SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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    Efeito da irrigação e do posicionamento das linhas de gotejadores (superficial e subsuperficial) na produtividade de cafeeiros na região do cerrado
    (2003) Vicente, Marcelo Rossi; Soares, Adilson Rodrigues; Mantovani, Everardo Chartuni; Freitas, Alessandro dos Reis; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Atualmente, se produz café de excelente qualidade em regiões anteriormente consideradas impróprias pelo elevado déficit hídrico, destacando-se o Triângulo Mineiro e o Alto Paranaíba em Minas Gerais, o Norte do Espirito Santo e a Região Oeste de Bahia (Mantovani, 2000). A utilização de tubogotejadores subsuperficiais (enterrados) tem sido adotados por cafeicultores, principalmente por facilitar o manejo da cultura, mas pouco sabe-se a respeito do problema de entupimento dos emissores provocados, principalmente, pela sucção de partículas sólidas e intrusão do sistema radicular. Fernandes et al. (2002) observou perdas na produção da ordem de 17 a 48% utilizando o sistema de irrigação por gotejamento em profundidades que variam de 10 a 30 cm, independentemente da distância em relação a linha de café (20, 30, 40 ou 50 cm). Existem dúvidas sobre a utilização da irrigação por gotejamento com linhas de gotejadores enterrados, como também resultados sobre condições irrigadas ou não. Assim este trabalho teve por objetivo estudar a produtividade de cafeeiros em condições de irrigação por gotejamento superficial e subsuperficial, e em condições de sequeiro. Para tanto, em junho de 2002, avaliou-se a produção (primeira colheita) em uma área de observação em cafeicultura irrigada, localizada em Patrocínio, Minas Gerais. O experimento foi implantado, em 12 de janeiro de 2000, na Fazenda Experimental da EPAMIG, em Patrocínio - MG, com a variedade Catuaí 144, no espaçamento 3,60 x 0,75 m. Foi implementado em um delineamento em blocos casualizados, composto por quatro blocos e três tratamentos, sendo estes: Irrigado, Irrigado com os gotejadores enterrados e Não irrigado. As parcelas são constituídas de três linhas de plantio com 9 metros de comprimento, totalizando 36 plantas por parcela, sendo 6 plantas úteis. Os resultados mostraram um melhor desempenho dos tratamentos irrigado superficialmente e irrigado enterrado sobre o tratamento não irrigado. Não houve diferença significativa entre os tratamentos irrigados, porém observa-se diferença significativa com melhor desempenho para os tratamentos irrigado e irrigado enterrado em relação ao tratamento não irrigado. Nas condições que o experimento foi implantado, para uma primeira colheita, conclui-se que: a irrigação por gotejamento superficial e subsuperficial (enterrado) tiveram produtividades iguais; os tratamentos irrigados foram mais produtivos que o tratamento não irrigado. Vale ressaltar que a irrigação por gotejamento enterrado é uma tecnologia nova pouco utilizada na cafeicultura irrigada, estudos preliminares mostram problemas, quanto a entupimentos dos emissores devido a possível sucção de partículas sólidas através dos emissores, necessitando ainda maiores estudos quanto à recomendação deste sistema.
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    Utilização do programa computacional IRRIGA para estimativa do consumo de água da cafeicultura irrigada do Triângulo Mineiro e oeste da Bahia
    (2003) Teixeira, Marconi Batista; Reis, Cleiber Geraldo dos; Mantovani, Everardo Chartuni; Vicente, Marcelo Rossi; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Grande fonte de preocupação dos irrigantes são os questionamentos de quando e quanto irrigar. Saber o momento certo de iniciar as irrigações e quanto de água devemos aplicar é o objetivo do manejo racional da irrigação. Nos dias atuais tem se verificado não somente uma elevação dos custos da energia, mas também a escassez do recurso água, obrigando o irrigante a assumir posturas diferenciadas a cerca deste assunto. Para se fazer um estudo das necessidades de água da cultura do cafeeiro irrigado por pivô central do tipo LEPA em plantio circular comparativamente ao plantio tradicional irrigado por pivô central e gotejamento, utilizando a metodologia proposta por Fereres, foram realizadas simulações utilizando o programa IRRIGA (SISDA), para as regiões do Triângulo Mineiro e Oeste da Bahia. Pelo tempo de irrigação, o IRRIGA (SISDA) dividiu as horas de funcionamento dos sistemas em períodos diurno e noturno, além do cálculo da vazão necessária, baseando-se na área irrigada. Para cada sistema de irrigação utilizado nas simulações, foi realizado o somatório das lâminas de irrigação total por ano, permitindo, assim, avaliar o quanto cada sistema aplicou de água para suprir a necessidade hídrica da cultura. A fim de permitir uma adequada comparação entre os resultados obtidos para cada região, o IRRIGA (SISDA) foi executado de maneira a permitir a análise de diferentes cenários, para que os mesmos permitissem a representação das diversas realidades de consumo da água e de energia elétrica. Considerando as principais variáveis, que interferem na aplicação da água pelos sistemas de irrigação utilizados nas simulações para as regiões em questão, foram feitas simulações para um período de quatro anos, abrangendo as fases da cultura do café, desde o plantio até a fase adulta. Foram cadastradas informações detalhadas sobre solo, cultura, clima e equipamento de irrigação. Para todas as parcelas simuladas foi utilizado o mesmo espaçamento, a mesma idade, os mesmos coeficientes de cultura e tratos culturais, diferenciando-se apenas as características de solo (padrões regionais) e os fatores de correção da evapotranspiração. Foram utilizadas duas propriedades localizadas, respectivamente, em Patrocínio–MG (latitude de 18 0 56’ S, longitude de 46 0 59’ W e altidude de 965,52 m) e Barreiras-BA (latitude de 12º9’ S, longitude de 44 0 59’ W e altitude de 452,23 m), sendo cadastradas com uma área equivalente a 300 ha. A análise comparativa da necessidade hídrica da cultura, para as duas regiões utilizando o sistema de irrigação por gotejamento, apresentou valores maiores para a região Oeste da Bahia em relação ao Triângulo Mineiro. A região Oeste da Bahia apresentou um consumo a mais que a região do Triângulo Mineiro igual a 479.119,0 m 3 ano -1 para a fase adulta da cultura, com conseqüente aumento no gasto de energia equivalente a R$ 2.794,40, utilizando-se o sistema de irrigação por gotejamento. Comparando-se os valores de volume total de água utilizado e custo de energia, para o sistema pivô tipo LEPA em relação ao sistema de irrigação por gotejamento para a fase adulta da cultura, para a região do Triângulo Mineiro, observou-se um volume total de água igual a 61.347,0 m 3 ano -1 e gasto a mais com energia igual a R$ 10.002,98. Já a região Oeste da Bahia apresentou um volume total de água de 159.063,0 m 3 ano -1 e gasto de energia equivalente a R$ 12.934,37, a mais para o sistema pivô tipo LEPA, comparado ao sistema de irrigação por gotejamento. O consumo de água e de energia para o quarto ano da cultura, utilizado a mais pelo sistema de irrigação por pivô convencional foi de 313.347,0 m 3 ano -1 e R$ 9.493,27 em relação ao pivô tipo LEPA e de 374.694,0 m 3 ano -1 e R$ 19.496,25 em relação ao sistema de irrigação por gotejamento, para a região do Triângulo Mineiro. Já para a região Oeste da Bahia, o consumo foi de 334.728,0 m 3 ano -1 e R$ 9.079,34 em relação ao pivô tipo LEPA e de 493.791,0 m 3 ano -1 e R$ 22.013,71 em relação ao sistema de irrigação por gotejamento. Nas condições do ensaio pode-se concluir que: o sistema de irrigação por gotejamento, apresentou os menores valores de consumo de água e energia. O sistema pivô central equipado com emissor tipo LEPA, foi o que mais se aproximou do sistema de irrigação por gotejamento, quanto ao consumo de água em todas as fases estudadas, diferenciando-se apenas quanto ao consumo de energia, que foi mais elevado para este sistema nos quatro anos de avaliação. O sistema pivô central convencional apresentou valores elevados para consumo de água e energia em relação aos demais sistemas, em todo o período avaliado, para ambas as regiões.
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    Utilização da irrigação por aspersão tipo malha na cafeicultura de montanha da Zona da Mata de Minas Gerais
    (2003) Vicente, Marcelo Rossi; Soares, Adilson Rodrigues; Mantovani, Everardo Chartuni; Teixeira, Marconi Batista; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cultura do café é de extrema importância para a região da Zona da Mata de Minas Gerais como fonte de empregos e divisas para os municípios. Na região prevalece a cafeicultura de montanha prevalecendo peque-nas propriedades com o predomínio de mão de obra familiar. A busca pela melhoria da qualidade e produtivida-de, consequentemente rentabilidade, tem feito vários produtores lançarem mão de determinados conceitos optando por novas tecnologias para a região. Dentre outras, a irrigação tem-se mostrado uma boa alternativa para alcançar tais melhorias. O interesse pela irrigação do cafeeiro não se restringe a regiões com déficits hídricos importantes ao longo do ano, é também observado em regiões com tradição na exploração da cultura em condições de sequeiro dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Bahia. Trabalhos confirmam que o uso de irrigação suplementar em locais de curtos períodos de deficiência hídrica (Zona da Mata de Minas Gerais), os quais coincidem com períodos críticos da cultura, tem promovido excelentes resul-tados na produtividade e no crescimento vegetativo. Para a cafeicultura de montanha, a topografia, juntamen-te com os fatores climáticos (principalmente a distribuição de chuvas) e o tamanho das áreas de produção, tem sido fatores decisivos na definição dos métodos de irrigação mais recomendados, sendo a irrigação por gotejamento e a aspersão convencional quase que exclusivamente as recomendadas. A irrigação por aspersão tipo malha surge como uma alternativa para a cafeicultura irrigada da Região da Zona da Mata de Minas Gerais, por ter custo relativamente baixo e fácil manutenção. Conhecendo-se a importância da uniformidade de distribuição de água na produtividade e no consumo de água e energia, o trabalho teve como objetivo a avaliação de uniformidade de aplicação de água por sistemas de aspersão convencional tipo malha em áreas de cafeicultura irrigada na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Para isso, avaliaram-se dois sistemas instalados em duas pequenas propriedades cafeeiras localizadas nos Municípios de Paula Cândido e Araponga. O Coeficiente de Uniformidade de Distribuição (CUD) e o Coeficiente de Uniformidade de Cristiansem (CUC) foram determinados utilizando o software AVALIA 1.0 (IRRIGA). As avaliações foram feitas em 1 aspersor e entre 4 aspersores e em diferentes horários, simulando assim o manejo real que ocorre nas propriedades. Os valores de CUC e CUD encontrados para a propriedade localizada em Araponga foram de 81,51 e 72,60 % respectivamente, avaliando-se 1 aspersor apenas. Já para a propriedade localizada em Paula Cândido os valores de CUC foram de 81,29 e 76,81% para as avaliações realizadas em 1 e entre 4 aspersores respectivamente. Os valores de CUD foram de 70,06 e 65,47% quando avaliou-se apenas 1 aspersor para as avalia-ções realizadas em 1 e entre 4 aspersores respectivamente. Tal alteração de valores de CUC e CUD ocorrida em Paula Cândido quando se avaliou 1 e 4 aspersores foi provocada em função do horário da avaliação, horário com maior intensidade de ventos na propriedade. Constatou-se que o método de irrigação por aspersão tipo malha proporcionou níveis adequados de uniformidade de aplicação de água, sendo por este e por outros motivos citados uma excelente alternativa para a irrigação na região.
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    Produtividade de cultivares de Coffea arabica L. sob condição de irrigação no cerrado de MG (Dados de duas produções)
    (2003) Vicente, Marcelo Rossi; Soares, Adilson Rodrigues; Mantovani, Everardo Chartuni; Freitas, Alessandro dos Reis; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O acirramento da competição internacional, consequentemente do mercado livre, exigirá do cafeicultor maior eficiência e esta será condição para manter-se na atividade. Os produtores têm adotado novas tecnologias de condução e manejo da lavoura, como por exemplo, a irrigação e a fertirrigação, a fim de aumentar a produtividade e, consequentemente, a margem de lucro. Outro aspecto que possibilitou o avanço da cafeicultura irrigada é a disponibilidade dos sistemas de irrigação mais modernos do mundo a preços cada vez mais competitivos. Vários autores verificaram incremento na produção com o advento da irrigação e afirmam que ainda não existem programas direcionados à seleção de materiais com adaptação específica a determinados sistemas de cultivo, com cafeicultura irrigada, de modo que as cultivares usualmente recomendadas para o sistema de sequeiro têm sido amplamente utilizadas também nesse sistema. Assim sendo, o objetivo do presente trabalho é comparar a produtividade de alguns cultivares, de Coffea arabica L., de porte baixo, resistentes ou não à ferrugem sob condição de irrigação, determinando quais destes melhor se adaptam e proporcionarão ao produtor um retorno mais rápido do capital investido. O experimento foi conduzido em uma área instalada na Fazenda Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) em Patrocínio, Minas Gerais, com latitude sul 18°56’00", longitude oeste 46°59’00" e altitude de 965 metros. Foram plantadas separadamente, em junho de 1999, no espaçamento padrão de 3,60 x 0,75 m, dezessete (17) cultivares de Coffea arabica L, todos de porte baixo, sendo sete cultivares suscetíveis à ferrugem do cafeeiro (Hemileia vastatrix), e 10 cultivares resistentes a ferrugem do cafeeiro. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos casualizados, composto por três repetições (blocos), sendo que cada cultivar correspondia a um tratamento. As parcelas constam de 8 plantas, das quais as 6 centrais foram consideradas úteis. O método de estimativa da evapotranspiração de referência (Eto) utilizado pelo software IRRIGA (SISDA ), de acordo com as variáveis meteorológicas disponíveis, foi o de Penman-Monteith. Nota-se que, no ensaio dos cultivares resistentes, as variedades que mais se destacaram foram o Catimor 3880 e o Obatã, 28 e 24 sc/ha, respectivamente, e a que menos se destacou foi a linhagem H 514-5-5-1 com 11 sc/ha. Nos cultivares suscetíveis a ferrugem do cafeeiro as que obtiveram os melhores índices, foram as variedades Topázio e Rubi, com 22,7 e 22,3 sc/ha respectivamente, sendo o Catuaí 44 a variedade que apresentou menor produtividade (16,3 sc/ha). Os valores medidos de produtividade não apresentaram diferenças estatísticas (5%) entre as variedades avaliadas. Tais resultados refletem a pequena variabilidade das médias de duas colheitas, a continuidade das medidas permitirão conclusões mais efetivas.