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    Riscos e retornos da cafeicultura em Minas Gerais: uma análise de custos e diferenciação
    (Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, 2010) Pereira, Vanessa da Fonseca; Vale, Sônia Maria Leite Ribeiro do; Braga, Marcelo José; Rufino, José Luis dos Santos
    O objetivo deste trabalho foi analisar, comparativamente, o desempenho dos produtores de café do Cerrado mineiro e do sudoeste do estado, de acordo com o retorno obtido e o nível de risco. Dadas as opções estratégicas adotadas nessas duas regiões, a diferenciação e os custos foram enfatizados. As margens e os potenciais de perda dos dois grupos de cafeicultores foram mensurados, o que permitiu apresentar uma relação entre risco e retorno. Os retornos foram estimados por um índice que relaciona custos e preços – margem operacional –, e a análise de riscos foi realizada a partir das estimativas do Value at Risk. Os resultados indicaram que os produtores do Cerrado, além de terem obtido melhores retornos, apresentaram menores perdas potencias que os do sudoeste. Os resultados favoráveis aos cafeicultores do Cerrado foram relacionados às diferenças dos custos produtivos e da qualidade do café. Incrementos na qualidade do produto e melhorias na gestão do processo produtivo foram os aspectos considerados relevantes para melhorar o desempenho do produtor do sudoeste. Já em relação à cafeicultura do Cerrado, destacou-se a importância de manter os esforços ligados à diferenciação e à produtividade.
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    Análise financeira e de custos de um sistema agroflorestal sucessional: estudo de caso no Distrito Federal
    (Faculdade de Tecnologia - Universidade de Brasília, 2017-02-23) Araújo, Juliana Baldan Costa Neves; Souza, Álvaro Nogueira de
    O sistema agroflorestal é uma prática rural promissora e, no âmbito ambiental e socioeconômico, é responsável por garantir benefícios ambientais e econômicos para o produtor e ambiente que o cerca. Por ser um sistema multidisciplinar e demandar estudos específicos para sua utilização, a fundamentação econômica torna-se um componente essencial no processo de tomada de decisão. Diante as demandas do mercado, cada vez mais competitivo, e dos possíveis incertezas presentes no mercado, os produtores devem atuar como gestores de suas propriedades, conhecendo as potencialidades e gargalos do sistema produtivo. Ferramentas como a Teoria de Opções Reais (TOR) e sistema de custeio baseado em atividades (ABC) são interessantes para analisar aspectos financeiros e contábeis do sistema. O trabalho teve como objetivo aplicar a TOR e o ABC a um sistema agroflorestal, com produção de 11 culturas (rúcula, alface, brócolis, milho, inhame, tomate cereja, morango, quiabo, banana, café e eucalipto). O banco de dados foi composto por dados de custos e receitas do sistema, referente a quatro anos de produção. Para a utilização da TOR a metodologia aplicada foi baseada no método proposto por Copeland &Antikarov (2002), composto por 4 etapas: Determinação do fluxo de caixa e cálculo do Valor Presente Líquido (VPL) sem flexbilidade, construção de árvore de eventos, cálculo da opção real utilizada e construção da árvore de decisão. O VPL estático do projeto foi R$ 1.533.261,01/ha, enquanto que o VPL flexível foi igual a R$ 2.146.969,18/ha. O projeto, portanto, apresentou valor de opção de abandono igual a R$ 613.708,17/ha. Quanto ao custeamento baseado em atividades, a metodologia foi aplicada aos custos indiretos do sistema. Os produtos milho e quiabo apresentaram margens de contribuição negativas, mostrando que os respectivos custos de produção excedem o valor de venda do produto. Os demais produtos apresentam margens positivas de contribuição, destacando inhame e morango. Assim, pode-se concluir que o sistema agroflorestal é economicamente viável, salientando que o método tradicional VPL subestimou o retorno do projeto. E, portanto, a aplicação da TOR foi eficiente para modelagem de cenários administrativos para o sistema agroflorestal analisado. Enquanto que o sistema ABC, ao permitir melhor caracterização dos custos do projeto, mostra-se eficiente para gestão e administração de empreendimentos agroflorestais.