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    Métodos indiretos para estimar a área foliar de plantações de café: LAI 2000 e setômetro
    (2003) Aduan, Roberto Engel; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Foi testado o uso de dois aparelhos para a mensuração de Índice de Área Foliar (IAF) em um cultivo de café (quatro anos de idade, var. topázio) na área experimental da Embrapa Cerrados. Uma das linhas estava em sequeiro, enquanto a outra estava em sistema irrigado por pivô central. Os aparelhos testados foram o LAI 2000 (LI-COR), que usa o sistema de lente olho-de-peixe, e um setômetro (Accupar-Decagon), que usa o sistema de sensores de radiação em linha. Simultaneamente às medidas, foi feita uma retirada destrutiva, em três etapas, dos ramos e das folhas das plantas, para a mensuração direta da área foliar. Os valores encontrados pelo método destrutivo (em projeção sob a copa), foram de 2,13 para a área de sequeiro, e de 4,90 para a área irrigada. Comparando estes dados com os obtidos pelos aparelhos de medida indireta, verificou-se que a sua eficiência foi bastante limitada, ao menos para as medidas de valores absolutos. No entanto, estes foram razoavelmente satisfatórios para medidas comparativas. Para este tipo de medidas, o método indireto mais preciso foi o LAI 2000. A precisão dos métodos foi otimizada quando o IAF foi recalculado a partir de seus valores componentes (também fornecido pelos aparelhos), substituindo os valores das variáveis em default (como a distribuição dos ângulos foliares) por outros mais condizentes com a realidade específica dos cultivos de café.
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    Desempenho fotossintético e metabolismo de carboidratos em dois clones de Coffea canephora submetidos a estresse hídrico
    (2003) Praxedes, Sidney Carlos; Batista, Karine D.; Chaves, Agnaldo Rodrigues de Melo; DaMatta, Fábio Murilo; Loureiro, Marcelo Ehlers; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O estudo das respostas fotossintéticas de plantas submetidas ao estresse hídrico é de grande importância para seleção de atributos que contribuam, per se, para uma maior tolerância à seca. Entretanto, pouco tem sido explorado em café. Este trabalho teve por objetivo estudar o comportamento de dois clones de Coffea canephora Pierre cv. Conilon submetidos ao estresse hídrico, sendo um tolerante à seca (clone 14) e o outro sensível (clone 46). O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando-se plantas com oito meses, plantadas em vasos de 120 L. Metade das plantas de cada clone teve a irrigação suspensa até atingir-se potencial hídrico foliar de antemanhã (Èam ) de aproximadamente -2 e -3 MPa (estresse hídrico moderado e severo, respectivamente). Nestes pontos realizou-se a medição de parâmetros fisiológicos e coleta de material para análise dos teores de carboidratos e atividades enzimáticas do metabolismo da sacarose. Foram necessários 23 e 29 dias, para as plantas do clone 14 atingirem -2 e -3 MPa, respectivamente, enquanto as plantas do clone 46 o fizeram com 20 e 24 dias. Sob estresse hídrico moderado observou-se para ambos os genótipos, redução na assimilação líquida de CO 2 , na condutância estomática e nos teores de sacarose na folha, mas o teor de hexoses aumentou (apenas no clone 14). Nessas condições também foi observado uma redução no coeficiente de extinção não-fotoquímico (qNP) somente para o clone 46, enquanto o coeficiente de extinção fotoquímica (qP) se manteve inalterado nos dois clones. Não foram observadas mudanças no teor de amido, na atividade da invertase ácida, da sintase da sacarose-fosfato (SPS; ensaio seletivo e não-seletivo) e da sintase da sacarose (SS). Já sob condições de estresse hídrico severo, ambos clones apresentaram redução na assimilação líquida de CO2, condutância estomática, teores de sacarose e amido na folha, aumento no nível de hexoses, redução em qP e qNP, e aumento na atividade da invertase. Entretanto, somente no clone 14 observou-se redução na atividade catalítica máxima da SPS (ensaio não-seletivo), mas não foram observadas diferenças no ensaio seletivo da SPS e na atividade da SS para ambos clones. Não houve fotoinibição em nenhuma das plantas submetidas ao estresse hídrico nas condições deste experimento. Não foi possível observar maior acúmulo de hexoses e atividade da invertase no clone mais susceptível ao estresse hídrico, sugerindo que outro mecanismo que a inibição da fotossíntese pelo acúmulo de açúcares na folha esteja envolvido na tolerância à seca.
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    Mapeamento de áreas cafeeiras de Minas Gerais por imagem de satélite. Parte II: Machado
    (2003) Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Bertoldo, Mathilde A.; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    A cafeicultura mineira concentra-se principalmente na região Sul de Minas, responsável por cerca de 60% da produção do estado. Essa região possui um agroecossistemas de café que vem se mantendo com destaque em relação às demais, em função de alguns fatores, tais como, condições climáticas e solos adequados ao cultivo do café, maior adoção de tecnologia e melhor qualidade da bebida. Para o planejamento racional da atividade agropecuária é necessário o conhecimento do meio ambiente em que esta atividade está inserida. O levantamento destas áreas e o estabelecimento de metodologias que possibilitem o monitoramento deste parque, com a atualização periódica de informações, torna-se importante para o gerenciamento do agronegócio café. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi o mapeamento de áreas ocupadas pela cultura de café na região de Machado, selecionada como representativa da região produtora do Sul de Minas, usando o geoprocessamento e o sensoriamento remoto para gerar um banco de dados digital e subsidiar as atividades de levantamento, monitoramento e planejamento do parque cafeeiro regional. A implementação de um banco de dados digital para a área-piloto e o tratamento das imagens de satélite foram realizados por meio de imagens do satélite TM Landsat 7 de 2000 e do software SPRING. O mapa de uso da terra foi interpretado visualmente, utilizando padrões obtidos em campo e georreferenciados, criando-se o plano de informação (PI) correspondente. As imagens de satélite na composição 3B-4R-5G foram tratadas no módulo imagem/contraste do SPRING. Com a aplicação do contraste na imagem, foi realizada interpretação visual do uso e ocupação das terras, observando o comportamento espectral de cada classe predominante na área de estudo, principalmente o café. Finalizada a interpretação preliminar, fez-se no campo uma checagem dos padrões estabelecidos para definição de alvos, gerando o mapa temático final: Mapa de Uso da Terra Interpretado. As classes predominantes mapeadas e checadas em campo foram: - Café em produção: cafezais cujos parâmetros de idade (acima de 4-5 anos), porte (maior que 2 m) e espaçamento de planti, permitem uma cobertura de substrato maior que 50%; - Café em formação: (abaixo de 4 anos) e com exposição parcial de solos; - Café recém-plantado: café recém-plantado com solo exposto; - Mata: áreas ocupadas por vegetação natural de porte variado, matas ciliares, resquícios de floresta tropical, capoeiras e cerradão; - Solo exposto: áreas preparadas para cultivo; - Área urbana: áreas com ocupação urbana; - Cultura: áreas que correspondem ao plantio de culturas semiperenes e temporárias; - Represas: áreas de lagos naturais e construídos, - Reflorestamento: áreas plantadas com eucalipto ou pínus. O restante da área foi classificado como Outros usos, que seriam: áreas para pastagem natural, pousio de culturas temporárias ou semiperenes. Para gerar o Mapa de Uso da Terra Classificado automaticamente, utilizou-se a mesma legenda acima citada permitindo-nos verificar o grau de acerto do classificador ao compará-lo com o Mapa de Uso da Terra Interpretado visualmente, considerado como verdade terrestre. O classificador empregado foi o Battacharya, que mede a separabilidade estatística entre classes espectrais, isto é, mede a distância média entre as distribuições de probabilidades de classes espectrais. Posteriormente foi realizada uma análise para a verificação da porcentagem de confusão dos temas. Para a área-piloto de Machado, o Mapa de Uso da Terra Classificado automaticamente apresentou um índice de acerto de 66,14% para a classe café em produção, sendo que a maior proporção de confusão foi para as classes de café em formação e mata. Provavelmente esta confusão deu-se em função da classe mata ter o comportamento espectral semelhante ao café em produção e café em formação. Este conflito acentua-se na porção oeste do município de Machado, onde o relevo é muito acidentado. Além do relevo acidentado, a cafeicultura da região Sul de Minas é representada por médios e pequenos produtores, resultando em talhões de dimensões muito variáveis. Estas características dificultam o reconhecimento visual nas imagens de satélite TM/Landsat, dado à sua resolução espacial que é de 30 x 30 m. Sendo assim, nesta região o levantamento da cafeicultura deve ser auxiliado por produtos de sensoriamento remoto de melhor resolução espacial, tais como fotografias aéreas e/ou imagens IKONUS, que apresentam resolução espacial de 1 x 1 metro.
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    Densidade de fluxo de seiva do cafeeiro, antes e após a colheita, em parcela irrigada e não irrigada.
    (2003) Silva, Marcelo Gabetto e; Sousa, Elias Fernandes de; Bernardo, Salassier; Gomes, Maurício Carvalho Ribeiro; Detmann, Edenio; Campostrini, Eliemar; Oliveira, Jurandi Gonçalves de; Vieira, Henrique Duarte; Pinto, José Ferreira; Andrade, Wander Eustáquio de Bastos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho foi realizado no município de Varre-Sai, noroeste do Estado do Rio de Janeiro e teve como objetivo correlacionar a densidade de fluxo de seiva do cafeeiro com as variáveis climáticas de radiação solar, déficit de pressão de vapor e evapotranspiração de referência, antes e após a colheita, nas parcelas irrigada e não irrigada. O cultivar utilizado foi o Catuaí Vermelho H-2077-2-5-44 de aproximadamente 5 anos, com espaçamento de 1,0 x 1,4 m, irrigação por gotejamento. A colheita foi realizada nos dias 6 e 7 junho de 2002. Os dados foram coletados mensalmente durante dias consecutivos em períodos variando de 5 a 15 dias, sendo o início da coleta de dados em abril de 2002 e terminando em dezembro de 2002, totalizando 51 dias de coleta. Com os dados obtidos, foi possível concluir que a irrigação não influenciou na transpiração do cafeeiro antes da colheita. Após a colheita os valores de densidade de fluxo de seiva diminuíram tanto para parcela irrigada, quanto para não irrigada, sendo que a sem irrigação superou a irrigada. A evapotranspiração de referência, radiação solar e déficit de pressão de vapor tiveram influência sobre a densidade de fluxo de seiva, sendo que as duas primeiras influenciaram de forma linear, antes e após a colheita, tanto a parcela irrigada quanto a não irrigada. Já o déficit de pressão de vapor teve maior influência após a colheita. O padrão diário de densidade de fluxo de seiva assemelhou-se ao da radiação solar, e diferiu quanto ao déficit de pressão de vapor.
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    Proteção de cafeeiros jovens contra a geada através da utilização de túneis plásticos
    (2003) Grodzki, Leocádio; Caramori, Paulo Henrique; Morais, Heverly; Juliatto, Horácio; Moreno, Élcio Carvalhal; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    O túnel plástico de polietileno aditivado EVA é comumente utilizado na olericultura para proteção contra baixas temperaturas. Na cafeicultura, a baixa temperatura também é um fator climático que limita a produção, principalmente na fase inicial da cultura, quando esta é mais suscetível. No presente trabalho, avaliou-se a eficiência do túnel plástico de polietileno aditivado EVA na proteção de cafeeiros jovens contra geadas, durante o primeiro inverno após plantio no campo. Mudas de Coffea arabica L., da cultivar Catuaí vermelho, com 5 a 6 pares de folhas foram plantadas em junho de 2002 na fazenda experimental do IAPAR em Curitiba, região propícia à ocorrência de geadas, em um espaçamento de 1,0 m entre linhas por 0,5 m entre plantas. Os cafeeiros foram cobertos com filme de polietileno EVA de 100 m de espessura, nas dimensões de 1,0 m de largura por 0,9 m de altura e comprimento de 20 m. O túnel foi construído utilizando-se arcos de ferro de construção (espessura de 3/8" dispostos a cada 1,5 metros de distância e presos entre si por três ripamentos finos, para dar firmeza à estrutura. As laterais do túnel permaneceram suspensas durante a experimentação, exceto em noites de ocorrência de resfriamentos, em que as mesmas foram abaixadas para aumentar a eficiência na proteção. Em uma área adjacente foram plantados cafeeiros sem proteção para fins comparativos. Em cada tratamento monitorou-se os seguintes parâmetros microclimáticos: radiação solar global, radiação fotossinteticamente ativa, saldo de radiação e temperaturas do ar e da folha. Os sensores foram conectados a um sistema automático de aquisição de dados (ref. com. Campbell Sci., Datalogger 21X), com coleta de dados a cada dez segundos para obtenção de médias a cada dez minutos, além dos valores extremos de temperaturas. Houve, durante o período experimental, um episódio de geada fraca, ocorrido entre os dias 15 e 17 de junho. Com relação às temperaturas mínimas da folha, observou-se que nos cafeeiros sob o túnel houve uma redução na queda de temperatura noturna. As temperaturas mínimas verificadas nas folhas dos cafeeiros expostos foram: 0,8ºC no dia 15; -1ºC no dia 16 e 0ºC no dia 17, com uma pequena formação de gelo sobre as superfícies expostas no dia 16, caracterizando uma condição de geada de radiação fraca, enquanto que no tratamento com cobertura foram: 5,7º C; 4,3º C; 2,5º C nos dias 15, 16 e 17 respectivamente. Essas temperaturas mais elevadas, registradas nos cafeeiros sob túnel ocorreram devido à interceptação da radiação de superfície na forma de onda longa pela cobertura plástica aditivada, reduzindo assim a perda noturna de energia. Portanto, os resultados experimentais mostraram que as temperaturas mínimas do ar são, no interior do túnel, em média, 4º C mais elevadas, quando comparadas ao ambiente sem cobertura. A análise das radiações global diária, líquida e fotossintética ativa mostrou que: 1) a perda do saldo radiação durante a noite foi sempre menor do que na área sem proteção; 2) nos dias de geada a radiação líquida máxima recebida atingiu 500 W/m² enquanto que a dentro do túnel ficou em pouco mais de 400 W/m²; 3) a radiação global média durante os dias de geada esteve na média dos 21,8 MJ/m².dia enquanto que sob o túnel 16,0 MJ/m².dia, representando 26,6% da luz interceptada sob o túnel de polietileno; 4) a radiação fotossintética média nos mesmos dias, ficou em 9,77 MJ/m².dia na parte externa, enquanto que sob o túnel esteve em 7,2 MJ/m².dia, resultado de uma interceptação pelo plástico de 26,6% da luz fotossinteticamente ativa.
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    Efeito da geada em mudas de café sob diferentes métodos de proteção
    (2003) Caramori, Paulo Henrique; Grodzki, Leocádio; Morais, Heverly; Juliatto, Horácio; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Cafeeiros recém-plantados são mais sensíveis a baixas temperaturas por se localizarem próximos ao solo, onde há maior acúmulo de ar frio e por estarem plenamente expostos à perda noturna de calor. Assim, medidas de proteção são importantes para o cultivo em regiões sujeitas a eventuais geadas. Foi conduzido um trabalho de campo para avaliar diferentes alternativas de proteção de cafeeiros jovens contra as geadas. Para tanto, um lote de plantas da cultivar Catuaí Vermelho, com 5 a 6 pares de folhas foi plantado em junho de 2002 na fazenda experimental do IAPAR em Curitiba, região propícia à ocorrência de geadas, em um espaçamento de 1,0 m entre linhas por 0,5 m entre plantas. Foram avaliadas diferentes formas de proteção: 1 - enterrio das plantas; 2 - cepilho; 3 - bambu gigante cortado ao meio e coberto com uma camada de solo; 4 - bambu gigante cortado ao meio e colocado sobre as plantas; 5 - PVC de 4 polegadas cortado ao meio e coberto com uma camada de solo; 6 - palha de gramínea com espessura aproximada de 10 cm; 7 - PVC de 4 polegadas cortado ao meio; 8 - saco de aniagem dobrado em 4 camadas, 9 - plantas sem proteção. Os tratamentos foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, com 5 plantas por parcela e 4 repetições. Em uma das parcelas de cada tratamento monitorou-se a temperatura da folha de uma planta, utilizando sensores de termopar cobre-constatã, em contato com a face inferior da folha. Os sensores foram conectados a um coletor de dados (micrologger), o qual armazenou dados médios de temperatura a cada 10 minutos. Foram monitoradas as massas de ar frio com potencial de provocar geadas. Não houve geadas pronunciadas durante a avaliação. No período de 10 a 17 de junho de 2002 houve episódios de baixas temperaturas, variando de -1 o C a 9,8 o C. As coberturas foram colocadas sobre os cafeeiros na véspera da ocorrência do primeiro resfriamento (dia 9 de junho) e retiradas somente no dia 18 de junho, após eliminados os riscos de novos resfriamentos. Ao final, avaliou-se os tratamentos quanto às temperaturas mínimas registradas. O enterrio, cepilho e o bambu enterrado mostraram-se bastante eficazes, apresentando temperaturas mínimas mais elevadas que os demais tratamentos, chegando a registrar no dia 16 de junho temperatura mínima de 9,3 o C e 7,7 o C respectivamente, enquanto nas plantas sem proteção a temperatura mínima atingiu -1 o C. Durante todo o período de resfriamento as diferenças nestes tratamentos foram as mais pronunciadas em relação às plantas sem proteção, com valores entre 8 o C a 10 o C. Os demais tratamentos, exceto o PVC, também mantiveram uma diferença média de 6 o C superior aos cafeeiros sem proteção durante o período de resfriamento. A cobertura com o PVC apresentou as menores diferenças em relação ao cultivo sem proteção, mais ainda com temperaturas mínimas positivas, variando de 2,9 o C a 5,5 o C. Portanto, para as condições de resfriamento observadas neste trabalho, conclui-se que o cepilho e enterrio das plantas apresentam os melhores resultados como métodos de proteção e saco de aniagem, palha de gramínea, PVC enterrado e o bambu enterrado também revelaram bons resultados de proteção aos cafeeiros.
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    Crescimento e produtividade de plantas de café e alterações químicas e biológicas do solo em plantio no espaçamento duplamente progressivo
    (2003) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Camargo, Ângelo Paes de; Gallo, Paulo Boller; Silveira, Adriana P. D.; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de avaliar a dinâmica do desenvolvimento, composição mineral, atividade e composição microbiana do solo, capacidade fotossintética e produtividade de plantas de cultivares de cafeeiro, em sistema de espaçamentos duplamente progressivos, foi implantado um ensaio em 1994, na Estação Experimental de Mococa do Instituto Agronômico de Campinas, o qual foi avaliado no período de 1996-2001. Foram utilizados quatro cultivares, sendo dois de porte alto (Icatu Vermelho-IAC 4045 e Mundo Novo - Acaiá) e dois de porte baixo (Catuaí Amarelo - IAC 62 e Obatã-IAC 1669-20), sendo dois materiais resistentes à ferrugem (Icatu e Obatã) e dois susceptíveis (Catuai e Acaia), plantados exatamente nos sentidos N - S; L - O. No total foram plantadas 225 plantas de cada cultivar, em espaçamento duplamente progressivo, nos espaçamentos entre linhas de 0,60m; 0,72m; 0,85m; 1,04m; 1,24m; 1,50m; 1,80m; 2,15m; 2,57m; 3,10m; 3,70m; 4,46m; 5,20m; 6,40m em 4 talhões, um para cada cultivar. As medidas foram feitas nas diversas fases fenológicas do ciclo do cafeeiro, avaliando-se a altura das plantas, diâmetro das copas e produção para cada planta. No sexto ano de produção, a atividade e composição microbiana no solo foram avaliadas em amostras de solo obtidas nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, através de determinações de respirometria, biomassa de carbono, determinação do carbono da biomassa microbiana e pela contagem do número de esporos. Nas mesmas amostras de solo, foram determinados os teores de macro e micronutrientes por variedade, em função dos espaçamentos. Verificou-se que na primeira produção as plantas de Icatu já começaram a encontrar os ramos plagiotrópicos em espaçamento de até 1,80 m. Os cultivares de porte baixo e o Acaia apresentaram crescimento de diâmetro de copa menor do que o Icatu, com adensamento abaixo de 1,50 m. No quarto ano de produção, no cultivar Icatu a competição por espaço inicia-se a partir do espaçamento de 2,15 m, enquanto que para os outros cultivares a competição mantém-se até 1,80 m. As avaliações da atividade e composição microbiana mostraram que os valores respirométricos (mg de CO 2 / 9d), de modo geral, foram mais elevados na profundidade de 20-40 cm e nos cultivares de porte alto (Mundo Novo e Icatu que nos cultivares de porte baixo (Catuai e Obatã), e que esses valores apresentaram pouca variação com o aumento do espaçamento. Pode-se observar também que o número de esporos, apresentou pouca variação entre as variedades utilizadas e valores semelhantes para as duas profundidades. A análise de C da biomassa microbiana mostrou resultados semelhantes nas duas profundidades. Com referência ao efeito do espaçamento nas características químicas do solo, verificou-se que o teor de Ca aumentou com o espaçamento, enquanto a quantidade de matéria orgânica não foi influenciada. Os teores de macro e micronutrientes, acidez do solo (H+Al) e de matéria orgânica, apresentaram a mesma tendência nos quatro cultivares estudados. Considerando-se a média das quatro cultivares, observou-se que os teores de matéria orgânica, P, K e Ca foram maiores na camada de 0-20 cm, o teor de Zn foi maior na de 20-40 cm, e o de B não variou com a profundidade de amostra. Os resultados da análise química de macro e micronutrientes do solo nas profundidades de 0-20 e 20-40 cm, revelaram aumentos nos teores de P, K, Zn, B e da acidez (H + AI), e decréscimos nos teores de Ca, com a redução do espaçamento.
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    Avaliação de índices fisiológicos de produção para utilização em modelos de previsão de safra de café
    (2003) Fahl, Joel Irineu; Carelli, Maria Luiza Carvalho; Alfonsi, Eduardo Lauriano; Camargo, Marcelo Bento Paes de; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Com o objetivo de estudar as características fisiológicas envolvidas no crescimento e na produção do cafeeiro, foram efetuadas avaliações durante três períodos produtivos (1999-2001), em lavouras de café conduzidas com diferentes utilizações de tecnologia em regiões sujeitas a diferentes condições edafoclimáticas , visando a estimativa antecipada de safra, através da utilização de modelos matemáticos. As avaliações foram realizadas em 14 propriedades (Unidades Experimentais - UEs) da região de Garça/ Marília, todas elas georreferenciadas. Neste trabalho são apresentados resultados das avaliações quantitativas do crescimento, frutificação e produção das plantas das 14 UEs, das quais procurou-se estabelecer relações entre os diversos índices fisiológicos de produção, visando identificar aqueles que apresentam maior facilidade de obtenção, isenção da interferência do avaliador e que representassem uma amostra representativa do talhão. Os resultados obtidos para todas as UEs nos três períodos, mostraram alta correlação (R 2 = 0,84) entre as médias do número de frutos do 4º e 5º nós, com a média do número de frutos por nó, obtida da relação entre o número total de frutos do ramo pelo número de nós produtivos do ramo. Separando-se as UEs por idade da cultura (UEs com menos de 8 anos e UEs com mais de 8 anos), verificou-se que a correlação nas UEs com maior idade foi superior às de menor idade, alcançando um R 2 de 0,91. Análises de correlações efetuadas dentro de UEs de mesma variedade, mostraram que a melhor correlação foi obtida para o cultivar Icatu com um R 2 de 0,96, e que no Catuaí a correlação foi relativamente baixa, com R 2 de 0,54. Este baixo valor obtido para a variedade Catuaí pode ter como uma das causas o baixo número de UEs amostradas. Com relação ao porte das plantas, verificou-se que as UEs de variedades de porte alto apresentaram correlações, entre os índices fisiológicos de produção estudados, mais altos que as UEs de variedades de porte baixo. Com a obtenção dos dados de produção, procurou-se correlacionar os diversos índices obtidos com a produção final. Como verificado na avaliação para correlações na variedade, o baixo valor de R 2 obtido para as variedades em porte baixo (Catuaí) pode ser atribuído ao baixo número de UEs amostradas. Esses resultados permitem concluir que o índice fenológico de produtividade, obtido com a contagem do número de frutos do 4º e 5º nós, contados do ápice para a base, de ramos plagiotrópicos do terço médio da planta, pode substituir o índice obtido pela relação entre o número total de frutos do ramo e número de nós produtivos do ramo, dada a alta correlação que apresentam entre si. As correlações entre os índices isolados (n o frutos no 4 o nó; n o frutos no 5 o nó; n o frutos no 4 o e 5 o nó; n o de nós produtivos no ramo e n o total de frutos no ramo, apresentaram valores relativamente baixos. Quando a eles foi associado outro índice, como número total de nós produtivos no ramo, o valor da correlação praticamente dobrou, permanecendo ainda em valores muito baixos. Entretanto, quando a esses índices associa-se um terceiro índice como a altura da planta na cultura, observa-se um ganho significativo na correlação, alcançando esta valores da ordem de 0,80. Esses resultados mostram que os índices utilizados, quando aplicados de forma integrada em modelos matemáticos de previsão de produtividade de café, podem reduzir significativamente a margem de erro.
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    Mapeamento do uso da terra utilizando imagem de satélite. Parte III: São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais
    (2003) Bertoldo, Mathilde A.; Vieira, Tatiana Grossi Chquiloff; Alves, Helena Maria Ramos; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Estudo de plantios agrícolas e outros tipos de cobertura da terra por sensoriamento remoto, assim como a separação de culturas na imagem de satélite possibilita ao planejador, a visualização do uso atual da terra, bem como um meio para planejar o seu melhor uso, baseando-se em informações disponibilizadas por Sistemas de Informação Geográfica. O presente trabalho apresenta o mapeamento do uso da terra na área piloto de São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais, utilizando o Sistema de Processamento de Informações Georreferenciadas-SPRING. O projeto foi desenvolvido pela EPAMIG/CTSM/Laboratório de Geoprocessamento,com base em informações secundárias (mapas geológicos,fotografias aéreas e dados estatísticos), levantamentos de campo e técnicas de geoprocessamento. Este trabalho é parte integrante do projeto "Fotografias aéreas e imagens orbitais utilizadas na identificação de áreas de café (Coffea arabica) para fins de previsão de safra". Para o desenvolvimento do projeto foi elaborado um banco de dados digital, por intermédio SPRING e imagens de satélite TM/Landsat 7 , órbita ponto 220/074 passagem de 27/06/ 2001,bandas 3, 4 e 5. O mapa temático de uso da terra é aquele que possui informações qualitativas e quantitativas dos usos predominantes em uma região. As imagens de satélite na composição 3B4R5G, foram tratadas no módulo imagem/contraste do SPRING. Com a aplicação do contraste na imagem, foi confeccionado o mapa preliminar do uso da terra, observando o comportamento espectral de cada classe predominante na área de estudo, que foram compatíveis com a resolução do produto e a escala final.O mapa temático do uso da terra foi obtido através do módulo temático /edição vetorial do SPRING. As ferramentas que se utilizam normalmente na edição de modelos de dados para mapas temáticos são: digitalização de linhas; ajuste de nós, poligonização e identificação de identidades (classes temáticas). A análise quantitativa de cada plano de informação foi gerada pelo módulo temático/cálculo de área.O cálculo de área de cada plano de informação temático apresenta um valor para cada classe. O total de áreas das classes é a área total do plano de informação que estiver ativo. Após a checagem em campo dos padrões estabelecidos para definição das classes gerou-se o mapa temático final do uso da terra. As classes predominantes mapeadas e checadas em campo em relação à área total foram: Café em produção: (cafezais cujos parâmetros de idade estão acima de 4 anos, porte maior que 2 m e espaçamento de plantio que permitem uma cobertura de substrato maior que 50%) 13,16%; Café em formação: ( abaixo de 4 anos) 4,92% e Café recém-plantado: (com solo exposto) 2,86%; Mata: (vegetação natural de porte variado, isto é, matas ciliares, resquícios de floresta tropical,capoeiras e cerradão) 12,56 %; Área urbana: (ocupação urbana) 3,43%; Solo exposto: (áreas preparadas para cultivo) 2,59%; Cultura: (plantio de culturas semiperenes e temporárias) 1%; Represas: (lagos naturais e construídos) 0,27 % ; Reflorestamento: ( áreas plantadas com eucalipto ou pinus) 0,33%; Outros usos: (áreas para pastagens natural, plantada e capineira; pousio de culturas temporárias ou semiperene) 58,88%. Os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) têm modificado as técnicas utilizadas nos mapeamentos de uso da terra, tornando-os mais ágeis e precisos, combinando os avanços da cartografia automatizada, os sistemas de manipulação de banco de dados e o sensoriamento remoto com o desenvolvimento da análise geográfica, viabilizam o gerenciamento e a atualização constante das informações do meio ambiente.
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    Crescimento e partição de assimilados em Coffea arabica L. sob restrição do volume radicular
    (2003) Ronchi, Cláudio Pagotto; Batista, Karine D.; Moraes, Gustavo Adolfo Bevitori Kling de; Chaves, Agnaldo Rodrigues de Melo; Loureiro, Marcelo Ehlers; DaMatta, Fábio Murilo; Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café
    Este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos da restrição do volume radicular, imposta por diferentes tamanhos de vasos (3, 10 e 24 L), no crescimento e partição de assimilados do cafeeiro. Mudas de Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho IAC-44, com quatro pares de folhas foram plantadas em vasos de 3, 10 e 24 L, utilizando-se de uma mistura de solo, areia e matéria orgânica como substrato. Adotou-se um delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis repetições. Após 115 dias de cultivo, procedeu-se à avaliação de várias características de crescimento (altura, diâmetro, número de folhas e de ramos plagiotrópicos, área foliar e massa seca de várias partes das plantas), assim como à coleta de material vegetal para a quantificação de açúcares, amido e de aminoácidos livres totais. Verificou-se reduções significativas na grande maioria dos parâmetros de crescimento apenas nas plantas dos vasos de menor volume, quando comparados às dos outros tratamentos, entre os quais não houve diferenças significativas. Isso indica que o tempo de cultivo restringiu o crescimento radicular apenas em plantas cultivadas nos vasos pequenos. Verificou-se incremento significativo na razão raiz:parte aérea nos vasos pequenos, resultado de redução expressiva na massa seca da parte aérea dessas plantas, uma vez que não houve grandes alterações na massa seca de raízes entre os tratamentos. As concentrações foliares de glicose, frutose (e hexoses) e de sacarose não diferiram entre os tratamentos. Contudo, os teores de amido e de aminoácidos nas plantas cultivadas nos vasos de menor volume foram significativamente inferiores àqueles obtidos no vaso de 24 L, em 66 e 31 %, respectivamente. Conseqüentemente, verificou-se elevada relação hexoses:aminoácidos no vaso menor, indicando, um desbalanço na razão C:N nas folhas e um incremento na relação fonte:dreno.