SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    O uso da tecnologia da informação na difusão de tecnologias - O caso do alerta geadas no Paraná
    (2003) Martins, Marcos Valentin Ferreira; Toledo, Maria Regina Siqueira; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A tecnologia da informação tem criado recursos para uma comunicação mais rápida e eficiente. Esses recursos vêm complementar os métodos tradicionais de difusão e extensão que utilizam principalmente a comunicação interpessoal e a comunicação de massas como meios de disseminação das inovações. A proposta desse trabalho é apresentar um caso de sucesso no casamento da tecnologia da informação com os outros meios - o caso do alerta geadas no estado do Paraná. O objetivo do alerta geada é levar até o produtor de café, principalmente os que têm mudas recém plantadas, a informação sobre a ocorrência de geadas na sua região, melhor ainda, no seu município em tempo hábil para que as medidas preventivas possam ser tomadas e assim evitar prejuízos maiores. Para que esse objetivo fosse alcançado montou-se uma rede de informação que recebe os alertas com 48 de antecedência e uma confirmação com 24 horas de antecedência. Uma vez emitido, o alerta chega a todos os produtores de café da região afetada, que por sua vez podem se proteger dos danos causados pelo frio.
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    Metodologia para transferência e difusão de tecnologia para a cafeicultura paulista
    (2003) Thomaziello, Roberto Antonio; Fazuoli, Luiz Carlos; Guerreiro, Oliveiro; Toledo, João Alves de; Bliska, Flávia Maria de Mello; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A introdução da extensão rural no Brasil está completando um século. Nesse período as ações extensionistas precederam os aspectos científicos relacionados à atuação racional e sistemática dessa atividade e se constituíram no principal veículo de transferência e difusão de tecnologia no País. A extensão rural tem suas raízes nos Estados Unidos da América, onde, a partir de 1914, foi formalizada como Serviço Cooperativo de Extensão Rural. No Brasil, as primeiras preocupações de destaque com a sistematização da extensão rural datam da década de 1930. Mas é após a 2 a - Guerra Mundial que essa atividade ganha impulso, com base na extensão rural norte-americana, podendo ser concebida como serviço de acesso aos agricultores, suas famílias, grupos e organizações, no campo da tecnologia de produção agropecuária, administração rural, educação alimentar, educação sanitária, educação ecológica, associativismo e ação comunitária. Com base nessa concepção, as empresas estaduais de assistência técnica e extensão rural, por meio de redes estaduais de informação e comunicação, têm oferecido serviços nas áreas de agropecuária, bem estar social, recursos naturais, meio ambiente, abastecimento e mercado. Desde sua sistematização do País, diversos autores têm se preocupado tanto em analisar a evolução da extensão rural como em medir sua eficiência como difusora de tecnologia. Embora o primeiro Manual de Metodologia de Pesquisa em Extensão Rural date de 1989, a preocupação científica com a extensão tem sido bastante debatida em eventos científicos, teses e dissertações, especialmente no Estado de São Paulo. Nos últimos anos, diante da redução na competitividade da cafeicultura paulista e da diversidade dos sistemas de produção e das dificuldades predominantes nas principais regiões produtoras de café do Estado de São Paulo - Alta e Média Mogiana, Marília e Nova Alta Paulista, Avaré, Araraquarense e Noroeste - o Centro de Café ‘Alcides Carvalho’, do Instituto Agronômico de Campinas, IAC, com a participação efetiva da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral - CATI - passou a intensificar as atividades de difusão de tecnologia para a cultura do café nesse Estado. Assim, com o objetivo de discutir os problemas regionais e, consequentemente levantar as demandas tecnológicas e não-tecnológicas de cada uma das principais regiões produtoras do Estado, além de transferir tecnologias específicas a cada uma dessas regiões produtoras, o IAC propôs a realização de Encontros Regionais. Nesses Encontros sobre a cultura do café no Estado de São Paulo, engenheiros agrônomos dos setores público e privado, cooperativas e outros agentes e empresas relacionados com a cadeia produtiva do café das respectivas regiões, têm a oportunidade de trocar informações com técnicos especializados em diversas áreas do conhecimento, tais como fertilidade do solo, fisiologia, genética e melhoramento, manejo da cultura, irrigação, fitopatologia, nematologia, beneficiamento pós-colheita, economia e mercado. Em 2001 e 2002 essa metodologia foi utilizada em três das regiões produtoras de café do Estado de São Paulo - Araraquarense, Alta e Média Mogiana - tendo sido realizados cinco Encontros, respectivamente em Votuporanga, Franca e Mococa em 2001 e em Garça e Adamantina em 2002. Alguns resultados desses Encontros que merecem destaque são: elevado índice de presença e de participação efetiva dos agentes relacionados aos diversos elos da cadeia produtiva do café, da assistência técnica e extensão rural regionais, aumento do grau de integração entre os especialistas convidados a participar das atividades. Diante desses resultados auspiciosos, esses Encontros Regionais, que constituem eficiente metodologia de transferência e difusão de tecnologia, deverão ter continuidade em 2003.
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    Transferência de tecnologias para cafeicultores pelo método treino e visita no Espírito Santo
    (2003) Soares, Sammy Fernandes; Fonseca, Aymbiré Francisco Almeida da; Prezotti, Luiz Carlos; Costa, Aureliano Nogueira da; Nazarino, Alcélio L.; Valente, Caio F.; Ferreira, Gilberto R.; Costa, José da; Bayerl, Marlúcio P.; Lima, Ramiro Teixeira; Lima, Tarcísio; Castilho, Torquato de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura é a principal atividade agrícola no Espírito Santo e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - Incaper dispõe de expressivo acervo tecnológico para a cultura, constantemente enriquecido por meio de pesquisas desenvolvidas pelo Instituto. Para agilizar o processo de adoção das tecnologias é necessário exercitar métodos que dinamizem e tornem mais eficientes as ações de transferência. O trabalho objetivou transferir tecnologias geradas/adaptadas pelo Incaper em café conilon, empregando-se o método treino e visita. Para atuar no processo, extensionistas dos Escritórios Locais de Desenvolvimento Rural do Incaper, de 10 municípios da Região Sul do Espírito Santo, receberam treinamentos específicos, um sobre poda e outro sobre adubação, ministrados por especialistas da equipe de café, em julho e setembro de 2002, respectivamente. Em propriedades rurais de 7 municípios, instalaram-se 24 UDs, que serviram de base para as visitas técnicas, nas quais os extensionistas demonstraram aos produtores as tecnologias sobre poda e adubação. Os impactos dessas interferências, em termos de indicadores de resultados, ainda não estão disponíveis. O método treino e visita possibilitou efetiva atuação articulada de pesquisadores e extensionistas, no sentido de transferir tecnologias geradas pelo Incaper para os cafeicultores capixabas.
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    Resultados da campanha "Café Qualidade Paraná" realizada no período entre 1999 e 2002
    (2003) Molin, Roberto Natal Dal; Domingues, Ricardo; Ripol, Cristovon; Trento, Edison José; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O café produzido no Paraná tem, historicamente, sido considerado como de qualidade inferior, prejudicando a comercialização e a rentabilidade da cafeicultura do Estado. Isso se deve, entre outros fatores, ao sistema de colheita ordinariamente efetuado - derriça no chão-, obtendo-se frutos em diferentes estágios de desenvolvimento. Outro fator interferindo negativamente na rentabilidade do cafeicultor paranaense é a prática de venda de café em coco e por quilo/renda. Dentro dessa realidade, a Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER-Paraná) e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) com os diferentes seguimentos envolvidos na cafeicultura, estruturaram e executaram um programa denominado "Campanha Café Qualidade Paraná" cujo objetivo foi motivar e conscientizar o produtor paranaense do potencial da cafeicultura, no que se refere a tecnologia de produção (produtividade, qualidade), organização dos produtores e comercialização do produto. A campanha se desenvolveu no período de 1999 a 2002, em 210 municípios da região cafeeira do Estado, envolvendo 330 técnicos, dos quais 136 da EMATER e 38 do IAPAR. Os resultados foram avaliados por meio de amostragem dentro do grupo de produtores orientados e não orientados. O número de produtores atendidos diretamente foi de 11.000, de um total de 19.827. O número de propriedades que comercializam o café em coco e por quilo/renda, dentro do grupo de produtores orientados, reduziu, no período avaliado, de 86,0 % para 40,0 %, com agregação média de 10 % no valor final comercializado. A prática de derriça não seletiva no chão diminui de 64,0 % para 25,00 %, melhorando o padrão de bebida dos produtores orientados, que passou de 67,0 % para 89,0 % de bebida mole+ dura. Paralelamente às questões de produção/ comercialização foram criadas, durante o período da Campanha, oito associações de produtores de café que adquirem insumos para os associados - pequenos produtores-, que processam, armazenam e assessoram a venda do produto.
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    Resultados da ação da extensão rural na divulgação de técnicas do manejo integrado da broca do café Hipothenemus hampei (Ferrari)
    (2003) Sobrinho, Nelson Menoli; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A broca do café Hypotenemus hampei que, após a década de 60 até o ano de 2.000, não representava qualquer preocupação, vem tornando-se um problema para a cafeicultura paranaense; podendo chegar a se tornar grave pois, com a maior densidade de plantas, apregoada para elevação da produtividade e recuperação mais rápida da capacidade produtiva após a geada, se torna mais difícil a retirada dos frutos caídos no solo. As geadas de 2.000 ocorridas no estado, não foram severas a ponto de inibir totalmente a produção da safra do ano seguinte; a baixa produtividade de 2.001 então, aliada a preços extremamente baixos do café desestimularam a colheita dos poucos grãos, tendo os mesmos sido deixados no campo, acarretando aumento significativo da população da broca do café nas lavouras do município de Grandes Rios na safra 2.002/2.003. Com este quadro, a extensão rural se obrigou a buscar, juntamente com os cafeicultores e pesquisadores, alternativas eficientes para o controle da praga. Segundo análises das diversas situações e as revisões bibliográficas, a melhor alternativa para o controle da broca do café é a retirada total dos frutos da lavoura o que, devido aos baixos preços do café não foi efetuado pela grande maioria dos cafeicultores, forçando a busca de outras alternativas. Entre outubro de 2001 a setembro de 2002 foram promovidos pela EMATER- PR através da Unidade Municipal de Grandes Rios, encontros e dias de campo visando repassar aos cafeicultores, as várias técnicas de um programa de manejo integrado da broca, nos quais apresentamos também o modelo de armadilha com semioquímicos para a captura e verificação dos picos de transição da broca do café, desenvolvido por Amador VILLACORTA et alli (Londrina - 2.001). Com a divulgação do uso das armadilhas como uma das técnicas para o manejo integrado da broca do café, entre setembro de 2.002 e fevereiro de 2.003, contabilizou-se mais de 7.000 armadilhas instaladas em 65 propriedades. Pôde ser observado uma significativa redução da população da broca na safra seguinte, com a instalação das armadilhas logo após o término da colheita. Comparou-se em janeiro de 2.003, o resultado de aplicação de inseticida (Endussolfan) para o controle da broca em algumas lavouras com armadilhas e lavouras sem armadilhas. A aplicação de endossolfan, nas lavouras com as armadilhas, de acordo com as informações repassadas aos cafeicultores, se deu quando constatou-se aumento significativo de brocas capturadas nas armadilhas, mediante contagem semanal; a aplicação do agrotóxico nas lavouras sem armadilhas foi efetuada de forma aleatória pelos cafeicultores. De 3 a 5 dias após a aplicação foram coletados aleatoriamente e abertos 100 frutos brocados, sendo constatado que nas áreas com armadilhas o índice de eficiência da aplicação chegou a 85%, enquanto nas áreas sem armadilhas, o índice de eficiência foi de no máximo 30%.