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    Progresso da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arábica L.) em diferentes altitudes
    (2000) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Costa, Helcio; Silva, Marcelo Barreto; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho teve por objetivo estudar a influência da altitude no progresso da ferrugem do cafeeiro. Para tal, foram escolhidas lavouras em 1998 com alta carga pendente de frutos, pertencente ao cultivar Catuaí Vermelho, no espaçamento de 2,8 m x 0,7 m, na região da Zona da Mata de Minas Gerais. As lavouras situaram nas altitudes variando de 600 m a 1275 m. Em cada altitude foram marcadas cinco lotes de plantas onde retiraram-se folhas do terço inferior mensalmente para determinação da incidência e severidade da ferrugem do cafeeiro. Observando as curvas de progresso da ferrugem do cafeeiro nas diferentes altitudes, por meio de regressão linear dos picos de incidência de H. vastatrix, verificou-se uma intensidade de doença menos severa, nas lavouras de café plantadas em altitudes mais elevadas, principalmente aquelas acima de 1000 m. A explicação para este fato é que, a medida que a altitude eleva-se de 600 m para 1275 m há um decréscimo correspondente na temperatura e maior intensidade de vento; desta maneira, o período de molhamento foliar é menor do que em altitudes inferiores a 1000 m. Assim, não só a incidência da ferrugem foi menor mas também a severidade da doença ( número de pústulas por folha). O pico de ferrugem nos anos de 1998 a 2000 foi obtido de julho a outubro de acordo com a altitude. Quanto maior a altitude mais o pico da doença tendeu a se deslocar para os meses de setembro a outubro. A maior incidência da ferrugem ocorreu na altitude de 850 m e a menor a 1275 m, com incidência de no máximo 40 % de doença. Devido a estes resultados, as estratégias de controle da ferrugem devem ser diferenciadas não só de acordo com a temperatura, chuva, molhamento foliar e umidade relativa, mas também a altitude onde a lavoura esta implantada.
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    Modelo de previsão da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (2000) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio; Vale, Francisco Xavier Ribeiro do; Mizubuti, Eduardo Seiti Gomide; Altmann, Thomas; Paiva, Sérgio Bueno; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O objetivo deste trabalho foi desenvolver e testar um modelo de previsão da ferrugem do cafeeiro o qual utiliza as variáveis climáticas molhamento foliar e temperatura média durante o período de molhamento, associadas a fisiologia da planta e a intensidade da doença como subsídios para avisar o momento mais propício para se realizar pulverizações com fungicidas sistêmicos, no caso o hexaconazole, para o controle da ferrugem. Para tal foram escolhidas duas lavouras de café do cultivar Catuaí vermelho com seis anos de idade, uma com alta carga pendente de frutos, localizado no município de Coimbra na região da Zona da Mata de Minas Gerais, com 680 m de altitude, e a outra com carga média de frutos, localizada no município de Carmo do Paranaíba, na região do Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais, com 850 m de altitude, em novembro de 1999. O experimento contrastou recomendações do controle da ferrugem do cafeeiro baseadas no calendário convencional de pulverizações, com recomendações determinadas pela incidência de folhas doentes, e recomendações ditadas pelo modelo de previsão da doença testado. O modelo de previsão desenvolvido e testado constou do cálculo do valor de severidade da ferrugem baseado na temperatura e molhamento foliar favoráveis ou não á ferrugem, gerando uma matrix, semelhante ao que foi feito por Wallin (1962). Os valores de severidade obtidos diariamente foram computados e testados no campo visando determinar qual deles proporcionasse controle eficiente da doença. O modelo também foi associado a incidência inicial da doença na cultura e da carga pendente dos frutos nas plantas. Na lavoura com alta carga pendente de frutos o melhor resultado do modelo foi o tratamento que recomendou pulverizações quando o valor de severidade de doença (VSD) atingia 30 VSD’s, o qual determinou duas pulverizações, uma dia 05-02-00 e a segunda dia 29-03-00, proporcionando controle semelhante ao calendário de aplicações de fungicida. Já para a lavoura com média carga pendente de frutos, o modelo recomendou apenas uma única pulverização com hexaconazole para todos os tratamentos, sendo que a incidência final de folhas doentes por ocasião da colheita não atingiu o nível de dano ao cafeeiro, e também não diferiram dos tratamentos baseados no calendário, que recomendou duas pulverizações com fungicida sistêmico e quatro com fungicida de contato. Portanto, o modelo de previsão desenvolvido e testado no trabalho mostrou-se tão eficiente quanto o calendário para o controle da ferrugem do cafeeiro, porém utilizando um menor número de pulverizações em pelo menos em um dos locais avaliados (Carmo do Paranaíba).
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    Sistema de previsão e progresso da ferrugem do cafeeiro em diferentes altitudes
    (Universidade Federal de Viçosa, 2001) Garçon, Clévio Lindolfo Pereira; Zambolim, Laércio; Universidade Federal de Viçosa
    O presente trabalho avaliou um sistema de previsão e o comportamento da ferrugem do cafeeiro em diferentes altitudes. O sistema de previsão baseou-se no molhamento foliar e na temperatura média durante o período de molhamento, associados à fisiologia da planta e a intensidade da doença em duas lavouras (Catuaí Vermelho) com alta carga pendente de frutos, com seis anos de idade, localizada no município de Coimbra, a 680 m de altitude, na região da Zona da Mata de Minas Gerais, e com carga média de frutos, com nove anos de idade, localizada no município de Carmo do Paranaíba, a 850 m de altitude, na região do Alto Paranaíba do Estado de Minas Gerais. O sistema de previsão constou do cálculo do valor de severidade da doença (VSD), semelhante ao modelo de Wallin (1962). Na lavoura com alta carga pendente de frutos (101,5 sacas beneficiadas/ha), o melhor resultado do sistema de previsão foi o tratamento que recomendou pulverizações quando a severidade atingia 30 VSDs. Para a lavoura com média carga pendente de frutos (224 sacas beneficiadas/ha), o sistema de previsão recomendou apenas uma única pulverização com fungicida sistêmico, para todos os tratamentos. A incidência final de folhas doentes na colheita (11,0%) não atingiu o nível de dano ao cafeeiro e também não diferiu dos tratamentos baseados no calendário (duas pulverizações com fungicida sistêmico e quatro com fungicida de contato). Portanto, o sistema de previsão foi tão eficiente quanto o calendário no controle da ferrugem do cafeeiro, porém utilizando menor número de pulverizações, em pelo menos um dos locais avaliados (Carmo do Paranaíba - Minas Gerais). Para estudo do efeito da altitude sobre o progresso da ferrugem do cafeeiro foram escolhidas lavouras, com alta carga pendente de frutos, da cultivar Catuaí Vermelho, no espaçamento de 2,8 x 0,7 m, em altitudes variando de 660 a 1.275 m, nos municípios de Simonésia e Alto Caparaó, na região da Zona da Mata de Minas Gerais. Observou-se menor incidência da ferrugem nas lavouras plantadas em altitudes mais elevadas, principalmente naquelas acima de 1.O00 m. A incidência máxima da ferrugem em 1998 a 2000 foi registrada de julho a outubro, de acordo com a altitude. Quanto maior a altitude mais a máxima incidência da doença tendeu a se deslocar para os meses de setembro a outubro. A maior incidência da ferrugem ocorreu na altitude de 850 m e a menor a 1.275 m, com incidência máxima de 40% de folhas de café com a doença.