Biblioteca do Café
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Item Abordagem sensorial e química da expressão de genótipos de Bourbon em diferentes ambientes(Universidade Federal de Lavras, 2013-04-22) Figueiredo, Luisa Pereira; Borém, Flávio MeiraO crescimento da demanda por cafés especiais no mercado internacional, associado à qualidade intrínseca da cultivar Bourbon para a produção de cafés diferenciados e a diversidade ambiental do Brasil, justifica estudos que visem compreender a relação desses fatores com a produção de cafés especiais. Em vista disso, este trabalho foi realizado com os objetivos de: i) avaliar como a interação entre genótipos de ‘Bourbon’ e diferentes ambientes afeta a qualidade sensorial dos cafés, bem como relacionar a composição química (trigonelina, 5-ACQ e cafeína) dos grãos com a sua expressão sensorial; ii) verificar a ocorrência de genótipos mais promissores à produção de cafés especiais em três diferentes ambientes, e verificar a influência da interação desses fatores sobre a composição de ácidos orgânicos e sacarose e iii) investigar a relação entre a composição de ácidos graxos e as características sensoriais de diferentes genótipos de ‘Bourbon’ cultivados sob diferentes condições edafoclimáticas. Foram avaliados quatro genótipos de café arábica, sendo um amplamente cultivado no Brasil (Mudo Novo) e três pertencentes ao grupa da Mogiana, no estado de São Paulo, abrangendo os municípios de Lavras, MG; Santo Antônio do Amparo, MG e São Sebastião da Grama, SP. Os experimentos foram instalados em delineamento experimental de blocos casualizados (DBC), com três repetições em campo e parcelas constituídas por dez plantas. Concluiu-se se que: i) São Sebastião da Grama foi o ambiente mais promissor para a produção de cafés especiais. Os genótipos Bourbon Amarelo IAC J9 e Bourbon Amarelo/ Origem SSP foram os mais indicados para a produção de cafés especiais. Independente do ambiente de cultivo, o genótipo Bourbon Amarelo/Origem CM não é indicado para a produção de cafés especiais. O conteúdo de cafeína possibilitou a discriminação de cafés quanto à qualidade de bebida; ii) O conteúdo de sacarose e ácido oxálico foram bons discriminadores da qualidade de cafés especiais. Cafés com qualidade superior têm maiores teores de sacarose e menores teores de ácidos oxálicos; iii) os ácidos graxos saturados araquídico, esteárico e palmítico são possíveis discriminadores da qualidade de cafés especiais. Os ácidos graxos insaturados elaídico, oleico, linoleico e linolênico se relacionaram com cafés menos intensos em acidez, fragrância, corpo e sabor.Item Perfil sensorial e químico de genótipos de cafeeiro Bourbon de diferentes origens geográficas(Universidade Federal de Lavras, 2010-02-25) Figueiredo, Luisa Pereira; Borém, Flávio MeiraA cultivar Bourbon apresenta elevado potencial de qualidade de bebida nas regiões de melhor aptidão climática e, por isso, é altamente valorizada nos mercados de cafés especiais. O presente estudo foi realizado com o objetivo de descrever o perfil sensorial e químico de genótipos de cafeeiro Bourbon nas regiões sul, do estado de Minas Gerais e Mogiana, do estado de São Paulo, visando à identificação de genótipos promissores para a produção de cafés de qualidade superior. Foram avaliadas 14 genótipos de cafeeiro arábica (Coffea arabica L.), sendo 11 pertencentes ao grupo Bourbon e três representantes de cultivares comerciais amplamente cultivadas no Brasil (Mundo Novo IAC 502/9, Catuaí Vermelho IAC 144 e Icatu Precoce IAC 3282), as quais serviram como testemunhas para as devidas comparações. As populações foram estabelecidas na forma de experimento em campo nos municípios de Lavras e Santo Antônio do Amparo, no estado de Minas Gerais, e São Sebastião da Grama, no estado de São Paulo. Os cafés foram colhidos, processados, secados, armazenados e, posteriormente, analisados, química (trigonelina, ácidos clorogênicos e cafeína) e sensorialmente. Todos os procedimentos foram realizados de acordo com técnicas específicas estabelecidas pela tecnologia de pós-colheita do café e sob rigorosos padrões de controle de qualidade. A interação entre genótipos e ambiente de produção influenciou significativamente os teores de trigonelina e cafeína dos grãos. De modo geral, os resultados das análises químicas apresentaram relação com os resultados da análise sensorial para os ambientes, independente do genótipo estudado. A diferença entre os teores dos compostos químicos analisados foi muito pequena, não sendo, no presente estudo, suficiente para a discriminação entre os genótipos. Os genótipos de Bourbon apresentaram maior potencial para a produção de cafés especiais em relação às testemunhas, em todos os ambientes analisados. A influência do ambiente sobre a qualidade da bebida do café depende da adaptação e da expressão de cada genótipo e a interação de diferentes atributos pode resultar em cafés de qualidade superior com características sensoriais distintas. Em alguns genótipos foram identificadas nuances de sabor e aroma associadas a perfis sensoriais predominantemente florais, frutados, caramelados e achocolatados, altamente valorizados no mercado de cafés especiais.