Teses e Dissertações

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    Espécies de Fusarium associadas ao cafeeiro (Coffea arabica L.)
    (Universidade Federal de Lavras, 2003) Almeida, Anderson Resende; Pfenning, Ludwig Heinrich; Universidade Federal de Lavras
    Em lavouras de cafeeiro no Brasil tem sido observada uma síndrome de murcha que leva à morte das plantas em poucas semanas. Nestas plantas, espécies de Fusarium podem freqüentemente ser encontradas. No campo, plantas infectadas amarelecem, murcham e morrem em um curto período de tempo. Em viveiro ocorre o apodrecimento do hipocótilo das mudas no estádio de “palito de fósforo”. Em vários países da África, a murcha vascular ou “traqueomicose” causada por Gibberella xylarioides (anamorfo Fusarium xylarioides) conta entre as mais importantes doenças da lavoura. Estudos de caracterização das espécies associadas a essa cultura e testes de patogenicidade são escassos. Portanto, o presente trabalho teve como objetivos: a) isolar, caracterizar e identificar espécies de Fusarium associadas a plantas de cafeeiro com sintomas de murcha e b) testar a patogenicidade de alguns isolados selecionados. Espécies de Fusarium foram recuperadas a partir de caules, raízes e frutos coletados de cafeeiros com sintomas de murcha. O material vegetal foi coletado nos municípios de Lavras, Guapé, Machado, Muzambinho e Bambuí, no Sul de Minas Gerais e Capelinha, Norte de Minas. Sementes comerciais e hipocótilos de plântulas com sintomas de podridão colhidos em viveiro, também foram utilizados. Sete espécies foram caracterizadas e identificadas: Fusarium dimerum, Fusarium equiseti, Fusarium oxysporum, Fusarium semitectum, Fusarium solani, Fusarium stilboides e Haematonectria ipomoeae (anamorfo Fusarium striatum). Este é o primeiro relato da presença de Fusarium dimerum e Haematonectria ipomoeae em cafeeiro. Haematonectria ipomoeae é uma espécie homotálica, produzindo peritécios com facilidade em substrato natural e meio de cultura. Em seguida, testes de patogenicidade foram realizados em plântulas das cultivares Acaiá Cerrado e Catuaí, utilizando Fusarium equiseti, Fusarium oxysporum, Fusarium semitectum, Fusarium solani e Haematonectria ipomoeae. Durante um período de seis meses, não foi possível observar sintomas característicos de fusariose nas plantas inoculadas. Possivelmente, esse prazo não seja suficiente para expressão e observação dos sintomas. Uma vez que seis das espécies de Fusarium foram recuperadas a partir de sementes aparentemente sadias e de grãos provenientes de plantas com sintomas de murcha, a possibilidade de transmissão de Fusarium spp. por meio de sementes durante a produção de mudas deve ser levada em consideração em estudos futuros. Fusarium xylarioides não foi encontrado nas lavouras estudadas em Minas Gerais, sendo o fungo confirmado como praga quarentenária.