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    Transformação de lavoura cafeeira tradicional em adensada.
    (2007) Androcioli, Armando; Carneiro, Francisco; Hugo, Renzo Gorreta; Androcioli, Humberto Godoy; Embrapa - Café
    A renovação de lavoura cafeeira é um processo que demanda alto investimento e ocasiona a perda de renda durante o período de formação da nova lavoura em função da eliminação dos cafeeiros velhos. Com o objetivo de manter a renda durante a fase de renovação da lavoura foi avaliada nas condições de Londrina a implantação de uma ou duas linhas de cafeeiros entre as linhas de cafeeiros velhos de variedades de porte baixo e de porte alto, cultivadas no espaçamento de 4,0mx2,0m. Os resultados indicaram que a implantação de uma ou duas linhas de cafeeiros de porte baixo, resistente à ferrugem, entre as linhas de cafeeiros velhos aumenta a produtividade da lavoura e se constitui em uma forma importante para a transformação de lavoura sem perda de renda durante a fase de renovação. Não houve diferenças entre a produção de café das cultivares de porte baixo e porte alto nos sistemas avaliados.
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    Sistema agroflorestal permanente cafeeiro e seringueira. 1. - influência da projeção da copa da seringueira sobre o crescimento e produção do cafeeiro
    (2003) Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Ramos, André Luiz M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O Noroeste do Paraná, com tipo climático subtropical úmido mesotérmico (Cfa, Köppen) e solos leves derivados do Arenito Caiuá, foi submetido a um processo acelerado de colonização baseado na cafeicultura, importante para a economia da região. Essa cultura sofreu grande declínio devido à baixa fertilidade do solo, incidência de nematóides, eventual ocorrência de geadas provocando danos à parte aérea e sobre a produção e carência de práticas conservacionistas adequadas. Com base na retomada da cafeicultura na região, respaldada em plantios adensados e, na recente introdução da seringueira (Hevea brasiliensis) despontando como uma das alternativas para composição de sistemas agroflorestais com cafeeiro, buscou-se o estudo de sistemas agroflorestais envolvendo essas duas culturas. Visando não só a proteção e reduzir os danos por geada à lavoura cafeeira, mas como forma de atender os aspectos sociais, econômicos e de preservação das condições dafoclimáticas, avaliou-se a interferência mútua no desempenho das duas culturas em sistema agroflorestal permanente. A escolha da seringueira deveu-se ao grande potencial dessa cultura para a região, podendo ocupar pequenas e médias propriedades rurais, e a sua importância estratégica para o país, que importa cerca de 63% do seu consumo interno, sujeito a um crescente aumento dos preços internacionais . O experimento foi instalado em fevereiro de 1993 em área da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná -CMNP, no município de Paranapoema-PR, com o cafeeiro, progênie Icatu x Catuaí - IAPAR PR755054-28, no espaçamento adensado uniforme de 2,5m x 1,3m com três espaçamentos entre filas duplas de seringueira (clone PB 235) de 4,0m x 2,5m afastadas de 13,0m, 16,9m e 22,1m, além dos plantios solteiros das duas culturas, delineados em blocos casualizados com cinco repetições. Considerando os afastamentos das linhas de café em relação à projeção das copas da seringueira, a partir do centro das filas duplas, as produções médias de café beneficiado, ao longo de cinco colheitas, tem mostrado não haver efeito da seringueira, sobre o crescimento e a produção do cafeeiro. A melhor produção obtida pelo café ocorreu no espaçamento de filas duplas distanciadas 16,9m, com 1.071kg/ha, seguida de 22,1m, com 956kg/ha e vice-versa em relação à seringueira, quanto à CAP e EC, número de plantas aptas para sangria e produção de borracha seca/ha/ano. Os resultados obtidos ao longo do período de duração do experimento, baseados na produção do café (excluindo-se 2000 a 2002 sem produção devido ao efeito de geada nas parcelas de café solteiro o que provocou a recepa total e replantio visando a uniformização) e na análise de variância, seguida de comparação de médias, vêm mostrando que as diferenças superiores e favoráveis às parcelas consorciadas em relação aos plantios solteiros das duas culturas, não foram estatisticamente significantes, o que permite concluir que o agro-ecossistema café x seringueira, constitui-se num fator positivo de ocupação produtiva de extensas áreas do Noroeste Paranaense, inclusive como forma de minimizar os danos provocados por geadas e promover a diversificação de renda na propriedade rural.
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    Avaliação de espaçamentos e adubação para três cultivares de café
    (2003) Androcioli, Armando; Chaves, Júlio César Dias; Sera, Tumoru; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    As oscilações de preço do café tem evidenciado a necessidade de tornar cada vez mais eficiente o sistema de produção de café para que o produtor possa superar as adversidades que ocorrem ao longo do período de vida útil do cafeeiro. Neste aspecto, o ajuste de espaçamentos e adubação para as cultivares e tipo de manejo da lavoura, são fundamentais para montar um sistema de produção eficiente. Com o objetivo de aperfeiçoar o modelo tecnológico de produção de café adotado no Paraná, implantou-se um experimento em junho de 1990 no município de Iguaraçú-PR., em solo latossolo vermelho escuro textura arenosa (Led), com 4 espaçamentos, 4 níveis de adubação e 3 cultivares de café de porte baixo. Os tratamentos foram distribuídos em parcelas subsubdivididas, com as densidades nas parcelas, os níveis de adubação nas subparcelas e as cultivares nas subsubparcelas, com quatro repetições. Os espaçamentos foram definidos procurando-se compor quatro sistemas de produção: a) lavoura preparada para condução manual e sem espaço livre entre as linhas de cafeeiros; b) lavoura para condução manual e com espaço livre de 30 cm entre as linhas de cafeeiros; c) lavoura preparada para condução com microtrator, com espaço livre de 80 cm e d) lavoura para condução com trator cafeeiro, com espaço livre de 130 cm. As distâncias entre linhas foram definidas assumindo um diâmetro de copa (D) de 2,10 e calculado os espaçamentos (E) pela equação E=D+L, onde L é igual ao espaço livre desejado para cada sistema. Os espaçamentos entre as linhas de cafeeiros foram de 1,90 m; 2,40 m; 2,90 m e 3,40 m, todos com distância na linha de 1,5 m, com 2 plantas por cova, resultando em populações de 3509; 2778; 2299 e 1961 covas/ha, respectivamente. Os níveis de adubação foram: 0 % (sem adubo); 25 % da dose máxima; 50 % da dose máxima e 100 % para a dose máxima. Utilizou-se as cultivares IAPAR 59, progênie PR89088 (‘Icatu’ x ‘Catuaí’) e Catuaí Vermelho IAC-81. Foram avaliadas anualmente as produtividades em café beneficiado no período de 1993 a 2000. Para a comparação das médias foi aplicado o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade, nos casos em que o teste de F indicou diferenças significativas entre os tratamentos. Os dados foram ajustados para cada densidade em função dos níveis de adubação. A análise estatística dos dados indicou diferenças significativas na produtividade média de 8 colheitas, entre os espaçamentos, entre os níveis de adubação e entre as cultivares. A produtividade média de café beneficiado foi crescente com o aumento da densidade, com valores da menor para a maior densidade de 1085, 1303, 1563 e 1708 kg/ha. Os aumentos nas doses de fertilizantes proporcionaram aumento na produtividade média em todas as densidades estudadas. O impacto da adubação foi mais acentuado nas duas densidades menores com incremento linear da produtividade em função das doses de fertilizante. Nas duas maiores densidades, os incrementos de produtividade nos níveis mais altos de adubação foram menos acentuados, com tendência à estabilização. Em todas as cultivares, houve incremento da produtividade em função do aumento na densidade de plantio. A cultivar IAPAR 59 foi a mais produtiva em todas as densidades e níveis de adubação, com média de 1512 kg de café beneficiado por hectare, enquanto que a progênie PR89088 e a cultivar Catuaí Vermelho IAC-81 produziram em média 1372 e 1351 kg por hectare, respectivamente. A cultivar IAPAR 59 mostrou resposta linear da produtividade em função da densidade de plantio, indicando maior aptidão para os plantios adensados do que as demais, que apresentaram tendência de menor incremento em produtividade nas maiores densidades.
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    Produção de café com uma e duas plantas por cova em diferentes densidades de plantio
    (2003) Androcioli, Armando; Carneiro, Francisco; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O plantio de mais de uma muda por cova é prática comum nos sistemas tradicionais de café, enquanto que nos sistemas adensados predomina o plantio de uma planta por cova. Nas regiões onde a geada ocorre com maior freqüência, o uso de mais de uma planta por cova pode contribuir para reduzir os danos, em função da proteção de uma copa sobre a outra. O estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a influência do número de plantas por cova em diferentes densidades de plantio. As populações avaliadas foram: 10.000; 8.000; 6.667; 5.714; 5.000 e 4.000 plantas por hectare, em parcelas com uma e duas plantas por cova para cada densidade. Foi mantido o espaçamento fixo de 2,50 m entre as linhas e espaçamentos variáveis na linha para se obter a população desejada. A distância na linha para as covas com duas plantas foi o dobro da distância na linha para as covas com uma planta, para uma mesma população de plantas por hectare. O experimento foi implantado em Londrina-PR, em solo Latossolo roxo distrófico, utilizando um esquema fatorial, densidade e número de plantas por cova, em delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições. Utilizou-se a progênie Icatu x Catuaí. Foi avaliado a produtividade média de café beneficiado em kg/ha no período de 1998 a 2002. Em 2000 os cafeeiros foram afetados por geada severa, resultando em produção nula em 2001. Não houve diferença nos danos de geada aos cafeeiros em função da densidade e do número de plantas por cova. A produtividade média foi de 1758; 1853; 1720; 1624; 1489 e 1428 kg/ha, respectivamente, da maior para a menor densidade de plantio. Nesta média, está incluída a produtividade nula de 2001. Os resultados demonstram que no período estudado a produtividade aumentou significativamente até a densidade de 8.000 plantas por hectare, nos sistemas com uma ou duas plantas por cova. Não houve diferença significativa entre o cultivo de uma planta por cova e duas plantas por cova nas diferentes densidades de plantio. Os resultados demonstram que o maior efeito sobre a produtividade é proporcionado pelo número de plantas por área e não pelo número de plantas na cova. Na prática, estes resultados demonstram que para as condições estudadas, o cultivo de 8.000 covas com uma planta por cova ou de 4.000 covas com duas plantas por hectare, proporcionam produtividade semelhantes. Isto é válido, também, para as demais densidades avaliadas.
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    Perfis de umidade do solo sob cafeeiros com diferentes densidades de plantio
    (2001) Faria, Rogério Teixeira de; Androcioli, Armando; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com objetivo de determinar a disponibilidade hídrica do solo sob cafeeiros com diferentes densidades de plantio, um experimento foi conduzido em Londrina-PR. A cultivar foi a Catuaí vermelho e os tratamentos consistiram de quatro densidades de plantio, correspondentes a populações de 14.286, 4.762, 2.857 e 2.040 plantas ha -1 , com quatro repetições, sob delineamento em blocos ao acaso. Durante um ano, determinou-se a umidade do solo em seis profundidades (0-160 cm). Os resultados revelaram maior armazenamento de água no perfil do solo à medida que se aumentou a população de plantas. Os tratamentos afetaram também a distribuição da umidade no perfil, ocorrendo valores mais elevados nos tratamentos sob maior densidade de plantio, desde a superfície até 100 cm. A partir dessa profundidade ocorreu inversão de valores, isto é, maiores teores de umidade foram encontrados nos tratamentos sob menor densidade de plantio. Concluiu-se que o plantio adensado do cafeeiro resulta em maior eficiência de uso da água do solo, explorando maior volume de solo em decorrência do sistema radicular mais profundo, e apresenta melhor conservação da água do solo, devido à menor evaporação em decorrência da baixa radiação solar incidente no solo e proteção da cobertura morta.
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    Influência da forma de disposição das plantas na área sobre a produtividade em lavouras de café adensado
    (2001) Androcioli, Armando; Caramori, Paulo Henrique; Carneiro, Francisco; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo do presente trabalho foi de estudar a influência da forma de disposição das plantas em lavouras com diferentes densidades de plantio sobre o crescimento e a produtividade de cafeeiros. O experimento foi conduzido em Londrina- PR, no período de 1995 a 2000, com populações de 6.000, 8.000, 10.000, 12.000 e 14.000 plantas por hectare e cinco formas de disposição das plantas na área, para cada população. O delineamento estatístico foi o de blocos completos ao acaso, com 24 tratamentos e quatro repetições. A cultivar utilizada foi a IAPAR 59, plantada em abril de 1995, com uma planta por cova. Na média de quatro colheitas (1997 a 2000) houve aumento de produtividade até a densidade máxima estudada, de 14.000 plantas.ha -1 . Em todas as populações, houve aumento da produtividade quando a forma de disposição das plantas na área tendeu ao quadrado. As perdas em produtividade foram de 20% para um índice de retangularidade (espaçamento entre linhas sobre espaçamento na linha) de 3,6 e chegaram a 35,9% para um índice de retangularidade de 8,8, no ponto máximo da curva de regressão quadrática. A altura média das plantas aumentou com o incremento em densidade, e o diâmetro da copa reduziu nas populações superiores a 10.000 plantas.ha -1 . Não houve alteração no número de ramos plagiotrópicos das plantas em função da densidade. O número de plantas por hectare e a forma de disposição dos cafeeiros na área são fatores importantes para a manutenção de alta produtividade na lavoura.
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    Consorciação da seringueira e cafeeiro em fase terminal. - Efeito no desenvolvimento vegetativo da seringueira e produção do cafeeiro
    (2001) Pereira, Jomar da Paes; Androcioli, Armando; Leal, Alex Carneiro; Ramos, André Luiz M.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O noroeste do Paraná, com o tipo climático subtropical úmido mesotérmico (Cfa, Köppen) e solos leves originários do Arenito Caiuá, onde a heveicultura vem se estabelecendo, sofreu processo acelerado de colonização com a retirada da floresta original e implantação da cafeicultura, a qual não se sustentou, devido a diminuição do potencial produtivo dos solos, erosão hídrica, nematóides e outros problemas conjunturais. A ampliação da fronteira heveícola no país a partir do seu habitat natural (Amazônia), para as áreas consideradas de escape ao Microcyclus ulei, visando atingir a auto-suficiência em borracha natural, estendeu-se até o Sul, numa condição subtropical, chegando ao noroeste do Paraná, cuja condição fundiária calcada em pequenas propriedades favorece a sua implementação. Com a retomada da cafeicultura, isso abriu alternativas para o uso do café adensado, e sistemas agroflorestais, onde se inclui a seringueira como forma de ocupação produtiva destes. Dois clones - IAN 873 (Amazônico) e GT 1 (Asiático) - foram plantados no espaçamento de 8,0 x 2,5 m nas entrelinhas de cafezal, cultivar Catuaí Amarelo, no espaçamento de 4,0 m x 2,5 m, com 10 anos de idade e já em fase de erradicação, localizado em área da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, em Paranapoema. Os resultados obtidos com base em duas coletas anuais, durante sete anos, revelaram vantagens dos plantios consorciados em relação aos solteiros para todos os parâmetros avaliados. No consórcio, o clone IAN 873 foi superior ao GT 1 na antecipação da entrada em produção e na percentagem de plantas aptas para sangria (CAP > 45 cm). Esse sistema possibilitou ainda o aumento da sobrevida e a recuperação produtiva dos cafeeiros por algumas safras, constituindo uma tecnologia positiva na recuperação produtiva de áreas de cafezais decadentes e/ou em fase de erradicação e renovação no Paraná.