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Item Modelos multivariados dinâmicos: análise de contágio nos mercados de derivativos agropecuários(Universidade Federal de Lavras, 2006-12-13) Mól, Anderson Luiz Rezende; Castro Júnior, Luiz Gonzaga de; Sáfadi, ThelmaO presente trabalho faz uma análise de identificação sobre a evidência de transmissão de volatilidade e contágio no mercado futuro das commodites agrícolas no Brasil e, em específico, no mercado de café e boi gordo. Foram estimados modelos uni e multivariados, mostrando a evidência real de contágio de crises financeiras recorrentes no mercado futuro de café e boi gordo. Analisa-se, portanto, a hipótese de existência de contágio, testada a partir da estimação de modelos multivariados de volatilidade. Havendo evidência da existência de quebra estrutural na estrutura de volatilidade das séries históricas das commodities boi gordo e café e tal quebra puder ser associada às crises financeiras, sugere-se evidência de contágio. Os resultados obtidos nesta tese fornecem evidência favorável à hipótese de contágio.Item Planejamento comercial por meio da contração de hedge: o caso do café no Brasil(Embrapa Café, 2019-10) Vegro, Celso Luis RodriguesO estudo buscou relacionar possível de influência dos derivativos financeiros na expansão da produção de café entre 2001 a 2018. Cotejando-se os dados financeiros com as informações sobre evolução da safra, constatou-se que houve aumento sustentado na produção no período considerado o que, porém, não foi acompanhado por expansão na demanda por contratos futuros de café arábica que seguiram em sentido contrário. Fatores como a incidência de impostos sobre as operações e o aprendizado forçado de atuação direta em Nova York podem ter contribuído para essa perda de atratividade de negócios concentrados na Brasil, Bolsa Balcão (B [3] ) – praça paulistana de negócios em futuros agropecuários. Estima-se que a estabilização econômica e a reforma tributária que possivelmente será implementada poderão incentivar o retorno dos investidores ao mercado de contratos futuros de café arábica, incrementando a liquidez nesse mercado e por consequência estimular a expansão da produção.Item Uma análise da alocação de contratos futuros sobre commodities em portfólios diversificados(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2008-08) Silveira, Rodrigo Lanna Franco da; Barros, Geraldo Sant’ana de CamargoO trabalho analisou o impacto da introdução dos contratos futuros agropecuários (de café arábica, soja, milho, açúcar cristal, etanol e boi gordo), negociados na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros - BM&FBOVESPA, no risco e no retorno de uma carteira diversificada, composta por ações, títulos, ouro e dólar, entre agosto de 1994 e dezembro de 2007, sendo realizados estudos para o intervalo de tempo completo e para subdivisões de dois e três períodos, além de uma análise bianual. Foram consideradas diferentes estratégias com tais derivativos: posições estáticas (comprada ou vendida em contratos de primeiro vencimento ou de vencimentos superiores a seis meses), dinâmicas (com a utilização de médias móveis para se definir pela compra ou venda dos papéis em questão) e a partir de fundos de investimentos nacionais, que utilizam estes títulos em seus portfólios. Buscou-se ainda mensurar como a utilidade dos investidores foi alterada, considerando as composições ótimas da carteira e diferentes graus de aversão ao risco de tais agentes. Com o uso da Teoria do Portfólio, verificou-se que: a) as estratégias estáticas de compra e de venda de futuros sobre commodities elevaram a performance da carteira diversificada quando realizada análise bianual e para os períodos 1994-1998 e 1999-2003 – em alguns casos, observou-se redução no risco da carteira de até 70%, para certos níveis de retorno; b) a utilização destes derivativos em estratégias dinâmicas, baseadas em médias móveis, teve, em geral, impacto positivo na performance frente aos resultados da carteira original e daquela em que se introduziram posições estáticas; c) a introdução dos fundos de investimento Sparta e Guepardo, caracterizados pela utilização de derivativos agropecuários e pela adoção de uma gestão dinâmica, também elevou significativamente o desempenho do portfólio diversificado – além de aumentar consideravelmente o retorno médio da carteira, constataram-se reduções de risco para certas faixas de rentabilidade de até 40%; d) os derivativos sobre commodities estiveram presentes em praticamente todas as carteiras que maximizaram a utilidade dos agentes (exceto para o período completo e entre 1994-2000) – em geral, à medida que a aversão ao risco do investidor se elevava, a participação destes papéis no portfólio decrescia. Concluiu-se, portanto, que os derivativos sobre commodities, negociados na BM&FBOVESPA, constituíram-se em instrumentos capazes de elevar a performance de uma carteira diversificada para vários dos subperíodos considerados no estudo. Em geral, os maiores benefícios da introdução destes ativos no portfólio ocorreram em períodos relativamente mais curtos (biênios), dado o caráter cíclico dos preços dos produtos agropecuários. Além disso, os resultados apontam que o uso de análises técnicas e fundamentalistas pode elevar ainda mais o desempenho das carteiras que incluem posições compradas ou vendidas estáticas em futuros sobre commodities, já que a inserção de estratégias, que utilizaram simples instrumentos de análise técnica para definição do tipo de posições a assumir, e de fundos de commodities foi capaz de elevar significativamente a performance do investimento.Item Novos instrumentos de financiamento do agronegócio brasileiro e uma análise das alternativas de investimentos para o CDA/WA(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2006) Silva, Gustavo de Souza e; Marques, Pedro ValentimO instrumento tradicional de financiamento é aquele utilizado pelo Sistema Nacional de Crédito Rural - SNCR e que possui como fonte o orçamento do governo, as exigibilidades bancárias, a poupança verde etc. Os instrumentos não tradicionais podem ser considerados os novos mecanismos com fonte de recursos privados e que pretendem substituir os instrumentos tradicionais no financiamento agropecuário. A Lei n o 11.076, de 30 de dezembro de 2004, oficializou cinco títulos de créditos que deverão ser utilizados pelos agentes do agronegócio para captarem recursos privados para o seu financiamento e aumentar o giro de capital dentro do próprio setor, além de dar nova redação à Lei n o 9.973, de 29 de maio de 2000, que dispõe sobre o sistema de armazenagem dos produtos agropecuários. Os novos instrumentos de financiamento do agronegócio são denominados de: Certificado de Depósito Agropecuário - CDA, Warrant Agropecuário - WA, Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio - CDCA, Letra de Crédito do Agronegócio - LCA e Certificado de Recebíveis do Agronegócio - CRA. O objetivo destes instrumentos é desvincular a concessão de crédito do sistema oficial e desenvolver um novo mecanismo de financiamento do agronegócio através de papéis lastreados em produtos depositados e títulos de dívidas agrícolas que deve ampliar o relacionamento entre o setor financeiro e o setor como um todo, devendo tornar o financiamento mais eficiente para o produtor e menos onerosos aos cofres públicos. Este trabalho define o cenário brasileiro onde estes novos títulos do agronegócio foram instituídos, apresenta as justificativas para a criação destes títulos e expõe os mecanismos atualmente utilizados pelo mercado para captar recursos da iniciativa privada, apresenta e discute a legislação desses novos instrumentos. E por último buscaram-se alternativas de investimento para estes papéis nos mercados físicos e futuros de seis produtos agrícolas de janeiro de 2005 a outubro de 2005: açúcar cristal, algodão, arroz, café arábica, milho e soja. Duas situações foram consideradas: especulações com o CDA e o WA, onde o investidor adquire o papel e especula com cada produto; e operação de spread, onde o investidor compra o CDA/WA (mercado físico) e trava o rendimento numa operação com o mercado futuro da Bolsa de Mercadorias & Futuros - BM&F, sem ficar exposto a variações de preço. No caso do arroz apenas a análise dos preços físicos foi elaborada devido à ausência do mercado futuro para este produto na BM&F. A partir disso, concluiu-se que a especulação com os produtos agrícolas não teve um bom resultado no período. Já as operações de spread do mercado futuro da BM&F com o CDA/WA ofereceram boas oportunidades de rentabilidade ao investidor que conseguiu captar o momento correto para a operação.Item Padrões de resposta termal ao déficit hídrico na cultura do café irrigado por gotejamento(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2016) Costa, Jéfferson de Oliveira; Coelho, Rubens DuarteMais do que uma ferramenta para gestão do risco de preços para produtores e consumidores, os contratos futuros agropecuários tem se tornado uma importante opção de investimento principalmente em períodos de crise quando os riscos no mercado de ações aumentam. No Brasil, a participação de investidores no mercado futuro agropecuário ainda é pequena, mas há um considerável potencial de crescimento, posto que o país é um importante player no mercado internacional das principais commodities agropecuárias como café, soja, milho, açúcar, etanol e carne. Neste contexto, será analisada neste trabalho a relação entre os retornos resultantes de posições compradas em contratos futuros agropecuários negociados na BM&FBOVESPA e o retorno apresentado pelo mercado de ações, representado pelo Índice Bovespa com atenção especial aos períodos de crise. Para isso, utilizou-se uma metodologia similar a desenvolvida por Baur e Lucey (2009) buscando identificar em qual categoria – porto seguro, hedge ou diversificador - os dois principais contratos futuros negociados na BM&FBOVESPA - boi gordo e café arábica – se encaixam. Os comportamentos de tais contratos foram analisados de forma isolada e também considerando carteiras formadas pelo ponto de mínimo risco da teoria do portfólio de Markowitz. Como resultado identifcou-se que o contrato futuro do boi gordo atua como hedge em relação ao mercado de ações, já o contrato futuro do café arábica, por apresentar correlação positiva, mas não perfeita, atua como diversificador. Combinando os dois contratos em posição comprada durante todo o período obteve-se uma carteira cuja variância média foi inferior a variância do boi gordo e do café arábica, no entanto esta carteira apresenta correlação positiva em relação ao mercado de ações, o que a coloca na categoria de diversificador. Outra combinação entre os contratos foi feita utilizando uma estratégia dinâmica de negociação, ou seja, a posição adotada pelo investidor se altera no decorrer do tempo. Esta carteira apresentou uma variância média inferior à carteira estática e a correlação com o mercado de ações reduziu ainda mais, porém continuou positiva. Sendo assim, o boi gordo mostrou ser o contrato que melhor protege o investidor, mas seu retorno médio é inferior se comparado às demais opções, já a carteira dinâmica apresenta a segunda menor correlação e um retorno superior. Vale destacar que, apesar de nenhum contrato ter se mostrado como porto seguro em relação ao mercado de ações, todos podem ser utilizados com a finalidade de redução do risco.Item Análise da relação entre contratos futuros agropecuários e mercado de ações com foco em períodos de crise(Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” - Universidade de São Paulo, 2011) Grola, Mariangela; Lima, Roberto Arruda de SouzaMais do que uma ferramenta para gestão do risco de preços para produtores e consumidores, os contratos futuros agropecuários tem se tornado uma importante opção de investimento principalmente em períodos de crise quando os riscos no mercado de ações aumentam. No Brasil, a participação de investidores no mercado futuro agropecuário ainda é pequena, mas há um considerável potencial de crescimento, posto que o país é um importante player no mercado internacional das principais commodities agropecuárias como café, soja, milho, açúcar, etanol e carne. Neste contexto, será analisada neste trabalho a relação entre os retornos resultantes de posições compradas em contratos futuros agropecuários negociados na BM&FBOVESPA e o retorno apresentado pelo mercado de ações, representado pelo Índice Bovespa com atenção especial aos períodos de crise. Para isso, utilizou-se uma metodologia similar a desenvolvida por Baur e Lucey (2009) buscando identificar em qual categoria – porto seguro, hedge ou diversificador - os dois principais contratos futuros negociados na BM&FBOVESPA - boi gordo e café arábica – se encaixam. Os comportamentos de tais contratos foram analisados de forma isolada e também considerando carteiras formadas pelo ponto de mínimo risco da teoria do portfólio de Markowitz. Como resultado identifcou-se que o contrato futuro do boi gordo atua como hedge em relação ao mercado de ações, já o contrato futuro do café arábica, por apresentar correlação positiva, mas não perfeita, atua como diversificador. Combinando os dois contratos em posição comprada durante todo o período obteve-se uma carteira cuja variância média foi inferior a variância do boi gordo e do café arábica, no entanto esta carteira apresenta correlação positiva em relação ao mercado de ações, o que a coloca na categoria de diversificador. Outra combinação entre os contratos foi feita utilizando uma estratégia dinâmica de negociação, ou seja, a posição adotada pelo investidor se altera no decorrer do tempo. Esta carteira apresentou uma variância média inferior à carteira estática e a correlação com o mercado de ações reduziu ainda mais, porém continuou positiva. Sendo assim, o boi gordo mostrou ser o contrato que melhor protege o investidor, mas seu retorno médio é inferior se comparado às demais opções, já a carteira dinâmica apresenta a segunda menor correlação e um retorno superior. Vale destacar que, apesar de nenhum contrato ter se mostrado como porto seguro em relação ao mercado de ações, todos podem ser utilizados com a finalidade de redução do risco.Item Value at risk como medida de risco da volatilidade dos ajustes diários em mercados futuros de café(Universidade Federal de Lavras, 2002-12-20) Mól, Anderson Luiz Rezende; Castro Júnior, Luiz Gonzaga deA utilização dos derivativos como instrumento de proteção de risco tem sido uma estratégia muito utilizada no mercado de commodities. Entretanto, estes mercados podem não somente reduzir os riscos de Variação de preços dos produtos negociados a futuros, mas, gerar novos fatores de riscos para os players. Estes novos fatores de risco estão relacionados com os ajustes diários pagos/recebidos pelos participantes durante a vigência dos contratos. Assim sendo, para se mensurar a exposição aos riscos gerados pelos ajustes diários realizou-se a modelagem para as séries de retorno futuro de café para quatro períodos. Examinou-se o processo da volatilidade dos retornos do café, por meio de modelos da classe ARCH. Os resultados empíricos sugerem fortes sinais de persistência e assimetria na volatilidade das séries mais distantes do vencimento do contrato. Os critérios de qualidade do ajuste utilizados indicaram que todos os modelos estimados tiveram um bom desempenho. As previsões dos VaRs (Value-at-Risk) dos ajustes diários para os períodos de março e setembro de 2002 fizeram-se muito significativos, comparativamente com os valores no risco reais para os períodos.Item A volatilidade nos preços futuro do café brasileiro e seus principais elementos causadores(Universidade Federal de Lavras, 2005-10-27) Martins, Caroline Miriã Fontes; Castro Junior, Luiz Gonzaga deAs mudanças ocorridas nas últimas décadas no plano institucional e econômico impulsionaram os agentes econômicos do setor agropecuário à busca constante pela profissionalização. Nesse contexto, os instrumentos derivativos constituem-se em importante meio para a atividade de gestão do risco e realização de hedge dos agentes das cadeias agropecuárias, dado ao elevado nível de incerteza presente nesta atividade produtiva. No entanto, para atuar no mercado dos derivativos é requerido que os agentes detenham informações relevantes acerca de suas peculiaridades, bem como sobre o comportamento dos seus preços e dos traders que operam neste mercado. Essa análise possibilita que esses agentes conheçam os elementos que o desestabilizam o mercado no qual estão operando e os permite operarem com menor exposição aos riscos de flutuações de preços. Assim sendo, a fim de compreender melhor os fatores que provocam distúrbios nos retornos dos contratos futuros do café arábica da BM&F, implementou-se os modelos da classe ARCH para examinar a volatilidade desta commodity. Os resultados empíricos sinalizam a presença de assimetria a boas e más notícias e de agrupamentos de volatilidade a série em questão, ou seja, da presença dos fatos estilizados das séries financeiras. Ademais, constatou-se que a expectativa quanto aos níveis da produção brasileira apresentaram fortes reflexos sobre as cotações do café, tanto no mercado futuro brasileiro como no norte-americano. Embora a intensidade desses reflexos venha apresentando reduções nos últimos anos. Dessa forma, fatores climáticos nas principais regiões produtoras deste país geram agitações no mercado mundial do café. Evidenciou-se, ainda, que o ciclo produtivo do café, no que diz respeito a sua bianualidade, exerce papel significativo na formação das expectativas dos traders quanto ao nível de produção do café. Verificou-se, também, que as políticas institucionais de elevação artificial dos preços mundiais do café demonstram-se ineficientes no atual contexto comercial. No que diz respeito, a atuação dos especuladores no mercado futuro do café ressalta-se a importância que o conhecimento da atuação desses agentes possui para que os demais participantes possam nortear as suas decisões.Item Retornos e riscos na comercialização de café em Minas Gerais(Universidade Federal de Lavras, 2005-03-10) Azevedo, Adriano Freitas de; Castro Junior, Luiz Gonzaga deO tema deste trabalho é a análise de retorno e risco na comercialização de café via mercado físico, futuro e CPR, nas regiões do Sul de Minas, Cerrado e Zona da Mata Mineira. Assim, o objetivo geral da pesquisa consistiu em analisar a rentabilidade da CPR física e do mercado futuro de café no mercado físico, verificando sua eficiência no que se refere ao pagamento de deságios, aos riscos e como alternativas de financiamento da cafeicultura. Nesse sentido, para a mensuração dos resultados, utilizou-se como medida de risco o desvio padrão e para o cálculo da rentabilidade o Índice de Sharpe e o de Jensen, relacionada a uma série histórica de preços diários do café físico, no mercado futuro e da CPR, no período de 1997 a 2004, fornecida pela BM&F e pelo Banco do Brasil S/A. Esses dados foram trabalhados em duas épocas distintas , safra e entressafra, e para diferentes períodos antes da data de vencimento do contrato. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma investigação quantitativa. Os resultados empíricos demonstram que as comercializações por meio da CPR e do mercado futuro oferecem prêmio positivo pelo risco assumido na negociação via esses mercados, tendo, estes riscos apresentados baixos valores com uma maior rentabilidade na época da entressafra e com cada região apresentando períodos diferentes como melhor época para se negociar o café. Conclui-se, então, dentre as formas de comercialização analisada, que a melhor estratégia para o produtor é negociar o café de acordo com cada região, sua disposição para correr os riscos e as suas necessidades, mas, sempre que possível, ele deve direcionar suas vendas por meio da CPR e do mercado futuro, para a época da entressafra.