Biblioteca do Café

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    Cultivo consorciado do cafeeiro (Coffea arabica L.) e cultivares da nogueira-macadâmia (Macadamia integrifolia Maiden e Betche) sob os regimes sequeiro e irrigado
    (Faculdade de Ciências Agronômicas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 2013-07-04) Perdoná, Marcos José; Soratto, Rogério Peres
    O uso de irrigação pode ser uma alternativa para garantir as produções em anos de estiagem e aumentar a produtividade da cultura do café arábica, mesmo em regiões consideradas aptas à cafeicultura. Já a arborização proporciona um microclima mais favorável ao cultivo do café, o que pode ser benéfico, com melhoria na qualidade e na produção em diversas regiões. A nogueira-macadâmia pode ser uma alternativa para arborização dos cafezais e contribuir com o ingresso de novos recursos, pois, produz nozes de elevado valor. Para essa cultura, em função das práticas culturais e adubação do café, o consórcio irrigado pode ser uma alternativa para diminuir o período de retorno do investimento e alavancar seu desenvolvimento. Assim, objetivou-se com este trabalho avaliar o crescimento e a produtividade do café arábica e da nogueira-macadâmia em cultivo solteiro e consorciado, em condições de sequeiro e irrigado, bem como suas rentabilidades e o período de retorno do investimento. Para isso, dois experimentos foram instalados em fevereiro de 2006 e conduzidos por sete anos consecutivos no município de Dois Córregos, região Centro-Oeste do Estado de São Paulo. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado. O experimento I foi conduzido em esquema fatorial 3x2, com três sistemas de cultivo (A - nogueira-macadâmia solteira (cv. IAC 9-20), B - café solteiro (cv. Obatã IAC 1669-20) e C - nogueira-macadâmia consorciada com café), dois regimes hídricos (sem e com irrigação por gotejamento) e dez repetições. O experimento II foi constituído por dez tratamentos, ou seja, o cultivo do café solteiro (cv. Obatã IAC 1669-20) e consorciado com cultivares de nogueira- macadâmia (HAES 344, HAES 660, HAES 816, IAC 9-20 com poda, IAC 4-12B com poda, IAC 4-20 com poda, IAC 9-20 sem poda, IAC 4-12B sem poda, IAC 4-20 sem poda), todos em condições irrigadas. Nas condições em que o estudo foi desenvolvido, as nogueiras- macadâmia tiveram maior crescimento e antecipação da produção quando em sistema consorciado com cafeeiro irrigado. A produção e a qualidade das nozes-macadâmia foram favorecidas pela consorciação e pela irrigação. A produtividade de amêndoas no sistema de consórcio irrigado foi 27%, 133% e 251% superior aos sistemas de cultivo solteiro irrigado, consorciado sequeiro e solteiro sequeiro, respectivamente. A altura dos cafeeiros foi maior no sistema irrigado e, quando cultivados em consórcio com cultivares de nogueira-macadâmia nacionais sem poda, apresentaram estiolamento e redução do diâmetro do tronco e da produtividade. A produtividade do café foi, em média, 60% superior sob irrigação, mas não foi afetada pelo consórcio nesta condição. Em condições de sequeiro, o consórcio aumentou a produção de café em 10%. Tanto a irrigação, quanto a consorciação, reduziu o período de retorno do investimento de ambas as culturas. O período de retorno do investimento foi de cinco anos para os tratamentos café irrigado e consórcio irrigado, e a rentabilidade do último foi 71% superior à do primeiro. Para o tratamento consórcio sequeiro o período de retorno foi de seis anos e para os demais tratamentos foi maior que sete anos. As cultivares de nogueira- macadâmia de origem havaiana tiveram maior crescimento vertical e menor crescimento horizontal que as cultivares nacionais e podem ser conduzidas em sistema consorciado com cafeeiros, necessitando de poucas podas. As cultivares nacionais foram mais produtivas, mas para se manterem em sistemas mecanizados exigem mais podas, tendo suas produtividades próximas às cultivares havaianas. Assim, em sistemas consorciados aptos à mecanização, a cultivar HAES 816 é a mais indicada, já para sistemas não mecanizados e/ou para consórcio provisório com café arábica, indica-se a cultivar IAC 4-12B, por ser a mais produtiva. O cultivo consorciado com as diversas cultivares de nogueira-macadâmia, com ou sem o uso de podas, apresentou resultados econômicos superiores ao cultivo de café solteiro. O consórcio com a cultivar HAES 816 irrigado teve o melhor resultado econômico, sendo 104% superior ao cultivo de café solteiro irrigado.
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    Desempenho produtivo e econômico do consórcio de cafeeiro arábica e nogueira‐macadâmia
    (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, 2015-01) Perdoná, Marcos José; Soratto, Rogério Peres; Esperancini, Maura Seiko Tsutsui
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo e econômico do consórcio de cafeeiro arábica e nogueira‐macadâmia, em condições de sequeiro e irrigado por gotejamento, bem como a viabilidade financeira dos tratamentos em três cenários de preço de café. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, com seis tratamentos (café solteiro sequeiro, café solteiro irrigado, consórcio café‐nogueira‐macadâmia sequeiro, consórcio café‐nogueira‐macadâmia irrigado, nogueira‐macadâmia solteira sequeiro e nogueira‐macadâmia solteira irrigada) e dez repetições. Avaliaram-se a produtividade, o índice de equivalência de área e os resultados econômicos dos tratamentos em três cenários de preço do café. A irrigação por gotejamento e o cultivo consorciado aumentaram a produtividade do cafeeiro e da nogueira‐macadâmia, em comparação aos monocultivos em condição de sequeiro, e, em geral, proporcionaram a mesma produtividade dos monocultivos irrigados de café, além de produtividade superior à dos monocultivos irrigados de nogueira‐macadâmia. O uso associado da consorciação e da irrigação aumenta a eficiência do uso da terra em cinco vezes, quando comparado às médias das culturas solteiras em condição de sequeiro. O cultivo consorciado irrigado proporciona maior rentabilidade e retorno mais rápido do investimento, o que o torna uma alternativa viável, especialmente em períodos de menores preços do café.
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    Crescimento e produtividade de nogueira‐macadâmia em consórcio com cafeeiro arábica irrigado
    (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, 2012-11) Perdoná, Marcos José; Martins, Adriana Novais; Suguino, Eduardo; Soratto, Rogério Peres
    O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a produtividade de cultivares de nogueira‐macadâmia (Macadamia integrifolia), em sistema de cultivo consorciado com café (Coffea arabica) irrigado. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente ao acaso, com dez repetições. Seis cultivares de macadâmia foram utilizadas, das quais três nacionais (IAC 4‐12B, IAC 4‐20 e IAC 9‐20) e três havaianas (HAES 344, HAES 660 e HAES 816). Nos quatro primeiros anos de produção, foram feitas avaliações de: altura de planta, diâmetro de copa e de tronco, número de nozes por planta, peso médio de noz, peso médio de amêndoa, produção de nozes por planta, taxa de recuperação e produção de amêndoas por planta. As cultivares nacionais apresentaram menor crescimento em altura, com destaque para IAC 4‐20, porém, com copas de maior diâmetro. As cultivares nacionais são mais produtivas, com destaque para a IAC 4‐12B.
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    Radiação solar e saldo de radiação em cultivo de café a pleno sol e consorciado com banana ‘Prata Anã’
    (Instituto Agronômico (IAC), 2005-07) Pezzopane, José Ricardo Macedo; Pedro Júnior, Mário José; Gallo, Paulo Boller
    Medições da radiação solar global e do saldo de radiação foram realizadas em cafeeiros (Coffea arabica L.) cv. Icatu Vermelho IAC 4045, cultivados a pleno sol e consorciados com bananeira (Musa AAB) 'Prata Anã', no município de Mococa - SP (21º 28' S, 47º 01' W, altitude 665 m), durante o período de outubro de 2001 a setembro de 2002, com o objetivo de quantificar a atenuação da radiação solar e do saldo de radiação em sistema de produção de café consorciado. Os resultados obtidos mostraram diferenças nos elementos medidos nos dois sistemas de cultivo. Houve atenuação média dos valores de radiação solar global em cultivo de café consorciado com banana 'Prata Anã' da ordem de 21%, com variação mensal de 16% a 27%, tendo sido verificadas diferenças de atenuação da radiação solar nos diferentes pontos amostrais do sistema consorciado. Em relação ao saldo de radiação, verificou-se redução média de 16% nos valores diários no cultivo consorciado em comparação ao cultivo a pleno sol. O saldo de radiação representou 50% da radiação solar global no cultivo a pleno sol, com variação mensal de 34% a 62%, e no cultivo consorciado o saldo de radiação representou 53% da radiação solar global, com variação de 35 a 38%.
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    Parasitismo de Meloidogyne incognita em arbóreas utilizadas no sombreamento de cafeeiros
    (Embrapa Café, 2015) Machado, Andressa C. Z.; Vanzo, Gino Leão; Dorigo, Orazília França; Santoro, Patrícia Helena; Silva, Santino Aleandro da
    Consórcios de café com fruteiras, espécies florestais de alto valor econômico de sua madeira e com seringueira têm sido praticados desde a década de 80. A associação de cafeeiros com outras árvores recebe as denominações de “sistema agroflorestal (SAF)” ou “arborização do cafezal”. Além da renda extra oriunda do cultivo de árvores associadas ao café, outros benefícios podem advir, como o sombreamento do cafezal, a utilização de quebra-ventos, que impedem a desfolha e evitam a entrada de patógenos, o que melhora a sustentabilidade do cafezal. Entretanto, a escolha da espécie arbórea a ser cultivada associada ao café deve ser criteriosa e levar em consideração vários fatores, entre eles as doenças, que podem ocorrer concomitantemente em ambas lavouras. Entre as doenças, destacam-se os nematoides, que são um dos principais problemas da cultura cafeeira. Em levantamento nematológico efetuado em áreas de café consorciado com as arbóreas Croton floribundus (“capixingui”), Heliocarpus popayanensis (“jangada”), Mimosa floculosa (“bracatinga de Campo Mourão”) e Mimosa scabrella (“bracatinga”) em Londrina, PR, observou-se a presença de galhas radiculares abundantes nas espécies citadas, embora sem sintomas evidentes na parte aérea. As amostras de raízes foram coletadas e levadas ao laboratório de Nematologia do IAPAR. Fêmeas do nematoide das galhas foram dissecadas das raízes e identificadas via eletroforese de isoenzimas, para comprovação da espécie. Em Os resultados obtidos para as corridas eletroforéticas mostraram que, para as espécies H. popayanensis, Croton floribundus, Mimosa floculosa e M. scabrella, a espécie identificada foi Meloidogyne incognita; vale ressaltar que essa espécie é um dos principais nematoides de lavouras cafeeiras. Tal observação demonstra a importância de conhecermos a reação de arbóreas a serem cultivadas em consórcio com cafeeiros aos principais nematoides da cultura, uma vez que tais plantas podem aumentar consideravelmente a população dos mesmos no solo, trazendo maiores prejuízos à lavoura principal. Além disso, a identificação da espécie de nematoide das galhas presente no cafezal também é de suma importância para o sucesso da lavoura cafeeira e para a escolha do manejo a ser adotado.