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    Filmes nanoestruturados desenvolvidos a partir de pseudocaule de bananeira e casca de café
    (Universidade Federal de Lavras, 2017-03-10) Oliveira, Bárbara Maria Ribeiro Guimarães de; Tonoli, Gustavo Henrique Denzin
    O objetivo deste trabalho foi avaliar as características físicas, mecânicas e óticas dos filmes nanoestruturados obtidos dos resíduos da pós-colheita da banana (pseudocaule) e do cafeeiro (casca de café). Foi utilizada, também, para fins comparativos, a polpa comercial de eucalipto previamente tratada por meio de processos industriais de polpação e branqueamento. Para tanto, as fibras de pseudocaule de bananeira e casca de café passaram por pré-tratamentos químicos (alcalino e branqueamento/alcalino), para a remoção dos constituintes não celulósicos presentes em suas estruturas, visando à produção de nanofibrilas celulósicas para posterior formação de filmes nanoestruturados. As fibras de pseudocaule de bananeira e da casca de café pré-tratadas quimicamente foram transformadas em nanofibrilas de celulose, por meio do processo mecânico de desfibrilação, utilizando o grinder Super Masscolloider Masuko, sendo avaliadas diferentes passagens (20 e 40). As nanofibrilas foram caracterizadas, por meio das análises de microscopia eletrônica (MEV/FEG), cristalinidade (DRX) e estabilidade térmica (TG/DTG). Os pré-tratamentos químicos foram efetivos na retirada dos componentes amorfos das fibras, aumentando densidade básica, estabilidade térmica e cristalinidade, permitindo a obtenção de nanofibrilas de celulose a partir desses materiais pré-tratados. O aumento do número de passagens (de 20 para 40) pelo grinder levou à diminuição das dimensões das nanofibrilas, com diminuição do índice de cristalinidade, para as nanofibrilas de pseudocaule de bananeira e aumento do índice de cristalinidade, para as nanofibrilas de casca de café e de polpa comercial de eucalipto. A estabilidade térmica foi pouco alterada pelo aumento do número de passagens pelo grinder. Em relação aos filmes nanoestruturados, o aumento do número de passagens pelo grinder promoveu a diminuição da espessura, absorção de água, solubilidade e permeabilidade ao vapor de água, levando ao aumento da densidade aparente, resistência à tração e ao módulo de elasticidade dos filmes. Os filmes de pseudocaule de bananeira apresentaram maiores valores de resistência à tração e densidade aparente, quando comparados aos filmes de casca de café e polpa comercial de eucalipto, entretanto apresentaram alta umidade e solubilidade. Enquanto os filmes de casca de café apresentaram uma baixa densidade aparente, alta absorção de água e permeabilidade ao vapor de água, com baixa resistência à tração e módulo de elasticidade sendo justificado pela sua estrutura pouco compactada em relação aos demais filmes. Os filmes produzidos, a partir do pseudocaule de bananeira, foram os mais afetados pelo processo de degradação em solo em decorrência do seu elevado conteúdo de umidade, em relação aos filmes de casca de café e polpa comercial de eucalipto, apresentando perda de massa de, aproximadamente, 40% em 18 semanas de inoculação em solo. Os resultados demonstram eficácia dos pré- tratamentos químicos como procedimento, para a produção de nanofibrilas de celulose, demostrando que é possível o reaproveitamento dos resíduos das pós-colheita da banana e café na geração de filmes nanoestruturados.