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Item Análise da dinâmica de regiões cafeeiras em Minas Gerais em relação ao ambiente(2005) Alves, Helena Maria Ramos; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Souza, Vanessa Cristina Oliveira de; Bertoldo, Mathilde A.; Andrade, Hélcio; Bernardes, Nilson; Embrapa - CaféO objetivo deste trabalho foi acompanhar a evolução das áreas cafeeiras em relação ao ambiente nas regiões de São Sebastião do Paraíso, Patrocínio e Machado no estado de Minas Gerais entre os anos 2000 e 2003, utilizando o SPRING. Mapas de uso da terra dos anos 2000 e 2003 dessas duas áreas foram gerados a partir de imagens de satélite da região. Os mapas de declividade, altitude, declive e orientação de vertente foram gerados a partir das curvas de nível e os mapas de solos foram obtidos por meio de modelagem baseada na geologia e no mapa de declividade da região. A partir do cruzamento dos dados feito na linguagem LEGAL do SPRING, foi possível avaliar como as modificações das áreas ocupadas pela cafeicultura acarretaram mudanças nas relações com o meio físico. Observou-se que em São Sebastião do Paraíso a cultura cafeeira mudou mais significativamente em relação às classes de solos. Em Patrocínio a mudança foi em relação às classes de orientação de vertente e em Machado, em relação à declividade.Item Monitoramento e dinâmica da cultura cafeeira na região de Três Pontas, Sul de Minas Gerais(2005) Bertoldo, Mathilde A.; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Souza, Vanessa Cristina Oliveira de; Bernardes, Nilson; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e seus Centros de PesquisaO presente trabalho teve como objetivo avaliar a dinâmica da cultura cafeeira na região de Três Pontas, sul de Minas Gerais, realizando o mapeamento do uso da terra por meio de dados obtidos de imagens de satélite TM/Landsat 7 (4R, 5G e 3B). Foram comparadas duas datas: junho de 2000 e abril de 2003. Pode-se observar que em relação ao ano 2000, houve um aumento de 4% na área plantada com a cultura de café no ano 2003. Nas classes de uso área urbana e reflorestamento não houve mudança. Para a classe áreas de mata, o pequeno decréscimo encontrado não foi relevante em relação à área total de mata. Em relação à classe corpos d’água, verificou-se um aumento da área que provavelmente relacionou-se às intensas chuvas que caíram na região durante o inicio do ano 2003, elevando o nível da represa de Furnas à sua cota máxima. Para as áreas ocupadas com a cultura de café observou-se que 70% das áreas permaneceram inalteradas em 2003, 8% foram extintas e 22% são de áreas com talhões recém-plantados ou renovados. A utilização das imagens de satélite TM/Landsat 7 para o mapeamento do uso da terra e o cruzamento destes mapas por meio do programa LEGAL do SPRING, constituíram ferramentas úteis para o monitoramento da dinâmica da cultura cafeeira, dando subsídios para o planejamento da ocupação da terra.Item Avaliação de áreas cafeeiras no município de Campo do Meio em Minas Gerais, utilizando imagens CBERS e TM-LANDSAT(2005) Bertoldo, Mathilde A.; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Souza, Vanessa Cristina Oliveira de; Bernardes, Nilson; Embrapa - CaféO presente estudo foi desenvolvido utilizando imagens Cbers e TM-Landsat-5, nas datas de junho de 2004 e abril de 2004, respectivamente, para caracterizar e avaliar a cultura cafeeira no município de Campo do Meio, sul de Minas Gerais. O mapa de uso e ocupação da terra foi interpretado visualmente utilizando o módulo temático do SPRING. O cruzamento dos mapas de uso com ênfase na cultura do café foi obtido por meio do módulo/análise/LEGAL. Este estudo teve como objetivo avaliar os sensores Cbers e TM-Landsat-5, para fins de interpretação visual de áreas cafeeiras, considerando suas características espectrais. Concluiu-se que a diferença entre os percentuais das áreas cafeeiras obtidos por meio da interpretação das duas imagens foi pequena, evidenciando a possibilidade da utilização de produtos do satélite CBERS para subsidiar satisfatoriamente trabalhos de levantamento e planejamento da cultura cafeeira na região.Item Dinâmica da ocupação de áreas cafeeiras de Minas Gerais utilizando geotecnologias(2005) Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Souza, Vanessa Cristina Oliveira de; Bertoldo, Mathilde A.; Embrapa - CaféO objetivo deste trabalho foi fazer uma avaliação espaço-temporal das regiões cafeeiras de Machado e Patrocínio no estado de Minas Gerais, utilizando técnicas de geoprocessamento e dados de sensores remotos. Mapas de uso da terra dos anos 2000 e 2003 dessas duas áreas foram gerados com auxílio do software SPRING. Por intermédio do cruzamento dos dados percebeu-se que as culturas cafeeiras nesses dois ambientes tiveram comportamentos diferentes. Em Machado, o parque cafeeiro teve um pequeno decréscimo de cerca de 2% entre os anos avaliados, porém, percebe-se uma renovação do parque, já que existem cerca de 7% de áreas novas sendo plantadas e 9% de áreas sendo podadas ou retiradas da produção. Já em Patrocínio, a área total de café plantada não foi alterada, mas a área de café em produção aumentou significativamente, tendo provavelmente provocado um aumento também significativo na produção da região.Item Mapeamento de áreas cafeeiras de Minas Gerais por imagem de satélite. Parte II: Machado(2003) Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Bertoldo, Mathilde A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA cafeicultura mineira concentra-se principalmente na região Sul de Minas, responsável por cerca de 60% da produção do estado. Essa região possui um agroecossistemas de café que vem se mantendo com destaque em relação às demais, em função de alguns fatores, tais como, condições climáticas e solos adequados ao cultivo do café, maior adoção de tecnologia e melhor qualidade da bebida. Para o planejamento racional da atividade agropecuária é necessário o conhecimento do meio ambiente em que esta atividade está inserida. O levantamento destas áreas e o estabelecimento de metodologias que possibilitem o monitoramento deste parque, com a atualização periódica de informações, torna-se importante para o gerenciamento do agronegócio café. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi o mapeamento de áreas ocupadas pela cultura de café na região de Machado, selecionada como representativa da região produtora do Sul de Minas, usando o geoprocessamento e o sensoriamento remoto para gerar um banco de dados digital e subsidiar as atividades de levantamento, monitoramento e planejamento do parque cafeeiro regional. A implementação de um banco de dados digital para a área-piloto e o tratamento das imagens de satélite foram realizados por meio de imagens do satélite TM Landsat 7 de 2000 e do software SPRING. O mapa de uso da terra foi interpretado visualmente, utilizando padrões obtidos em campo e georreferenciados, criando-se o plano de informação (PI) correspondente. As imagens de satélite na composição 3B-4R-5G foram tratadas no módulo imagem/contraste do SPRING. Com a aplicação do contraste na imagem, foi realizada interpretação visual do uso e ocupação das terras, observando o comportamento espectral de cada classe predominante na área de estudo, principalmente o café. Finalizada a interpretação preliminar, fez-se no campo uma checagem dos padrões estabelecidos para definição de alvos, gerando o mapa temático final: Mapa de Uso da Terra Interpretado. As classes predominantes mapeadas e checadas em campo foram: - Café em produção: cafezais cujos parâmetros de idade (acima de 4-5 anos), porte (maior que 2 m) e espaçamento de planti, permitem uma cobertura de substrato maior que 50%; - Café em formação: (abaixo de 4 anos) e com exposição parcial de solos; - Café recém-plantado: café recém-plantado com solo exposto; - Mata: áreas ocupadas por vegetação natural de porte variado, matas ciliares, resquícios de floresta tropical, capoeiras e cerradão; - Solo exposto: áreas preparadas para cultivo; - Área urbana: áreas com ocupação urbana; - Cultura: áreas que correspondem ao plantio de culturas semiperenes e temporárias; - Represas: áreas de lagos naturais e construídos, - Reflorestamento: áreas plantadas com eucalipto ou pínus. O restante da área foi classificado como Outros usos, que seriam: áreas para pastagem natural, pousio de culturas temporárias ou semiperenes. Para gerar o Mapa de Uso da Terra Classificado automaticamente, utilizou-se a mesma legenda acima citada permitindo-nos verificar o grau de acerto do classificador ao compará-lo com o Mapa de Uso da Terra Interpretado visualmente, considerado como verdade terrestre. O classificador empregado foi o Battacharya, que mede a separabilidade estatística entre classes espectrais, isto é, mede a distância média entre as distribuições de probabilidades de classes espectrais. Posteriormente foi realizada uma análise para a verificação da porcentagem de confusão dos temas. Para a área-piloto de Machado, o Mapa de Uso da Terra Classificado automaticamente apresentou um índice de acerto de 66,14% para a classe café em produção, sendo que a maior proporção de confusão foi para as classes de café em formação e mata. Provavelmente esta confusão deu-se em função da classe mata ter o comportamento espectral semelhante ao café em produção e café em formação. Este conflito acentua-se na porção oeste do município de Machado, onde o relevo é muito acidentado. Além do relevo acidentado, a cafeicultura da região Sul de Minas é representada por médios e pequenos produtores, resultando em talhões de dimensões muito variáveis. Estas características dificultam o reconhecimento visual nas imagens de satélite TM/Landsat, dado à sua resolução espacial que é de 30 x 30 m. Sendo assim, nesta região o levantamento da cafeicultura deve ser auxiliado por produtos de sensoriamento remoto de melhor resolução espacial, tais como fotografias aéreas e/ou imagens IKONUS, que apresentam resolução espacial de 1 x 1 metro.Item Mapeamento do uso da terra utilizando imagem de satélite. Parte III: São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais(2003) Bertoldo, Mathilde A.; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEstudo de plantios agrícolas e outros tipos de cobertura da terra por sensoriamento remoto, assim como a separação de culturas na imagem de satélite possibilita ao planejador, a visualização do uso atual da terra, bem como um meio para planejar o seu melhor uso, baseando-se em informações disponibilizadas por Sistemas de Informação Geográfica. O presente trabalho apresenta o mapeamento do uso da terra na área piloto de São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, utilizando o Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas-SPRING. O projeto foi desenvolvido pela EPAMIG/CTSM/Laboratório de Geoprocessamento,com base em informações secundárias (mapas geológicos,fotografias aéreas e dados estatísticos), levantamentos de campo e técnicas de geoprocessamento. Este trabalho é parte integrante do projeto "Fotografias aéreas e imagens orbitais utilizadas na identificação de áreas de café (Coffea arabica) para fins de previsão de safra". Para o desenvolvimento do projeto foi elaborado um banco de dados digital, por intermédio SPRING e imagens de satélite TM/Landsat 7 , órbita ponto 220/074 passagem de 27/06/ 2001,bandas 3, 4 e 5. O mapa temático de uso da terra é aquele que possui informações qualitativas e quantitativas dos usos predominantes em uma região. As imagens de satélite na composição 3B4R5G, foram tratadas no módulo imagem/contraste do SPRING. Com a aplicação do contraste na imagem, foi confeccionado o mapa preliminar do uso da terra, observando o comportamento espectral de cada classe predominante na área de estudo, que foram compatíveis com a resolução do produto e a escala final.O mapa temático do uso da terra foi obtido através do módulo temático /edição vetorial do SPRING. As ferramentas que se utilizam normalmente na edição de modelos de dados para mapas temáticos são: digitalização de linhas; ajuste de nós, poligonização e identificação de identidades (classes temáticas). A análise quantitativa de cada plano de informação foi gerada pelo módulo temático/cálculo de área.O cálculo de área de cada plano de informação temático apresenta um valor para cada classe. O total de áreas das classes é a área total do plano de informação que estiver ativo. Após a checagem em campo dos padrões estabelecidos para definição das classes gerou-se o mapa temático final do uso da terra. As classes predominantes mapeadas e checadas em campo em relação à área total foram: Café em produção: (cafezais cujos parâmetros de idade estão acima de 4 anos, porte maior que 2 m e espaçamento de plantio que permitem uma cobertura de substrato maior que 50%) 13,16%; Café em formação: ( abaixo de 4 anos) 4,92% e Café recém-plantado: (com solo exposto) 2,86%; Mata: (vegetação natural de porte variado, isto é, matas ciliares, resquícios de floresta tropical,capoeiras e cerradão) 12,56 %; Área urbana: (ocupação urbana) 3,43%; Solo exposto: (áreas preparadas para cultivo) 2,59%; Cultura: (plantio de culturas semiperenes e temporárias) 1%; Represas: (lagos naturais e construídos) 0,27 % ; Reflorestamento: ( áreas plantadas com eucalipto ou pinus) 0,33%; Outros usos: (áreas para pastagens natural, plantada e capineira; pousio de culturas temporárias ou semiperene) 58,88%. Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm modificado as técnicas utilizadas nos mapeamentos de uso da terra, tornando-os mais ágeis e precisos, combinando os avanços da cartografia automatizada, os sistemas de manipulação de banco de dados e o sensoriamento remoto com o desenvolvimento da análise geográfica, viabilizam o gerenciamento e a atualização constante das informações do meio ambiente.Item Avaliação de ambientes cafeeiros de Minas Gerais. Parte III: São Sebastião do Paraíso(2003) Alves, Helena Maria Ramos; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Bertoldo, Mathilde A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféO planejamento racional de qualquer atividade agropecuária requer, primeiramente, o conhecimento do meio ambiente em que esta atividade está inserida. O conhecimento de ambientes complexos como os agroecossistemas, requer a subdivisão do mesmo em partes ou estratos mais homogêneos, que depois de caracterizados são novamente integrados ao todo. Os sistemas computadorizados e os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm modificado as técnicas utilizadas nos levantamentos de recursos naturais. Combinando os avanços da cartografia automatizada, dos sistemas de manipulação de banco de dados e do sensoriamento remoto, com o desenvolvimento da análise geográfica, os SIGs produzem um conjunto distinto de procedimentos analíticos, que auxiliam no gerenciamento e na atualização constante das informações disponíveis. Este trabalho teve por objetivo a caracterização de agroecossistemas cafeeiros representativos de regiões produtoras de café de Minas Gerais, usando o geoprocessamento e produtos de sensoriamento remoto orbital para avaliar quantitativamente as relações entre os sistemas de produção e condicionantes do meio físico, com ênfase nos fatores solos e relevo. Dentre as principais regiões produtoras de Minas Gerais, o município de São Sebastião do Paraíso foi uma das áreas selecionadas como representativa da região Sul de Minas. Foram gerados dados sobre os solos, relevo, recursos hídricos e uso atual das terras, com ênfase na cultura do café, por meio de informações secundárias, levantamentos de campo e interpretação de imagens de satélite TM/Landsat 5 e 7 e fotografias aéreas. Estas informações foram incorporadas por meio do sistema de informação geográfica SPRING para gerar um banco de dados em formato digital para uma área-piloto de 520 km 2 . A partir deste banco de dados foram gerados mapas temáticos de caracterização ambiental, entre os quais destacam-se os mapas de uso atual, de classes de declividade e de solos (legenda preliminar). O mapa de solo foi elaborado por modelagem com base nas relações, observadas no campo, entre a geologia, o relevo e a distribuição das diferentes classes de solo na paisagem regional. Selecionou-se a microbacia do Ribeirão Fundo para os trabalhos de caracterização das unidades de mapeamento de solos e checagem da legenda preliminar. Os mapas gerados foram cruzados por meio de tabulações cruzadas no programa LEGAL/SPRING. Os Planos de Informação(Pis) de Uso Atual x Classes de Solo e Uso Atual x Classes de declividade foram cruzados e as relações quantitativas avaliadas. A classe café formado apresentou 25,96% de ocupação na área-piloto, sendo 23,07% em áreas de relevo plano a ondulado. Os solos selecionados para a cultura cafeeira referem-se às unidades de mapeamento LVf (Latossolo Vermelho Férrico), e NVf (Nitossolo Vermelho Férrico), totalizando 13,33%, seguidos de LVAp (Latossolo Vermelho Amarelo Psamítico) e PVAa (Argissolo Vermelho-Amarelo Arênico) que juntos representam 7,69%. As demais unidades de mapeamento de solos apresentam ocupação pela cafeicultura abaixo de 2,5%. Justifica-se a predominância da cultura cafeeira nestes solos, visto que os dois primeiros são derivados de rocha basáltica da Formação Serra Geral (KJsg), apresentando fertilidade natural mais elevada. Já o LVAp e PVAa, produtos de intemperização dos domínios geológicos de composição arenítica. (Kb -Formação Bauru, KJb - Formação Botucatu e PCI - Grupo Itararé), são solos de boas características físicas, onde o manejo adequado da fertilidade os torna aptos para a cafeicultura. O estudo permitiu a individualização geomórficopedológica da região de São Sebastião do Paraíso em dois grandes ambientes: i)- Ambiente W, com predomínio de Latossolos Vermelhos Férricos e Latossolos Vermelhos textura média e Nitossolos Vermelhos Férricos nas porções de declividades maiores que 12%; e ii) Ambiente E, com domínio de Latossolos Vermelho-Amarelos textura média a psamíticos e Argissolos Vermelho-Amarelos, textura média a arênicos, em classes de declividade maiores que 12%. A cafeicultura na região é instalada predominantemente no ambiente geomórfico-geo-pedológico W, particularmente na porção localizada entre os núcleos urbanos de São Sebastião do Paraíso e São Tomás do Aquino, onde os solos, predominantemente os Latossolos Vermelho férricos, são mais aptos ao cultivo do cafeeiro.Item Avaliação de ambientes cafeeiros de Minas Gerais. Parte II: Machado(2003) Alves, Helena Maria Ramos; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Bertoldo, Mathilde A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféA evolução das técnicas de geoprocessamento tornou mais eficiente a elaboração de diagnósticos sobre o meio físico, viabilizando o levantamento e a avaliação de fatores ambientais condicionantes de vários aspectos da cafeicultura. A organização destas informações em bancos de dados, com os respectivos mapeamentos digitais, são instrumentos para gerar ações de pesquisa e desenvolvimento, que propiciem o uso adequado da terra, de modo a preservar os recursos naturais e permitir o desenvolvimento sustentável da cafeicultura. Este trabalho teve por objetivo a caracterização de agroecossistemas cafeeiros representativos de regiões produ-toras de café de Minas Gerais, usando o geoprocessamento e produtos de sensoriamento remoto orbital para avaliar quantitativamente as relações entre os sistemas de produção e condicionantes do meio físico, com ênfase nos fatores solos e relevo. Para tanto, foram selecionadas áreas-piloto dentre as principais regiões produtoras de Minas Gerais, sendo o município de Machado selecionado como representativo de ambientes da região Sul de Minas. Foram gerados dados sobre os solos, relevo, recursos hídricos e uso atual das terras, com ênfase na cultura do café, por meio de informações secundárias, levantamentos de campo e interpretação de imagens de satélite TM/Landsat e fotografias aéreas. Estas informações foram incorporadas por meio do sistema de informação geográfica SPRING para gerar um banco de dados em formato digital. A partir deste banco de dados foram gerados mapas temáticos de caracterização ambiental, entre os quais destacam-se os mapas de uso atual, de classes de declividade e de solos (legenda preliminar). Os mapas de solos foram elaborados por modelagem geomorfopedológica baseada nas relações, observadas no campo, entre a geolo-gia, o relevo e a distribuição das diferentes classes de solo na paisagem regional. Os mapas gerados foram cruzados por eio de tabulações cruzadas no programa LEGAL/SPRING. Os Planos de Informação (PIs) de Uso Atual x Classes de Solo e Uso Atual x Classes de declividade foram cruzados e as relações quantitativas avaliadas. As áreas de café em produção representam 26,44% de ocupação na área-piloto de Machado, em altitudes que variam entre 800 a 1150 metros, mas principalmente entre os 800 a 850 metros, distribuídas em praticamente todas as orientações de vertente e todas as classes de relevo (plano, suave ondulado, ondulado e forte ondulado), com predomínio das classes suave ondulado e ondulado, que juntas representam 70% do café em produção. Esta distribuição reflete a compartimentação geomórfica da região. A caracterização da região de Machado evidenciou dois grandes ambientes: i) Ambiente Geomorfo-pedológico N-NE-E, com domínio de Latossolos, em relevo predominantemente plano a ondulado, ocorrendo na região norte-nordeste-leste em relação ao núcleo urbano de Machado; e ii) Ambiente Geomorfo-pedológico W-NW, com domínio de solos com horizonte B textural, além de ocorrências de Cambissolos, em relevo predominantemente ondulado a montanhoso, ocorrendo na região oeste-noroeste em relação ao núcleo urbano de Machado. A cultura cafeeira distribui-se pelos dois ambientes, observando-se maior concentração no Ambiente Geomorfo-pedológico W-NW, apesar das condições dificultadas de relevo. Os solos ocupados pela cafeicultura referem-se às unidades de mapeamento que incluem Argissolos Vermelhos + Argissolos Vermelho-Amarelos e Latossolos Vermelhos + Latossolos Vermelho-Amarelos, onde se encontram 74% das lavouras, ocorrendo também em áreas destas mesmas classes de solos, mas com a presença de horizonte A húmico ou proeminente, quando em altitudes superiores a 950 m. Estes últimos, no entanto, correspondem a uma pequena porcentagem de ocorrência no ambiente geomorfopedológico W-NW da área-piloto. Ficou evi-denciado, portanto, que a cafeicultura encontra-se diretamente relacionada à distribuição dos solos na paisagem, conforme o modelo geomorfopedológico utilizado na modelagem de solos.Item Avaliação de ambientes cafeeiros de Minas Gerais. Parte I: Patrocínio(2003) Alves, Helena Maria Ramos; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Bertoldo, Mathilde A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféComo parte integrante do projeto de pesquisa "Diagnóstico edafo-ambiental da cafeicultura do estado de Minas Gerais", o presente trabalho apresenta a caracterização do agroecossistema cafeeiro de Patrocinio selecionado como representativo da região do café do cerrado. Com base em informações secundárias e levantamentos de campo, foi selecionada uma área-piloto de 520 km 2 de extensão, representativa da região, tanto em termos das características da cultura cafeeira, quanto da sua associação com o meio físico. Usando técnicas de geoprocessamento, foi elaborado um banco de dados digital para a área-piloto, utilizando-se o sistema de informações geográficas SPRING e imagens de satélite TM/Landsat 7 -3B4R5G. A partir deste banco de dados foram gerados mapas temáticos de caracterização ambiental, tais como os mapas de uso da terra interpretado e classificado automaticamente, orientação de vertente, altitude, classes de declividade e de solos. O mapa de solos foi elaborado com base em levantamento pedológico inédito cedido pela Embrapa Solos. A associação das áreas cafeeiras com o meio físico foi caracterizada e quantificada por meio do modulo Ferramenta/cruzamentos de planos de informação do SPRING, correlacionando a cultura cafeeira com classes de declividade, orientação de vertente, altitude, café classificado automaticamente e com as classes de solos. O resultado das tabulações cruzadas entre os Planos de Informação (Pis): Uso Atual x Classes de Solo e Uso Atual x Classes de Declividade mostrou que a cafeicultura na área de estudo, ocupa 13,86% da extensão total das terras, estando distribuída nas áreas de relevo plano a suave-ondulado (áreas com declividade de 0 a 12%, onde se encontram 90% das áreas de café em produção), onde desenvolvem-se Latossolos Vermelhos e Latossolos Vermelho-Amarelos (84% do total das áreas de café em produção), cuja discriminação é feita em função do tipo de material de origem, mais os menos ferruginoso. A cafeicultura encontra-se instalada neste ambiente geomorfopedológico, caracterizando-se por grandes lavouras, geralmente em áreas contíguas de grandes dimensões. As condições de solo e relevo estão diretamente relacionadas com o sistema de produção e manejo das lavouras utilizado na região. O geoprocessamento mostrou-se uma ferramenta eficiente na caracterização de agroecossistemas cafeeiros, podendo ser implementado em atividades de levantamento e monitoramento agro-ambiental, fornecendo, ainda, informações que auxiliam o planejamento e gerenciamento sustentável do setor cafeeiro.Item Mapeamento do uso da terra utilizando imagem de satélite. Parte I: Patrocínio - Minas Gerais(2003) Bertoldo, Mathilde A.; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do CaféEste trabalho é parte integrante do projeto "Fotografias aéreas e imagens orbitais utilizadas na identificação de áreas de café (Coffea arabica) para fins de previsão de safra".O trabalho apresenta as caracterizações do uso da terra na área piloto de Patrocínio, representativa da cafeicultura do Alto Paranaíba "Café do Cerrado", Minas Gerais. O projeto está sendo desenvolvido pela EPAMIG CTSM/Laboratório de Geoprocessamento, com base em informações secundárias (cartas do IBGE,mapas geológicos,fotografias aéreas e dados estatísticos) e levantamentos de campo. Usando-se técnicas de geoprocessamento, foi elaborado um banco de dados digital por intermédio do sistema de informações geográficas SPRING e imagens de satélite TM/Landsat 7, órbita ponto 220/073 passagem de 21/04/2000, bandas 3, 4 e 5. O mapa temático de uso da terra é aquele que possui informações qualitativas e quantitativas do uso predominantes em uma região. As imagens de satélite na composição 3B4R5G foram tratadas no módulo imagem/ contraste do SPRING.O mapa preliminar do uso da terra foi confeccionado com a aplicação do contraste na imagem, observando o comportamento espectral de cada classe predominante na área de estudo, compatíveis com a resolução do produto orbital e a escala final. O mapa temático do uso da terra, foi obtido utilizando do módulo Temático /edição vetorial do SPRING. As ferramentas que se utilizam na edição de modelos de dados para mapas temáticos são: digitalização de linhas; ajuste de nós, poligonização e identificação de identidades (classes temáticas). A análise quantitativa de cada plano de informação foi gerada pelo módulo temático/cálculo de área. O cálculo de área de cada plano de informação temático apresenta um valor para cada classe. O total de áreas das classes é a área total do plano de informação que estiver ativo. Após a checagem de campo dos padrões estabelecidos para definição de classes, gerou-se o mapa temático final do uso da terra. As classes predominantes mapeadas e checadas em campo em relação à porcentagem do total da área foram: Café em produção: (acima de 4 anos, porte maior que 2 m e espaçamento de plantio permitem uma cobertura de substrato maior que 50%) 8,01%; Café em formação: (abaixo de 4 anos) 8,79%; Café recém-plantado: (com solo exposto) 9,38%; Mata: (vegetação natural de porte variado, isto é, matas ciliares, resquícios de floresta tropical,capoeiras e cerradão) 7,91 %; Solo exposto: (áreas preparadas para cultivo) 5,21%; Cultura: (áreas com plantio de culturas semiperenes e temporárias) 0,2%; Represas: (lagos naturais e construídos) 0,16 %; Reflorestamento: (áreas plantadas com eucalipto ou pinus) 0,24%; Outros usos: (pastagens natural, plantada e capineira, pousio de culturas temporária ou semiperene) 60,10%. O sensoriamento remoto aliado ao geoprocessamento constituem técnicas que podem ser utilizadas na caracterização, estimativa e monitoramento do uso da terra da região do Alto Paranaíba, desde que as atividades sejam avaliadas e controladas por levantamentos de campo. As informações geradas no levantamento e monitoramento do uso da terra podem subsidiar órgãos do governo e órgãos de pesquisa no gerenciamento racional da cafeicultura.