Biblioteca do Café

URI permanente desta comunidadehttps://thoth.dti.ufv.br/handle/123456789/1

Navegar

Resultados da Pesquisa

Agora exibindo 1 - 3 de 3
  • Item
    Mobilidade e compartimentalização de Zn aplicado em cafeeiro e feijoeiro via radicular
    (2003) Franco, Ivan Alencar de Lima; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Zabini, Andre Vinicius; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A deficiência de Zn ocorre amplamente em solos brasileiros e de outras partes do mundo, afetando o crescimento e a produção das culturas. Apesar do Zn ser considerado elemento parcialmente móvel dentro da planta, sua translocação é variável entre as diferentes espécies vegetais. Neste sentido, com o objetivo de avaliar a mobilidade e a compartimentalização de níveis de Zn aplicados via radicular em plântulas de cafeeiro e feijoeiro, foram conduzidos na Universidade Federal de Viçosa, durante 150 e 20 dias, respectivamente, em solução nutritiva, dois ensaios utilizando o café (Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho) e o feijão (Phaseolus vulgaris L. cv. Ouro Negro). Os dois experimentos foram instalados em sistema de vasos geminados, sendo o sistema radicular igualmente dividido nos dois recipientes. Em um dos recipientes geminados, adicionou-se uma solução sem Zn e no outro foram aplicadas doses crescentes do elemento (0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 3,0; 4,0 mmol.L-1), as quais constituíram os tratamentos. Foram utilizadas quatro repetições e o delineamento em blocos ao acaso. O Zn apresentou mobilidade no floema do feijoeiro, constatada pela resposta linear crescente dos teores de Zn nas raízes crescidas na ausência do micronutriente dos tratamentos que receberam Zn, indicando que o Zn é retranslocado da parte aérea para o sistema radicular. No entanto, o cafeeiro demonstrou mobilidade mínima ou mesmo imobilidade de Zn no floema. As plantas de feijoeiro apresentaram resposta linear crescente, em função das doses de Zn, tanto para teor quanto para conteúdo de Zn nas diferentes partes analisadas. As folhas da porção superior do feijoeiro na dose de 0,0mM de Zn apresentaram maiores concentrações do elemento que as folhas da porção inferior e, nas maiores doses de Zn, as folhas da porção inferior apresentaram maiores concentrações do elemento, indicando que folhas novas são fortes drenos em plantas crescendo sob deficiência de Zn. Plantas de cafeeiro apresentaram mínima alteração no peso da matéria seca, conteúdo e teor de Zn na parte aérea, possivelmente devido às reservas da planta terem sido capazes de manter a concentração na parte aérea acima do valor crítico de deficiência nas folhas. O caule apresentou-se como um local de concentração de Zn, tanto em cafeeiro como em feijoeiro.
  • Item
    Influência do estado nutricional sobre a translocação e compartimentalização de Zn aplicado nas folhas de cafeeiro e feijoeiro
    (2003) Franco, Ivan Alencar de Lima; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Zabini, Andre Vinicius; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O aproveitamento do Zn pelas plantas quando aplicado via foliar depende de vários fatores, entre os quais pode-se destacar o teor do elemento na planta e as características químicas da solução aplicada, principalmente quanto ao ligante associado ao Zn afetando sua movimentação através da cutícula. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a mobilidade e a compartimentalização do Zn aplicado via foliar nas formas de ZnSO4 e ZnEDTA, em plantas de feijoeiro e cafeeiro submetidas à condição de suficiência e de deficiência de Zn. Foram conduzidos dois ensaios na Universidade Federal de Viçosa, em solução nutritiva, utilizando o cafeeiro (Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho) e o feijão (Phaseolus vulgaris L. cv. Ouro Negro). O delineamento experimental utilizado para ambos os ensaios foi o de blocos ao acaso com quatro repetições em esquema fatorial (2 x 3), correspondendo a dois níveis de Zn na solução nutritiva de pré-tratamento (0 e 2mmol.L-1) e três formas de suprimento de Zn às plantas (ZnEDTA na concentração de 0,31%, em pincelamento na folha; ZnSO4 na concentração de 0,4%, em pincelamento na folha e testemunha sem receber aplicação de Zn na folha). Em ambas as espécies, o ZnSO4 foi mais adsorvido à cutícula da folha do que o ZnEDTA, demonstrando ser a retenção cuticular de Zn uma importante barreira na sua absorção. O estado nutricional do feijoeiro em Zn demonstrou ser característica importante no melhor aproveitamento do Zn aplicado via foliar. Plantas de feijoeiro bem nutridas em Zn adquiriram maior quantidade do elemento, independente da forma de aplicação, do que plantas mal nutridas. Em plantas de cafeeiro, entretanto, não houve diferença entre o Zn adquirido quanto ao estado nutricional em qualquer das formas de pincelamento. Tanto a folha pincelada como a planta inteira de feijoeiro adquiriram maior quantidade de Zn do que as do cafeeiro. Em condição de inadequada nutrição em Zn, em ambas as espécies, a utilização de ZnEDTA mostrou ser significativamente mais eficiente em termos de translocação do Zn. Quando foi aplicado ZnSO4 às folhas de cafeeiro crescidas em solução nutritiva não contendo Zn, houve acúmulo do elemento no caule, indicando que há grande afinidade do Zn ++ do sulfato com as cargas livres existentes nos vasos condutores.
  • Imagem de Miniatura
    Item
    Seleção, caracterização e tolerância diferencial à deficiência de zinco de progênies de cafeeiros (Coffea arabica L.).
    (Universidade Federal de Viçosa, 2004) Zabini, Andre Vinicius; Martinez, Hermínia Emília Prieto; Universidade Federal de Viçosa
    Neste trabalho estudou-se a influência do zinco no crescimento, na concentração de micronutrientes e nas características bioquímicas de progênies de cafeeiros, com o objetivo de avaliar a tolerância diferencial à deficiência de zinco, selecionar progênies eficientes nutricionalmente e estudar o requerimento de micronutrientes e as características bioquímicas dessas progênies. Para tanto, mudas de 14 progênies de cafeeiros foram submetidas a 0,0 e 3,0 mmol L -1 de zinco, em solução nutritiva, durante cinco meses, e 0,0 e 6,0 mmol L -1 de zinco, por mais cinco meses, devido à constatação de engrossamento de raízes e à necrose de meristemas apicais radiculares em algumas progênies, pressupondo a ocorrência de deficiência de zinco. O experimento foi conduzido em casa de vegetação e solução de Clark modificada, no esquema fatorial 14 x 2 (14 progênies e duas concentrações de zinco), em delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Após o período experimental, as plantas foram divididas em folhas apicais, folhas inferiores, folhas completamente expandidas, caule (ramo ortotrópico e ramos plagiotrópicos) e raízes para determinações de matéria seca, do teor dos micronutrientes zinco, ferro, cobre e manganês e do conteúdo de zinco acumulado pelas progênies. A partir da concentração de zinco e da matéria seca das diferentes partes analisadas foram calculadas as eficiências de absorção, de transporte, de produção de biomassa e nutricional. As concentrações de clorofila a, clorofila b, clorofila total, carotenóides, compostos indólicos e o índice SPAD foram avaliadas no segundo par de folhas. O estado nutricional de zinco afetou a produção de matéria seca, a habilidade do cafeeiro em absorver, transportar e utilizar o micronutriente, as concentrações dos micronutrientes ferro, cobre e manganês e as características bioquímicas avaliadas. Dentre as características químicas e de crescimento estudadas, as reduções percentuais da área foliar, do número de folhas, do teor de zinco ativo na folha completamente expandida e de zinco total na raiz foram as variáveis que apresentaram maior importância relativa na discriminação das progênies dos cafeeiros. O agrupamento envolvendo as características de crescimento permitiu discriminar a progênie UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33) como altamente exigente em zinco e a IAC 4376-5 (Tupi) como pouco exigente em zinco. A partir dos dados do acúmulo de zinco na matéria seca das plantas, as progênies IAC 4376-5 (Tupi) e UFV 4066-5 (Tupi IAC 1669-33) apresentaram baixa exigência em zinco, e as progênies Caturra Amarelo 1, UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33), Caturra Amarelo 2 e Caturra Vermelho 2 apresentaram alta exigência em zinco. Com base no estudo das variáveis de crescimento e eficiência nutricional para zinco, a progênie UFV 4066-5 (Tupi IAC 1669-33) pôde ser classificada como pouco exigente em zinco e eficiente em baixo suprimento de zinco; a progênie UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33) como exigente e eficiente em alto suprimento; a progênie IAC 4376-5 como pouco exigente e pouco eficiente; e a Caturra Vermelho 4 como intermediária quanto à exigência e eficiência nutricional. Os teores de clorofila a, clorofila b, clorofila total e carotenóides decresceram sob restrição no fornecimento de zinco nas progênies UFV 4066-5 (Tupi IAC 1669-33), UFV 4066-3 (Tupi IAC 1669-33) e IAC 4376-5 (Tupi), e foram incrementados na progênie Caturra Vermelho 4. Na solução em que se omitiu zinco, a progênie Caturra Vermelho 4 apresentou elevados teores de pigmentos e de zinco, de ferro, de cobre e de manganês, sugerindo metabolismo mais intenso que conduziu aos maiores teores de compostos indólicos observados para esta progênie. No entanto, a eficiência nutricional para zinco não está relacionada à manutenção de concentrações elevadas de micronutrientes, pigmentos e compostos indólicos nas folhas de mudas de cafeeiros