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    Influência da alta concentração atmosférica de CO2 (↑[CO2 ]atm) × disponibilidade hídrica nas relações hídricas, trocas gasosas e acúmulo de carboidratos em Coffea arabica L.
    (Instituto de Pesquisas Ambientais, 2017) Sanches, Rodrigo Fazani Esteves; Catarino, Ingrid Cristina Araujo; Braga, Marcia Regina; Silva, Emerson Alves da
    (Influência da alta concentração atmosférica de CO2 (↑[CO2]atm) × disponibilidade hídrica nas relações hídricas, trocas gasosas e acúmulo de carboidratos em Coffea arabica L.). O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da ↑[CO2]atm nas relações hídricas, trocas gasosas e acúmulo de carboidratos em Coffea arabica. Cafeeiros foram cultivados sob diferentes [CO2]atm (400 e 760 ppm) e submetidos a dois regimes hídricos: rega diária e ciclos de suspensão de regas por 7, 10, 14 e 37 dias, seguidos de reidratação diária por 7 dias. Alterações significativas no potencial hídrico foram observadas nas plantas sob restrição hídrica a partir do 10º dia com recuperação total após a reidratação. As A foram maiores nos cafeeiros cultivados sob ↑[CO2]atm, mesmo sob restrição hídrica se comparadas aos demais tratamentos. Cafeeiros cultivados em ↑[CO2]atm e restrição hídrica não apresentaram diminuição nos teores de carboidratos em comparação aos cultivados sob ↑[CO2]atm e rega diária. Entretanto, em plantas sob 400 ppm CO2 e restrição hídrica, reduções significativas nos teores de açúcares, principalmente em folhas, foram observadas. Os teores de amido não alteraram em resposta aos tratamentos de CO2 e água. Aumento no nível de prolina foi observado no início da restrição hídrica retornando a níveis basais ao longo do experimento. Nossos resultados apontam para um efeito mitigador do ↑CO2 sobre o déficit hídrico por meio da manutenção no acúmulo de carboidratos das plantas de café.
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    Como a elevada [CO 2 ] pode impactar o desempenho hidráulico e as relações hídricas de cafeeiros cultivados sob diferentes intensidades de luz?
    (Universidade Federal de Viçosa, 2022-03-11) Oliveira, Ueliton Soares; Damatta, Fábio Murilo; Cardoso, Amanda Ávila; Martins, Samuel Cordeiro Vitor
    O café é uma espécie originalmente de sombra que foi melhorada para o cultivo a pleno sol, com produções de grãos normalmente maiores nessa condição que à sombra. Entretanto, é uma planta sensível às variações ambientais e mais recentemente tem sido classificada como potencialmente vulnerável às mudanças climáticas globais em curso. Atualmente, há um debate crescente sobre a utilização de sombreamento de cafeeiros como uma estratégia de grande potencial para minimizar os efeitos negativos das mudanças climáticas. Informações recentes também sugerem que a elevação da concentração atmosférica de CO 2 (eC a ) pode mitigar os efeitos de vários estresses abióticos, , como a seca e o calor. Hipotetizou-se aqui que a combinação de diferentes disponibilidades de luz e de CO 2 impactaria a performance fotossintética (e o ganho de biomassa) do cafeeiro via ajustes na sua arquitetura hidráulica, e que tais ajustes seriam mais contundentes em plantas sob alta irradiância, em função da maior demanda hídrica das plantas a pleno sol. Para testar essa hipótese, plantas de café foram cultivadas em vasos de 12 L dentro de câmaras de topo aberto num ambiente controlado de casa de vegetação. As plantas foram submetidas a duas concentrações de CO 2 : ambiente (ca. 457 ppm) ou elevada (ca. 704 ppm) e dois níveis de luz: alta luminosidade (ca. 9 mol de fótons m - dia -1 ) e baixa luminosidade, i.e. restrição de 89% da luz (ca. 1 mol de fótons m -2 dia -1 ). Indivíduos de ca. 12 meses foram utilizados para a avaliação de trocas gasosas, parâmetros hidráulicos e anatômicos, status hídrico, alguns metabólitos e morfologia do sistema radicular. A fertilização com CO 2 e a maior disponibilidade de luz aumentaram o ganho de biomassa e a taxa de assimilação líquida de CO 2 (A), e esses incrementos foram afetados pela interação entre os fatores CO 2 e luz, com efeitos (aumentos) mais marcantes nas plantas ao sol. Observou-se maior condutância estomática nas plantas ao sol que nos indivíduos à sombra. Em adição, verificou-se maior condutância estomática nas plantas ao sol sob eC a , o que foi associado a ajustes hidráulicos e morfológicos em nível de folha e de planta inteira, coordenados com o maior desenvolvimento do sistema radicular associado a uma maior capacidade de transporte de água para a parte aérea; em conjunto, tais ajustes devem ter contribuído para um melhorbalanço hídrico, explicando pelo menos em parte os incrementos observados em A e no acúmulo de biomassa, especialmente nas plantas ao sol sob eC a . Além disso, essas plantas exibiram menor temperatura, tanto em nível foliar quanto de planta inteira em relação às suas contrapartes sob concentração ambiente de CO 2 . As plantas ao sol sob eC a também exibiram valores mais negativos de potencial osmótico no ponto de perda de turgescência, o que permitiria ao xilema operar sob menor risco de colapso do sistema hidráulico. Como um todo, os resultados têm inegável importância para aumentar a sustentabilidade e a resiliência do setor cafeeiro num cenário de mudanças climáticas, especialmente com a maior frequência esperada de eventos de secas e ondas de calor. Nesse contexto, eC a poderia reduzir a importância do sombreamento como uma estratégia de manejo visando à redução dos impactos das mudanças climáticas sobre a produção do cafeeiro. Palavras-chave: Coffea arabica. Concentração de CO 2 . Hidráulica. Luz. Mudanças climáticas. Sombreamento. Temperatura. Trocas gasosas.
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    Incrementos na concentração atmosférica de CO2 aumentam o crescimento e o desempenho fotossintético do cafeeiro, independentemente da disponibilidade de luz
    (Universidade Federal de Viçosa, 2020-09-11) Marçal, Dinorah Moraes de Souza; Matta, Fábio Murilo Da
    Apesar de ter evoluído em ambientes sombreados, a maior parte do café (Coffea arabica L.) é cultivada sob sombreamento esparso ou a pleno sol, em todo o mundo. O café é classificado como muito sensível às mudanças climáticas, e o sombreamento é considerado uma importante estratégia de manejo para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas à cultura. No entanto, não existem informações sobre os efeitos de uma elevada concentração de CO2 (eCa) no desempenho do café em resposta à disponibilidade de luz. Sendo assim, examinou-se como a assimilação e o uso de carbono são afetados pela eCa em combinação com níveis variáveis de luz e como isso pode mudar o crescimento e a partição de biomassa. Para tanto, cultivaram-se plantas em vasos, dentro de câmaras de topo aberto, em casa de vegetação. Durante seis meses, as plantas foram submetidas a dois níveis de luz (radiação fotossinteticamente ativa de c. 16 ou 7,5 mol fótons m-2 dia-1) em combinação com concentração de CO 2 ambiente (aCa: 382 ± 9 ppm) ou elevada (eCa: 744 ± 36 ppm). O estímulo às taxas fotossintéticas sob eCa ocorreu independentemente de variações nas condutâncias estomática e mesofílica; também não se observaram sinais de retrorregulação das taxas fotossintéticas, independentemente da intensidade luminosa. Particularmente sob sol e eCa, as plantas apresentaram reduções nas taxas de fotorrespiração e na pressão oxidativa em relação às plantas sob aCa, favorecendo um balanço positivo de carbono. Independentemente da intensidade luminosa, eC a promoveu maior crescimento e acúmulo de biomassa, bem como uma pequena alteração no padrão de alocação de biomassa, em função do incremento da fração caulinar. Adicionalmente, plantas sob a maior intensidade luminosa e eCa apresentaram a menor razão de área foliar e a maior razão de massa seca radicular/área foliar total. No geral, os presentes resultados sugerem que: (i) as plantas sob eCa estão preparadas para suportar melhor os impactos de outros estresses típicos de plantações a pleno sol, e; (ii) a eCa poderia agir em conjunto com o sombreamento para mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas, aumentando a sustentabilidade da cafeicultura. Palavras-chave: Aclimatação fotossintética. Mudanças climáticas. Sistema agroflorestal. Sombreamento.
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    Produção e microambiente de cafeeiros (Coffea arabica L.) a diferentes distâncias de renques de cedro-australiano e eucalipto
    (Universidade Federal de Viçosa, 2023-05-31) Souza Neto, Jussiê Gonçalves de; Santos, Ricardo Henrique Silva
    Em decorrência das mudanças climáticas é esperado que a cultura do cafeeiro arábica sofra alterações no seu desenvolvimento e produtividade. O cultivo do cafeeiro em Sistemas Agroflorestais (SAF) apresenta potencial de mitigar alterações negativas do clima, vide os extremos climáticos, resultando em menores estresses ambientais ao cafeeiro. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da espécie arbórea e da distância entre os cafeeiros e as árvores sobre o microclima e a produtividade do cafeeiro. O experimento localizou-se no município de Coimbra, Região das Matas de Minas Gerais, a 825 m de altitude, numa encosta com 21% de declividade e face de exposição solar sudeste a 142º SE. Foi conduzido entre setembro de 2021 e junho de 2022, instalado em uma lavoura de Coffea arabica L. cv. Catuaí 144, implantada em 2006. O espaçamento entre as plantas foi de 2,80 × 0,70 m, resultando em 5102 plantas/ha. Os renques de árvores foram implantados em 2006, utilizando-se duas espécies arbóreas (Eucalyptus sp. e Toona ciliata M. Roem. var. Australis), com espaçamento entre plantas de 1,82 e 3,43 m. As variáveis microclimáticas (potencial matricial do solo a 20 e a 40 cm de profundidade, temperaturas máxima, média e mínima do ar e radiação fotossinteticamente ativa) foram avaliadas, assim como a produtividade na safra 2021/22 foi estimada. Houve redução da produtividade conforme a proximidade do renque de eucaliptos, possivelmente causada pela competição por água, ainda que o ano agrícola tenha apresentado adequada disponibilidade hídrica para a região. A flutuação da temperatura do ar foi menor nos cafeeiros sombreados pelo eucalipto. O cafeeiro associado ao cedro-australiano apresentou produtividade (46,29 sacas/ha) superior à média da região cafeicultora (23,10 sacas/ha). Não houve diferença na radiação fotossinteticamente ativa disponível aos cafeeiros, independentemente da espécie arbórea ou distância dos cafeeiros ao renque. Conclui-se que o cedro-australiano pouco influencia nas variáveis microclimáticas avaliadas e na produtividade do cafeeiro. Temperaturas do ar mais altas estão relacionadas a maiores produtividades na associação com o Eucalipto. Palavras-chave: Café. Sombreamento. Produtividade. Microclima.
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    Influência da alta concentração atmosférica de CO2 (↑[CO2]atm) × disponibilidade hídrica nas relações hídricas, trocas gasosas e acúmulo de carboidratos em Coffea arabica L.
    (Instituto de Pesquisas Ambientais, 2017) Sanches, Rodrigo Fazani Esteves; Catarino, Ingrid Cristina Araujo; Braga, Marcia Regina; Silva, Emerson Alves da
    The aim of this work was to evaluate the combined effects of ↑[CO2]atm and water availability in water relations, gas exchange and carbohydrate accumulation in Coffea arabica L. Plants were cultivated under 400 and 760 ppm of CO2 in open top chambers. For each [CO2]atm, plants were divided into two groups and submitted to the following water regimes: daily watering and withholding watering for 7, 10, 14 and 37 days, followed by daily rehydration for 7 days. From day 10 on, significant changes in leaf water potential were observed in plants under water suppression in both treatments, with total recovery after rehydration. The A was higher in plants submitted to ↑[CO2]atm, even under water suppression, compared to the daily watering regime. No change in the leaf carbohydrate content was observed in plants cultivated under ↑[CO2]atm and water restriction when compared to those under ↑[CO2]atm and daily watered treatment. However, plants submitted to 400 ppm CO2 and water restriction showed a significant decrease in the sugar content, mainly in the leaves. Starch contents did not change in response to CO2 and water treatments. An increase in the rates of leaf proline was observed at the beginning of water restriction, but decreased throughout the experiment. Our results indicate a mitigating effect of the ↑CO2 on water deficit through the maintenance of carbohydrate accumulation of coffee plants.
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    Caracterização de promotores de Coffea spp. via transformação genética em planta modelo
    (Embrapa Café, 2019-10) Girotto, Larissa; Ivamoto-Suzuki, Suzana Tiemi; Oliveira, Fernanda Freitas de; Aryoshi, Caroline; Santos, Tiago Benedito dos; Pereira, Luiz Filipe Protasio
    As mudanças climáticas globais têm causados danos a produtividade agrícola cafeeira com impactos econômicos e sociais, e apresentam o potencial de reduzir áreas disponíveis para o plantio de cafeeiros. Diante deste cenário foi investigado o potencial do promotor da galactinol sintase (GolS) do gênero Coffea, que catalisa a primeira etapa da via de síntese de oligossacarídeos da família da Rafinose, cujo acúmulo ocorre principalmente em resposta a estresses abióticos. Entender a estrutura e composição de sequências gênicas promotoras de cafeeiros é de fundamental importância para compreender melhor os mecanismos genéticos e os processos de regulação da expressão gênica induzidos em períodos de estresse hídrico e salino. Neste estudo identificamos 14 promotores GolS presentes nos genomas de Coffea arabica, C. canephora e C. eugenioides. Dentro das regiões promotoras desses genes, foram observados 12 cis-elementos relacionados a regulação de genes em resposta a condições adversas, dentre eles: ARE, ABRE, MYB e STRE. Após a caracterização in silico dos 14 promotores, o promotor da isoforma de GolS3 (CcGolS3) de Coffea canephora (Cc) foi clonada com o objetivo de verificar o seu comportamento frente a estresses abióticos. Plasmídeos contendo a construção pCcGolS3::GUS (gene repórter da β-glucuronidase) foram inseridos em Arabidopsis thaliana via transformação genética com Agrobacterium tumefaciens. A coloração histoquímica do gene repórter GUS foi verificada em todos os tecidos de A. thaliana transformadas. Para analisar o comportamento deste promotor, as plantas de A. thaliana foram submetidas a estresses hídrico e salino in vitro (0h, 12h, 24h e 48h), os seus respectivos RNAs foram extraídos e a síntese de cDNA foi realizada para a quantificação da atividade transcricional do gene repórter GUS via RT-qPCR. Os nossos resultados indicaram que o promotor de CcGolS3 pode ser caracterizado como do tipo estresse-induzido, visto que o perfil transcricional do gene GUS diretamente proporcional ao tempo de duração dos estresses. O promotor do gene CcGolS3 apresenta um grande potencial para ser utilizado em projetos futuros de melhoramento genético de cafeeiros e obtenção de plantas mais tolerantes a estresses abióticos.
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    Seleção de genótipos de café conilon para sistemas agroflorestais
    (Embrapa Café, 2019-10) Senra, João Felipe de Brites; Mendonça, Rodolfo Ferreira de; Verdin Filho, Abraão Carlos; Araújo, João Batista Silva; Silva, Matheus Wandermurem da; Volpi, Paulo Sérgio; Comério, Marcone; Rangel, Charlene Candida; Fosse, Pedro Fillipe Nery
    O objetivo deste trabalho foi realizar a seleção de genótipos promissores de C. canephora para formação de variedades para sistemas agroflorestais com Ingá de metro (Inga Edulis Mart). O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental de Bananal do Norte (FEBN), pertencente ao Centro de Pesquisa do Regional Sul do Incaper. A unidade experimental em Sistemas Agroflorestais (SAF ́s) e cultivo orgânico de C. canephora foi implantada em janeiro de 2013 utilizando a variedade “EMCAPER 8151”, denominada Robusta Tropical. Para a seleção dos genótipos promissores foram avaliados 90 cafeeiros no sistema agroflorestal com Ingá num espaçamento de 3,0 x 1,0 m para os cafeeiros conduzido com quatro hastes por planta. O Ingá foi plantado nas linhas de cultivo do cafeeiro dentro do espaçamento regular de 6 x 6m, de modo que a soma de cafeeiros e espécies consorciadas manteve 3.333 pl.ha -1 . A adubação orgânica foi calculada para uma produtividade entre 31 a 50 sc.ha -1 , com base no teor de N do adubo, visando fornecer 320 kg.ha -1 de N. Em cobertura foi aplicado 24 l.pl -1 de composto, oriundo da mistura de cama aviária, casca de café, esterco bovino e capim colonião, parcelado em duas aplicações (novembro e março) na projeção da copa do cafeeiro. A produção foi mensurada em Kg.pl -1 de café colhido na roça. A colheita de cada genótipo para mensuração da produção foi realizada quando esses apresentaram no mínimo 80% de grãos maduros nas safras de 2016, 2017 e 2018 em plantas individuais sem o uso de delineamentos experimentais. A seleção dos dez genótipos promissores utilizou os valores genotípicos estimados pela metodologia BLUP (Best Linear Unbiased Prediction – Melhor Predição Linear Não Viciada) utilizando como base os componentes de variância preditos pelo método REML (Restricted Maximum Likelihood - Máxima Verossimilhança Restrita). Com base nestes dados estimou-se a distância estatística de Mahalanobis para uma análise da variabilidade genética dos acessos seguida de um agrupamento UPGMA. Pode-se concluir que: existe a possibilidade de seleção de materiais genéticos para formação de variedades de café conilon para sistemas agroflorestais e, ou orgânicos; os genótipos indicados para ensaios com maior rigor estatístico objetivando a formação de cultivares são 13, 15, 25. 26, 41, 42, 57, 62, 81 e 84; o sistema em avaliação necessita de um maior número de colheitas para uma melhor estimativa da repetibilidade e acurácia na seleção dos dados.
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    Acúmulo de compostos fenólicos e aminoácidos livres em folhas de Coffea arabica L. submetidos a elevada concentração atmosférica de CO2 e déficit hídrico
    (Embrapa Café, 2019-10) Monteiro, Gustavo Bellini; Catarino, Ingrid Cristina Araujo; Torres, Luce Maria Brandão; Silva, Emerson Alves da
    O aumento da concentração atmosférica de dióxido de carbono [CO2] é inequívoco e não constitui um evento isolado, sendo acompanhado por aumento da temperatura média global e alterações nos padrões de precipitação. Dentre os aspectos importantes a serem compreendidos nesse contexto estão as alterações nas relações hídricas e produção de esqueletos carbônicos através da fotossíntese, processos influenciados pela disponibilidade atmosférica de CO2 e água. No Brasil, o agronegócio do café é de grande importância econômica, no entanto, há poucos trabalhos, sobre os impactos do aumento na concentração de CO2 atmosférico associado a outros fatores abióticos, como a disponibilidade de água, na fisiologia do cafeeiro. O objetivo desse trabalho foi avaliar a interação entre o aumento de CO2 e déficit hídrico no acúmulo de aminoácidos livres e compostos fenólicos em folhas de cafeeiros (Coffea arabica L.) de 4 meses de idade, em estágio juvenil de crescimento. O experimento foi conduzido em Casa de Vegetação no Núcleo de Pesquisa em Fisiologia e Bioquímica do Instituto de Botânica, onde 120 cafeeiros foram cultivados sob diferentes concentrações de CO2 (400 - CO2 amb e 800 ppm - ↑CO2) em Câmaras de Topo Aberto (CTA), submetidos a dois regimes hídricos de regas diárias (RD) e suspensão total de rega no período de 40 dias de experimento (DH), constituindo os seguintes tratamentos: CO2 amb RD, CO2 amb DH, ↑CO2 RD e ↑CO2 DH. Medidas do potencial da água nas folhas (Ψ wf, fotossíntese (A, μmol CO2 m-2s-1) foram realizadas. Os valores de A e E foram utilizados para a obtenção dos valores de eficiência do uso da água (EUA: A/E). As folhas coletadas a cada 10 dias, totalizando 5 coletas, foram congeladas em nitrogênio líquido, liofilizadas e trituradas para quantificação dos aminoácidos livres (AA) e compostos fenólicos (CF) totais. A fotossíntese foi maior nos cafeeiros cultivados sob alto CO2 , mesmo sob restrição hídrica se comparadas aos demais tratamentos. As reduções no Ψ wf foram cerca de 42% (CO2amb) e 56% (↑CO2) ao longo do experimento nos tratamentos sob déficit hídrico em relação aos tratamentos sob rega diária. Observou-se uma flutuação nas concentrações de AA nas plantas submetidas ao tratamento de DH associado ao ↑[CO2]. O inverso foi observado para a concentração de CF nas folhas 32% maiores no tratamento CO2 ambRD em comparação aos outros três tratamentos. Os significativos aumentos em A associados às alterações no acúmulo de AA e CF em cafeeiros sob condições de ↑[CO2] sugerem um maior investimento em produções primárias para reserva, e com reduções na mobilização de esqueletos carbônicos para a produção de metabólitos secundários.
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    Avaliação de incrementos de temperatura no zoneamento agroclimatológico para a cultura do café no estado do Espírito Santo
    (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, 2012-08-20) Bragança, Rosembergue; Carvalho, Almy Junior Cordeiro de
    O estado do Espírito Santo é o 2o maior produtor de café e o maior produtor do café Conilon do Brasil, representando 23,4% da produção nacional, com uma safra prevista para 2012 de 12,215 milhões de sacas de café sendo portanto a cultura de maior importância política, econômica e social e para os Capixabas. Segundo o IPCC, 2007, a temperatura do planeta está em ascensão, sendo que as projeções até o final deste século, apontam aumentos de +1,1 à +6,4°C na temperatura média do ar em vários locais do planeta, incluindo o Brasil. Assim o presente estudo organizado em três trabalhos teve por objetivos a elaboração dos Zoneamentos Agroclimatológicos para as culturas do café conilon e arábica atual e com incremento de temperatura de até +5°C ao longo do século, e analisar os efeitos dos impactos negativos das mudanças climáticas sobre as mesmas. O estudo foi desenvolvido no estado do Espírito Santo, localizado na região Sudeste do país e dividido em 12 Microrregiões de Planejamento. Possuí uma área territorial de 46.053,19 km 2, atualmente ocupada com as culturas do café conilon e arábica, assim distribuídas: café conilon: 14,29% de áreas aptas (6.568,33 km2), 0,78% de áreas inaptas (359,67 km2) e de 8,04% de áreas com alguma restrição (3.696,51km2); café arábica: 19,49% de áreas aptas (8.955,82 km2), 33,47% de áreas Inaptas (15.384,73 km2) e 2,54% de áreas com alguma restrição (1.167,18 km2). Com incremento de até +5oC na temperatura média do ar para os próximos 100 anos, o café conilon passa a ter 0,01% de áreas aptas (6,15 km2), 91,72% de áreas inaptas (42.154,78 km2) e 1,80% de áreas com alguma restrição (92,63 km2). Com o incremento de até +5o C na temperatura média do ar para os próximos 100 anos, o café arábica passa a ter praticamente 0,0% de áreas aptas (0,0 km2), 95,63% de áreas inaptas (43.952,68 km2) e 0,20% de áreas com alguma restrição (92,63 km2). Atualmente o estado do Espírito Santo, possui mais áreas aptas para os cultivos do café conilon e café arábica, caso seja confirmado o aumento da temperatura prevista pelo IPCC de até +5°C, as áreas aptas, tanto para o café conilon e arábica, sofrerão uma redução drástica de quase 100%, e se forem mantidas as características genéticas e fisiológicas das variedades atuais do café conilon e do café arábica, estas serão impróprias para o cultivo em solo Capixaba.
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    Influência da macaúba na radiação solar incidente, microclima e aspectos agronômicos do cafeeiro
    (Universidade Federal de Viçosa, 2018-03-23) Gonçalves, Débora Ribeiro; Santos, Ricardo Henrique Silva
    Estudos recentes demonstram que os efeitos das mudanças climáticas podem afetar a adequação climática ao café, sobretudo arábica (Coffea arabica L.) nas principais regiões produtoras. O aumento da temperatura e as mudanças nos padrões de precipitação poderão reduzir consideravelmente o rendimento e a qualidade de grãos, aumentando a pressão econômica principalmente sobre os agricultores familiares. Os sistemas agroflorestais (SAFs) têm se destacado como alternativa capaz de manter a sustentabilidade do cultivo de café frente à ocorrência de eventos climáticos extremos. Contudo, as condições de solo e microclima em cada SAF podem variar muito. O objetivo do trabalho foi avaliar a influência da macaúba na radiação solar incidente, microclima e aspectos agronômicos do cafeeiro. Foram coletados dados de cafeeiros cultivados em SAF localizado na Universidade Federal de Viçosa, correspondente aos tratamentos CE e CP (cafeeiros mais expostos e mais protegidos da radiação, respectivamente) e de cafeeiros cultivados a pleno sol, PS. Os sistemas foram caracterizados com relação à precipitação, incidência de radiação fotossinteticamente ativa, umidade do solo e temperatura do ar. Os dados agronômicos coletados nos cafeeiros (incremento na altura, diâmetro da copa e número de nós dos ramos plagiotrópicos no período experimental, potencial hídrico foliar em quatro datas, produção nos anos de 2016, 2017, média do biênio e rendimento de grãos em 2017) foram analisados através do software R, considerando nível de significância de 5%. Também foi realizada a classificação dos grãos por peneiras. As diferentes condições de radiação incidente no SAF alteram o microclima do sistema. As características agronômicas do cafeeiro são influenciadas, além da radiação incidente, pela competição por recursos entre o café e a macaúba, sobretudo hídricos.