SPCB - Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil

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Resultados da Pesquisa

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    Produção de cafés especiais no estado de Santa Catarina, Brasil: aspectos climáticos e avaliação qualitativa de grãos
    (Embrapa Café, 2019-10) Bisso, Fernando Prates; Rice, Wilian da Silva; Zambonim, Fábio Martinho; Nachtigall, Aline Manke; Paiva, Leandro Carlos; Schmedler, Geverson; Oliveira, Daiane de
    O objetivo deste trabalho foi realizar o estudo das áreas com aptidão climática para o cultivo de Coffea arabica em Santa Catarina e avaliar tipificação e a qualidade sensorial de café arábica variedade mundo novo produzidos na restinga litorânea de Araquari-SC na safra de 2019. Para a delimitação do mapa de aptidão climática para a cultura do Coffea arabica foram utilizadas as normais de variáveis climáticas do banco de dados da EPAGRI/CIRAM: temperatura médias, máximas e mínimas ( o C); pluviosidade total anual (mm); risco de ocorrência de geadas (%). Adotou-se os indicadores bioclimáticos do C. arábica utilizados no Zoneamento Agrícola para a espécie no Estado do Paraná: Temperaturas Médias Anuais entre 18 e 23oC; Déficit Hídrico Anual < 150 mm e Risco de Geada inferior a 25%, no máximo uma geada a cada quatro anos (MAPA, 2011). Utilizou-se o programa ArcGis 10.0 para a elaboração do mapa. Para determinação da qualidade de grãos, foram coletadas amostras de frutos de C. arabica da variedade Mundo Novo em uma população de plantas estabelecidas em pomar de banana orgânica ambas existente no Instituto Federal Catarinense-Campus Araquari, (coordenadas 26o23’48” S e 48o43’59” O) durante a safra de 2019. Após a coleta, os frutos foram lavados e classificados manualmente em duas amostras: cereja/cana (vermelho claro) e cereja maduro (cereja escuro). Posteriormente os frutos foram despolpados manualmente e as sementes foram secas em estufa com ventilação forçada de ar à temperatura de 35o C até atingir o teor de umidade de aproximadamente 10%. Após a secagem as amostras foram acondicionadas em sacos de papel pardo embalados em sacos plásticos, sendo então enviadas para análise. A tipificação e a caracterização sensorial e de qualidade da bebida do café, foi realizada de acordo com os critérios utilizados na avaliação da qualidade do café segundo Malta (2011). De acordo com resultados obtidos, pode-se concluir que: 1. Santa Catarina possui áreas com condições climáticas potencialmente aptas para o cultivo de café arábica especial. 2. O café arábica variedade Mundo Novo produzido em pomar de bananeiras em sistema orgânico na restinga litorânea de Araquari-SC possui potencial para produção de cafés especiais, considerando a colheita seletiva e adequado processamento pós-colheita para explorar a máxima qualidade sensorial e evitar defeitos físicos nos grãos. 3. A colheita de frutos em estágio cereja/cana na cor vermelho claro e cereja maduro, na cor vermelho intenso, apresentaram qualidade semelhante e se enquadram como café especial excelente. 4. Mais estudos acerca da adaptabilidade e do ciclo fenológico de diferentes variedades de C. arábica nas condições edafoclimáticas do litoral catarinense, bem como do manejo de cultivo e pós-colheita devem ser realizados.
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    Perfil dos sistemas de produção de cafés sustentáveis certificados pelo programa Certifica Minas Café nas regiões cafeicultoras do estado de Minas Gerais
    (Embrapa Café, 2019-10) Souza, Luiza Monteiro; Pinheiro, Aracy Camilla Tardin; Guedouani, Sammy; Sakiyama, Ney Sussumu; Santos, Ricardo Henrique Silva; Rufino, José Luis dos Santos
    As certificações de café de boas práticas agrícolas visam à qualidade no processo de produção, mediante a promoção da sustentabilidade ambiental, econômica e social das propriedades. O Programa Certifica Minas Café é o único modelo de certificação de café de caráter público regional no Brasil.O processo de certificação do programa é similar aos modelos que utilizam as boas práticas como ferramenta para alcançar a sustentabilidade na cafeicultura, porém apresenta uma pontuação mínima exigida de 80 pontos referentes ao atendimento do check list, diferentemente dos outros sistemas privados. Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar o perfil dos sistemas de produção das propriedades certificadas pelo Programa Certifica Minas Café, nas quatros principais regiões produtoras do Estado. Para tal, a pesquisa contou com os dados de 1034 auditorias de verificação da conformidade em propriedades cafeeiras das quatro regiões cafeicultoras do estado de Minas Gerais, Cerrado Mineiro, Norte de Minas, Sul de Minas e Zona da Mata Mineira realizadas nos anos de 2015 e 2016 pelo IMA. Foram realizadas análises estatísticas descritivas de frequência e média para o parecer da auditoria e sua respectiva classificação nas categorias de certificação, e obtenção das frequências relativas da avaliação de cada item de conformidade que compõem o grupo de norma lavoura. Os resultados do parecer médio das auditorias não atingiram o valor total de cumprimento das normas, para as regiões do estudo. A classificação da certificação é na categoria prata para os dois anos da análise. Os itens de conformidade referentes ao grupo de normas lavoura não foram totalmente cumpridos para nenhuma das regiões analisadas. Entretanto, as boas práticas agrícolas estão presentes nesses sistemas produtivos, sendo a região do Norte de Minas a mais dispare entre as demais, seguida do Cerrado Mineiro. As regiões do Sul de Minas e Zona da Mata Mineira mostraram-se semelhantes na caracterização dos itens aplicados em suas respectivas unidades produtivas.
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    Condutividade elétrica e lixiviação de potássio em grãos de café submetidos à diferentes tratamentos durante a medição
    (Embrapa Café, 2015) Gonzaga, Lira Souza; Pereira, Vinícius Moribe; Pieroni, Rodrigo Soares; Dias, Laryanne Lopes de Carvalho; Pasqua, Cristiano Ribeiro do Vale; Silva, Gabriela Pereira; Alves, Ana Paula de Carvalho; Borém, Flávio Meira
    Com o objetivo de padronizar a metodologia utilizada para analisar condutividade elétrica e lixiviação de potássio em grãos de café cru, amostras foram submetidas a diferentes tratamentos antes de se fazer as medições. As amostras foram dividas em dois processamentos, manualmente beneficiados e mecanicamente beneficiados, em seguida imersos em água destilada por 5 horas mantidos em uma câmara de BOD. Em seguida, os grãos foram submetidos a três diferentes tratamentos: Tratamento 1: Amostras homogeneizadas antes da leitura mas os grãos são mantidos no recipiente. Tratamento 2: Amostras não são homogeneizadas, leitura feita com o mínimo de perturbação e os grãos permanecem dentro do recipiente. Tratamento 3: Grãos de café são retirados antes de realizar a leitura. Após o tratamento, foi possível observar que houve influência dos tratamentos nos resultados de condutividade elétrica, sendo mais evidente em amostras beneficiadas mecanicamente. Para a lixiviação de potássio esta influencia não foi tão evidente porém possível ser observada novamente em cafés mecanicamente beneficiados. Homogeneizar as amostras tanto para condutividade elétrica quanto para a lixiviação de potássio nos dois tipos de beneficiamento obteve concentração maiores de íons que passaram do grãos de café para a água.
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    Distinção entre os principais grãos defeituosos e sadios de café brasileiro, através da composição volátil
    (Embrapa Café, 2013) Toci, Aline T.; Farah, Adriana
    O Brasil é o primeiro produtor e segundo maior consumidor de café mundial. Devido ao grande volume de produção, os tipos de colheita mais utilizados são a derriça (no pano ou no chão) e a colheita mecânica, o que acarreta em cerca de 20 a 40% de grãos defeituosos, volume relevante, considerando uma produção de aproximadamente 43 milhões de sacas em 2013, o que gera cerca 16 milhões de sacas em grãos defeituosos. Os principais defeitos do café são os pretos, verdes e ardidos, conhecidos como PVA. Estes grãos, além de serem impróprios para exportação, possuem baixo valor comercial e acabam sendo incorporados nos blends de cafés para consumo interno. Por estas razões, encontram-se no mercado brasileiro bebidas com baixíssima qualidade. Desta maneira, nos últimos anos houve um crescente interesse pela caracterização química destes grãos. Tal caracterização permitirá, num futuro, a melhoria da qualidade dos blends de café brasileiros. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a composição volátil dos principais grãos brasileiros de café arábica defeituosos (preto, verde e ardido). Três conjuntos de grãos defeituosos e seus controles foram analisados por SPME-Headspace-GC/MS, sendo identificados 159 diferentes compostos voláteis. De um modo geral, os grãos defeituosos apresentaram maior número e concentração de compostos voláteis quando comparados aos seus respectivos grãos controles, especialmente das classes de pirazinas, pirróis e fenóis nos grãos torrados, e das classes pirazinas, álcoois, cetonas e furanos nos grãos crus. A Análise de Componentes Principais (PCA) revelou que é possível a distinção aromática dos principais defeitos, sendo o defeito verde (grão imaturo) aquele que mais se assemelhou aromaticamente aos grãos sadios, e os grãos pretos e ardido os que mais se distinguiram dos grãos saudáveis, o que está de acordo com o prejuízo à qualidade da bebida que estes grãos podem causar.