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    Seleção, caracterização e tolerância diferencial à deficiência de zinco de progênies de cafeeiros (Coffea arabica L.).
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004) Zabini, Andre Vinicius; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Neste trabalho estudou-se a influência do zinco no crescimento, na concentração de micronutrientes e nas características bioquímicas de progênies de cafeeiros, com o objetivo de avaliar a tolerância diferencial à deficiência de zinco, selecionar progênies eficientes nutricionalmente e estudar o requerimento de micronutrientes e as características bioquímicas dessas progênies. Para tanto, mudas de 14 progênies de cafeeiros foram submetidas a 0,0 e 3,0 mmol L -1 de zinco, em solução nutritiva, durante cinco meses, e 0,0 e 6,0 mmol L -1 de zinco, por mais cinco meses, devido à constatação de engrossamento de raízes e à necrose de meristemas apicais radiculares em algumas progênies, pressupondo a ocorrência de deficiência de zinco. O experimento foi conduzido em casa de vegetação e solução de Clark modificada, no esquema fatorial 14 x 2 (14 progênies e duas concentrações de zinco), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Após o período experimental, as plantas foram divididas em folhas apicais, folhas inferiores, folhas completamente expandidas, caule (ramo ortotrópico e ramos plagiotrópicos) e raízes para determinações de matéria seca, do teor dos micronutrientes zinco, ferro, cobre e manganês e do conteúdo de zinco acumulado pelas progênies. A partir da concentração de zinco e da matéria seca das diferentes partes analisadas foram calculadas as eficiências de absorção, de transporte, de produção de biomassa e nutricional. As concentrações de clorofila a, clorofila b, clorofila total, carotenóides, compostos indólicos e o índice SPAD foram avaliadas no segundo par de folhas. O estado nutricional de zinco afetou a produção de matéria seca, a habilidade do cafeeiro em absorver, transportar e utilizar o micronutriente, as concentrações dos micronutrientes ferro, cobre e manganês e as características bioquímicas avaliadas. Dentre as características químicas e de crescimento estudadas, as reduções percentuais da área foliar, do número de folhas, do teor de zinco ativo na folha completamente expandida e de zinco total na raiz foram as variáveis que apresentaram maior importância relativa na discriminação das progênies dos cafeeiros. O agrupamento envolvendo as características de crescimento permitiu discriminar a progênie UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33) como altamente exigente em zinco e a IAC 4376-5 (Tupi) como pouco exigente em zinco. A partir dos dados do acúmulo de zinco na matéria seca das plantas, as progênies IAC 4376-5 (Tupi) e UFV 4066-5 (Tupi IAC 1669-33) apresentaram baixa exigência em zinco, e as progênies Caturra Amarelo 1, UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33), Caturra Amarelo 2 e Caturra Vermelho 2 apresentaram alta exigência em zinco. Com base no estudo das variáveis de crescimento e eficiência nutricional para zinco, a progênie UFV 4066-5 (Tupi IAC 1669-33) pôde ser classificada como pouco exigente em zinco e eficiente em baixo suprimento de zinco; a progênie UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33) como exigente e eficiente em alto suprimento; a progênie IAC 4376-5 como pouco exigente e pouco eficiente; e a Caturra Vermelho 4 como intermediária quanto à exigência e eficiência nutricional. Os teores de clorofila a, clorofila b, clorofila total e carotenóides decresceram sob restrição no fornecimento de zinco nas progênies UFV 4066-5 (Tupi IAC 1669-33), UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33) e IAC 4376-5 (Tupi), e foram incrementados na progênie Caturra Vermelho 4. Na solução em que se omitiu zinco, a progênie Caturra Vermelho 4 apresentou elevados teores de pigmentos e de zinco, de ferro, de cobre e de manganês, sugerindo metabolismo mais intenso que conduziu aos maiores teores de compostos indólicos observados para esta progênie. No entanto, a eficiência nutricional para zinco não está relacionada à manutenção de concentrações elevadas de micronutrientes, pigmentos e compostos indólicos nas folhas de mudas de cafeeiros