SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Estudo da qualidade, microbiota e produção de ocratoxina a em frutos de café coletados na árvore e no solo em Londrina - PR
    (2005) Carneiro, Francisco; Androcioli, Armando; Lima, Francisco Barbosa; Caramori, Paulo Henrique; Scholz, Maria Brígida dos Santos; Aeschbach, Melissa Kulig; Morais, Heverly; Embrapa - Café
    O objetivo deste trabalho é avaliar a qualidade do café, a microbiota e a produção de ocratoxina A em frutos de café com permanência prolongada na planta e no solo, em Londrina - PR no ano de 2003. O experimento foi instalado no Centro Experimental do IAPAR de Londrina - PR, em cafezal da cultivar Sarchimor Amarelo, de maturação tardia, com 3 anos após o plantio no espaçamento adensado de 2,5 x 0,80m. Utilizou-se o delineamento blocos ao acaso, com seis tratamentos constando de colheita a cada 15 dias, com 10 plantas por parcela. No início, retiraram-se todos os frutos secos e verdes da planta, deixando-se apenas os frutos maduros. A seguir, a cada 15 dias, iniciando em 15/08/03 e finalizando em 31/10/03, colheu-se os frutos da árvore e os caídos no chão, que foram secos até 12% de umidade em caixas teladas a pleno sol. Os grãos foram beneficiados e acondicionados em sacos de papel para as respectivas análises de prova de xícara, de fungos e de ocratoxina A. Foi instalada uma estação agrometereológica para monitoramento da temperatura das folhas, umidade relativa do ar e precipitação durante o período de três meses das seis épocas de colheita. Os resultados mostraram que as condições climáticas do período foram de baixa umidade relativa, com precipitações que totalizaram 210 mm, caracterizado por estiagem nos dois primeiros meses que impediram o desenvolvimento da microbiota. A prova de xícara utilizada para caracterizar a qualidade da bebida mostrou que nas épocas iniciais 1, 2 e 3, os frutos colhidos na árvore deram bebida apenas mole, enquanto que os cafés de varrição deram bebida dura. Os cafés das épocas 4, 5 e 6, da árvore ou da varrição deram bebida dura. Os defeitos dos grãos pretos e ardidos só começaram a aparecer a partir da época 4, atingindo 80 defeitos no final. A análise da microbiota mostrou que os principais fungos encontrados foram principalmente do gênero Aspergillus e a presença de ocratoxina A esteve dentro do limites permitidos. Conclui-se o tempo de permanência dos frutos na árvore e no solo afetou negativamente a qualidade do café, nas condições climáticas de Londrina na safra de 2002/2003, porém sem o aparecimento do gosto riado/rio. Devido à ocorrência de fungos produtores de ocratoxina A, o monitoramento da produção de ocratoxina deve ser uma prática constante nestas lavouras e sugerem-se ainda estudos para complementar os conhecimentos sobre perda da qualidade da bebida do café causada pelo aparecimento de substâncias causadoras de bebidas riado/rio e sobre o desenvolvimento de fungos produtores de ocratoxina A neste local.
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    Influência do processamento do café na incidência e na ocorrência de Ocratoxina A
    (2003) Vargas, Eugênia A.; Santos, Eliene A.; Amorim, Silésia S.; França, Regina Coeli A.; Silva, Maria Eunice S.; Aquino, Vivianne Consolação; Bezerra, Elisa E. D.; Faustino, Lílian C. S.; Lima, Francisco Barbosa; Corrêa, Tânia Barretto Simões; Chalfoun, Sára Maria; Bartholo, Gabriel Ferreira; Araújo, J. L. da Silva; Nogueira, Márcia Dimov; Pfenning, Ludwig Heinrich; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A presença de ocratoxina A (OTA) vem sendo detectada no Brasil em café beneficiado, café torrado e/ou solúvel, tanto nas etapas de pré-colheita como nas etapas de pós-colheita. Embora as boas práticas de produção associadas ao manejo do pós-colheita, tais como separação, secagem e classificação venham sendo consideradas como uma abordagem para a redução da contaminação do café por OTA, os dados disponíveis na literatura não são ainda indicativos e/ou conclusivos em relação aos principais fatores de produção (processos tecnológicos) na pré e pós-colheita que contribuem para a incidência e a ocorrência de OTA. Visando determinar estes fatores, foram coletadas amostras de cafés de diversas etapas de pré e pós-colheita, em vários estágios de maturação, de secagem normal e chuvados, e em função do tipo de processamento, em fazendas dos Estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Rondônia e Goiás. As amostras de café foram primeiramente identificada segundo o tipo de fruto na lavoura, isto é: café bóia, café verde (café cereja verde), café de varrição, fruto verde e café cereja. Parte das amostras foram classificadas e separadas por defeito: preto, ardido, ardido/quebrado, mal granado, verde, quebrado/concha, brocado, coco/cascas, catado e sem catar. Todas as amostras e frações do café separadas e classificadas foram analisadas para OTA e umidade e os resultados foram avaliados estatisticamente. Dentre as amostras analisadas até o momento o café de varrição e o bóia apresentaram a maior incidência e os maiores níveis de contaminação por OTA. Ao se analisar as cascas do café recebido em coco e descascado pelo LACQSA observou-se que nenhuma tendência ou correlação foi observada entre níveis de contaminação por OTA no grão e na casca, podendo um café altamente contaminado apresentar baixo nível de contaminação na casca e vice-versa. Os valores de contaminação de OTA na casca somente excederam aqueles determinados para os grãos em algumas amostras específicas. Os níveis de umidade variaram de 4% a 60% e nenhuma correlação/tendência pode ser observada entre os teores de umidade e o nível de contaminação por OTA seja no grão ou na casca. Com base nos dados de contaminação do café por OTA determinados nas diversas etapas da produção (pré e pós colheita), serão definidas as etapas críticas (onde ocorre a maior contaminação por OTA) e os procedimentos a serem adotados visando a redução/eliminação da contaminação do café para níveis significativamente mais baixos do que aqueles já em vigor em países importadores de café do Brasil.
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    Delineamento, elaboração e implementação de plano amostral oficial para determinação de ocratoxina A em café beneficiado
    (2003) Vargas, Eugênia A.; Santos, Eliene A.; França, Regina Coeli A.; Amorim, Silésia S.; Faustino, Lílian C. S.; Bezerra, Elisa E. D.; Aquino, Vivianne Consolação; Lima, Francisco Barbosa; Whitaker, Thomas B.; Slate, Andy; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O Brasil e os países importadores de café não dispõem de plano de amostragem oficial para avaliação da contaminação de lotes de café por ocratoxina A. A União Européia estabeleceu em março de 2002 limites de tolerância para ocratoxina A em cereais e passas e o estabelecimento de limites para OTA em café está sendo previsto para dezembro de 2003. Alguns países como Espanha, Itália, Holanda vem avaliando a qualidade de lotes de café brasileiros exportados para a Europa. Recentemente (março e abril/2002), 02 Alertas Máximos foram expedidos pela União Européia ao Itamarati - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sobre a devolução de lotes de café beneficiado brasileiro exportados para EU com níveis indesejáveis de ocratoxina A (>10mg/kg). Para minimizar o impacto de legislações futuras sobre a produção e comercialização do café brasileiro é necessário que se identifique os fatores críticos que contribuem para a contaminação do café por OTA. O objetivo deste estudo foi disponibilizar um plano oficial de amostragem para quantificação de ocratoxina A em café beneficiado no Brasil que contemple o limite atual de tolerância proposto pela União Européia (5mg/kg). As condições iniciais para o estabelecimento do plano amostral foram determinadas pelo LACQSA. Foram avaliados moinhos comerciais em relação ao desempenho, tempo de moagem, aquecimento da amostra e granulometria obtida. O protocolo do estudo de validação do plano de amostragem oficial foi desenvolvido e o delineamento do experimento definido com a cooperação do USDA. Foram amostrados 25 lotes de acordo com o protocolo proposto, sendo coletado de forma sistemática 16 kg de café que foi fracionado resultando em 16 amostras para cada lote e no total de 800 subamostras. As amostras foram analisadas para determinação de ocratoxina A, utilizando o método oficial do MAPA, validado intralaboratorialmente pelo LACQSA e publicado no diário oficial da união conforme Instrução Normativa SDA, no. 09, 24/03/2000, seção 1, páginas 35 a 42, publicada em 30 de março de 2000, (limite de detecção de 0,12 µg/kg). O método de análise compreende as etapas de extração da toxina do café por solvente orgânico, purificação do extrato obtido por coluna de imunoafinidade, separação, detecção e quantificação da ocratoxina A por cromatografia líquida de alta eficiência. Os dados referentes aos resultados das análises foram compilados e avaliados estatisticamente, compreendendo três fases. Na primeira fase determinou-se a variância total associada com a ocratoxina e com o método de análise, para cada lote. A variância é uma medida de variabilidade e foi considerada com relação à amostragem, ao preparo da amostra, e aos componentes analíticos, permitindo desta forma, determinar como cada etapa contribui para a variabilidade. Na fase 2, para cada lote a distribuição da OTA nas 16 amostras foi comparado com muitos modelos de distribuição teóricos. A distribuição teórica foi escolhida como aquela que resultou na melhor curva de distribuição para os 25 lotes. A etapa 3, ainda em estudo, avaliará a probabilidade de aceitar ou rejeitar um lote específico de café contaminado com OTA. As probabilidades serão usadas para determinar a curva característica de operação (OC), específica para planos de amostragem. A curva OC será usada para prevê a probabilidade de rejeitar de lotes aceitáveis (riscos do exportador) e o risco de aceitar lotes ruins (risco do importador).
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    Avaliação da influência do tipo de colheita na qualidade do café do Paraná - Safra 2002
    (2003) Carneiro, Francisco; Androcioli, Armando; Lima, Francisco Barbosa; Franzini, Paulo Sérgio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café maduro na planta é a matéria prima adequada para se obter cafés de qualidade, que alcançam melhores preços. No Brasil a maior parte da colheita é feita por derriça total, onde se colhe junto os cafés verdes, maduros e secos. Isso piora a qualidade do produto. Para se corrigir parte deste prejuízo na qualidade, lança-se mão no processamento dos frutos, de equipamentos para separar estas três fases, como: os lavadores/ separadores e os despolpadores de cerejas. No rebenefício isso também é parcialmente obtido através de peneiras, sururucas e eletrônicas. A Campanha Café Qualidade Paraná, realizada nos últimos anos, estimula os produtores no uso da colheita no pano, colheita parcelada, cereja descascado, entre outras práticas. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a influência dos diversos tipos de colheitas, como: a colheita no chão, no pano, parcelada e para cereja descascada, na qualidade do café da safra 2002 no Paraná. Aproveitou-se um total de 152 amostras de café colhidas pelo DERAL/SEAB em diversos municípios do Estado, as quais foram classificadas para tipo e bebida, sem a retirada dos defeitos. O café processado para cerejas descascadas só tem frutos cerejas, já na colheita no chão, existe uma mistura de frutos verdes, cerejas e secos. Os resultados obtidos, mostram que: a colheita com derriça do café no chão (35% do total colhido), foi de 80% de bebida dura, 20% de bebida riada/rio, com até 360 defeitos ou tipo 8 pela classificação oficial. A colheita no pano (45,6% do total colhido) apresentou 92,4% de cafés de bebida dura e 7,6% de cafés de bebida riada/ rio, e tipo médio 6/7 com 123 defeitos. A colheita no pano/parcelada (7,6% do total colhido), apresentou 8% de café com bebida apenas mole, 84% de bebida dura e 8% de bebida riada/rio e tipo médio 6/7. A colheita no chão, pano e parcelada, realizadas para obtenção do café cereja descascado (11,8% do total colhido), foi de 16% de café com bebida apenas mole, 72% com bebida dura e 11% com bebida dura/riada, com tipo de 3 à 6 e até 86 defeitos. Os principais defeitos encontrados na colheita no chão-grãos foram: preto verdes, verdes, ardidos, brocados, mal granados, conchas e miolo de concha. Na colheita para cerejas descascado os principais defeitos foram: verdes, mal granados, concha, miolo de concha e quebrados. Conclui-se que houve marcante influência do tipo de colheita na melhoria da qualidade do café, em ordem crescente da colheita no chão até a colheita para cereja descascado. Observa-se em cada tipo de colheita, diferentes porcentagens de qualidade de bebida, com as melhores na colheita mais esmerada, que é a realizada para cereja descascado. Neste tipo de colheita/processamento esperava-se a predominância de cafés com bebida apenas mole ou superior, porém, o que se observou foi uma alta porcentagem de cafés bebida dura (72%). Isto, provavelmente, ocorreu em função de amostras provenientes de regiões menos favoráveis, com ocorrência de veranicos que aumentaram a quantidade dos defeitos de grãos mal granados e também pela maior rapidez no amadurecimento dos frutos. Outros fatores foram: amostras avaliadas sem a retirada dos defeitos e o processamento na secagem do café na propriedade, que pode ter agravado a perda de qualidade do café com novas fermentações. É recomendável o incentivo do uso de equipamentos para o processamento da colheita, como lavadoures/separadores de fases, descascadores de cerejas para a obtenção de cafés de qualidade, principalmente quando o Estado está substituindo as lavouras tradicionais, por plantios adensados, que induzem a colheitas mais cuidadosas. Seria recomendável também a colheita parcelada que deu um resultado bem superior aos demais.