Biblioteca do Café
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Item Os proprietários de escravos e a estrutura da posse na antiga freguesia de São Simão, 1835(Departamento de Economia, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), 2012-06-29) Lopes, Luciana SuarezEste artigo estuda a estrutura da posse de escravos em São Simão, localidade do nordeste paulista, utilizando a lista nominativa de 1835. O objetivo principal é analisar a estrutura da posse de escravos na região pouco antes da chegada do café, pois, ao que tudo indica, a estrutura produtiva formada nesse período teria contribuído para o rápido desenvolvimento da cultura cafeeira durante a segunda metade do século XIX. Destaca-se o caso de Ribeirão Preto, localidade desmembrada de São Simão nos primeiros anos da década de 1870, que chegou a ser a maior produtora de café do Estado de São Paulo.Item Podcast EP 23: Escravidão e café no Brasil(Eduardo Garcia, 2021-01-13) Góes, Weber Lopes; Garcia, EduardoO que foi o movimento de eugenia no Brasil e como isso afetou a produção de cafés por aqui? Eu não sabia até ter essa conversa imperdível com o professor e pesquisador Weber Lopes Góes. Sobre esse episódio, nem gosto de chamar de entrevista. O termo correto seria: uma verdadeira aula de história sobre como a formação do maior produtor de café do mundo aconteceu graças ao trabalho de africanos escravizados.Item Relações sociais na sociedade escravista: cotidiano e criminalidade em Juiz de Fora – 1870 -1888(Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011-11-28) Cardoso, Rosilene Costa; Oliveira, Mônica Ribeiro deO presente trabalho tem como objetivo analisar o cotidiano da comunidade escrava na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. Através dos processos criminais nos quais os réus eram escravos, compreendidos entre 1870 e 1888, buscou-se analisar o cotidiano, as relações sociais, bem como as tensões e os conflitos inerentes ao sistema do qual os cativos faziam parte. Assim, a proposta é apurar se tais relações corroboraram para a decisão do júri, de maneira a absolvê-los ou a condená-los. Para tanto, analisamos a formação do município enquanto grande produtor de café e de posse de uma expressiva população escrava na segunda metade do século XIX que, por conseguinte, vivenciou as tensões do fim tráfico internacional de escravos. Analisamos os casos de violência entre escravos, feitores e senhores que caracterizaram os conflitos e as relações sociais, fossem elas horizontais ou verticais. Procuramos, ainda, analisar a ordem social e jurídica que compunha o cenário social, econômico e demográfico do município, entendendo a constituição da comunidade escrava e a ordem jurídica presente no contexto oitocentista.Item Ouro, porcos, escravos e café: as origens das fortunas oitocentistas em São Pedro de Cantagalo, Rio de Janeiro (últimas décadas do século XVIII e primeiras do XIX)(Museu Paulista, Universidade de São Paulo, 2018) Faria, Sheila de CastroO município de Cantagalo, no estado do Rio de Janeiro, tem sua história ligada à exploração de ouro, criação de porcos e produção de alimentos para o mercado interno, e à cafeicultura escravista e mercantil exportadora. Analiso a construção do cotidiano material da região das “Novas Minas dos Sertões de Macacu” ou de “Cantagalo”, como foi denominada no fim do século XVIII, e vila de São Pedro de Cantagalo em 1814, entre as últimas décadas do século XVIII e as primeiras do XIX. Utilizo como base documental inventários post-mortem, correspondência oficial trocada entre autoridades coloniais e metropolitanas, registros paroquiais de batizados, casamentos e óbitos e artigos de periódicos da imprensa do Rio de Janeiro.Item Exílio escravista: Hercule Florence e as fronteiras do açúcar e do café no Oeste paulista (1830-1879)(Museu Paulista, Universidade de São Paulo, 2016) Marquese, Rafael de BivarO artigo investiga a trajetória do artista e inventor Antonie Hercule Romuald Florence (1804-1879) na sociedade escravista brasileira do século XIX, procurando examinar os fundamentos do “sentimento de exílio” que marcou sua longa vivência no Oeste de São Paulo. Na primeira parte, trato Florence como um observador das paisagens escravistas do açúcar e do café. A série de desenhos e aquarelas que compôs sobre a fazenda Ibicaba e o engenho da Cachoeira nos permite observar como ele apreendeu os processos concretos de transformação agrária e ambiental da fronteira escravista de São Paulo. Na segunda parte, analiso a conversão de Florence em cafeicultor escravista, momento em ele assumiu por razões familiares a gestão de uma propriedade cafeeira com trinta escravos no município de Campinas.Item O Vale do Paraíba cafeeiro e o regime visual da segunda escravidão: o caso da fazenda Resgate(Museu Paulista, Universidade de São Paulo, 2010) Marquese, Rafael de BivarNos quadros da economia-mundo capitalista do século XIX, o ocidente de Cuba, o baixo vale do rio Mississippi e o vale do rio Paraíba do Sul destacaram-se pelo domínio respectivo que cada qual exerceu sobre a produção mundial do açúcar, do algodão e do café. Nessas regiões, surgiram novas unidades escravistas, cujas plantas produtivas romperam com os padrões anteriormente vigentes no mundo atlântico. O artigo discute como o conjunto de imagens coevas relativas a essas plantations escravistas configurou um regime visual específico. O artigo toma o Vale do Paraíba como unidade de observação, examinando cuidadosamente o caso da fazenda Resgate, localizada em Bananal, São Paulo.Item Ouro negro: café e escravos na formação da classe senhorial em um município do Vale do Paraíba Fluminense – Barra Mansa no século XIX(Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2013-11-27) Carneiro, André Rocha; Santos, Edna Maria dosO café foi o produto fundamental para dar maior estabilidade econômica ao Império brasileiro, favorecendo também a estabilidade política. A concentração de sua produção no Vale do Paraíba Fluminense, no século XIX, foi fator importante para formar nesta região uma classe social, a classe senhorial, que serviu de base de sustentação política à formação do estado imperial brasileiro. Também foi fator determinante para o incremento da utilização da mão-de-obra escrava em um momento que esta já se encontrava em crise, juntamente com a crise do colonialismo, que levou ao processo de independência do Brasil. Este trabalho procura demonstrar como a produção do café e a utilização do trabalho escravo foram fundamentais para a formação da classe senhorial na primeira metade do século XIX, no Vale do Paraíba Fluminense, em especial em um de seus municípios, Barra Mansa, classe esta que serviu de suporte político e social para o Segundo Reinado. Também veremos como as relações dialéticas entre a classe senhorial e seus escravos foram determinantes para o processo de emancipação escrava que permeou todo o período imperial.