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    Efeitos de diferentes taxas de secagem sobre a viabilidade de sementes de Coffea canephora Pierre
    (2003) Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Brandão, Delacyr da Silva; Pinho, Edila Vilela Resende Von; Veiga, André Delly; Silva, Priscila Alves da; Silva, Luiz Hildebrando de Castro e; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A tolerância à dessecação de sementes depende de características inerentes às espécies, do estádio de desenvolvimento e das condições sob as quais as sementes são secadas, particularmente da velocidade com que a água é retirada das sementes. Lenta secagem pode induzir tolerância à dessecação em sementes ortodoxas, mas em contraste, em sementes recalcitrantes resulta em menor tolerância, sendo que quanto mais rapidamente a desidratação for conseguida, menor é o teor de água no qual sementes ou eixos embrionários podem ser secados sem perderem a viabilidade. Sementes de Coffea arabica L. são consideradas de comportamento intermediário pois toleram uma relativa desidratação quando comparadas às recalcitrantes e já as sementes de Coffea canephora Pierre não toleram dessecação. O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito de diferentes taxas de secagem sobre a viabilidade e a armazenabilidade de sementes de Coffea canephora Pierre. O delineamento experimental foi inteiramente casualisado, sendo utilizado um esquema fatorial 3 x 5 x 2, com três taxas de secagem (rápida, intermediária e lenta), cinco teores de água finais de secagem (50, 40, 30, 20 e 15%) e duas temperaturas de armazenamento em condições herméticas (10 d 20ºC). As avaliações de germinação e de vigor, pelos testes de primeira contagem de germinação, de folhas cotiledonares aos 45 dias de germinação, de emergência, de índice de velocidade de emergência e de condutividade elétrica, foram realizadas logo após os tratamentos de secagem, aos dois e aos quatro meses de armazenamento. Observou-se que com a redução do teor de água das sementes ocorreu a redução dos valores de germinação e do vigor das sementes, para todas as taxas de secagem. Houve efeito da taxa de secagem e da temperatura de armazenamento, sobre a qualidade fisiológica das sementes, sendo que menores valores de germinação e de vigor foram observados em sementes com menores teores de água e armazenadas à 20ºC.
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    Cafeína exógena inibe o desenvolvimento in vitro de embriões de Coffea arabica L. e Coffea canephora Pierre
    (2003) Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Santos, Cíntia Guimarães dos; Paiva, Renato; Guimarães, Renato Mendes; Veiga, André Delly; Melo, Leonardo Queiróz de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A lenta germinação de sementes de café permanece não elucidada, embora seja sempre evidenciada em estudos sobre aspectos fisiológicos desta espécie. Têm sido sugeridas como prováveis causas, o impedimento à absorção de água e O2 pela presença do endocarpo, a presença de inibidores naturais ou o balanço hormonal. A cafeína, um alcaloide presente em sementes de cafeeiro perfaz de 1 a 2% do peso seco da semente ou uma média de 40 mM e pode inibir a germinação de sementes ou crescimento de plântulas, mas estudos da inibição de sementes de cafeeiro, por ação da cafeína endógena e ou exógena, são escassos. O presente trabalho teve como objetivo estudar o efeito de cafeína exógena sobre a germinação e o desenvolvimento de embriões de Coffea arabica L. e de Coffea canephora Pierre. O experimento foi realizado nos laboratórios de Análise de Sementes/DAG e de Cultura de Tecidos/Fisiologia Vegetal/DB da UFLA, utilizando-se frutos no estádio cereja da cultivar Rubi. Após desinfestação dos frutos por 30 minutos de imersão em hipoclorito de sódio (2% i.a.) e lavagem por três vezes em água destilada e autoclavada, os embriões foram retirados e inoculados, de modo asséptico, em placas de petri com meio MS 50%, acrescido de sacarose e suplementado com diferentes concentrações de cafeína (0,00; 0,05; 0,10; 0,15; 0,20; 0,25; 0,30 e 0,40%). Os embriões foram mantidos em sala de crescimento a 27 ± 2oC e intensidade luminosa de 13mmol.s-1.m-2 durante 23 dias quando avaliou-se o comprimento da parte aérea, comprimento de raiz e peso fresco das plântulas. Com cinco dias após o cultivo avaliou-se a porcentagem de germinação, computando-se os embriões com cotilédones abertos e com emissão de radículas, peso fresco de raízes e peso fresco de plântulas. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado com 6 repetições por tratamento, sendo cada repetição constituída por 5 embriões. A germinação e o desenvolvimento de embriões de Coffea arabica L. e de Coffea canephora Pierre são afetados por cafeína exógena, sendo este efeito mais drástico nas radículas do que nos cotilédones. Em embriões de Coffea arabica L. concentrações de cafeína superiores a 0,20% afetam drasticamente a emissão de radículas. Já a emissão de radículas em embriões de Coffea canephora Pierre, não é afetada até as concentrações de 0,30%, indicando ser esta espécie menos sensível aos efeitos inibidores da cafeína exógena.
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    Qualidade de sementes de Coffea arabica cv. Acaiá: influência de métodos de degomagem e de secagem
    (2003) Lima, Dinara Mattioli; Pinho, Edila Vilela Resende Von; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Carvalho, Samuel Pereira de; Rodrigues, Adriana de B.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Os processos de degomagem e de secagem parecem influenciar na qualidade das sementes de café, principalmente em função das particularidades das mesmas. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a influência de diferentes métodos de degomagem e de secagem, bem como a interação desses fatores sobre a qualidade das sementes de Coffea arabica cv. Acaiá. Após a colheita dos frutos no estádio "cereja", as mesmas foram despolpadas mecanicamente e a retirada de mucilagem foi feita pelos processos: fermentação natural com água por 24 horas; fermentação natural sem água por 24 horas; utilização de desmuciladora mecânica e imersão em solução de hidróxido de sódio a 0,5 % por 1 minuto. Após a degomagem, as sementes foram submetidas aos seguintes processos de secagem: natural, realizada na sombra e em terreiro suspenso e artificial, realizadas às temperaturas de 30 e 40 0 C. Todos os processos de secagem foram conduzidos até as sementes atingirem 10% de teor de água. As sementes foram submetidas aos testes de: germinação, tetrazólio e emergência de plântulas. O experimento foi instalado no delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x4 (4 processos de degomagem, 4 métodos de secagem), com 4 repetições. Foram observadas diferenças significativas entre os processos de degomagem, entre métodos de secagem, bem como para a interação entre esses dois fatores. Quando foi realizada a degomagem mecânica, maiores valores de germinação foram observados na secagem à sombra, seguidos pelos observados em terreiro suspenso, 40 e 30 0 C. Já para a degomagem com hidróxido de sódio, com e sem água, maiores valores foram observados quando as sementes foram secadas `a sombra, seguidos pelos observados em terreiro suspenso e à 30 0 C; menores valores foram obtidos na secagem à 40 0 C. Por meio dos valores observados nos testes de germinação, emergência e tetrazólio a secagem à 40 0 C propiciou redução significativa na germinação das sementes. Vale ressaltar que o teor de água final das sementes após secagem encontrava-se em torno de 10% o que pode ter ocasionado redução na germinação, uma vez que essas sementes estão incluídas em uma categoria que apresenta comportamento intermediário entre as classes de ortodoxas e recalcitrantes. Independente do processo de degomagem, maiores valores de germinação, viabilidade e de emergência foram observados para sementes secadas à sombra, provavelmente atribuídos à secagem mais lenta. Aos três meses de armazenamento tanto em câmara fria como em condições ambientais, também foram observados maiores valores de germinação para sementes secadas à sombra e em terreiro suspenso quando comparado aos observados naquelas submetidas à secagem artificial. Para as sementes armazenadas em câmara fria, secadas à sombra e em terreiro suspenso, não houve diferença nos valores de germinação quando as sementes foram degomadas com e sem água e com NaOH; menores valores foram obtidos para sementes degomadas mecanicamente. Para as sementes armazenadas em condições ambientais não houve diferença nos valores de germinação para as sementes secadas à sombra e em terreiro suspenso, independente do método de degomagem utilizado. De uma maneira geral, a germinação das sementes foi influenciada pela interação dos fatores degomagem e métodos de secagem.
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    Efeitos de diferentes lâminas de irrigação na qualidade fisiológica e física de sementes de Coffea arabica L.
    (2003) Veiga, André Delly; Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Brandão, Delacyr da Silva; Silva, Luiz Hildebrando de Castro e; Piedade, Juliano Miranda; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A utilização da irrigação vem expandindo-se entre os cafeicultores brasileiros, seja em regiões de escassez de chuvas, para viabilizar a implantação da lavoura e garantir a produção, ou mesmo em regiões com pouca deficiência hídrica, para a obtenção de produtividades em índices mais elevados. Da mesma forma, pesquisas visando não só ganhos em produtividade e qualidade final do produto ganham importância neste cenário. A disponibilidade de água é vital durante alguns períodos fenológicos do cafeeiro, podendo interferir na produtividade da cultura, na composição química dos grãos de café e poderá afetar, também, a qualidade física e fisiológica das sementes. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade física e fisiológica das sementes colhidas em experimento de irrigação em condução na Universidade Federal de Lavras, constituído por um sistema de irrigação por aspersão tipo pivô central com 1,6 ha irrigados da cultivar Rubi. O experimento constituiu-se de três blocos casualisados onde foram testados seis tratamentos de lâminas de irrigação: 0, 60, 80, 100, 120 e 140% da evaporação do tanque "Classe A". Foram avaliados os efeitos das lâminas de irrigação sobre a qualidade fisiológica e física das sementes, por meio dos testes de germinação, de primeira contagem de germinação, de folhas cotiledonares aos 45 dias de germinação, de condutividade elétrica e teste de retenção de peneiras. Nas avaliações realizadas não foi observado nenhum efeito significativo dos tratamentos sobre a qualidade física ou fisiológica das sementes.
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    Formação de mudas de Coffea arabica L. cv Rubi utilizando sementes e frutos em diferentes estádios de desenvolvimento
    (2003) Rosa, Sttela Dellyzete Veiga Franco da; Melo, Leonardo Queiróz de; Veiga, André Delly; Oliveira, Sirlei de; Souza, Carlos Alberto Spaggiari de; Aguiar, Vinícius de Araujo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Sementes de cafeeiro apresentam germinação lenta e baixo potencial de armazenagem, o que dificulta a formação de mudas em tempo hábil e em condições climáticas favoráveis à implantação da lavoura. A propagação do cafeeiro por meio de mudas oriundas de sementes é ainda largamente realizada e é altamente desejável a redução do tempo para a obtenção de mudas bem desenvolvidas e vigorosas, visando o bom estabelecimento do estande e a redução da porcentagem de replantio. Considerando que sementes de cafeeiro adquirem a sua máxima germinação nos estádios verde-cana e cereja, realizou-se o presente trabalho com o objetivo de testar alternativas para a obtenção de mudas, utilizando-se frutos e sementes em vários estádios de desenvolvimento. O experimento foi conduzido no viveiro e no Laboratório de Análises de Sementes da Universidade Federal de Lavras. O delineamento foi blocos casualisados, com quatro repetições, com as mudas produzidas em sacolinhas com substrato de terra, esterco, superfosfato simples e cloreto de potássio (substrato padrão). Foram testados nove tratamentos de semeadura direta: 1) semeio do fruto no estádio verde; 2) do fruto no estádio verde após 10 dias da colheita; 3) do fruto no estádio verde-cana; 4) do fruto no estádio verde-cana após dez dias da colheita; 5) do fruto no estádio cereja; 6) da semente de fruto cereja, desmucilada e secada até 15% de teor de água; 7) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15% e sem pergaminho; 8) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15% de teor de água e pré-embebida em água por seis dias; e 9) da semente de fruto cereja, desmucilada, secada até 15%, sem pergaminho e pré-embebida em água por seis dias. Para verificar o efeito dos tratamentos, realizou-se, após seis meses de condução do experimento, a avaliação das mudas, por meio de medições de diâmetro do caule (DC), da altura da planta (AP), da massa seca do sistema radicular (MSSR), da massa seca da parte aérea (MSPA), do número de pares de folhas (PF), da razão MSPA/MSSR e da área foliar (AF). Aos 125 dias, foram computadas as plântulas emersas e calculados os índices de velocidade de emergência. Os tratamentos que se destacaram, segundo a análise estatística, foram a semeadura de fruto verde-cana, do fruto cereja, de sementes com e sem pergaminho e de sementes sem pergaminho e pré-embebida em água por seis dias, para as características DC, AC, MSSR, MSPA, PF e porcentagem de plântulas emersas. Para as características área foliar e número de pares de folhas, de extrema importância para o bom estabelecimento das mudas no campo, os tratamentos que apresentaram maiores valores, com significância estatística, foram a semeadura direta do fruto verde-cana e de sementes de frutos cereja com e sem pergaminho.