restrição imposta à fixação fotossintética do CO2. Para o cafeeiro, o fechamento estomático, que ocorre após um curto período de estresse hídrico, tem sido considerado como o indicador primário da falta de água, juntamente com uma queda na taxa fotossintética líquida. Ao mesmo tempo, a absorção do excesso de energia resultante do aumento na fração do fluxo de fótons fotossintéticos que não foram utilizados na fotossíntese nem dissipados como calor, promove aumentos na formação de espécies reativas de oxigênio, desencadeando o estresse oxidativo. Neste contexto, objetivou-se avaliar a capacidade antioxidante de mudas de cafeeiro submetidas a diferentes regimes hídricos. Para isso, mudas de cafeeiro Coffea arabica, cultivar Catuaí IAC 99, com 8 meses de idade foram submetidas a capacidade de campo (CC), suspensão gradativa da irrigação (SG) e suspensão total da irrigação (ST). Avaliações do potencial hídrico foram realizadas na antemanhã (6h). A determinação da peroxidação lipídica e atividade das enzimas; dismutase do superóxido (SOD), catalase (CAT), peroxidase do ascorbato (APX) e redutase da glutationa (GR) foram realizadas em folhas coletadas às 17 h. A peroxidação lipídica aumentou somente nas plantas que foram submetidas a ST, sendo esse aumento verificado a partir dos 15 dias do início do experimento e atingindo uma maior diferença aos 21 dias. A atividade das enzimas aumentou com a imposição do estresse, sendo mais expressiva nas plantas que tiveram a suspensão total da irrigação. A imposição gradativa do estresse hídrico influenciou em menor intensidade no estresse oxidativo.Item Poda de mudas "passadas" de cafeeiros (Coffea arabica L.) em diferentes alturas e seus reflexos nos níveis de carboidratos, atividade da redutase do nitrato, morte radicular e restabelecimento da parte aérea(2005) Pereira, Thatiane Abrahão; Alves, José Donizeti; Livramento, Darlan Einstein do; Abrahão, Edinaldo Jose; Fries, Daniela Deitos; Magalhães, Marcelo Murad; Embrapa - CaféO experimento foi realizado na Universidade Federal de Lavras (Lavras, MG), no viveiro de mudas do Departamento de Biologia, setor Fisiologia Vegetal, no período de julho a dezembro de 2004, com o objetivo de estudar alguns aspectos fisiológicos de mudas "passadas" e podadas a diferentes alturas do caule. As avaliações de crescimento do sistema radicular, coleta de tecidos caulinares e radiculares para determinação dos teores de carboidratos e atividade da redutase do nitrato em raízes, foram realizadas aos 30, 60 e 90 dias após a poda. Também aos 90 dias após a poda, foram realizadas avaliações de características de crescimento. Aos 60 e 90 dias, as mudas podadas apresentaram uma diminuição da massa fresca e seca de raiz principal em relação à testemunha. Em relação à massas fresca e seca das raízes secundárias, aos 60 e 90 dias, percebe-se que a poda mais drástica, acima do primeiro par de folhas, promoveu uma acentuada morte de raízes secundárias, que variou entre 37 e 47 %, respectivamente, quando comparado com a testemunha. A análise de açúcares solúveis totais mostrou que de maneira geral, para o caule, a poda promoveu uma diminuição na concentração desse carboidrato nos dois últimos períodos estudados. Quanto ao amido, observou-se que os teores dos mesmos diminuíram em todos os tecidos analisados em função da poda. A poda da parte aérea não afetou a atividade da redutase do nitrato nas raízes aos 30 e 60 dias após a operação. O comprimento dos brotos, o número de folhas e a área foliar, foram significativamente maiores quando efetuou-se a poda acima do segundo par de folha, seguido daquela acima do terceiro par.